Proposta Metodológica de Adaptação ao Meio Aquático

da natação, particularmente, no que inclui ao quadro onde se insere a aprendizagem básica, bem como, as diferenças entre o meio aquático e o meio terr...

16 downloads 308 Views 2MB Size
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Proposta Metodológica de Adaptação ao Meio Aquático

Raquel da Silva Marinho António Silva Daniel Marinho

Vila Real, Dezembro (2011)

2

3

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

PROPOSTA METODOLÓGICA DE ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO

RAQUEL DA SILVA MARINHO ANTÓNIO SILVA DANIEL MARINHO

VILA REAL, 2011 4

Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do(a) Professor(a) António Silva.

5

Agradecimentos Um sonho que para mim parecia perdido, uma tristeza arrasadora, mas uma vontade de vencer e superar que vai muito mais além de meros obstáculos e sofrimentos. É o querer, o ser, o acreditar, que faz com que a vida para mim tenha ainda mais sentido. Este sonho, ao longo destes anos todos, foi vindo a ser possível por ter presente na minha vida pessoas que sempre me apoiaram, contribuindo assim, directa ou indirectamente, para a sua realização. Aqui, quero deixar o meu profundo agradecimento. Aos meus Pais, por toda a força que sempre demonstraram para comigo, o nunca terem cruzado os braços e, essencialmente, um estar presente incondicional fazendo de mim a pessoa que sou hoje e o orgulho que tenho nisso. Obrigado! À minha Irmã Barbara, por ter sido e por ser um ser extraordinariamente especial comigo. O ser aquela pessoa que eu admiro, que independentemente de ser mais nova que eu, a pessoa que “um dia gostaria de ser”. Querendo eu manifestar desta maneira, o carinho e admiração que tenho por ela, pelo ser tão forte e decidido que é! À minha Família no geral pelas pessoas fantásticas que são, orgulho e a sorte que tenho por fazer parte dela. Ao meu Namorado Carlos, pelo apoio incondicional que tem sido na minha vida., pela amizade, pelo carinho, pela pessoa que é. Palavras como estas: “…as pessoas têm sonhos, objectivos curto e a longo prazo, mas muitas vezes por obra do destino, ou não, da sorte, do azar, de inúmeras situações alteram a sua vida, profissional, social, familiar, e é aí que entram as outras escolhas, os outros elos mais fortes, e tu tens esses elos, a tua família, os teus amigos, eu, e com eles vais poder ter apoio, opiniões, ideias, ajuda, e algo vai surgir, fechamos uma porta, mas logo em seguida aparece uma nova, é assim a vida…”, ficam sempre! Aos meus amigos, pelo apoio importantíssimo que sempre me ofereceram. Não podia deixar de fazer um agradecimento, ao Prof. Doutor Noronha, pelo carinho e por ter sido determinante ao longo desta caminhada. À clinica ETG em Miramar, sem o seu apoio não teria tido recuperações favoráveis em torno do meu sonho. Um agradecimento especial ao Fisioterapeuta Tiago, por ter acreditado em mim, na 6

sua paciência, no facto de me querer ver bem, mas essencialmente, ter feito com que eu acreditasse em mim mesma e que tudo poderia ser possível. Em torno deste trabalho, um agradecimento muito especial ao Professor António Silva por ter sido o meu orientador, por me ter encaminhado para a sua realização, pela sua disponibilidade, incentivo e profissionalismo. Ao Professor Daniel Marinho, pela disponibilidade em poder acompanhar a realização deste trabalho e em fornecer toda a informação necessária. Em torno do 2º Ciclo, sem dúvida, um agradecimento à Professora Ágata Aranha por todo o seu esforço e dedicação, sem ela o funcionamento deste Mestrado seria impossível.

7

Dedicatória Dedico este trabalho aos meus Pais e à minha Irmã! Em homenagem ao meu tio João Matos, pelas saudades que tenho dele, por tudo que representa na minha vida, deixo aqui um poema dele que tem sido alvo de inspiração para mim ao longo destes anos todos. VÁRIAS ESTRADAS Tenho percorrido várias estradas, E cruzado com diversas pessoas, Caminhos exóticos, locais estranhos, e gentes, umas más outras tão boas. Gente estranha, calada, parada, Em clausura no seu próprio mundo, Outras abertas, dadas, como qu'em dádiva, Com tanto de bom, sem ser lá no fundo. E já vi tanta e tanta gente, De todo o tipo e tão diferente, Há-as assim, de aspecto inocente, Outras com ar arrogante e irreverente... Há muitas estradas, tantas pessoas, Com muito mais de más, que de boas, E as más? Hão-de deixar-se de paranóias E, decerto, serão um dia maravilhosas.

E muitas delas não sabem como ser, Ignoram por certo para onde vão, Nem medem consequências, como o saber? Se a bem dizer nem sabem o que são. E já vi tanta e tanta gente, De todo o tipo e tão diferente, Há-as assim, de aspecto inocente, Outras com ar arrogante e irreverente... Mas há seres à parte, com a convicção, De serem bons amigos, e como o são, Que não mudam d'animo leve d'opinião, Inseparáveis amigos. De coração! Conheço seres humanos de excepção, Daqueles sempre prontos a dar a mão, São almas sem tamanho ou dimensão, Em alerta, como que d'intervenção. E já vi tanta e tanta gente, De todo o tipo e tão diferente, Há-as assim, de aspecto interessante, Outras com ar prepotente e arrogante!..Le João Matos, álbum “ Viajar com os sentidos” tra e Música: João Matos

8

Índice Índice de Quadros ........................................................................................................................ 11 Sumário ........................................................................................................................................ 12 Abstract ........................................................................................................................................ 13 Introdução .................................................................................................................................... 14 O Ensino da Natação .................................................................................................................... 15 Aprendizagem em Natação .......................................................................................................... 16 A Água como Meio Ambiente ..................................................................................................... 18 Necessidades de um Modelo de Ensino ....................................................................................... 20 Programas de Natação .................................................................................................................. 23 Adaptação ao Meio Aquático ....................................................................................................... 26 Habilidades Motoras Aquáticas e Básicas ................................................................................... 27 Habilidades Aquáticas Básicas ................................................................................................ 28 Equilíbrio.................................................................................................................................. 29 Respiração ................................................................................................................................ 30 Propulsão .................................................................................................................................. 31 Proposta Metodológica de Adaptação ao Meio Aquático ............................................................ 32 Organização do Processo de Ensino ............................................................................................ 33 Nível 0/1 (Aquisição) ................................................................................................................... 33 Comportamentos Terminais ......................................................................................................... 35 Progressões Pedagógicas para cada Domínio .............................................................................. 36 Sequência de domínios ................................................................................................................. 55 Hierarquia de conteúdos a adquirir no Nível 0,1 de Forma Progressiva...................................... 62 Organização do Processo de Ensino ............................................................................................ 65 Nível 2 (Aperfeiçoamento) .......................................................................................................... 65 Comportamentos Terminais ......................................................................................................... 67 Progressões Pedagogicas para cada Domínio .............................................................................. 69 9

Sequência de Domínios ................................................................................................................ 89 Hierarquia de conteúdos a adquirir no nível 2 de forma progressiva .......................................... 97 Conclusão ................................................................................................................................... 100 Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 101

10

Índice de Quadros Quadro 1- Etapas de aprendizagem adaptado de Navarro (1990). ............................................... 16 Quadro 2- Etapas de aprendizagem adaptado de Campaniço (1998)........................................... 16 Quadro 3- Acções realizadas no meio terreste e meio aquático (Fonte: www.efdeportes.com/Revista Digital - Buenos Aires – Ano 6 – nº33 – Marzo de 2001). .......... 19 Quadro 4- Processo de ensino adaptado de Campaniço (1989) ................................................... 20 Quadro 5- Características que um modelo em torno da acção pedagógica. ................................. 21 Quadro 6- Exemplo de métodos usados na Natação. ................................................................... 22 Quadro 7- Exemplo de um programa hierarquizado. ................................................................... 24 Quadro 8- Exemplo de um programa aberto. ............................................................................... 24 Quadro 9- Exemplo de um programa em função das técnicas de nado. ...................................... 25 Quadro 10- Adaptação do modelo de desenvolvimento de habilidades motoras [o primeiro adaptado por Langendorfer e Bruya (1995); o segundo adaptado por Gallahue, (1982)]. .......... 27 Quadro 11- Referência de habilidades aquáticas básicas por parte de alguns autores. ................ 28 Quadro 12- Habilidade aquática básica: o Equilíbrio (adaptado de Mota, 1990) ........................ 30 Quadro 13- Lei de Arquimedes. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Impuls%C3%A3o) ......... 30 Quadro 14- Diferenças do mecanismo respiratório no meio terrestre e meio aquático (adaptado de Mota,1990) .............................................................................................................................. 31 Quadro 15- Habilidade aquática básica: a Propulsão (Adaptado de Mota (1990)) ...................... 31 Quadro 16- Aquisição de domínios, nível 0/1 ............................................................................. 33 Quadro 17- Objectivos gerais e específicos, nível 0/1 ................................................................. 34 Quadro 18- Aquisição de domínios, nível 2................................................................................. 65 Quadro 19- Objectivos gerais e específicos, nível 2 .................................................................... 66

11

Sumário Paralelamente, ao prazer de ensinar os outros a aperfeiçoarem as suas habilidades, o que realmente impressiona são os contextos e os pequenos/grandes detalhes que pesam na influência significativa tanto na prática como no desempenho desportivo. Neste sentido, o objectivo deste trabalho surge ajustado na problemática de saber qual a melhor proposta metodológica de adaptação ao meio aquático como a necessidade de dar resposta a algumas incógnitas que acompanham nas funções de atletas/treinadores e professores. O conhecimento dos aspectos didáctico-metodológicos, as fases em que cada aspecto pode ser integrado, deverão contribuir para compreender e conhecer os processos de ensino a adoptar e adaptar a cada situação e, para optimizar a prestação do aluno/atleta em termos de eficiência do nado. Deste modo, será apresentada uma sequência metodológica, coerente e regulada de exercícios para o nível 1 (aquisição) e para o nível 2 (aperfeiçoamento) de adaptação ao meio aquático. Os seus resultados práticos não são verificáveis neste trabalho. Palavras-chave: adaptação ao meio aquático; aquisição e aperfeiçoamento.

12

Abstract Alongside the pleasure of teaching others to improve their skills, what really impresses are the contexts and the small / large details that have a significant influence in both practice and performance in sports. In this sense, the purpose of this paperwork appears fitting to the problematic of determine the best methodological proposal for adaptation to the aquatic environment as the need to give an answer to some unknown facts that accompany the functions of athletes / coaches and teachers The knowledge of the educational and methodological aspects, the phases in which each aspect can be integrated, should help to understand and know the processes of education to adopt and adapt to each situation and to optimize the performance of the student / athlete in terms of the efficiency of swimming. Thus, it will be presented a methodological sequence, consistent and regulated by exercises to level 1 (acquisition) and level 2 (improvement) of adaptation to the aquatic environment.

The practical results are not verifiable in this paperwork. Key words: adaptation to the aquatic environment, acquisition and improvement

13

Introdução Neste trabalho, vamos procurar aprofundar o reconhecimento do procedimento de ensinoaprendizagem como um processo didáctico metodológico, fortalecendo a sua vertente pedagógica no que diz respeito à adaptação ao meio aquático. Para realizarmos a abordagem deste tema, foi necessário abordar-mos o conhecimento do ensino da natação, particularmente, no que inclui ao quadro onde se insere a aprendizagem básica, bem como, as diferenças entre o meio aquático e o meio terrestre, a necessidade de um modelo de ensino, os seus métodos e modelos, bem como as habilidades aquáticas básicas presenciadas em torno deste processo. Reforçando esta vertente pedagógica, surge então o desenrolamento de uma proposta metodológica hierarquizada e voltada para as técnicas de nado, composta por exercícios para o nível 0/1 – fase de aquisição e nível 2- fase de aperfeiçoamento, divididos por objectivos gerais e específicos por domínios. Com o intuito final, esperemos que com esta proposta metodológica de adaptação ao meio aquático seja possível melhorar e aperfeiçoar os padrões das técnicas de nado.

