Treinamento: Controle agroecológico de pragas e doenças – Cód. 539
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS EM PLANTAS O controle de pragas e doenças em plantas vem se tornando um desafio para inúmeros pesquisadores. A utilização de plantas resistentes a pragas e doenças, produtivas, de baixos custos de produção e principalmente isenta de elementos tóxicos, vem se tornando uma necessidade cada vez maior em função do aumento da demanda por alimentos saudáveis e acessíveis para todas as pessoas. A explosão demográfica associada à necessidade dos consumidores em ingerir alimentos mais saudáveis, torna a produção Agro ecológica um mercado em expansão. Em função desses fatores, devemos encontrar alternativas eficazes e menos agressivas ao homem e ao meio ambiente e aplicá-las no controle das pragas e doenças que atingem as lavouras. O que é melhor curar? A febre ou a doença que a provoca? Responder a essa pergunta, significa optar entre atacar a conseqüência (febre) ou a causa do problema (doença). Assim como no corpo humano habita uma série de microorganismos que convivem pacificamente conosco, na lavoura esses microorganismos também são encontrados no solo, nas plantas e nos organismos dos animais. Somente quando o corpo ou as plantas e animais se tornam fracos e desequilibrados em seu metabolismo é que esses organismos oportunistas atacam, tornando-se um problema. Isso significa que a origem do problema não é a existência desses organismos, mas o desequilíbrio presente no corpo humano ou no ambiente agrícola. A agricultura convencional ataca o efeito do desequilíbrio. Esse desequilíbrio gera a reprodução exagerada de insetos, fungos, bactérias e ácaros que acabam se tornando “pragas e doenças” das lavouras e das criações de animais. Aplicam-se agrotóxicos nas culturas, injetam-se antibióticos e outros “remédios” nos animais, buscando eliminar esses organismos. Contudo o desequilíbrio quer seja no metabolismo de plantas e animais, quer seja na constituição física, química ou biológica do solo, permanece. Permanecendo a causa, os efeitos (pragas e doenças) cedo ou tarde reaparecerão, exigindo aumentar a dose e a freqüência de utilização de agrotóxicos, criando um círculo vicioso. Na agricultura orgânica, por sua vez, trabalha-se no sentido de estabelecer o equilíbrio ecológico de todo o sistema. Desta forma, partindo da prevenção e do ataque às causas de desequilíbrio metabólico em plantas e animais, os métodos agroecológicos de manejo de tais organismos se tornam melhor sucedidos. DIFERENÇA ENTRE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP) E OS MÉTODOS CONVENCIONAIS Manejo integrado de pragas constitui um plano de medidas voltadas para diminuir o uso de agrotóxicos na agricultura convencional, buscando otimizar o uso desses produtos no sistema. O princípio da agricultura convencional de atacar apenas os efeitos permanece, pois as práticas se voltam para o controle das pragas e doenças e não para o equilíbrio ecológico do sistema. Contudo existe uma preocupação de utilizar agrotóxicos apenas quando a população desses organismos atingirem nível de dano econômico, diminuindo a contaminação ambiental com esses produtos. Os métodos agroecológicos buscam aplicar o princípio da prevenção, fortalecendo o solo e as plantas através da promoção do equilíbrio ecológico em todo o ambiente, realizando medidas preventivas tais como: Fazer uma análise completa do solo, verificando a sua composição química, para através do conhecimento do solo promover uma correção equilibrada de seus nutrientes. Utilizando para isso corretivos e adubos minerais pouco solúveis, como fosfatos naturais, por exemplo: 1
