A INDISCIPLINA NA ESCOLA É UM FATOR QUE DESAFIA PAIS E

5 RESUMO Essa monografia procura mostrar de forma sucinta, alguns fatores que geram a indisciplina das crianças e adolescentes na escola. Propõe um re...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

A INDISCIPLINA NA ESCOLA É UM FATOR QUE DESAFIA PAIS E EDUCADORES

POR

JUSSIARA DA CUNHA NEVES

Professora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão

RIO DE JANEIRO Agosto/2002.

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

A INDISCIPLINA NA ESCOLA É UM FATOR QUE DESAFIA PAIS E EDUCADORES.

Monografia Apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós-

Graduação

Lato

Sensu

em

Orientação Educacional para a disciplina de Metodologia da Pesquisa. Por : Jussiara da Cunha Neves Professora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão.

RIO DE JANEIRO Agosto/2002

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por mais esta oportunidade de concluir um curso de nível superior. Aos meus pais e irmãos que oram pelo meu sucesso. E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta Monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os Educadores que buscam subsídios para melhor atender a seus Educandos.

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EPÍGRAFE

(...)mudar é difícil mas é possível(...) FREIRE,1996, p. 88

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RESUMO

Essa monografia procura mostrar de forma sucinta, alguns fatores que geram a indisciplina das crianças e adolescentes na escola. Propõe um repensar na formação dos discentes, levando em consideração, que as crianças aprendem a comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas, principalmente com os próprios pais. É essencial à educação saber estabelecer limites e valorizar a disciplina, para que os jovens se desenvolvam bem e consigam situar-se no mundo. A metodologia foi baseada numa pesquisa bibliográfica, a partir da leitura de várias obras e diversos autores. Concluímos que a indisciplina é um tema polêmico, que deve estar constantemente em discussão, para que se tome atitudes assertivas, visando o pleno desenvolvimento do adolescente, dando-lhe condições para exercer sua cidadania.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................. 08 CAPÍTULO I DE QUEM É A CULPA PELA INDISCIPLINA NA ESCOLA?....

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1.1. Agressividade.................................................................... 1.2. Condição cognitiva .............................................................. 1.3. O meio.................................................................................. 1.4. Raiva..................................................................................... 1.5. Hiperatividade.......................................................................

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CAPÍTULO II QUAL O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO ALUNO?... 17 2.1. Problemas de indisciplina na Escola.................................... 19 CAPÍTULO III CAUSAS DA INDISCIPLINA NA ESCOLA.................................. 21 3.1. Distúrbios pessoais............................................................... 3.2. Etapas do desenvolvimento da adolescência....................... 3.3. Reações normais, mais que atrapalham os professores...... 3.4. Usuários de drogas............................................................... 3.5. Problemas de relacionamento.............................................. 3.6. Distorções da auto – estima................................................. 3.7. Oscilações da auto – estima ................................................ 3.8. Uso do álcool........................................................................ 3.9. “aprontações” com prejuízos................................................

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CAPÍTULO IV ENSINANDO INTEGRIDADE...................................................... 35 CONCLUSÃO ............................................................................

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 40 ANEXOS.

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INTRODUÇÃO

Sabe-se que a indisciplina na Escola é motivo de queixa por parte dos professores, pais e alunos. A Escola apresenta-se, hoje, como uma das mais importantes instituições sociais por fazer, assim como outras, a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Ao transmitir a cultura e com ela modelos sociais de comportamento e valores morais, a Escola permite que a criança “humanize-se, cultive-se, socialize-se, ou numa palavra eduque-se. A criança, então vai deixando de imitar os comportamentos adultos para, aos poucos, apropriar-se dos modelos e valores transmitidos pela Escola, aumentando, assim sua autonomia e seu pertencimento ao grupo social. Em virtude dessa mudança surgem algumas causas da indisciplina que são: · Distúrbios de ordem pessoal: psiquiátricos; neurológicos; deficiência mental; distúrbios de personalidade; distúrbios neuróticos; pubertária;