14

O Ensino da Natação Saber nadar é “ ser capaz de flutuar e deslocar-se na água sem o recurso a apoios fixos ou a meios auxiliares de sustentação” e “permanecer na água, sendo capaz de através de movimento fazer ou cumprir determinada distância”. (Carvalho,1994) É a capacidade de nos “ deslocarmos na água sem recorrer a apoios fixos ou meios auxiliares de sustentação”. (Catteau & Garoff, 1988; Carvalho, 1994) Raposo (1981), colmata para a possibilidade de um individuo poder para “casa situação inédita, imprevisível, resolver o triplo problema de uma inter-relação das três componentes fundamentais: equilíbrio, respiração e propulsão”. Para Silva (1996), a natação é uma modalidade desportiva em que as particularidades do seu meio detêm um papel preponderante na sua técnica. Por sua vez, Cunha (1999), refere que em qualquer modalidade desportiva existe um modelo técnico ideal, no qual treinadores e nadadores vão tentar reproduzir durante todo o seu sistema de treino.

15

Aprendizagem em Natação A aprendizagem em natação no que solicita aprender a nadar, simboliza vencer etapas com características próprias (fases de aprendizagem) mas em diferentes fases com diferentes limites de aprendizagem (Quadro 1 e 2). A aprendizagem em natação é um processo interno que visa a alteração duradoura do comportamento motor (Campaniço, 1998).

1ª Etapa

2ª Etapa

3ª Etapa

Aprendizagem

Aperfeiçoamento

Treino

Limite da aprendizagem: capacidade de deslocamento autónomo em meio aquático sem que seja obrigatório o uso de um padrão de nado estilizado.

Quadro 1- Etapas de aprendizagem adaptado de Navarro (1990).

Aprendizagem 1

Aprendizagem 2

1º Contacto com o meio aquático

Ensino das quatro técnicas de nado e respectivos regulamentos

Autonomia propulsiva rudimentar Limite da aprendizagem 1: autonomia meio aquático com domínio crol e costas.

Quadro 2- Etapas de aprendizagem adaptado de Campaniço (1998).

A análise de modelos e fases de aprendizagem, pretendem elucidar como se processam os mecanismos em torno da prontidão aquática até à sua sublimidade desportiva. Estes são 16

fundamentais para a compreensão e obtenção de objectivos pretendidos para duas fases, aquisição e aperfeiçoamento, de adaptação ao meio aquático. Problemas desta fase de adaptação meio aquático: Meio liquido (água):  Meio hostil para a locomoção;  Perturba o controlo motor;  Incomoda órgãos dos sentidos (olhos, nariz, ouvidos e boca);  Meio inabitual para o ser humano; Logo, na sua adaptação, devemos respeitar um conjunto de condutas que possam conduzir à concepção de ajustamentos necessários.

17

A Água como Meio Ambiente Um individuo entra num meio liquido e fica sujeito a um conjunto de estímulos ao qual não está habituado a ser portador no seu habitat natural. Alterando o seu quadro motor em relação ao meio que passa de terrestre a aquático, desenvolvendo capacidades e respostas a estímulos, temos:  Equilíbrio vertical  Equilíbrio horizontal

Capacidade de deslizar ventral e dorsalmente



 Respiração específica



Condições habituais: inspiração activa e expiração passiva; Meio aquático: novo automatismo  Respiração ritmicamente  Expiração no meio aquático;

 Propulsão  Capacidade de deslocamento com ausência de apoios fixos

Segundo Abrantes (1979), a adaptação ao meio aquático, é um processo que passa pela integração do sujeito com os factores do meio que o envolvem de modo a facilitar a sua utilização, de acordo com objectivos que se resumem no equilibrar-se, respirar e deslocar-se. Segundo Carvalho (1994), quando um individuo inicia o seu processo de adaptação ao meio aquático, é alvo de um conjunto de transformações ao nível dos órgãos dos sentidos sofrendo algumas alterações:  Alterações do equilíbrio;  Alterações da visão;  Alterações da audição;  Alterações da respiração;  Alterações do organismo (desde a nível proprioceptivo a regulador); Segundo Da Fonseca (1994), o ser humano não possui a faculdade instintiva de nadar desde do início da história. Esta, tem sido adquirida e essencialmente determinada por factores sensóriosmotores e motores- perceptivos muito elaborados. 18

Segundo Mota (1990), o meio aquático proporciona um conjunto de actividades que promovem e melhoram as habilidades motoras. Refere ainda que, o equilíbrio sofre perturbações causadas pela ausência dos apoios plantares, sublinhando que no meio terrestre o equilíbrio vertical é condicionado e determinado pelo contacto das superfícies plantares sobre o solo. No meio aquático, essas informações praticamente não existem devido à ausência dos apoios fixos. Segundo Gutierres (1998), as crianças ao acolherem uma quantidade suplementar de estímulos sensoriais, desenvolvem a habilidade de processamento de informações o que conduz a respostas ajustadas a esses mesmo estímulos. Portanto, as acções realizadas no meio aquático diferem das acções realizadas no meio terrestre como mostra o Quadro 3: Meio Terrestre

Meio aquático

Membros superiores são responsáveis pelo Membros superiores são responsáveis pela equilíbrio;

propulsão;

Membros inferiores são responsáveis pela Membros inferiores são responsáveis pelo propulsão;

equilíbrio;

Domínio da respiração nasal;

Domínio da respiração bocal;

Inspiração reflexa;

Inspiração automática;

Expiração passiva;

Expiração activa;

Quadro 3- Acções realizadas no meio terreste e meio aquático (Fonte: www.efdeportes.com/Revista Digital Buenos Aires – Ano 6 – nº33 – Marzo de 2001).

19

Necessidades de um Modelo de Ensino Para se ser um bom nadador(a), para simplesmente possuir um total domínio sob o meio aquático, é necessário ter em conta alguns aspectos. A necessidade de modelos de ensino, centra-se no estado de estes procurarem objectivar o ensino, dando um caminho técnico à aprendizagem. Sempre com o intuito de se averiguar melhorias na acção didáctica e educativa e, consequentemente, progressões no processo de ensino-aprendizagem. Para um ensino íntegro e eficaz da natação, é fundamental o processo de conhecimento das aptidões de todos os alunos/praticantes, de forma a desenvolver um modelo de ensino adequado à realidade de cada um (Quadro 4). (Campaniço,1989) Podemos concluir

Processo de ensino

Escolas de Natação Modelos de ensino

Guia para os técnicos Quadro 4- Processo de ensino adaptado de Campaniço (1989)

Segundo Sarmento (1994), o ensino da natação deve apoiar-se, para que possa repercutir em aspectos positivos, na selecção e organização de conteúdos a serem transmitidos, na quantidade de informação, na qualidade de execução que pretende alcançar e na ligação do professor/treinador no seio de todo o processo. Afirmando ainda, o ensino deverá incidir numa estrutura de conteúdos e prosseguimentos com o objectivo de superar os erros e proporcionar aprendizagens mais estáveis e consistentes. Segundo Silva (2003), estes modelos deverão reflectir em estratégias e padrões básicos do movimento, tendo sempre como ponto crucial, a conceito de progressão (hierarquia de comportamentos), a aquisição e aprendizagem de habilidades fundamentais, sob outras já detidas, até que sejam alcançadas as técnicas formais de nado. Para tal, é necessário repetir 20

sempre que exista a sua necessidade, pois a sua exercitação constitui o elemento fulcral do processo ensino-aprendizagem. A partir de, Rushall, (1994), apud Silva, (1999), decotemos as características que um modelo (Quadro 5) deverá deter para aperfeiçoar a acção pedagógica:

Quadro 5- Características que um modelo em torno da acção pedagógica.

Hoje, vários são os métodos usados na Natação. Campaniço (1997), destaca que os modelos de ensino são um combinado de tarefas e estratégias educativas específicas, com o objectivo de facultarem uma competente adaptação ao meio aquático por parte do individuo semblante às imposições do meio. Existem diferentes modelos de ensino como demonstra mais em baixo o Quadro 6. Distinguem-se:  Como agrupam comportamentos em categorias de acções;  Nos domínios de conduta aquática;

(Envolvendo) 21

Saltos; flutuações; equilíbrios; deslizes; imersões; respirações; geração de apoios propulsivos (etc.).

(Com espaço temporal) Passam de uma conduta terrestre  a uma conduta aquática com comportamentos estáveis. Nome do Método

Tipo de ensino



Ensino analítico Progressões



Método “Infaquatics”

Categorias (níveis)

1- Exercícios de adaptação na água

Imersão/Respiração

2- Exercícios de propulsão

Flutuação/Deslizamento

3- Exercícios de coordenação

Murray (1980) Propulsão

Método “Corlett” Corlett

Persegue-se de forma prioritária o

1- “Girinos”

cumprimento das várias habilidades

2-

“Sapos”

aquáticas

3-

“Golfinhos”

(1980)

“Habilidades Aquáticas para todas as idades” Franco e Navarro (1980)

Processo educativo tem 3 etapas:

Habilidades Aquáticas na respectiva ordem:



Aprendizagem

1- Flutuação



Iniciação e orientação

2- Respiração



Especialização

3- Propulsão

Quadro 6- Exemplo de métodos usados na Natação.

22

Programas de Natação A técnica deve ser considerada como um procedimento motor no qual o objectivo é a produção de um determinado modelo de movimento, onde podemos averiguar a existência de diversas habilidades consequentes de um processo de aprendizagem. “Fazer os nadadores praticarem a parte dos movimentos que se quer ensinar até que os executem de modo automático; a seguir se passa à parte seguinte, aplicando o mesmo sistema de treinamento, a assim por diante, até terem sido ensinadas todas as partes: depois trata-se de conjugar tais partes”. (Counsilman, 1984) Segundo Campaniço (1997), as escolas de natação, normalmente, possuem modelos pedagógicos resultantes de um conjunto de tarefas e estratégias pedagógicas específicas, proporcionando uma rápida e eficiente adaptação do individuo ao meio aquático. Os programas de natação são caracterizados pelo efeito prático e objectivo de um agrupado número de estratégias e tarefas singulares que proporcionam uma rápida e eficiente ambientação do sujeito ao meio aquático. Com a sua sucessão temporal, podemos verificar as transformações do sujeito no que diz respeito à sua conduta aquática. “Não se trata de ensinar esta ou aquela técnica, neste ou naquele tempo. Esta tem como objectivo completar a primeira, no sentido de levar o aluno a dominar todas as técnicas atrás citadas. O factor tempo está directamente relacionado à capacidade individual do aluno em assimilar”. (Raposo 1981) Podemos identificar esta concepção teórica, baseada no modelo epistemológico de Jean Piaget (1965), conhecido como a teoria dos estágios. Segundo este autor, as mudanças observáveis de estágio para estágio devem ser entendidas como uma reorganização do sistema nervoso. A passagem de um determinado estagio para outro, representa a incorporação do nível anterior de execução pelo nível subsequente, muito mais amplo. Campaniço (1989), realça que “actualmente, é possível, para esta fase de ensino, confrontar diversos programas todos eles igualmente eficazes, baseados na larga experiência dos seus autores. É difícil afirmar que existe um programa ideal. Seguramente, tudo depende dos objectivos e finalidades para que foi idealizado”. Existem três tipos de programas: 23

1. Programas Hierarquizados Os programas hierarquizados conduzem exercícios por uma sequência de comportamentos padrão ao longo da aprendizagem, são determinantes no saber nadar juntamente com a construção dos estilos de nado. Podemos defini-los como padrões motores aquáticos. Em termos de tarefas motoras, ajustam-se ao nível de resposta de cada criança. Exemplo: Campaniço (1989) 

Saltar

Orientado por acções e níveis



Equilibrar

de aptidões



Imergir



Respirar



Propulsionar

Quadro 7- Exemplo de um programa hierarquizado.

2. Programas Abertos Os programas abertos focalizam-se no próprio desenvolvimento do sujeito associado as actividades aquáticas. Estes ajustam-se às necessidades educativas gerais, deixando a técnica de ser a principal finalidade da actividade. A criança é visto como um todo e, o seu ritmo de aquisições depende como supera dificuldades em cada estádio de desenvolvimento, determinando assim a sua conduta aquática final. Em alguns programas podemos verificar a um recurso pedagógico lúdico, o jogo. Exemplo:

Palmer (1978)

Orientado por competências

Orientado Moreno e Gutiérrez (1998)

por

níveis

habilidades motoras

Quadro 8- Exemplo de um programa aberto.