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-Utilizar adubação orgânica. (estercos, compostos orgânicos, adubação verde). -Plantio em época correta e com variedades adaptadas ao clima e ao solo. -Rotação de culturas. -Cobertura morta e plantio direto. -Plantio de variedades e espécies resistentes a pragas e doenças. -Consorciação de culturas e manejo seletivo do mato. -Evitar erosão do solo. -Uso de plantas que atuem como quebra vento ou como faixas protetoras. -Nutrição equilibrada das plantas com macronutrientes e micronutrientes. -Conservação dos fragmentos florestais existentes na região. ESTRATÉGIAS PARA MANEJO AGROECOLÓGICO 1- Reconhecimento das pragas chave da cultura: Consiste em identificar qual o organismo que causa maior dano a cultura. Conhecer a praga chave ajudará a adotar práticas que incentivem a reprodução de seus principais inimigos naturais, ou que criem condições ambientais desfavoráveis à multiplicação do organismo indesejável. 2- Reconhecimento dos inimigos naturais das pragas e doenças: Diversos insetos, fungos e bactérias podem atuar beneficamente como agentes de controle biológico das principais pragas e doenças. Conhecer as principais espécies e favorecê-las através de diversas práticas (manejo do mato nativo, adubação orgânica, consorciação de culturas, preservação dos fragmentos florestais, inoculação de agentes biológicos, como por ex: Bacilus turingiensis, Boveria, Metarrizum, Baculovirus, etc. 3-Amostragem da população de organismos prejudiciais: Monitorar a presença de pragas através da contagem de ovos, larvas e organismos adultos (insetos), ou da vistoria das plantas (% de dano em caso de doenças), para saber quando agir, fazendo de modo a promover o equilíbrio de todo o sistema de produção. 4-Escolher e utilizar as táticas de controle: Mesmo promovendo o equilíbrio do sistema, a persistência de determinadas pragas e doenças no ambiente é comum e nem sempre basta a adoção apenas de medidas preventivas. A traça do tomateiro, a requeima da batata, são exemplos desse caso. Assim quando existirem ameaças destes organismos promoverem dano econômico às culturas agroecológicas, será necessário adotar práticas “curativas”. Tais práticas atuam com “remédios” para as plantas, como o uso de calda bordalesa ou calda sulfocálcica, por exemplo. ALELOPATIA – Plantas companheiras e plantas antagônicas Plantas companheiras: São plantas pertencentes a espécies ou famílias que se ajudam e complementam mutuamente, não apenas na ocupação do espaço e utilização de água, luz e nutrientes, mas também por meio de interações bioquímicas chamadas de efeitos alelopáticos. Esses podem ser tanto de natureza estimuladora, quanto de inibidora, não somente entre plantas, mas também em relação a insetos e outros animais. Exemplos: As plantas da família das solanáceas (tomate, batata, pimentão, etc.) e as da família das Compostas (Cichoriaceae), como alfaces e chicóreas combinam bem entre si. Também combinam com Umbelíferas (Apiaceae) como cenoura, salsa, aipo, erva doce, batata salsa e com Liliáceas como alho e cebola. As Cucurbitáceas (abóbora, pepino, melão, melancia, chuchu) associam-se bem com as solanáceas, com plantas leguminosas( soja, feijão, ervilha, etc.) e gramíneas( milho, 2
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trigo, sorgo, milheto, etc.), conforme seu hábito de crescimento e forma de cultivo, por exemplo; alternando-se fileiras duplas tutoradas de tomate, feijão de vara e pepino, ou na tradicional associação de milho e feijão. A regra geral para uma boa associação ou rotação de culturas é de escolher plantas de famílias diferentes. Plantas antagônicas: Algumas plantas possuem substâncias que afastam ou inibem a ação de insetos, como ocorre, por exemplo, com o piretro, presente no cravo-de-defunto e nos crisântemos. a) cravo-de-defunto: (Tagetes minuta) ou cravorana (Tagetes sp) silvestre. As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverização na forma de extratos alcoólicos, atuam tanto na ação direta contra as pragas, quanto por “disfarce” das culturas pelo seu forte odor. Fórmula geral: 200 g de planta verde macerados em 1 litro de álcool, deixar descansar por 12 h e depois diluir em 19 litros de água. (20 litros para pulverização). b) Cinamomo (Melia azedorach L. família Meliaceae) O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos ( ambos na dosagem média de 200g