etapas

do

desenvolvimento:

onipotência

pubertária;

confusão estirão;

menarca/mutação; onipotência juvenil; síndrome da 5ª -

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série; distúrbios

“normóticos”; distúrbios leves de

comportamento; uso e abuso de drogas. ·

Distúrbios relacionais: educativos; entre os próprios

colegas; por influência de amigos; distorções de auto – estima. · Distúrbios e desmandos de professores. Faz- se necessário uma investigação das causas da indisciplina, para que possamos intervir, junto aos alunos a fim de exterminarmos o problema. De quem é a culpa pela indisciplina na Escola? Quais os fatores que geram a indisciplina? Quais seriam os tipos de indisciplina mais comuns?

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CAPÍTULO I

DE QUEM É A CULPA PELA INDISCIPLINA NA ESCOLA?

A crise de autoridade dos pais em relação aos próprios filhos é um sério problema do mundo moderno. O comportamento da criança, por mais desagradável que possa ser. Apresenta-se como prova de força e sobrevivência. A criança fará o que puder para sobreviver neste mundo. Fará aquilo que achar melhor para vencer a empreitada do crescimento. Rejeitados os métodos antigos e autoritários, surgiram o que a literatura específica chama de pais progressistas: evitam uma intervenção autoritária na vida dos filhos, procuram orientar, dialogar e apelar para um comportamento racional. Abrem mão de toda autoridade e pedem aos filhos compreensão e cooperação. Muitos pais, hoje, tem medo de enfrentar os filhos; não tem autoridade para exigir que os filhos menores não dirijam o carro ou a moto, que colaborem em determinadas tarefas, que voltem de seus passeios a certa hora da noite.

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Acostumados desde cedo a impor sua vontade, a criança e o adolescente não aceitam ser contrariados. A reação bem conhecida de todos é espernear, gritar, chorar ou alegar doença. E acabam por praticar atos mais graves que preocupam toda a família. Deixá-las

proceder

como

querem,

teoria

dos

antipedagogos, não é um gesto de grandeza, de modernidade dos pais; é mais uma fuga de suas responsabilidades e medo de serem chamados de quadrados.

Uma geração que não acredita que pode moldar o futuro, que é incapaz de construir com segurança e amor a sua vida e a dos seus filhos, é uma geração que nada tem a oferecer às gerações futuras. É uma geração que deve calar porque não vê perspectiva para sua própria vida. Se os pais não estabelecerem para as crianças os parâmetros de comportamento, se não tiverem firmeza em suas atitudes, os filhos tornar-se-ão inseguros. Pois atrás de uma criança que se impõe pela força, pela rebeldia, pelo grito, muitas vezes se esconde uma pessoa insegura e medrosa.

1.1. Agressividade.

A conduta agressiva entre os pré-escolares e escolares é influenciada por fatores individuais, familiares e ambientais. A

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família influi

através do vínculo, das interações entre seus

membros ou desajuste dos pais e do modelo educacional doméstico. A televisão, os videogames, a escola e a situação sócioeconômica podem ser os elementos ambientais relacionados à conduta agressiva. Embora esses três fatores, individuais, familiares e ambientais, sejam inegavelmente influentes, eles não atingem todas as pessoas por igual e nem submete todos à mesma situação de risco. Faz-se necessário estudar e esclarecer os limites entre a “’ personalidade forte”da criança, relatada pelo pai com certa ponta de orgulho, das condutas completamente desadaptadas da infância e com enorme possibilidade de evoluir para um quadro mais grave. Pode-se dizer que a conduta agressiva costuma ser normal em certos períodos do desenvolvimento infantil, está vinculada ao crescimento e cumpre uma função adaptativa. Essa agressividade normal e fisiológica também é chamada de agressividade manipuladora. Quando a conduta agressiva está combinada com outras combinações de condutas desadaptadas, como por exemplo, com a Hiperatividade Infantil, ela apresenta um quadro mais grave, com mais problemas de interação. Outra observação relevante é sobre a agressividade associada a alguns traços básicos da personalidade. As crianças agressivas e simultaneamente retraídas, por exemplo, têm pior adaptação que as crianças só agressivas ou só retraídas. Dessa