24

de



Familiarização



Nado do lazer



Nado sincronizado



Treino especializado



Flutuação



Propulsão



Respiração

Para Palmer (1990), o seu processo de ensino-aprendizagem proposto contem exercícios de confiança, familiarização, flutuação, impulsão até ao nado completo. Através de actividades lúdicas aproveita algumas básicas de locomoção na água antes de ensinar os quatro estilos formais. O programa de Moreno e Gutiérrez (1998), fundamenta-se na aprendizagem de habilidades motoras prévias para adquirir um domínio completo do meio aquático; aposta num sistema de ensino-aprendizagem que obedeça as bases necessárias para uma correcta formação no meio aquático; utiliza o jogo durante a sua aprendizagem como melhor opção para conseguir com que a criança experimente dadas as condicionalidades motoras no meio aquático. 3. Programas no sentido das Técnicas de Nado - Este tipo de programas surge em síntese dos dois últimos abordados anteriormente, focalizamse no desenvolvimento das capacidades básicas das crianças. Segundo Langendorfer & Bruya (1995), respeita três pressupostos:  Hierarquização (forma global de construção de comportamentos sobre Skills previamente adquiridos);  Diferenciação (a aquisição orienta-se por um principio de especialização das tarefas);  Individualização (características individuais de cada sujeito); Segundo estes autores, é indispensável que os alunos adquirem um conjunto de habilidades. Denominam esse processo de aquisição de prontidão aquática e Skills técnicos, o individuo deve apoderar-se de comportamentos que o preparem para aquisições posteriores. Criação de bases para posteriormente aprender habilidades específicas (Langendorfer & Bruya, 1995)

Langendorfer & Bruya

Níveis de competência

Quadro 9- Exemplo de um programa em função das técnicas de nado.

25

  

Prontidão aquática Skills fundamentais Skills avançados

Adaptação ao Meio Aquático A especificidade do meio onde se vai realizar a actividade, justifica a preponderância da inclusão no processo ensino-aprendizagem, uma etapa de adaptação. Salientando a importância desta no ensino e a própria aquisição de um conjunto de habilidades, comportamentos e conhecimentos específicos do meio aquático. “O processo que envolve a iniciação à natação, recorrendo ao domínio do corpo na água, com base nos objectivos de cinco domínios: equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto”. (Campaniço,1989) Segundo Carvalho (1994), a adaptação ao meio aquático identifica-se com a primeira etapa de formação do nadador. Esta fase engloba uma aquisição de habilidades, cujo desenvolvimento possibilitará em fases mais avançadas, diferentes níveis de prestação. Refere ainda que, o saber nadar, é saber as técnicas formais de natação. Além disso, é saber estar no meio aquático, possuir uma boa relação com este, ajustando-lhe comportamentos adequados.

26

Habilidades Motoras Aquáticas e Básicas Na influência da aprendizagem, focalizando sempre a didáctica do mais simples para o mais complexo, as habilidades motoras básicas devem ser sempre abordadas como um meio facilitador de aquisição e assimilação de habilidades mais complexas. Langendorfer e Bruya (1995), propõem uma adaptação do modelo (Quadro 10) de desenvolvimento das habilidades motoras desenvolvido por Gallahue (1982), para as actividades aquáticas. Sintetizam as principais descobertas relacionadas com o desenvolvimento do nadar. As mudanças de comportamento são a base do modelo. Referem ainda, as alterações motoras ocorridas, acção do braço, da perna e a posição do corpo seriam suficientes para definir estágios ou padrões de desenvolvimento motor aquático.

Quadro 10- Adaptação do modelo de desenvolvimento de habilidades motoras [o primeiro adaptado por Langendorfer e Bruya (1995); o segundo adaptado por Gallahue, (1982)].

Assim, a aquisição das habilidades aquáticas básicas terá como objectivo: a) Promover a familiarização do sujeito com o meio aquático (Catteu e Garoff, 1988; Mota, 1990; Carvalho 1994 e Navarro, 1995); b) Propagar a criação de autonomia no meio aquático (Catteu e Garoff, 1988; Mota, 1990 e Carvalho, 1994); c) Criar as bases para posteriormente aprender habilidades motoras aquáticas específicas (Langendorfer e Bruya, 1995); 27

Habilidades Aquáticas Básicas As habilidades aquáticas básicas (Quadro 11) devem ser abordadas durante todo o procedimento de adaptação ao meio aquático como os pré-requisitos para a aquisição posteriormente de aptidões mais complexas. Autor/Data

Componentes Básicas Inerentes

Vasconcelos Raposo (1978)

Equilíbrio; Respiração.

Catteau e Garoff, (1988); Mota, (1990); Respiração; Equilíbrio (incluindo rotações e Carvalho, 1982; 1994)

salto); Propulsão. Saltos; Rotações; Deslocamento; Equilíbrio; Lançamentos; Recepções. Dando ênfase na prática de natação:

Navarro (1995)

Respiração Flutuação Propulsão

Aos anteriores acrescentaram: Moreno e Garcia (1996)

Lançamentos; Recepções; Ritmo; Reboques; Flutuação; Familiarização com o meio Rotações; Deslocamentos (propulsão e saltos); Manipulações (lançamentos e recepções)1;

Moreno e Sanmartín (1998)

Equilíbrio (flutuações e Respirações)

Quadro 11- Referência de habilidades aquáticas básicas por parte de alguns autores.

Três dificuldades básicas: 1

Manipulações: relação da interacção entre individuo e vários objectos incluindo a sua exploração própria

(segundo Moreno e Sanmartin, 1998).

28

Equilíbrio;

Adaptação ao meio aquático é um processo dinâmico;

Respiração;

Interacção das três componentes;

Propulsão; Segundo Mota (1990), existem três factores fundamentais, que não devem ser interpretados isoladamente para uma adaptação ao meio aquático: equilíbrio, a respiração e a propulsão. Refere ainda que, existem diferenças que provocam dificuldades nessa mesma adaptação. O equilíbrio depende da capacidade do corpo para flutuar e este, depende das densidades relativas do individuo e do meio. Segundo Sarmento (1979), quando o corpo está mais denso sofre mais dificuldades em se deslocar num meio liquido do que um corpo cuja densidade á inferior à da água. Domínios: 1- Equilíbrio Imersão 2- Respiração

Saltos 3- Propulsão No meio terrestre, existe um conjunto de automatismos adquiridos e regulados por informações fornecidas pelo próprio corpo. A falta destes automatismos no meio aquático provoca uma inadaptação. Segundo Mota (1990), na água existe a necessidade de adquirir automatismos relacionados com o aumento das trocas respiratórias. Segundo Sarmento (1979) e Mota (1990), os conteúdos essenciais para efectuar uma adaptação ao meio aquático são: a) sensação de flutuação do corpo; b) utilização dos membros para o equilíbrio; c) habituações ao mecanismo respiratório; d) visão debaixo de água para o deslocamento.

Equilíbrio Segundo Mota (1990), o equilíbrio (Quadro 12) sofre desordens causadas pela ausência de apoios fixos, sublinhando que o equilíbrio vertical no meio terrestre é condicionado por 29

informações que são determinadas pelo contacto dos apoios fixos sobre o solo. Enquanto no meio aquático, essas informações sofrem uma diminuição devido a ausência dos apoios plantares. Meio Terrestre

Meio Aquático

Equilíbrio vertical

Equilíbrio horizontal

Cabeça vertical

Cabeço horizontal

Olhar horizontal

Olhar vertical

Apoios plantares

Perda dos apoios plantares

Quadro 12- Habilidade aquática básica: o Equilíbrio (adaptado de Mota, 1990)

Respiração Segundo Abrantes (1979), é através da respiração que o ser humano encontra o equilíbrio. Quanto maior o volume de ar nos pulmões, maior o volume corporal imerso. Como resultado, a impulsão e o volume de água deslocados serão superiores. Segundo Sarmento (1979), a respiração do meio aquático é voluntária. A inspiração é automática e realiza-se conforme os movimentos equilibradores e propulsores, a expiração é forçada com intenção de vencer a pressão hidrostática. De acordo com a lei de Arquimedes (Quadro 13): “ Quando um corpo mergulhado num meio líquido recebe deste uma impulsão vertical, dirigido de baixo para cima, e de intensidade igual ao peso do volume de líquido por ele deslocado” Meio Terrestre

Meio Aquático

Força da Gravidade

Força de Impulsão

Quadro 13- Lei de Arquimedes. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Impuls%C3%A3o)

30

Meio Terrestre

Meio Aquático

Dominância nasal

Dominância bocal

Reflexa

Voluntária

Inspiração reflexa

Inspiração automática

Expiração passiva

Expiração activa

Quadro 14- Diferenças do mecanismo respiratório no meio terrestre e meio aquático (adaptado de Mota,1990)

Propulsão Segundo Mota (1990), o domínio do equilíbrio está intimamente ligado ao domínio da propulsão (Quadro 15). Devido à posição mais favorável para o seu deslocamento neste meio ser horizontal. Meio Terrestre

Meio aquático

Membros superiores equilibradores

Membros superiores propulsores

Membros inferiores propulsores

Membros inferiores equilibradores

Quadro 15- Habilidade aquática básica: a Propulsão (Adaptado de Mota (1990))

31

Proposta Metodológica de Adaptação ao Meio Aquático A proposta metodológica de adaptação ao meio aquático apresentada é caracterizada pela sua hierarquia de conteúdos, respeitando perduravelmente o desenvolvimento do aluno/praticante no seu íntegro, respeitando sempre o ritmo e aprendizagem de cada um face ao meio onde vão ser inseridos, bem como às suas exigências. Tendo um grande objectivo final, o desenvolvimento e melhorias das capacidades do praticante. Confeccionando uma análise deste sistema, serão repartidos em dois níveis. O primeiro nível, peculiar desde do primeiro contacto com a água até à existência de uma autonomia propulsiva, que consiste na aquisição de cinco grandes domínios. O segundo nível, com ênfase na exploração máxima dos domínios de aprendizagem incluindo uma preparação para o ensino em profundidade.

32

Organização do Processo de Ensino Nível 0/1 (Aquisição)

Fig. 1- Passagem da posição vertical para a horizontal; Posição Hidrodinâmica

Vai desde do primeiro contacto com a água até à existência de uma autonomia propulsiva, que consiste na aquisição de cinco grandes domínios.

 Contacto com o meio  Segurança  Confiança  Esquema corporal  Regulação motora

Quadro 16- Aquisição de domínios, nível 0/1

33

OBJECTIVO GERAL Adaptação ao meio aquático, mediante situações recreativas de ensino/aprendizagem, possibilitando um agradável contacto com o meio. OBJECTIVO ESPECÍFICO POR DOMÍNIO Equilíbrio 

Adquirir o contacto com o meio em posição bipedal;



Aceitar a supressão dos apoios plantares;

Respiração 

Imersão voluntária da cabeça;



Abrir a boca debaixo de água;

Propulsão 

Tomar consciência da resistência da água ao deslocamento;



Deslizes ventrais (1º) e dorsais (2º);

Espaço-Tempo 

Explorar o espaço aquático limite em diferentes de água;

Psico-Pedagógico 

Confiança;



Segurança;

Quadro 17- Objectivos gerais e específicos, nível 0/1

34

Comportamentos Terminais 

Explora o espaço através de situação de ambientação onde se valoriza: (i) apoio de mãos fixo; (ii) deslocamentos em volta de todo o espaço de trabalho; (iii) progressiva libertação de apoios manuais e plantares; (iv) progressivo afastamento do bordo da piscina;



Consegue distinguir em todas as situações de deslocamento no meio aquático, as superfícies propulsivas, como as resistências que a água oferece ao deslocamento do corpo;



Mantem a apneia, permitindo uma eliminação progressiva do reflexo respiratório inibitório;



Adquire a noção de equilíbrio a partir de situações de apoio para a ausência de apoios, observando-se: (i) olhar vertical com a cara voltada para a água; (ii) perda do contacto das plantas dos pés com o solo; (iii) sentir a presença da impulsão através da descontracção do corpo;



Adquire a noção segmentar do corpo e a sua importância na passagem de equilíbrio vertical para equilíbrio horizontal;



Adquire a noção segmentar do corpo e a sua importância na passagem de equilíbrio vertical para equilíbrio horizontal na posição ventral e dorsal;



Alinhamento corporal, com todos os segmentos na mesma horizontal, desde a posição da cabeça até à posição dos pés;



Movimentos propulsivos de pernas;



Associa na execução de todos os exercícios a expiração;



Em todos os exercícios, combina as situações de expiração só pela boca e só pelo nariz;

Tentar o mais possível o alcance dos comportamentos terminais para cada um dos domínios e, só depois, transitar para outro domínio ou conteúdos por domínios.