para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados. c) Saboneteira (Sapindus saponaria L.) Árvore nativa da América tropical, usada como ornamental, possui nos frutos efeito inseticida. Para se ter uma idéia do seu poder de ação, vale mencionat que seis frutos bastam para preservar 60 kg de grãos armazenados. Os extratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água ( uso imediato) ou conservados por extração acetônica ou alcoólica. Em ambos os casos 200 g são suficientes para o volume de 20 litros de calda. d) Quássia ou Pau-amargo ( Quassia amara, família Simarubaceae) Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida principalmente para moscas e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Essas partes podem ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando apenas a concentração: 200 g de cascas ou madeira moída, 400g de ramos e folhas. e) Mucuna preta (mucuna sp) Utilizada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação de gorgulhos nas espigas, além de fornecer Nitrogênio p/ milho. Tem o inconveniente de dificultar a colheita mecânica do milho. ATRATIVOS OU PLANTAS ARMADILHAS. Muitas plantas possuem substâncias atrativas específicas para alguns insetos, que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e predadores, assim como mais sujeitas a doenças, permitindo também a utilização de métodos agroecológicos de manejo de pragas e doenças. Exemplo: Purungo ou cabaça (Lagenaria vulgaris) Plantada em bordadura (em forma de cerca viva ao redor da lavoura) ou com seus frutos cortados e espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha (Diabrótica speciosa) 3
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Tajujá (Cayaponia tayuya) Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação está no fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que purungo. EXEMPLO DE ASSOCIAÇÕES BENÉFICAS E MALÉFICAS ENTRE PLANTAS: Legenda – 1) favorece o crescimento e acentua o sabor 2) repele pragas 3) repele pragas CULTURAS BENEFICIADAS PLANTAS COMPANHEIRAS PLANTAS ANTAGÔNICAS Abóbora 1) milho, vagem, acelga, Batata taioba,chicória Amendoim. 2) nastúrcio, abobrinha. Alface 1) cenoura, rabanete, morango, Salsa, girassol pepino, alho-poró, beterraba, rúcula, abobrinha. Aspargo 1) Tomate, salsão, mangericão Cebola, alho, gladíolos 2)malmequer Batata 1) feijão, milho, repolho, rábano, Abóbora, pepino, girassol, tomate, favas, ervilha, cereja. 2) alho, mação, framboesa, abobrinha. berinjela(isca), urtiga, raiz forte, cravo-de-defunto. 3)caruru Berinjela 1) Feijão, vagem Beterraba 1) Couve, rábano, alface, nabo. Vagem 2) Cebola Cebola 1) Beterraba, morango, camomila, Ervilha, feijão tomate, couve segurelha, alface. Cebolinha 1) Cenoura Ervilha, feijão Cenoura 1) ervilha, alface, manjerona, feijão, Endro rabanete, tomate, cebola, cebolinha, sálvia, alecrim, alho-poró, bardana. Couve 1) cebola, batata, salsão, beterraba, Framboesa, tomate, vagem camomila, hortelã, endro. Couve-flor 1) Salsão Ervilha 1) cenoura, nabo, rabanete, pepino, Cebola, alho, batata, gladíolos milho, Feijão 1) milho, batata, cenoura, pepino, Alho-poró, funcho, alho, cebola, couve, repolho, couve-flor, petúnia. salsão, gladíolos. 2) Alecrim, nabo. Girassol 1)Pepino, feijão. Batata Milho 1) Batata, ervilha, feijão, pepino, Azevém abóbora, melão, melancia, trigo, rúcula, rabanete, quiabo, feijão-deporco. 2) Girassol Morango 1)espinafre, alface, tomate, feijão- Repolho, funcho, couve. branco Pepino 1) girassol, feijão, cebolinha, milho, Batata, ervas aromáticas, sálvia ervilha, alface. 2) rabanete Rabanete 1) ervilha, pepino, agrião, cenoura , Acelga espinafre, vagem, chicória, milho, Repolho e brócolis 1) batata, salsão, beterraba, alface, Morango, tomate, vagem, manjerona 2) cebola, cebolinha, hortelã Tomate 1) Cebola, cebolinha, salsa, cenoura, Couve-rábano, batata, funcho, serralha, erva-cidreira. repolho, 2) Menta, urtiga, manjericão, cravode-defunto. Vagem 1) Milho, abóbora, rúcula, chicória, Cebola, beterraba, girassol, couveacelga. 2) Rabanete rábano.