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forma,

pensa-se

que

a

combinação

de

várias

condutas

desadaptadas aumentaria a vulnerabilidade para problemas mais sérios de agressividade. De qualquer forma acredita-se hoje, que a agressividade já pode aparecer em idades pré-escolares e quando se manifesta, tende a continuar.

1.2. Condição cognitiva.

As crianças com problemas de conduta podem ter dificuldades na leitura e déficits nas habilidades verbais. Os atrasos no desenvolvimento mental puderam ser relacionados com vinculo desorganizado na idade de meses e com a falta de cuidados da mãe. Tem-se observado que algumas consciências relacionadas às representações mentais da memória e das experiências passadas podem ter implicações no controle, ou descontrole, conduta agressiva. Uma criança que relembra acontecimentos hostis, por exemplo, tenderia a reagir de maneira mais hostil.

1.3. O meio.

As respostas não apropriadas dos pais ante a conduta do filho e modelo dos pais que reflete comportamentos inadequados têm implicações no desenvolvimento e manutenção de condutas agressivas nos filhos. Entre essas respostas não apropriadas incluem-se as atitudes desproporcionalmente hostis, teatrais,

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histéricas, aquelas que mobilizam fortemente as emoções, chantagens emocionais, o completo descaso, etc. Pais com traços anti-sociais da personalidade podem ter dificuldades para dar mostras de aprovação e incentivo para os seus

filhos,

não respeitar a autonomia destes e serem

demasiadamente controladores. Algumas crianças envolvidas em situações agressivas não aprenderam as habilidades sociais necessárias e desejáveis para relacionar-se com os demais , não são disciplinados para a consecução de objetivos e não aceitam críticas. Isso muitas vezes reflete um modelo de conduta aprendido no ambiente doméstico. Com freqüência as mães dessas crianças agressivas tendem a atribuir mais hostilidade às condutas de seus filhos, qualificando negativamente traços de suas personalidades e ressaltando sempre a má conduta da criança. Não é raro que a mãe constantemente estabeleça comparações desvantajosas e depreciativas entre as condutas agressivas dessas crianças problemáticas com outras crianças e às vezes com seus próprios irmãos.

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1.4. Raiva. A raiva é um sentimento normal. Todo mundo sente raiva.Uma das influências mais importantes sobre a nossa maneira de lidar com a raiva é a nossa atitude cultural em relação à mesma. As crianças recebem mensagens duplas. Experienciam a ira dos adultos, seja de modo direto, seja de modo indireto na forma de desaprovação, mas habitualmente não se aceita que as crianças manifestem a sua própria raiva. Pois os sentimentos de mágoa usualmente estão soterrados sob uma camada de sentimentos de raiva, é muito ameaçador e difícil para as crianças e também para os adultos, permitir a expressão dos sentimentos autênticos. É mais fácil simplesmente dissipar a energia batendo, ou adotando atitudes rebeldes, ou sendo indireto e sarcástico de todas as maneiras possíveis.

1.5

Hiperatividade.