35

Progressões Pedagógicas para cada Domínio DOMÍNIO ADAPTAÇÃO AO LOCAL DE TRABALHO (1) Conteúdos  Actividades de reconhecimento do local através de actividades diversificadas como: (i) jogos; (ii) situações habituais de recreação (Fig.2);

Fig. 2

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Bater os pés à borda da piscina (Fig.3); Subir e descer escadas (Fig.4); Deslocar ao longo da piscina pelo bordo superior (Fig.5);

Fig. 3

Fig. 4

36

Fig. 5

 Deslocar junto ao bordo da piscina só com ajuda dos pés (Fig.6); Jogos permitindo a aproximação dos ombros da água (Fig.7);

Fig. 6

Fig. 7

Exemplo: Fazem um círculo dando as mãos. Uma bola é colocada no meio e estes têm que mantê-la dentro do centro, usando os pés para se movimentarem.  Deslocar junto à borda da piscina pelo bordo superior, ultrapassando os colegas (Fig.8);

Fig. 8

Comportamentos Terminais: Explora o novo espaço através de situações de ambientação onde se valoriza: (i) apoio de mãos fixo; (ii) deslocamentos em volta de todo o espaço de trabalho; (iii) progressiva libertação de apoios manuais e plantares; (iv) progressivo afastamento do bordo da piscina.

37

DOMÍNIO PROPULSÃO (1) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  O volante – imitar um automóvel com a tábua a servir de volante (Fig. 9); Deslocar para a frente e para trás com ajuda das mãos e braços; (Fig.10)

Fig. 9

Fig. 10

 Corridas para a frente (Fig.11); Corridas para trás (Fig.12); Jogos a pares- dois a dois de lado e de braço dado, jogar o toca e foge (Fig.13); Jogo do mata (Fig.14);

Fig. 11

Fig. 12

Fig. 13

38

Fig. 14

Comportamentos Terminais: Consegue distinguir em todas as situações de deslocamento no meio aquático, as superfícies propulsivas, sentindo ao mesmo tempo as resistências que a água oferece ao deslocamento do corpo no meio aquático. É importante e fundamental a exploração do espaço em todas as direcções aumentando a velocidade de deslocamento com a ajuda dos braços. PROPULSÃO (2) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa (Fig.15); 

Corridas para trás com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa (Fig.16);

 Deslize ventral em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.17);

Fig. 15

Fig. 16

Fig. 17

 Deslize dorsal em plano de água superficial com placa; (I) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços (Fig.18);

39

Fig. 18

 Deslize dorsal em plano de água superficial, sem placa: (I) braços ao lado do corpo; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços (Fig.19)

Fig. 19

 Cambalhotas + piruetas + exercícios combinados (deslize ventral + deslize dorsal) (Fig.20);

Fig. 20

40

Comportamentos Terminais: Alinhamento corporal, com todos os segmentos na mesma horizontal, desde a posição da cabeça até à posição dos pés.

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa (Fig.21);  Corridas para trás, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa (Fig.22);  Deslize ventral seguido de pernas crol com placa em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo com e sem placa (Fig.23);  Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial, com placa: (i) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços (Fig.24);  6 Batimentos de perna crol, roda para a posição dorsal e 6 batimentos na posição dorsal (Fig.25);

41

Fig. 21

Fig. 22

Fig. 23

Fig. 24

Fig. 25

Comportamentos Terminais: Movimentos propulsivos de pernas: (I) movimentos tipo barbatana, com os pés dirigidos para dentro; (ii) movimento tipo chicote; (iii) manter o alinhamento ventral e dorsal do corpo na mesma horizontal. DOMÍNIO RESPIRAÇÃO (1) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Jogos de empurrar objectos, com a cara na água, em diferentes percursos (Fig.26);  Junto à parede definir tempos de imersão, sem expiração. O Professor controla o tempo (Fig.27);  Exercícios dois a dois. Quando um desce o outro sobe, com as mãos dadas. Sem expiração (Fig.28);

42

 Conteúdo anterior, aumentando progressivamente os tempos de imersão aquática (Fig.29);  Exercício com bola, para que a criança se vá atirando para todos os locais do espaço de trabalho (Fig.30);  Imersão de um objecto no fundo da piscina e explicar a resistência à imersão com o exemplo do próprio corpo (Fig.31);

Fig. 26

Fig. 30

Fig. 27

Fig. 28

Fig. 29

Fig. 31

Comportamentos Terminais: Mantêm a apneia, permitindo uma eliminação progressiva do reflexo respiratório inibitório. RESPIRAÇÃO (2) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Mãos na parede, cabeça entre os braços, cara imersa, expirar o ar de forma progressiva (Fig.33); 43



Dois a dois expirar o ar e ver quem faz mais bolhas (Fig.33);

 Sobe e desce com expiração do ar (Fig.34);  O túnel, quando passa entre as pernas do parceiro expira o ar, o parceiro ajuda na submersão do corpo (Fig.35);  Apanhar objectos no fundo da piscina (Fig.36);

Fig. 32

Fig. 33

Fig. 34

Fig. 35

Fig. 36

Comportamentos Terminais: Associar na execução de todos os exercícios a expiração, limitando o efeito inibitório respiratório e ir libertando progressivamente os apoios plantares, sentindo a força da impulsão. Estrutura e Sequencialização de Conteúdos 44

 Conteúdos anteriores, com introdução progressiva da imersão da cabeça sempre com expiração (Fig.37);  Abertura da boca e dos olhos durante a imersão: (I) cabeça horizontal com olhar vertical (Fig.38);  Ajoelhar no fundo da piscina através da expiração (Fig.39);  Conteúdo anterior, tentando sentar no fundo da piscina sempre a soprar o ar, sem ajuda das mãos (Fig.40);  Tentar deitar no fundo da piscina (Fig.41);  Com os pés no fundo da piscina e a empurrar uma placa, com o peito voltado para o chão e olhar vertical, realizar ciclos respiratórios; (i) primeiro parado; (ii) depois em movimento (Fig.42);

Fig. 37

Fig. 41

Fig. 38

Fig. 42

45

Fig. 39

Fig. 40

 Exercícios educativos à superfície da água com a boca/nariz (soprar a água à superfície e depois com a boca imersa) (Fig.43);

Fig. 43

 Deslocamentos na vertical sobre obstáculos em apneia e soprar a água depois de os ultrapassar (Fig.44);

Fig. 44

 Descobrir objectos no fundo da piscina (Fig.45); 

Descer pelas escadas, em piscina de grande profundidade, contar até 3 e subir. Tentar aumentar o tempo expiratório (Fig.46);

Fig. 45

Fig. 46

46

 Expiração boca/nariz com a cabeça completamente em imersão face a um colega. Expiração cada vez mais longa (Fig.47);  Jogos em pequena profundidade: (I) cavalitas; (ii) imitação (Fig.49);

Fig. 47

Fig. 48

Comportamentos Terminais: Em todos os exercícios combinar as situações de expiração só pela boca e só pelo nariz, procurando a diminuição da contracção dos músculos faciais da boca, procurando a expiração do ar de forma activa. DOMÍNIO EQUILÍBRIO (1) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Deslocamentos em equilíbrio vertical em todas as direcções: (i) em profundidades variáveis e velocidade constante; (ii) com velocidades variáveis e profundidade 1º constante e depois variável (Fig.49); 

Deslocamentos em pé diminuindo progressivamente o volume corporal emerso (água pelos ombros) em todas as direcções (Fig.50);

 Deslocamentos em quadrupedia (mãos e pés), conservando as referências visuais (Fig.51);  Deslocamento para a frente com o tronco inclinado e cabeça para baixo-olhar vertical (Fig.52); 47

 Deslocamentos para trás com o tronco inclinado para trás e cabeça para cima- tecto (Fig.53);  Situações anteriores com deslocamento através de saltos (Fig.54);

Fig. 49

Fig. 50

Fig. 53

Fig. 54

Fig. 51

Fig. 52

Comportamentos Terminais/Equilíbrio Adquire a noção de equilíbrio a partir de situações de apoio para a ausência de apoios, observando-se: (I) olhar vertical com a cara voltada para a água: (ii) perda do contacto das plantas dos pés com o solo; (iii) sentir a presença da impulsão através da descontracção do corpo.

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Deslocamentos mediante apoios sólidos de braços e pernas sobre o muro vertical (parte funda) suprimindo os apoios plantares (Fig.55);

48

Fig. 55

 Deslocamentos sem pé, com apoio numa vara ou numa placa (Fig.56);  Ensaiar progressivamente a extensão do corpo na água descobrindo aos poucos o impulso na água (Fig.57);  Com apoios sólidos na parede com ambas as mãos, posição de medusa, sentindo a impulsão do corpo na água (Fig.58);  Conteúdo anterior, eliminando progressivamente e os apoio sólidos das mãos até à impulsão do corpo na água (Fig. 59);  Ensaiar progressivamente a extensão das pernas até à posição horizontal ventral com apoio sólido das mãos (Fig.60);  Conteúdo anterior, eliminando progressivamente os apoios das mãos da parede (fig.61); 

Exercícios de posição de equilíbrio juntamente com um colega ensaiando progressivamente a extensão das pernas e retornando à posição inicial até à posição ventral (Fig. 62);

 Conteúdo anterior, ensaiando, após a extensão horizontal ventral, o deslize provocado pelo colega com a manipulação de várias posições da cabeça (Fig. 63);  Empurrar a parede com as mãos e com os pés e sentir o impulso do corpo durante o deslize ventral (Fig.64); 49

Fig. 56

Fig. 57

Fig. 58

Fig. 60

Fig. 59

Fig. 61

Fig. 62

Fig. 63

Fig. 64

 Passagem da posição horizontal para a posição vertical (i) engrupar queixo ao peito; (ii) elevar a cabeça de extensão das pernas até a posição vertical (Fig.65);

Fig. 65

50

 Passagem da posição vertical para a posição horizontal: (i) cabeça entre os braços; (ii) engrupar-posiçao de medusa; (iii) extensão das pernas até à posição horizontal (Fig.66)

Fig. 66

Comportamentos Terminais/Equilíbrio Adquire a noção segmentar do corpo e a sua importância na passagem de equilíbrio vertical para equilíbrio horizontal. Componentes principais a ter em consideração na execução destes exercícios: (I) a colocação da cabeça entre os braços com o queixo no peito (olhar para os pés); (ii) puxar as pernas para o peito, em flexão; (iii) extensão das pernas na horizontal, com descontracção do corpo na horizontal (todo o corpo na mesma horizontal). EQUILÍBRIO (2) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Junto à parede passa de equilíbrio horizontal ventral para equilíbrio vertical: (i) elevação da cabeça; (ii) engrupa o corpo (Fig.67);  Junto à parede passa de equilíbrio horizontal dorsal para equilíbrio vertical: (i) elevação da cabeça; (ii) engrupa o corpo (Fig. 68);  Combinação de movimentos: (i) extensão horizontal ventral; (ii) engrupa e eleva a cabeça; (iii) posição vertical; (iv) retorna à posição de equilíbrio ventral horizontal (Fig.69); 51

Fig. 67

Fig. 68

Fig. 69

 Combinação de movimentos; (i) extensão horizontal dorsal; (ii) engrupa e eleva a cabeça; (iii) posição vertical; (iv) retorna à posição de equilíbrio dorsal horizontal (Fig.70);

52

Fig. 70

 Conteúdo anterior depois de passar da posição ventral para a vertical, passar da posição vertical para a posição dorsal (Fig.71);

Fig. 71

 Passa da posição horizontal ventral para a dorsal sem pôr os pés no chão: (I) posição ventral; (ii) engrupa as pernas e eleva a cabeça; (iii) posição dorsal; (iv) extensão das pernas (Fig.72);

Fig. 72

53

Comportamentos Terminais: Adquire a noção segmentar corpo e a sua importância na passagem do equilíbrio vertical para horizontal na posição ventral e dorsal: (i) deita a cabeça para trás; (ii) eleva o peito e puxa as pernas para o tronco; (iii) eleva a bacia e faz a extensão das pernas, com o corpo alinhado na horizontal.