Função do clima, do sistema de produção não estar totalmente equilibrado e também por se fazer uso de variedades não adaptadas ao clima local. Podemos nesses casos utilizar produtos naturais ou biológicos, para controle de pragas e doenças, como por exemplo: 4
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1) CONTROLES BIOLÓGICOS: a)Fungo Metharhizium anisopliae e Beauveria bassiana. OBS: Esses produtos são comercializados com os nomes de Metarril e Boveril. Cigarrinha das pastagens: 1 kg de metarril + 0,5 kg de Boverril em 80 litros de água p/ ha. Larvas, lagartas e pulgões: 3 kg de Boverril em 80 litros de água para 1 ha. Cupins e Formigas: Polvilhar Boveril dentro do formigueiro ou cupinzeiro no inverno e Metarril no verão. Gafanhotos, mosca do chifre e do berne: Diluir 300 gramas de Boverril em 20 litros de água p/ 800 m2. Carrapatos (piolhos e pulgas)- Diluir 20 gramas de Metarril em 20 litros de água, usar 2 litros p/ animal. 1234-
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MODO DE PREPARAR O PRODUTO: Misturar bem o produto até dissolver em um balde com água. Deixar descansar por 1 minuto ou até quando a parte sólida assentar no fundo do balde. Derramar o líquido no pulverizador usando peneira Sobre a parte que ficou no fundo do balde, derramar novamente água, deixar descansar e derramar o líquido dentro do pulverizador. Repetir 2 vezes de forma que o amido fique bem lavado e os fungos sejam removidos para dentro do pulverizador Completar o volume do pulverizador com água limpa
IMPORTANTE -Usar pulverizador devidamente lavado e limpo de produtos químicos. -Coar o produto somente com a peneira do pulverizador ou uma de nylon fina. Nunca utilizar pano de coar, pois ele retém os fungos e os vírus. -Pulverizar o produto nas primeiras horas da manhã ou no final do dia. -Por se tratar de produto biológico, a morte da praga ou parasita ocorre somente 4 dias após a aplicação. -A ação do produto é prolongada, não havendo necessidade na maioria das vezes de aplicar mais de uma vez no mesmo ano. -Os fungos presentes no Boverril e Metarril, provocam doenças em muitas pragas e parasitas e inclusive nos inimigos naturais, portanto não devem ser utilizados indiscriminadamente. b- Baccilus thuringiensis: É um inseticida biológico, para controle de diversas pragas que não prejudica os inimigos naturais. Esse inseticida é comercializado com o nome de Dipel e Thuricid. e serve para controle de lagartas, brocas e traças. c- Baculovirus anticarsia: É um virus que ataca a lagarta da soja ( Anticarsia gemmatalis) causando uma doença chamada de "doença preta". Para ocorrer a doença as lagartas devem comer as folhas contaminadas com vírus. As lagartas param de se alimentar em 4 dias e morrem em 6 a 8 dias. É comercializado com o nome de Baculovírus. O baculovírus também pode ser preparado com lagartas colhidas na sua lavoura, da seguinte forma:
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1- Colheita das lagartas atacadas: As lagartas atacadas ficam amareladas e moles como se estivessem cheias de água. Após a morte ficam dependuradas nas plantas como se fossem bolsas de água. As lagartas mortas a mais tempo e que já estão pretas não devem ser colhidas. OBS: As lagartas colhidas devem ser guardadas no congelador. 2- Modo de Usar: -Retirar as lagartas do congelador, esmagar bem, juntando um pouco de água para desmanchar bem. -Coar para que os pedaços de lagarta não entupam os bicos do pulverizador; Juntar o material coado à água do pulverizador misturando bem; -Aplicar a tardinha se o dia for ensolarado. -Dose por ha: 50 lagartas grandes para 100 a 200 litros de água. OBS: Quando o ataque de lagartas for severo (mais de 10 lagartas grandes p/ m2 ou quando a desfolha das plantas for de 30% antes da floração e 15 % após a floração, usar o Baccilus thuringiensis. DEFENSIVOS NATURAIS Inseticida de sabão e óleo mineral- Controle de cochonilhas e pulgões Ingredientes: 200 g de sabão neutro + meio litro de óleo mineral + meio litro de água. Preparo: Derreter o sabão na água quente e depois misturar o óleo mineral. Depois de pronto, usar 200 ml da mistura em 20 litros de água, e pulverizar as plantas. Repetir a aplicação a cada 15 dias. Isca para mosca das frutas- Função: Atrair as moscas e evitar que coloquem os ovos e assim diminuir o nível de infestação de brocas em frutas. Ingredientes: 2,5 ml de vinagre ( 1 colher) + 700 gs de açúcar/geléia ou suco de frutas + 10 litros de água. Misturar estes ingredientes. Pegar um recipiente plástico transparente, com tampa, fazer 4 furos de 2 cm pouco acima do meio e colocar um pouco da mistura nestes recipientes. Pendurar os frascos nas árvores a cerca de 1,8 m de altura, sempre do lado que o sol nasce. Colocar 2 frascos por planta. Trocar a mistura 2 vezes por semana. Controle de lesmas - Aplicar Hipoclorito de Sódio a 2,5 % (2,5 litros / 100 litros de água) . Aplicar à tardinha, pois, nas horas mais quentes as lesmas procuram se proteger do sol. Aplicar em área total. Inseticida de água de fumo: Controle de pulgões, lagartas, piolhos, vaquinhas e cochonilhas. Modo de preparo: Picar 20 cm de fumo de corda, colocar em embalagem plástica de 2 litros juntamente com 1 litro de álcool e 1 litro de água. Deixar curtir por 48 horas. Coar a solução, acrescentar a 20 litros de água e pulverizar sobre as plantas. -
BIOFERTILIZANTE SUPERMAGRO Adubo líquido, proveniente de uma mistura de micronutrientes fermentados em um meio orgânico. O resultado da fermentação é uma parte sólida e uma líquida. O sólido é utilizado como adubo no solo e o líquido como adubo foliar. Função: O biofertilizante é utilizado como complemento à adubação do solo. Também atua como defensivo natural porque inibe o crescimento de fungos e bactérias causadores de doenças nas plantas, além de aumentar a resistência contra insetos e ácaros. Podem ser utilizadas em frutas, hortaliças e grandes culturas como feijão, cana, etc.