Percebe-se que as pessoas hiperativas são difíceis de conviver e as primeiras a serem identificadas pelo professor em classe ,recomendadas para lugares especiais. Com

freqüência

a

criança

hiperativa

tem

sérias

dificuldades de aprendizagem, causadas por redução nas habilidades perceptivas - visuais, auditivas e às vezes táteis. Suas

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dificuldades motoras provocam uma pobre coordenação motora ocular-manual, afetam sua capacidade de escrever com facilidade e clareza. A criança fica confusa e irritada com os muitos estímulos de seu ambiente. Em casa, corre daqui para lá o dia todo, sem que nada o detenha, nem se quer o perigo. Tira os brinquedos do lugar, esparrama-os pelo chão e quase sem usá-los, pega outros e outros, sem se deter em nenhum. Essa criança sempre perde os objetos, é desordenada, tendo que cobrá-la o tempo todo, não só para que complete as tarefas, mas também porque, distraída, se esquece de que é hora de almoçar, de jantar ou de banhar-se. Quando começa a fazer alguma coisa, se esquece de terminar, pára no meio . Quando vai a algum lugar pára no caminho, se detém para falar com alguém, para entreter-se numa brincadeira, ou com algum animal. Quando estas crianças têm a atenção de uma pessoa, quando alguém a escuta de modo tal que se sintam ouvidas e levadas a sério, são capazes de minimizar seus sintomas “hiperativos”.

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Edyleine Bellini Peroni Benczik em seu livro : Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade – fala sobre a melhor escola para crianças com TDAH.

“De uma maneira geral, a escola que parece ser a melhor para a criança com TDAH é aquela que valoriza o desenvolvimento global desta, reconhece e respeita as diferenças individuais, valoriza e promove o desenvolvimento da criatividade e da espontaneidade.” ( Benczik, 2000, p.49)

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CAPÍTULO II

QUAL O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO ALUNO? Nilson Guedes de Freitas, cita em seu livro Pedagogia do amor, um cenário descrito por Albert Einstein, quando ele discutia ética e sociedade, mostrando o poder dessas estruturas prisionais quando não se busca problematizar nosso modo de ser e agir.

“Um grupo de cientista colocou cinco macacos numa jaula. No meio, uma escada e sobre ela um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, os cientistas jogavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada,os outros o pegavam e enchiam de pancada. Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto, e afinal, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas então ficaram com um grupo de cinco macacos que mesmo nunca tendo tomado banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles porque eles batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: __ Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui! Portanto, antes de você continuar batendo, pare um pouco. Reveja a sua vida, os seus hábitos e o seu comportamento.

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Se for para melhor, quebre os padrões. Mudança deve haver na maneira de viver. Triste Época! Mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.” ( Freitas, 2000, p. 60 e 61)

Observa-se em alguns jovens uma baixa auto-estima, uma falta de objetivos, de expectativas em relação a própria vida. Eles não se preocupam com o futuro, com o que podem fazer para melhorar sua condição de vida. Para esses jovens “tanto faz” arrumar um bom emprego ou ficar desempregado, ter o que comer ou não. Eles se prendem ao que os outros fazem. Se os colegas não estudam, não trabalham, não se comportam em sala como deveriam, eles também não. O papel do Educador é fundamental nesta hora, pois sua orientação pode fazer um aluno sentir-se valorizado ou diminuído, dependendo do estado da auto-estima do aluno. O ato de Educar não deve se restringir à mera transmissão de conhecimentos, mas também ajudar a criança na formação de sua auto-imagem, possibilitando o desenvolvimento de atitudes positivas que contribuam para a construção de sua individualidade e sociabilidade. Enquanto Educadores, estamos preparados para Educar crianças?

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2.1.Problemas da indisciplina na Escola.

São muitos, para deixar mais clara a apresentação, chama-se a atenção para dois aspectos presentes: o aspecto social, que se refere às concepções apresentadas na prática do diaa-dia. O alunado e todo o seu convívio social. O aspecto econômico que faz muitas vezes com que o nosso alunado recorra a agressividade, indisciplina, para colocar para os demais todas as suas frustrações sócio-econômicas. A Escola surgiu para responder a necessidades sociais de preparo do indivíduo para a vida pública. Hoje ocupa grande parte da vida de seus alunos. O nosso professorado está preparado para lidar com a indisciplina?