54

Sequência de domínios Nível 0/1 Adaptação ao Local de Trabalho (1) Conteúdos  Actividades de reconhecimento do local através de actividades diversificadas como: (I) jogos; (ii) situações habituais de recreação

Comportamentos Terminais  Explora o novo espaço através de situações de ambientação onde se valoriza: (I) apoio de mãos fixo; (ii) deslocamentos em volta de todo o espaço de trabalho; (iii) progressiva libertação de apoios manuais e plantares; (iv) progressivo afastamento do bordo da piscina

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Bater os pés à borda da piscina  Subir e descer escadas  Deslocar ao longo da piscina pelo bordo superior  Deslocar junto ao bordo da piscina só com ajuda dos pés  Jogos permitindo a aproximação dos ombros da água  Deslocar-se junto à borda da piscina pelo bordo superior, ultrapassando os colegas

Propulsão (1) 

O volante – imitar um automóvel com a tábua a servir de volante

55



Deslocar para a frente e para trás com ajuda das mãos e braços



Corridas para a frente



Corridas para trás



Jogos a pares- dois a dois de lado e de braço dado, jogar o toca e foge



Jogo do mata

Comportamentos Terminais  Consegue distinguir em todas as situações de deslocamento no meio aquático, as superfícies propulsivas, sentindo ao mesmo tempo as resistências que a água oferece ao deslocamento do corpo no meio aquático. É importante e fundamental a exploração do espaço em todas as direcções aumentando a velocidade de deslocamento com a ajuda dos braços.

Domínio Respiração (1) 

Jogos de empurrar objectos, com a cara na água, em diferentes percursos



Junto à parede definir tempos de imersão, sem expiração. O Professor controla o tempo



Exercícios dois a dois. Quando um desce o outro sobe, com as mãos dadas. Sem expiração



Conteúdo anterior, aumentando progressivamente os tempos de imersão aquática



Exercício com bola, para que a criança se vá atirando para todos os locais do espaço de trabalho



Imersão de um objecto no fundo da piscina (placa) e explicar a resistência à imersão com o exemplo do próprio corpo

Comportamentos Terminais  Mantêm a apneia, permitindo uma eliminação progressiva do reflexo respiratório inibitório

Domínio Equilíbrio (1) 56



Deslocamentos em equilíbrio vertical em todas as direcções: (I) em profundidades variáveis e velocidade constante; (ii) com velocidades variáveis e profundidade 1º constante e depois variável



Deslocamentos em pé diminuindo progressivamente o volume corporal emerso (água pelos ombros) em todas as direcções



Deslocamentos em quadrupedia, conservando as referências visuais



Deslocamentos para a frente com o tronco inclinado e cabeça para baixo-olhar vertical



Deslocamentos para trás com o tronco inclinado para trás e cabeça para cima- tecto



Situações anteriores com deslocamento através de saltos

Comportamentos Terminais/Equilíbrio  Adquire a noção de equilíbrio a partir de situações de apoio para a ausência de apoios, observando-se: (I) olhar vertical com a cara voltada para a água: (ii) perda do contacto das plantas dos pés com o solo; (iii) sentir a presença da impulsão através da descontracção do corpo



Deslocamentos mediante apoios sólidos de braços e pernas sobre o muro vertical (parte funda) suprimindo os apoios plantares



Deslocamentos sem pé, com apoio numa vara ou numa placa



Ensaiar progressivamente a extensão do corpo na água descobrindo aos poucos o impulso na água



Com apoios sólidos na parede com ambas as mãos, posição de medusa, sentindo a impulsão do corpo na água.



Conteúdo anterior, eliminando progressivamente e os apoio sólidos das mãos até à impulsão do corpo na água



Ensaiar progressivamente a extensão das pernas até à posição horizontal ventral com apoio sólido das mãos



Conteúdo anterior, eliminando progressivamente os apoios das mãos da parede



Exercícios de posição de equilíbrio juntamente com um colega ensaiando progressivamente a extensão das pernas e retornando à posição inicial até à posição ventral

57



Conteúdo anterior, ensaiando, após a extensão horizontal ventral, o deslize provocado pelo colega com a manipulação de várias posições da cabeça



Empurrar a parede com as mãos e com os pés e sentir o impulso do corpo durante o deslize ventral



Passagem da posição horizontal para a posição vertical (I) engrupar queixo ao peito; (ii) elevar a cabeça de extensão das pernas até a posição vertical



Passagem da posição vertical para a posição horizontal: (I) cabeça entre os braços; (ii) engrupar-posiçao de medusa; (iii) extensão das pernas até à posição horizontal

Comportamentos Terminais/Equilíbrio  Adquire a noção segmentar do corpo e a sua importância na passagem de equilíbrio vertical para equilíbrio horizontal. Componentes principais a ter em consideração na execução destes exercícios: (I) a colocação da cabeça entre os braços com o queixo no peito (olhar para os pés); (ii) puxar as pernas para o peito, em flexão; (iii) extensão das pernas na horizontal, com descontracção do corpo na horizontal (todo o corpo na mesma horizontal)

Domínio Equilíbrio (2) 

Junto à parede passa de equilíbrio horizontal ventral para equilíbrio vertical: (I) elevação da cabeça; (ii) engrupa o corpo



Junto à parede passa de equilíbrio horizontal dorsal para equilíbrio vertical: (I) elevação da cabeça; (ii) engrupa o corpo



Combinação de movimentos: (I) extensão horizontal ventral; (ii) engrupa e eleva a cabeça; (iii) posição vertical; (iv) retorna À posição de equilíbrio ventral horizontal



Combinação de movimentos; (I) extensão horizontal dorsal; (ii) engrupa e eleva a cabeça; (iii) posição vertical; (iv) retorna à posição de equilíbrio dorsal horizontal



Conteúdo anterior depois de passar da posição ventral para a vertical, passar da posição vertical para a posição dorsal



Passa da posição horizontal ventral para a dorsal sem pôr os pés no chão: (I) posição ventral; (ii) engrupa as pernas e eleva a cabeça; (iii) posição dorsal; (iv) extensão das pernas

Comportamentos Terminais 58

 Adquire a noção segmentar corpo e a sua importância na passagem do equilíbrio vertical para horizontal na posição ventral e dorsal: (I) deita a cabeça para trás; (ii) eleva o peito e puxa as pernas para o tronco; (iii) eleva a bacia e faz a extensão das pernas, com o corpo alinhado na horizontal

Domínio Propulsão (2) 

Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (I) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa



Corridas para trás com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (I) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa



Deslize ventral em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo



Deslize dorsal em plano de água superficial com placa; (I) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços



Deslize dorsal em plano de água superficial, sem placa: (I) braços ao lado do corpo; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços



Cambalhotas + piruetas + exercícios combinados (deslize ventral + deslize dorsal)

Comportamentos Terminais  Alinhamento corporal, com todos os segmentos na mesma horizontal, desde a posição da cabeça até à posição dos pés

Propulsão (2) 

Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (I) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa



Corridas para trás, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (I) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás à extensão completa



Deslize ventral seguido de pernas crol com placa em apneia em plano de água: (I) superficial; (ii) médio; (iii) profundo com e sem placa

59



Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial, com placa: (I) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços



6 Batimentos de perna crol, roda para a posição dorsal e 6 batimentos na posição dorsal

Comportamentos Terminais  Movimentos propulsivos de pernas: (I) movimentos tipo barbatana, com os pés dirigidos para dentro; (ii) movimento tipo chicote; (iii) manter o alinhamento ventral e dorsal do corpo na mesma horizontal

Respiração (2) 

Mãos na parede, cabeça entre os braços, cara imersa, expirar o ar de forma progressiva



Dois a dois expirar o ar e ver quem faz mais bolhas



Jogos de empurrar objectos, bola, mas ao mesmo tempo expirar o ar



Sobe e desce com expiração do ar



O túnel, quando passa entre as pernas do parceiro expira o ar, o parceiro ajuda na submersão do corpo



Apanhar objectos no fundo da piscina

Comportamentos Terminais  Associar na execução de todos os exercícios a expiração, limitando o efeito inibitório respiratório e ir libertando progressivamente os apoios plantares, sentindo a força da impulsão. 

Conteúdos anteriores, com introdução progressiva da imersão da cabeça sempre com expiração

60



Abertura da boca e dos olhos durante a imersão: (I) cabeça horizontal com olhar vertical



Ajoelhar no fundo da piscina através da expiração



Conteúdo anterior, tentando sentar no fundo da piscina sempre a soprar o ar, sem ajuda das mãos



Tentar deitar no fundo da piscina



Com os pés no fundo da piscina e a empurrar uma placa, com o peito voltado para o chão e olhar vertical, realizar ciclos respiratórios; (I) primeiro parado; (ii) depois em movimento



Exercícios educativos à superfície da água com a boca/nariz (soprar a água à superfície e depois com a boca imersa)



Deslocamentos na vertical sobre obstáculos em apneia e soprar a água depois de os ultrapassar



Descobrir objectos no fundo da piscina



Descer pelas escadas, em piscina de grande profundidade, contar até 3 e subir. Tentar aumentar o tempo expiratório



Expiração boca/nariz com a cabeça completamente em imersão face a um colega. Expiração cada vez mais longa



Jogos em pequena profundidade: (I) cavalitas; (ii) imitação

Comportamentos Terminais  Em todos os exercícios combinar as situações de expiração só pela boca e só pelo nariz, procurando a diminuição da contracção dos músculos faciais da boca, procurando a expiração do ar de forma activa

Tentar o mais possível o alcance dos comportamentos terminais para cada um dos domínios e só depois transitar para outro domínio ou conteúdos por domínio.

61

Hierarquia de conteúdos a adquirir no Nível 0,1 de Forma Progressiva 1.

Bate os pés na borda da piscina.

2.

Sobe e desce escadas.

3.

Desloca-se ao longo da piscina pelo bordo superior.

4.

Desloca-se junto ao bordo da piscina só com ajuda dos pés.

5.

Desloca-se junto à borda da piscina pelo bordo superior, ultrapassando os colegas.

6.

Desloca-se para a frente e para trás com ajuda das mãos e braços.

7.

Corre para a frente.

8.

Corre para trás.

9.

Desloca-se em pé com a água pelos ombros em todas as direcções.

10. Desloca-se em quadrupedia, conservando as referências visuais. 11. Desloca-se para a frente com o tronco inclinado e cabeça para baixo-olhar vertical. 12. Desloca-se para trás com tronco inclinado para trás e cabeça para cima- tecto. 13. Empurra objectos, com a cara na água, em diferentes percursos. 14. Imersão, da cabeça sem expiração, aumentando progressivamente o tempo de imersão. 15. Com apoios sólidos na parede com ambas as mãos, posição de medusa, sente a impulsão do corpo na água. 16. Conteúdo anterior, eliminando progressivamente os apoios sólidos das mãos até à impulsão do corpo na água. 17. Ensaia progressivamente a extensão das pernas até à posição horizontal ventral com apoio sólidos das mãos. 18. Conteúdo anterior, eliminando progressivamente os apoios das mãos da parede. 19. Ensaia a extensão das pernas e retornando à posição inicial até à posição vertical.