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MATERIAL NECESSÁRIO: - 1 tambor de plástico com capacidade para 200 litros - 40 kg de esterco fresco de gado que não recebeu tratamento com remédios - leite, água sem cloro, melado ou caldo de cana Ingredientes minerais: - 2 kg de sulfato de zinco - 300 gramas de enxofre ( puro ) - 500 g de sulfato bicálcico. - 1 kg de sulfato de magnésio ou sal amargo - 100 gramas de molibdato de sódio - 50 g de sulfato de cobalto - 300 g de sulfato de ferro - 300 g de sulfato de manganês - 300 g de sulfato de cobre - 2 kg de cloreto de cálcio ou óxido de cálcio ou 4 kg de calcário de conchas - 1,5 kg de Bórax ou ácido bórico - 2,5 kg de fosfato natural - 1,5 kg de cinza. - Observação: Para pulverizar plantas frutíferas em período de floração, formular um supermagro sem colocar sulfato de cobre. Modo de preparo: O adubo não deve ser feito em vasilha de ferro, lata ou madeira. Pode ser utilizado tambor de plástico limpo ou caixa de água de cimento amianto. Manter o mesmo coberto sem fechar completamente para saírem os gases. Não deixar entrar água da chuva ou sujeira. A água deve ser limpa, não tratada e o esterco não deve ser de animais que receberam remédios. Manter o tambor na sombra. Deve-se mexer o produto pelo menos a cada dois dias desde o início (1º dia) até o final da fermentação. Roteiro: - Num tambor de 200 litros misturar 40 kg de esterco fresco, 2 litros de leite e 1 litro de melaço em 60 litros de água. Misturar bem e deixar fermentar durante 3 dias. - Misturar bem todos os ingredientes minerais e dividir em 12 saquinhos com o mesmo peso. - Cada 3 dias acrescentar no tambor 1 dos saquinhos, 2 litros de leite e 1 litro de melado e misturar bem. Obs: A mistura levará 60-70 dias para ficar pronta, dependendo da temperatura ambiente. O melado poderá ser substituído por açúcar mascavo. CALDA BORDALESA: A calda bordalesa foi utilizada pela primeira vez, por volta de 1882, na França, para controle de Míldio ( Peronospora sp.) Fórmula: Sulfato de cobre............................. 0,2 kg Cal virgem....................................... 0,2kg Água.............................................. 20 litros Preparação: - Coloca-se o Sulfato de cobre bem triturado, em recipiente que não seja de ferro. - Para facilitar a dissolução do sulfato de cobre, o agricultor poderá desmanchá-lo primeiramente em um pouco de água quente - A cal virgem será apagada, adicionando-lhe vagarosamente um pouco de água até obter uma pasta pouco consistente.