“O erro didático seria o professor exigir silêncio “porque ele quer”ou “porque ele mandou”,como se sua vontade pessoal legitimasse tal exigência. Diz-se que é erro didático porque não revela ao aluno a razão de ser da regra e, pior ainda, desperta nele o desejo de desobedecê-la. ( PCN, v.08, 1997,p.121)

Algumas considerações serão levadas em conta para amenizar a indisciplina são elas:

· A Escola precisa ser articulada com a vida.

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· O conhecimento não é intocável, deve-se obter um relacionamento de troca. · O comportamento humano precisa ser mais valorizado e estimulado ao desenvolvimento. · Alunos e professores devem ser parceiros no diálogo com o conhecimento didático e afetivo. · Escola para quê? Para que desenvolva a possibilidade da reflexão e aumente a compreensão sobre a realidade que nos cerca. · A finalidade da Escola . Precisa-se melhorar a compreensão para aperfeiçoar e não sucatear a indisciplina do alunado.

“Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática social de que tomamos parte.” (Freire, 1993, p. 7980; 87-88)

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CAPÍTULO III CAUSAS DA INDISCIPLINA NA ESCOLA.

Observa-se que muitos motivos podem levar um aluno a não se comportar de forma adequada em atividades que necessitem de uma integração funcional com outras pessoas. Distúrbios de ordem pessoal: psiquiátrico; neurológicos; deficiência mental; distúrbio de personalidade; distúrbios neuróticos; etapas do desenvolvimento: confusão pubertária, onipotência pubertária; estirão; menarca/mutação; onipotência juvenil; síndrome da

5ª-

série;

distúrbios

normóticos;

distúrbios

leves

de

comportamento; uso e abuso de drogas; Distúrbios relacionais: educativos entre os próprios colegas por influência de amigos, distorções de auto estima; Distúrbios e desmandos dos professores.

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3.1. Distúrbios pessoais.

Tratando-se da indisciplina por causa do distúrbio psiquiátrico, os comportamentos provém de uma psicose, maníacodepressiva,esquizofrenia, etc., e independem do meio. O psicótico elabora qualquer estímulo recebido conforme sua patologia e reage de maneira inadequada. Os maníacos não conseguem ficar em silêncio porque estão submetidos a uma agitação psicomotora que não tem como ser controlada. O próprio sujeito não consegue avaliar as dimensões de sua inadequação. Pelo contrário, tem plena convicção de que está absolutamente certo. Distúrbios neurológicos são sintomas decorrentes da epilepsia

ou outras doenças, como a disfunção cerebral mínima.

Seus portadores são tradicionalmente agitados, apressados, briguentos, inquietos. Inteligentes terminam as tarefas antes dos outros e, como não agüentam esperar, acabam tumultuando a aula. Essas pessoas são assim em qualquer lugar. As vezes, até seu sono é agitado. O próprio hipercinético sofre com tamanha agitação sem que consiga ter o mínimo de controle sobre ela, surge também os hiperativos de causa neurológica e os déficits de atenção. Portadores de deficiência mental, apresentam menor capacidade de entender as regras e de suportar frustrações, além de controlar menos as reações primitivas da agressividade e da impulsividade. Dependendo do grau de deficiência, o aluno pode ir bem até a 3ª ou 5ª série. Broncas, castigos ou expectativas