62

20. Ensaia progressivamente a extensão das pernas até à posição horizontal (dorsal) com apoio sólidos das mãos. 21. Conteúdo anterior, eliminando progressivamente os apoios das mãos da parede. 22. Ensaia a extensão das pernas e retornando à posição inicial até à posição vertical. 23. Passa de posição horizontal (ventral-dorsal) para a posição vertical. 24. Passa da posição vertical para a posição horizontal (ventral-dorsal). 25. Combina movimentos: (I) horizontal ventral; (ii) posição vertical; (iii) retorna à posição horizontal. 26. Combina movimentos: (I) dorsal; (ii) posição vertical; (iii) retorna à posição dorsal horizontal. 27. Passa da posição horizontal ventral para a dorsal sem pôr os pés no chão. 28. Ensaia, após a extensão horizontal ventral, o deslize provocado pelo colega com varias posições da cabeça. 29. Empurrar a parede com as mãos e com os pés e sentir o impulso do corpo durante o deslize ventral. 30. Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados de braços. 31. Corridas para trás com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados dos braços. 32. Deslize ventral em apneia em diferentes planos de água. 33. Deslize dorsal com placa: (I) ao lado do corpo; (ii) atrás em extensão no prolongamento dos ombros. 34. Conteúdo anterior sem placa. 35. Deslize ventral seguido de pernas crol em apneia em plano de água: (I) superficial; (ii) médio; (iii) profundo com placa. 36. Cara imersa, junto à parede expira o ar de forma progressiva. 37. Dois a dois expirar o ar e ver quem faz mais bolhas. 38. Empurra objectos (bola), mas ao mesmo tempo expira o ar. 39. Sobe e desce com expiração do ar.

63

40.

Passa entre as pernas do parceiro expira o ar, parceiro ajuda na submersão do corpo.

41. Apanhar objectos no fundo da piscina. 42. Abre a boca e os olhos durante a imersão, com expiração. 43. Ajoelha-se no fundo da piscina através da expiração. 44. Senta-se no fundo da piscina sempre a soprar o ar, sem ajuda das mãos. 45.

Deita-se no fundo da piscina.

46.

Realizar ciclos respiratórios: (I) primeiro parado; (ii) depois em movimento, com os pés no fundo.

47. Desloca-se na vertical sobre obstáculos em apneia e soprar a água depois de os ultrapassar. 48. Descobre objectos no fundo da piscina.

49. Desce pelas escadas, em piscina de grande profundidade, conta até 3 e sobe. Tentar aumentar o tempo expiratório.

64

Organização do Processo de Ensino Nível 2 (Aperfeiçoamento)

 Contacto com o meio  Segurança  Confiança  Profundidade  Esquema corporal  Regulação motora

Quadro 18- Aquisição de domínios, nível 2

65

OBJECTIVO GERAL Adaptação ao meio aquático, com exploração máxima dos domínios de aprendizagem  Preparação para o ensino em profundidade. OBJECTIVO ESPECÍFICO POR DOMÍNIO Equilíbrio 

Equilíbrio horizontal ventral e dorsal.

Respiração 

Apneia 8´´-10´´, antes de uma expiração aquática longa, completa e continua (boca/nariz), com sequência para uma série de inspiração/expiração.

Propulsão 

Deslocar-se em equilíbrio (deslizes) horizontal, (ventral e dorsal).

Espaço-Tempo 

Explorar a profundidade;



Adquirir a noção de espaço motor, fornecido pelo modo táctil.

Psico-Pedagógico 

Segurança;



Confiança;



Dinamismo e curiosidade (diminuir as referências auditivas num meio com as referências visuais modificadas.

Quadro 19- Objectivos gerais e específicos, nível 2

66

Comportamentos Terminais 

Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal;



Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal;



Domina o equilíbrio horizontal ventral e dorsal, com a colocação correcta de todos os segmentos na mesma horizontal. No equilíbrio ventral: (i) corpo horizontal com cabeça entre os braços em flexão cervical, com braços estendidos. No equilíbrio dorsal: (i) braços estendidos, queixo fora da água, peito fora da água e bacia à superfície;



Movimentos propulsivos de pernas: (i) movimento tipo barbatana, com os pés dirigidos para dentro; (ii) movimento tipo chicote; (iii) manter o alinhamento ventral e dorsal do corpo na mesma horizontal;



Adquire a noção dos movimentos alternados e simultâneos de braços na posição ventral e dorsal: (i) o movimento com a maior amplitude possível; (ii) inicio e fim com o braço em extensão; (iii) tentar fazer o movimento o mais próximo possível do eixo de deslocamento do corpo. Na posição ventral, debaixo do peito, na posição dorsal por cima da cabeça;



A criança adquire os automatismos respiratórios coordenando a inspiração e expiração: (i) expiração completa activa e prolongada; (ii) inspiração curta; (iii) adquire a noção e tempos exactos de inspiração e expiração em função de cada situação;



Executa os movimentos propulsivos de pernas crol, costas e ondulações de corpo tipo golfinho da técnica de mariposa coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos movimentos;



Executa os movimentos propulsivos de pernas crol, costas e ondulações de corpo tipo golfinho da técnica de mariposa coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios; (iii) ritmo de execução dos movimentos dos membros inferiores durante a respiração;



Executa os movimentos propulsivos de braços alternados e simultâneos na posição horizontal ventral e dorsal coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos

67

movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios; 

Na exploração envolvente, utilizando para o efeito os exercícios de imersão e salto: (i) domina a profundidade; (ii) explora o plano profundo a partir da posição de salto vertical, com um forte impulso para entrar o mais longe possível, e com o domínio do corpo sobre as rotações sobre o eixo longitudinal e transversal;



Entrar na água a partir da posição de sentado e agachado, sendo o 1º contacto com a cabeça: (i) eleva a bacia; (ii) coloca a cabeça entre os braços; (iii) desequilibra o corpo; (iv) desce o tronco simultaneamente à colocação da bacia em posição alta; (v) impulso e entrada, em 1º lugar com as mãos e braços.

Tentar o mais possível o alcance dos comportamentos terminais para cada um dos domínios e só depois transitar para outro domínio ou conteúdos por domínios.

68

Progressões Pedagogicas para cada Domínio EQUILIBRIO (3) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos 

Em posição de medusa e em apneia, deixar o colega brincar com o corpo, afundando e emergindo depois à superfície, em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.73);



Piruetas com ajuda das mãos, sem ajuda dos colegas em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.74);



Cambalhotas para a frente sem ajuda do colega em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.75);



Cambalhotas para trás, com ajuda do colega ou professor em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.76);



Cambalhota para trás sem ajuda do colega ou professor em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.77);

Apneia respiratória

Fig. 75

Posição medusa

Fig. 76

Fig. 73

Fig. 77

69

Fig. 74



Deslizes ventrais, em diversas posições combinadas: (i) deslize-engrupa; (ii) deslize engrupa-deslize em planos de água: (I) superficial; (ii) médio; (iii) profundo (Fig.78);

Fig. 78

Comportamentos Terminais: Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal.

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Posição de medusa em apneia e depois em expiração progressiva até o corpo se afundar (Fig.79);  Corpo na posição horizontal ventral, expiração máxima até o corpo afundar (Fig.80);

70

Fig. 79

Fig. 80

 Corpo na posição horizontal dorsal, expiração máxima até o corpo afundar (Fig.81);  Na posição dorsal utilizar os movimentos oscilatórios das mãos, para fora e dentro para fazer deslocar o corpo (Fig.82);  Piruetas com ajuda do colega (Fig.83);  Cambalhotas para a frente com ajuda do colega (Fig.84);

Fig. 81

Fig. 82

Fig. 83

Fig. 84

Comportamentos Terminais: Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal.

71

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Impulso de parede com os pés na posição ventral- engrupa e fica em apneia (Fig.85);  Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até afundar o corpo (Fig.86);

Fig. 85

Fig. 86

 Impulso de parede com as mãos, deslize para trás e no fim engrupa e fica em apneia (Fig.89)

Fig. 87

 Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até afundar o corpo (Fig.88);

72

Fig. 88

 Impulso de parede com os pés na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia, observar a rotação do corpo (Fig.89);

Fig. 89

 Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar (Fig.90);

Fig. 90

 Impulso da parede com as mãos na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia, observar a rotação do corpo (Fig.91);

73

Fig. 91

 Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar (Fig.92);

Fig. 92

 Em zona de profundidade e em apneia provocar a descida do corpo e depois devido à acção da impulsão deixar o corpo subir (Fig.93);  Piruetas após forte impulso em plano de água superficial partindo da posição ventral (Fig.94);  Piruetas após forte impulso em plano de água médio e profundo partindo da posição ventral- verbalizar as diferenças (Fig.95);

74

Fig. 93

Fig. 94

Fig. 95

 Conteúdos anteriores partindo da posição dorsal (Fig.96);

Fig. 96

Comportamentos Terminais: Domina o equilíbrio horizontal ventral e dorsal, com a colocação correcta de todos os segmentos na mesma horizontal. No equilíbrio ventral: (i) corpo horizontal com cabeça entre os braços em flexão cervical, com braços estendidos. No equilíbrio dorsal: (i) braços estendidos, queixo fora da água, peito fora da água e bacia à superfície.

75

PROPULSÃO (3) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás até à extensão completa (fig.97);  Corridas para trás, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás até à extensão completa (Fig.98);  Deslize ventral seguido de pernas crol em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo com e sem placa (Fig.99);

Fig. 97

Fig. 98

Fig. 99

 Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial com placa: (i) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços (Fig.100)

76

Fig. 100

 Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial, com placa: (i) braços ao lado do corpo; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços (Fig.101);  6 Batimentos de pernas crol, roda para a posição dorsal e 6 batimentos na posição dorsal (Fig.102);

Fig. 101

Fig. 102

Comportamentos Terminais: Movimentos propulsivos de pernas: (i) movimento tipo barbatana, com os pés dirigidos para dentro; (ii) movimento tipo chicote; (iii) manter o alinhamento ventral e dorsal do corpo na mesma horizontal. Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, com placa entre as pernas (Fig.103);

77

 Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, sem placa: (I) sem batimento de pernas e depois com batimento (Fig.104);  Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, com placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia movimento (Fig.105);  Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, sem placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia movimento: (i) sem batimento de pernas e depois com batimento (Fig.106);  Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até atrás, com placa entre as pernas (Fig.107);  Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até atrás em apneia, sem placa: (i) sem batimento de pernas e depois com batimento de pernas (Fig.108);

Fig. 103

Fig. 107

Fig. 104

Fig. 105

Fig. 108

78

Fig. 106

Comportamentos Terminais: Adquire a noção dos movimentos alternados e simultâneos de braços na posição ventral e dorsal: (i) o movimento com a maior amplitude possível; (ii) inicio e fim com o braço em extensão; (iii) tentar fazer o movimento o mais próximo possível do eixo de deslocamento do corpo. Na posição ventral, debaixo do peito, na posição dorsal por cima da cabeça. PROPULSÃO (4) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Pernas crol com placa: (i) grande; (ii) pequena e com respiração frontal- aumenta progressivamente o tempo expiratório e diminui o tempo inspiratório (Fig.109);  Ondulações do corpo, tipo golfinho, com respiração frontal e com placa- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração (Fig.110);  Pernas crol sem placa com os braços estendidos no prolongamento dos ombros, a realizar os ciclos respiratórios, aumentando a expiração e diminuindo a inspiração (Fig.111);

Fig. 109

Fig. 110

Fig. 111

 Ondulações do corpo, tipo golfinho, com respiração frontal e com braços ao lado do corpo- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração (Fig.112); 79

 Pernas crol sem placa com os braços ao lado do corpo, a realizar ciclos respiratórios aumentando a expiração e diminuindo a inspiração (Fig.113);

Fig. 112

Fig. 113

 Ondulações do corpo tipo golfinho, com respiração frontal e com braços estendidos no prolongamento do corpo- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração (Fig.114);

Fig. 114

Comportamentos Terminais: Executa os movimentos propulsivos de pernas crol, costas e ondulações de corpo tipo golfinho da técnica de mariposa coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios; (iii) ritmo de execução dos movimentos dos membros inferiores durante a respiração. 80

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás com placa entre as pernas, quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça) (Fig.115);  Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás sem placa com batimento alternado quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça) (Fig.116);

Fig. 115

Fig. 116

 Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás, com placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia o movimento quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça) (Fig.117);  Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás sem placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia o movimento: com batimento quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça) (Fig.118);  Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal, da frente até trás, com placa entre as pernas. Inspiração durante a recuperação dos braços, expiração durante a acção propulsiva (Fig.119);