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Obtida esta pasta continua-se adicionando água, até completar 20 litros do chamado leite de cal. Este leite de cal deverá ser filtrado através de peneira fina ou pano bem ralo, - A solução de sulfato de cobre deve ser despejada sobre a de cal, agitando-se com o auxílio de uma pá de madeira. Após deve-se coar a calda e adicionar a mesma ao pulverizador. - A calda deverá ser testada quanto a acidez, antes de colocá-la no pulverizador. Se estiver ácida deverá receber mais leite de cal até ficar neutra ou ligeiramente alcalina. - Preparar somente a quantidade que será utilizada no dia. - Se tiver que conservar a calda por um ou dois dias para depois aplicá-la deverá adicionar 28 gramas de açúcar para cada 100 litros de calda. - As doenças das hortaliças aparecem em condições de alta umidade do ar. Portanto quando as condições do ambiente favorável as doenças, fazer aplicações semanais. Caso contrário, pulverizar a cada quinzena. - Para testar a acidez, pingar uma gota da calda sobre faca ou canivete de ferro. Se após três minutos, no local da gota formar-se uma mancha avermelhada semelhante a ferrugem, é sinal de que a calda está ácida. Deve-se então misturar leite de cal até a calda ficar neutra, e não manchar mais a faca. Obs: Não usar a calda em concentração forte sobre plantas pequenas ou em fase de brotação. A calda é pouco tóxica, mesmo assim proteja-se. Lave-se após ter trabalhado com a calda. Não coma o que foi pulverizado sem antes lavar bem. Calda Sulfocálcica Função: tem ação inseticida, acaricida e fungicida, ou seja, combate cochonilhas, trips, ácaros,ferrugens e oídios( fungos).É recomendada,principalmente para tratamento de inverno em plantas que caem as folhas como os pessegueiros,pereiras, macieiras,figueiras,parreiras,ameixeiras. Ingredientes: 2 kg cal virgem micropulverizada (PROCAMPO) 4 kg enxofre em pó 80 gramas de sabão neutro. 50 litros de água quente para iniciar. Modo de preparar: 1- Numa vasilha de ferro, aquecer 3 litros de água, colocar o cal e deixar ferver, até secar, colocando, imediatamente após secar a mistura, aos poucos, a água que está fervendo em outra vasilha e o enxofre, mexendo sempre. 2- Na outra vasilha, manter sempre água fervendo. Esta água serve para ir colocando na calda. 3- Na vasilha que contém água e cal, colocar aos poucos o enxofre, mexendo sempre, colocar também o sabão neutro. 4- Enquanto a mistura vai fervendo, ir mexendo com uma pá de madeira sem parar. 5- Depois de colocar os ingredientes, marcar o nível onde a mistura alcança na vasilha. Deixar ferver durante uma hora, mexendo sempre. Quando observar que a mistura fica abaixo do nível marcado no início, ir acrescentando água fervente, para manter o nível. Para isso é necessário que sempre tenha uma vasilha com água fervendo. 6- Após uma hora de fervura da calda, apagar o fogo deixando a mistura esfriar. 7- A cor do produto preparado deve ser amarelo-escuro.
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8- Coar o líquido com um pano. Guardar a calda em vidros ou garrafas bem fechadas no escuro. Modo de usar: A calda obtida será suficiente para uma aplicação em 2 ha, portanto, dividir a quantidade de calda obtida por 2, para saber a quantidade a ser utilizada/ha. Ex: Se for obtido, após coar em um pano, 40 litros de calda. 40 / 2 = 20, usar 20 litros / ha. Se obtiver 50 litros: 50 / 2 = 25. Usar 25 litros / ha. Uso da calda Sulfocálcica em hortaliças-com 26º Baumé Função 1: controlar ferrugem e ácaros em alho, cebola, feijão, pimentão, tomate, beringela, roseiras e crisântemos. Função 2: controle de tripes em alho,cebola,feijão,tomate. Uso da Calda Sulfocálcica em pomar com 26º Baumé a)Função: no inverno, tratamentos contra fungos e cochonilhas em frutíferas que caem folhas. Modo de usar: usar 3 litros de calda para 20 litros de água. b)Função: tratamento de primavera verão, contra larvas de cachonilhas,ácaros e tripes. Modo de usar: usar 600 ml de calda para 20 litros de água. c)Função: controle de ferrugem da goiaba. Modo de usar: fazer pulverizações preventivas usando 300 ml de calda para 20 litros de água. d)Função: controle de ácaro da leprose em citros (laranja, limão, bergamota). Modo de usar: usar 600 ml de calda para 20 litros de água. e)Função: Limpeza de troncos de frutíferas. Modo de usar: usar 2 litros de calda para 20 litros de água.
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