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excessivas só servem para deixa-los tensos. Os deficientes mentais merecem uma educação especializada; no entanto, deve-se levar em consideração o fato de que a maioria deles é bastante dócil. O distúrbio da personalidade mais grave é a chamada personalidade psicopática. Seu portador não respeita as outras pessoas nem as regras sociais. O que importa é atender as próprias necessidades, não se incomoda de prejudicar seja quem for para saciar seus desejos. Em alguns casos, sente-se constantemente perseguido, como se todas as pessoas estivessem apontando seus erros o tempo todo. E reage de maneira agressiva, em sua própria defesa. Distúrbios neuróticos – são comportamentos bastante inadequados na qualidade e na quantidade. Surpreendem o interlocutor porque dependem muito mais do mundo interno pessoal que dá adequação social e ambiental. O neurótico projeta seu problemático mundo interior sobre o outro, sem que este o saiba. Normalmente a figura projetada é a que trás dentro de si quando se dá qualquer resposta assim solicitada. Cientes de distúrbios pessoais, os educadores terão que compreender o aluno e saber o que se pode esperar dele. Se tratando de indisciplina na adolescência seu comportamento vai depender da fase que estiver atravessando. As etapas são cinco: confusão pubertária, estirão, menarca, mutação e onipotência juvenil.

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3.2. Etapas de desenvolvimento da adolescência.

Assim como a infância, a adolescência também tem várias etapas, delimitadas, sobretudo, por modificações hormonais e psicossociais. Confusão pubertária – é o período em que a hipófise começa a estimular todo o organismo a amadurecer, principalmente os ovários e os testículos. A confusão estabelece-se porque partes suas funcionam como crianças e outras já como púberes, com hormônios sexuais. Internamente atrapalhados, externamente precisam da ajuda dos professores para se organizar. Onipotência pubertária é muito mais evidente nos rapazes, que são inundados pela presença da testosterona, o “hormônio de brigação”. Chama-se a testosterona de “hormônio de brigação” em contraste com o estrogênio, o “hormônio de ligação”. Com a testosterona, o púbere torna-se territorial, agressivo, impulsivo, irritável, não pede ajuda, mas também não a oferece, não fala de si, tranca-se com seus pensamentos, sentimentos e sofrimentos, buscando a auto-afirmação a todo custo. Faz oposição, contestação e “birras”, agride, tem crises de mau humor. Nas meninas, essa onipotência não é muito evidente e expressa–se, sobretudo, por meio da revolta nos momentos em que se sente injustiçada, incompreendida ou rejeitada. Sensível, sofre também pelos outros injustiçados.

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Sensível ao que está acontecendo com seus alunos, o professor deve evitar os atritos, tomando um cuidado extremo para não dar ordens que favoreçam a oposição, o enfrentamento e o questionamento. O estirão também é mais evidente nos rapazes. Eles aumentam muito de altura, em conseqüência do alongamento do fêmur. As meninas engordam, antecipando o arredondamento das formas e o crescimento dos seios. Ficam também bastante envergonhadas. Dois importantes acontecimentos biológicos marcam o início da próxima fase: a menarca, primeira menstruação, nas garotas e a mutação, mudança de voz, nos rapazes. A etapa seguinte, a onipotência juvenil, pode aparecer em ambos os sexos, embora tenda a ser mais acentuada no masculino. Caracteriza-se quando o jovem fica mais: ousado, arrogante, impetuoso, impulsivo, apaixonado, sexualmente potente, com baixíssima tolerância à frustração e cheio de certezas absolutas, o risco não existe. Não respeita ciclos biológicos, como alimentação e sono, tampouco opiniões ou experiências alheias, principalmente dos pais. Quanto mais equilibrado for o jovem, menos acentuadas e conturbadas serão todas essas etapas. Quanto mais nítidas elas

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forem, mais sofrida deve

estar sendo a passagem pela

adolescência. A partir dos onze anos de idade, as crianças deixam de freqüentar cursos em que as matérias são poucas , em que o número de professores é pequeno, geralmente do sexo feminino, e o relacionamento com eles é bastante pessoal, de modo que os professores sabem o nome de todos os alunos e conhecem um pouco da vida de cada um. Do ponto de vista físico, no entanto, onde as modificações estão ocorrendo, as meninas sofrem muito, com tonturas, mal-estar, crises de choro por qualquer coisa etc. Tudo dói e ficam “gemendo” atrás dos adultos. Já os meninos nada sofrem corporalmente e, pelo contrário, nem doentes ficam; nunca reclamam de dor porque não querem ser vistos como “maricas”.