81

Fig. 117

Fig. 118

Fig. 119

 Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até trás sem placa com batimento de pernas. Inspiração durante a recuperação dos braços, expiração durante a acção propulsiva (Fig.120);

Fig. 120

Comportamentos Terminais: Executa os movimentos propulsivos de braços alternados e simultâneos na posição horizontal ventral e dorsal coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios. RESPIRAÇÃO (3) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Séries de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, na posição vertical parado (Fig.121); 82

 Séries de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, na posição vertical, junto à parede com o peito voltado para o chão e braços estendidos (Fig.122);  Série de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, em deslocamento vertical com o peito voltado para o chão e braços estendidos (Fig.123);  Ciclos de expiração- inspiração com batimento de pernas crol junto à parede. Tempos de expiração e inspiração idênticos (Fig.124);  Conteúdo anterior, aumentando progressivamente os tempos expiratórios e diminuindo os tempos inspiratórios (Fig.125);

Fig. 121

Fig. 122

Fig. 123

Fig. 125

 Passar por entre as pernas dos colegas, quando passar, expira o ar (Fig.126);

83

Fig. 124

 Conteúdos combinados quando dois a dois; piruetas; quando a criança emerge a boca inspira, quando está na posição ventral expira o ar (Fig.127);  Golfinhos. Inspira durante o salto, expira no movimento descendente- bloqueio respiratório durante o movimento ascendente (Fig.128);  Jogos com arcos. Quando passa pôr entre os arcos, expira durante o salto inspira (Fig.129);  Cambalhota à frente, inspira quando a cabeça está imersa e expira durante o rolamento (Fig.130);

Fig. 126

Fig. 127

Fig. 128

Fig. 130

 Saltos de golfinho com ciclos de inspiração/expiração (Fig.131);  Batimento de pernas crol com ciclos respiratórios, com placa: (i) grande; (ii) pequena (Fig.132);

84

Fig. 129

Fig. 131

Fig. 132

Comportamentos Terminais: A criança adquire os automatismos respiratórios coordenando a inspiração e expiração: (I) expiração completa activa e prolongada; (ii) inspiração curta; (iii) adquire a noção e tempos exactos de inspiração e expiração em função de cada situação. DOMÍNIO ESPAÇO/TEMPO (1) Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Imersão com o apoio das escadas, quando toca com os pés no fundo, expira e ajoelha-se (Fig.133);

Fig. 133

 Salta na posição vertical, para piscina sem pé, agarra as escadas e sobe lentamente (Fig.134);  Salto em extensão, na posição vertical, de frente e de costas (Fig.135);

85

 Salto em extensão na posição vertical, engrupa e cai na água (Fig.136);  Salto de costas com o corpo na posição engrupada, inicial (Fig.137);

Fig. 134

Fig. 135

Fig. 137

 Salto em extensão na posição vertical com uma pirueta completa e entra com os pés (Fig.138);

Fig. 138

86

Fig. 136

Comportamento Terminais: Na exploração envolvente, utilizando para o efeito os exercícios de imersão e salto: (i) domina a profundidade; (ii) explora o plano profundo a partir da posição de salto vertical, com um forte impulso para entrar o mais longe possível, e com o domínio do corpo sobre as rotações sobre o eixo longitudinal e transversal.

Estrutura e Sequencialização de Conteúdos  Sentado na borda da piscina, colocar a cabeça entre os braços, elevar a bacia e deixar o corpo cair na água: (i) pequena profundidade; (ii) grande profundidade (Fig.139);  O mesmo exercício anterior, mas partir de uma posição da bacia mais elevada (joelhos) (Fig.140);

Fig. 139

Fig. 140

 Exercício anterior, após entrar na água, entrar num arco (Fig.141);  Após salto em posição do corpo intermédia (pernas flectidas), mergulhar e apanhar um objecto (Fig.142);

87

Fig. 141

Fig. 142

 Após salto em posição do corpo intermédia (pernas flectidas) mergulhar, passar debaixo de um arco e apanhar um objecto (Fig.143);  Saltar e apanhar um objecto no ar, largar e entrar de cabeça (Fig.144);

Fig. 143

Fig. 144

Comportamentos Terminais: Entrar na água a partir da posição de sentado e agachado, sendo o 1º contacto com a cabeça: (i) eleva a bacia; (ii) coloca a cabeça entre os braços; (iii) desequilibra o corpo; (iv) desce o tronco simultaneamente à colocação da bacia em posição alta; (v) impulso e entrada, em 1º lugar com as mãos e braços.

88

Sequência de Domínios Nível 2 Equilíbrio (3) 

Em posição de medusa e em apneia, deixar o colega brincar com o corpo, afundando e emergindo depois à superfície, em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo;



Piruetas com ajuda das mãos, sem ajuda dos colegas em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo,



Cambalhotas para a frente sem ajuda do colega em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo;



Cambalhotas para trás, com ajuda do colega ou professor em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo;



Cambalhota para trás sem ajuda do colega ou professor em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo;



Deslizes ventrais, em diversas posições combinadas: (i) deslize-engrupa; (ii) deslize engrupa-deslize em planos de água: (I) superficial; (ii) médio; (iii) profundo;

Comportamentos Terminais  Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal.



Posição de medusa em apneia e depois em expiração progressiva até o corpo se afundar;



Corpo na posição horizontal ventral, expiração máxima até o corpo afundar;



Corpo na posição horizontal dorsal, expiração máxima até o corpo afundar;



Na posição dorsal utilizar os movimentos oscilatórios das mãos, para fora e dentro para fazer deslocar o corpo;

89



Piruetas com ajuda do colega;



Cambalhotas para a frente com ajuda do colega;

Comportamentos Terminais  Domina as diferentes posições de equilíbrio ventral e dorsal e consegue elaborar formas transitórias (do ventral para o dorsal e do dorsal para o ventral) destas diferentes posições: (i) corpo sempre alinhado horizontalmente quer na posição ventral, quer na posição dorsal.



Impulso de parede com os pés na posição ventral- engrupa e fica em apneia;



Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até afundar o corpo;



Impulso de parede com as mãos, deslize para trás e no fim engrupa e fica em apneia;



Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar;



Impulso de parede com os pés na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia, observar a rotação do corpo;



Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até afundar o corpo;



Impulso da parede com as mãos na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia, observar a rotação do corpo;



Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar;



Em zona de profundidade e em apneia provocar a descida do corpo e depois devido à acção da impulsão deixar o corpo subir;



Piruetas após forte impulso em plano de água superficial partindo da posição ventral;



Piruetas após forte impulso em plano de água médio e profundo partindo da posição ventral- verbalizar as diferenças;



Conteúdos anteriores partindo da posição dorsal;

90

Comportamentos Terminais  Domina o equilíbrio horizontal ventral e dorsal, com a colocação correcta de todos os segmentos na mesma horizontal. No equilíbrio ventral: (i) corpo horizontal com cabeça entre os braços em flexão cervical, com braços estendidos. No equilíbrio dorsal: (I) braços estendidos, queixo fora da água, peito fora da água e bacia à superfície.

Propulsão (3) 

Corridas para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás até à extensão completa;



Corridas para trás, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços: (i) a mão entra sempre à frente do ombro e puxa para trás até à extensão completa;



Deslize ventral seguido de pernas crol em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo com e sem placa;



Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial com placa: (i) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços;



Deslize dorsal seguido de pernas costas em plano de água superficial, com placa: (i) braços ao lado do corpo; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços;



6 Batimentos de pernas crol, roda para a posição dorsal e 6 batimentos na posição dorsal;

Comportamentos Terminais  Movimentos propulsivos de pernas: (i) movimento tipo barbatana, com os pés dirigidos para dentro; (ii) movimento tipo chicote; (iii) manter o alinhamento ventral e dorsal do corpo na mesma horizontal.

91



Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, com placa entre as pernas;



Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, sem placa: (i) sem batimento de pernas e depois com batimento;



Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, com placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia movimento;



Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até atrás em apneia, sem placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia movimento: (i) sem batimento de pernas e depois com batimento;



Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até atrás, com placa entre as pernas;



Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até atrás em apneia, sem placa: (i) sem batimento de pernas e depois com batimento de pernas;

Comportamentos Terminais  Adquire a noção dos movimentos alternados e simultâneos de braços na posição ventral e dorsal: (i) o movimento com a maior amplitude possível; (ii) inicio e fim com o braço em extensão; (iii) tentar fazer o movimento o mais próximo possível do eixo de deslocamento do corpo. Na posição ventral, debaixo do peito, na posição dorsal por cima da cabeça.

Respiração (3) 

Séries de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, na posição vertical parado;



Séries de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, na posição vertical, junto à parede com o peito voltado para o chão e braços estendidos;



Série de expirações longas e progressivas, com inspiração curta, em deslocamento vertical com o peito voltado para o chão e braços estendidos;



Ciclos de expiração- inspiração com batimento de pernas crol junto à parede. Tempos de expiração e inspiração idênticos;



Conteúdo anterior, aumentando progressivamente os tempos expiratórios e diminuindo os tempos inspiratórios;



Passar por entre as pernas dos colegas, quando passar, expira o ar;

92



Conteúdos combinados quando dois a dois; piruetas; quando a criança emerge a boca inspira, quando está na posição ventral expira o ar;



Golfinhos. Inspira durante o salto, expira no movimento descendente- bloqueio respiratório durante o movimento ascendente;



Jogos com arcos. Quando passa pôr entre os arcos, expira durante o salto inspira;



Cambalhota à frente, inspira quando a cabeça está imersa e expira durante o rolamento;



Saltos de golfinho com ciclos de inspiração/expiração;



Batimento de pernas crol com ciclos respiratórios, com placa: (I) grande; (ii) pequena;

Comportamentos Terminais  A criança adquire os automatismos respiratórios coordenando a inspiração e expiração: (I) expiração completa activa e prolongada; (ii) inspiração curta; (iii) adquire a noção e tempos exactos de inspiração e expiração em função de cada situação.

Propulsão (4) 

Pernas crol com placa: (i) grande; (ii) pequena e com respiração frontal- aumenta progressivamente o tempo expiratório e diminui o tempo inspiratório;



Ondulações do corpo, tipo golfinho, com respiração frontal e com placa- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração;



Pernas crol sem placa com os braços estendidos no prolongamento dos ombros, a realizar os ciclos respiratórios, aumentando a expiração e diminuindo a inspiração;



Ondulações do corpo, tipo golfinho, com respiração frontal e com braços ao lado do corpo- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração;



Pernas crol sem placa com os braços ao lado do corpo, a realizar ciclos respiratórios aumentando a expiração e diminuindo a inspiração;



Ondulações do corpo tipo golfinho, com respiração frontal e com braços estendidos no prolongamento do corpo- 4 batimentos com expiração e 1 inspiração;

Comportamentos Terminais 93

 Executa os movimentos propulsivos de pernas crol, costas e ondulações de corpo tipo golfinho da técnica de mariposa coordenados com a respiração observando-se: (i) coordenação dos movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios; (iii) ritmo de execução dos movimentos dos membros inferiores durante a respiração.



Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás com placa entre as pernas, quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça);



Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás sem placa com batimento alternado quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça);



Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás, com placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia o movimento quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça);



Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás sem placa entre as pernas. Quando uma mão chega atrás a outra inicia o movimento: com batimento quando ambas as mãos tocam nas coxas elevar a cabeça para inspirar (só cabeça);



Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal, da frente até trás, com placa entre as pernas. Inspiração durante a recuperação dos braços, expiração durante a acção propulsiva;



Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até trás sem placa com batimento de pernas. Inspiração durante a recuperação dos braços, expiração durante a acção propulsiva;

Comportamentos Terminais  Executa os movimentos propulsivos de braços alternados e simultâneos na posição horizontal ventral e dorsal coordenados com a respiração observandose: (i) coordenação dos movimentos propulsivos com respiração, evidenciando-se a estrutura de 2 tempos inspiratórios e 5 tempos expiratórios.

Domínio Espaço/Tempo (1) 94



Imersão com o apoio das escadas, quando toca com os pés no fundo, expira e ajoelha-se;



Salta na posição vertical, para piscina sem pé, agarra as escadas e sobe lentamente;



Salto em extensão, na posição vertical, de frente e de costas;



Salto em extensão na posição vertical, engrupa e cai na água;



Salto de costas com o corpo na posição engrupada, inicial;



Salto em extensão na posição vertical com uma pirueta completa e entra com os pés;

Comportamento Terminais  Na exploração envolvente, utilizando para o efeito os exercícios de imersão e salto: (i) domina a profundidade; (ii) explora o plano profundo a partir da posição de salto vertical, com um forte impulso para entrar o mais longe possível, e com o domínio do corpo sobre as rotações sobre o eixo longitudinal e transversal.



Sentado na borda da piscina, colocar a cabeça entre os braços, elevar a bacia e deixar o corpo cair na água: (i) pequena profundidade; (ii) grande profundidade;



O mesmo exercício anterior, mas partir de uma posição da bacia mais elevada (joelhos);



Exercício anterior, após entrar na água, entrar num arco;



Após salto em posição do corpo intermédia (pernas flectidas), mergulhar e apanhar um objecto;



Após salto em posição do corpo intermédia (pernas flectidas) mergulhar, passar debaixo de um arco e apanhar um objecto;



Saltar e apanhar um objecto no ar, largar e entrar de cabeça;

Comportamentos Terminais 95

 Entrar na água a partir da posição de sentado e agachado, sendo o 1º contacto com a cabeça: (i) eleva a bacia; (ii) coloca a cabeça entre os braços; (iii) desequilibra o corpo; (iv) desce o tronco simultaneamente à colocação da bacia em posição alta; (v) impulso e entrada, em 1º lugar com as mãos e braços.

Tentar o mais possível o alcance dos comportamentos terminais para cada um dos domínios e só depois transitar para outro domínio ou conteúdos por domínio.

96

Hierarquia de conteúdos a adquirir no nível 2 de forma progressiva 50. Posição de medusa em apneia, com ajuda do colega, afundar e emergir depois à superfície. 51. Piruetas com ajuda do colega. 52. Cambalhotas para a frente com ajuda do colega em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo. 53. Cambalhota para trás, com ajuda do colega ou professor em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo. 54. Deslizes ventrais, em diversas posições combinadas: (i) deslize-engrupa; (ii) deslize engrupa-deslize. 55. Posição de medusa em apneia e depois em expiração progressiva, até o corpo se afundar. 56. Corpo na posição horizontal ventral, expiração máxima até corpo afundar. 57. Corpo na posição horizontal dorsal, expiração máxima até corpo afundar. 58. Na posição dorsal utilizar os movimentos oscilatórios das mãos, para fora e dentro para fazer deslocar o corpo. 59. Piruetas com ajuda das mãos, sem ajuda dos colegas em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo. 60. Cambalhota para a frente sem ajuda do colega em planos de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo. 61. Cambalhota para trás sem ajuda do colega em planos de água; (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo. 62. Impulso de parede com os pés, na posição ventral-engrupa e fica em apneia. 63. Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar. 64. Impulso de parede com as mãos, deslize para trás e no fim engrupa fica em apneia. 65. Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar. 66. Impulso de parede com os pés na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia. 67. Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar. 68. Impulso de parede com as mãos, na posição dorsal, no fim do deslize engrupa e fica em apneia.

97

69. Conteúdo anterior, no fim do deslize expira até o corpo afundar. 70. Em zona de profundidade e em apneia provocar a descida do corpo e depois deixar o corpo subir. 71. Piruetas após forte impulso em plano de água superficial, partindo da posição ventral. 72. Corrida para a frente, com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados de braços. 73. Corrida para trás com ajuda dos movimentos simultâneos e depois alternados e braços. 74. Deslize ventral seguido de pernas crol em apneia em plano de água: (i) superficial; (ii) médio; (iii) profundo sem placa. 75. Deslize dorsal seguido de pernas costas, com placa: (i) em cima das pernas; (ii) atrás da cabeça; (iii) em extensão dos braços. 76. Batimentos de pernas crol, roda para a posição dorsal e 6 batimentos na posição dorsal. 77. Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás em apneia, com placa entre as pernas. 78. Movimentos simultâneos dos braços na posição ventral da frente até trás em apneia: (i) sem/com batimento de pernas. 79. Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás em apneia, com placa (1 braço de cada vez). 80. Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás em apneia. 81. Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até trás, com placa entre as pernas. 82. Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até trás em apneia: (i) sem/com batimento de pernas. 83. Séries de expirações, com inspiração curta, na posição vertical parado. 84. Série de expirações, na posição vertical, junto à parede com o peito voltado para o chão e braços estendidos. 85. Série de expirações, com inspiração curta, em deslocamento vertical com o peito voltado para o chão e braços estendidos 86. Ciclos de expiração-inspiração com batimento de pernas crol junto à parede. Tempos de expiração e inspiração idênticos. 87. Passar por entre as pernas dos colegas, quando passa, expira o ar. 88. Golfinhos. Inspira durante o salto, expira no movimento descendente-bloqueio respiratório durante o movimento ascendente.

98

89. Jogos com arcos. Quando passa por entre os arcos expira e durante o salto inspira. 90. Saltos de golfinhos com ciclos de inspiração/expiração. 91. Batimentos de pernas crol com ciclos respiratórios, com placa: (i) grande; (ii) pequena. 92. Pernas crol com placa, com respiração frontal- aumenta progressivamente o tempo expiratório e diminui o tempo inspiratório. 93. Pernas crol sem placa com os braços estendidos no prolongamento dos ombros, a realizar os ciclos respiratórios. 94. Pernas crol sem placa, com os braços ao lado do corpo, a realizar ciclos respiratórios. 95. Movimentos simultâneos dos braços, na posição ventral da frente até trás quando ambas as mãos tocam nas coxas, inspirar. 96. Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás com placa. Inspira no fim do trajecto. 97. Movimentos alternados dos braços na posição ventral da frente até trás sem placa com batimento. Inspira no fim do trajecto. 98. Movimentos simultâneos e depois alternados dos braços na posição dorsal da frente até trás. Inspira durante a recuperação. 99. Salta na posição vertical, para piscina sem pé, agarra as escadas e sobe lentamente. 100. Salto em extensão, na posição vertical, de frente e de costas. 101. Salto em extensão, na posição vertical, engrupa e cai na água. 102. Salto de costas com o corpo na posição engrupada inicial. 103. Salto em extensão, na posição vertical, com uma pirueta completa e entra com os pés. 104. Sentado na borda da piscina, colocar a cabeça entre os braços, elevar a bacia e deixar o corpo cair na água. 105. Exercício anterior, após entrar na água, entrar num arco. 106. Após salto em posição do corpo intermédia (pernas flectidas) mergulhar e apanhar um objecto. 107. Saltar e apanhar um objecto no ar, largar e entrar de cabeça.

99

Conclusão No percurso do processo de adaptação ao meio aquático deverão ser abordadas distintas habilidades motoras aquáticas básicas, que permitirão a posterior aquisição e aperfeiçoamento de diferentes actividades aquáticas. Nesta fase, fulcralmente, devemos ter o cuidado que nenhuma aptidão deve ser subvalorizada em detrimento de outras, respeitando assim um conjunto de condutas que possam conduzir à concepção de ajustamentos necessários. Esperemos que este trabalho faça-se mais um contributo para o reconhecimento do método de treino, tanto nas suas vertentes pedagógicas como metodológicas.

100

Referências Bibliográficas ABRANTES, J. (1979). Biomecânica e natação. Ludens. CAMPANIÇO, J. (1989). A escola de natação- 1ªfase aprendizagem, Lisboa, Edição Ministério da Educação- Desporto e Sociedade. CAMPANIÇO, J. A. (1997). Os modelos de ensino básico em Portugal. XX Congresso Técnico – Cientifico da APTN. Setúbal. CAMPANIÇO, J. (1998). Os modelos do ensino básico da natação em Portugal. I seminário de Natação, Março, 1998. CARVALHO, C. (1982). Organização e planeamento das componentes equilíbrio, respiração e propulsão na 1ª fase de formação dum nadador. In: P. Sarmento, C. Carvalho, I. Florindo e A. Vasconcelos Raposo (eds.). Aprendizagem Motora e Natação. Edições do Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa. CARVALHO, C, (1994). Natação. Contributo para o sucesso do ensino-aprendizagem. Edição do autor. CATTEAU, R. e GAROFF,G. (1988). O ensino da Natação. Editora Manole. São Paulo. COUNSILMAN, JAMES, E. (1984). A Natação Ciência e técnica para a preparação de campeões (Dr. Regina Maia, trad.). Paisagem Editora. CORLETT, G. (1980). Swimming Teaching Teory and Practise. Londres. CUNHA, P. (1999). Treino técnico. Textos de apoio ao curso de III grau. Federação Portuguesa de Natação. DA FONSECA, V. (1994). Fundamentos psicomotores del aprendizagem natatório en la infância. Revista Española de Educación Física y Deportes,1, 2, 20-25. DUBOIS, C. & ROBIN, J.P. (1986), Natacion: «d´l´école…Aux Associations». Ed revue E.P:S. Paris. (apud Campaniço, J., 1997). FRANCO, P. e NAVARRO, F. (1980). Habilidades Acuaticas para todas las edades. Barcelona: Hispano Europea. GALLAHUE, D. (1982). Understanding motor development in children. John Wiley & sons. New York, New York. GUTIÉRRES, S. (1998). El deporte como realidad educativa. SANTOS, M. y SICILIA, A. Actividades físicas extraescolares. Una propuesta alternativa. INDE. Barcelona. 101

LANGENDORFER, S. e BRUYA, L. (1995). Aquatic readiness. Developing water competence in young children. Human Kinetics. Champaign, Illinois. MORENO, J. e GARCIA, P. (1996). Valoración de las actividades acuáticas bajo el punto de vista educativo. In: F. Sontoja e I. Martínez (eds.). Deporte y salud: Natación y Vela. Pp. 9-22. Universidad de Murcia.Murcia. MORENO, J. A. y GUTIÉRREZ, M. (1998 a). Programas de actividades acuáticas. En J. A. Moreno, P. L. Rodríguez y F. Ruiz (Eds.), Actividades acuáticas: ámbitos de aplicación. Murcia: Universidad de Murcia. MORENO, J. e SANMARTÍN, M. (1998). Bases metodológicas para el aprendizagem de las actividades acuáticas educativas. INDE Publicaciones. Barcelona. MOTA, J. (1990). Aspectos metodológicos do ensino da natação. Edição da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências do desporto e de Educação Física da Universidade do Porto. Porto. MURRAY, J.L. (1980). Infaquatics: Teaching kids to swim. New York: Leisure. NAVARRO, F. (1990). Hacia el dominio de la natación. Madrid: Gymnos. NAVARRO, F. (1995). Hacias el domínio de la Natación. Editorial Gymnos. Madrid. PALMER,M.. (1979) The science of teaching swimming. Pelham Books,London. PALMER M.L. (1990). A ciência do ensino da natação. São Paulo: Manole. PIAGET, J. (1965). Études sociologiques. Genève, Droz. RAPOSO, A. (1981). O ensino da natação. Edições ISEF, Lisboa. RUSHALL, B.S., SPRIGINGS, E.J., HOLT, L.E., & CAPPAERT, J.M. (1994). A reevaluation of forces in swimming. Journal of Swimming Research.10, 6-30. (apud Silva, A., 1999). SARMENTO, P. (1979). O Meio Aquático na Formação das Crianças. In R. Fernandes, J.V.S. Silva J.P. Vilas-Boas (Coord.) (1979), Natação: Vivencias Especificas. SARMENTO, P. (1994). Aprendizagem da Natação- Perspectivas Pedagógica. Revista Ludens, 14, 31-35. SILVA, A. (1996). A Técnica em Natação. 1º Seminário de Natação – Faculdade de Motricidade Humana. Cruz Quebrada. p.16.

102

SILVA, A. (2003). A Aprendizagem e Aperfeiçoamento da Técnica em Natação. Penafiel, Dezembro de 2003. VASCONCELOS RAPOSO, A. (1978). O ensino da Natação. Edições do Instituto Superior de Educação Física da Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa.

Para a construção das imagens: FuturSports, Exercícios para treino Natação, Software Desportivo. [Fonte do site de encomenda: http://www.futursports.com]

103