3.3.

Reações normais, mas que atrapalham os

professores.

O termo “ distúrbios normóticos” parece inadequado por abrigar uma contradição: se são distúrbios , como podem ser normais?

Refere-se,

aqui,

às

pequenas

alterações

de

comportamento que são até esperadas em algumas etapas do desenvolvimento adolescente, mas que podem atrapalhar o professor que não tiver o conhecimento apropriado do assunto.

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Os tímidos e os esquizofrênicos causam , de maneira geral, menos perturbações na aula. Incomodam menos os professores e podem até passar despercebidos na classe. Costumam sofrer muito mais do que causar sofrimento aos outros.

3.4. Usuários de drogas.

São graves as alterações apresentadas pelos alunos em razão do uso de drogas, álcool, maconha, crack, cola de sapateiro, benzina, medicamentos psicotrópicos. Quando um estudante chega à aula drogado, é porque já perdeu o controle do uso há algum tempo. Já não lhe basta mais usar apenas fora do período escolar. Consegue esconder o vício das pessoas de sua casa e dos professores, mas não faz muita questão de ocultá-lo de amigos e colegas. É praticamente impossível para um professor não perceber que há na classe um aluno alterado por estar bêbado, drogado, agitado ou sonado. Os professores devem guardar nas suas fichas e na memória como é o funcionamento regular de cada aluno. Assim, quando notarem alguma alteração de comportamento, eles têm a obrigação de comunicar o fato aos canais competentes, seja o diretor, o coordenador ou o orientador. Seja professor, seja aluno, quem não estiver em condições de permanecer na aula não pode participar dela. Mesmo o aluno que não está incomodando porque está dormindo não deve

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permanecer na sala de aula por causa da falta de condições para participar dela ativamente. Cabe a escola levar o problema ao conhecimento dos responsáveis pelo aluno – e cabe à família tomar as providências necessárias para resolvê-lo. A simples retirada do estudante da classe não resolve o problema. Mas o professor pode e deve! Encaminhar esse aluno. Embora, não adianta o professor fazer sua parte se a orientação escolar não fizer a dela: verificar se os pais ou responsáveis tomaram alguma providência , que solução foi escolhida e acompanhar a evolução do tratamento por meio da observação mais apurada do comportamento do aluno.

3.5. Problemas de relacionamento.

Esses são os distúrbios mais difíceis de diagnosticar, pois dependem das interações relacionais comportamentais, que, por sua vez, são condicionados por estímulo e resposta. Às vezes, é muito difícil estabelecer num relacionamento quem realmente começou, pois sempre o agente de um comportamento pode alegar que reagiu em virtude de um estímulo anterior, imediato ou remoto. Na escola, a criança recebe novos estímulos relacionais de forma muito mais intensa do que dentro de casa – local a que já está acostumada. Quanto menos integrada ou mais frágil

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psicologicamente estiver, mais problemas tenderá a encontrar na convivência escolar. Cada um dos colegas pode estimulá-la em pontos que ainda não foram desenvolvidos em casa. Crianças com dificuldade para superar ciúmes, rivalidades, competições, rejeições e agressões podem apresentar distúrbios comportamentais ao relacionar-se com os colegas. Cabe aos professores, com base em sua própria intuição, descobrir o melhor método para lidar com tais dificuldades, sem no entanto, prejudicar a classe toda. Caso esses problemas permaneçam, pode ser necessário solicitar ajuda externa. Quando o professor não toma nenhuma atitude, os estudantes podem interpretar o fato como aprovação e a situação tende a se agravar. Além disso, esperar que o frágil aluno reaja por conta própria, que enfrente uma gangue sozinho, é sonhar acordado. Numa convivência com tal gangue, o professor pode estar rejeitando a fraqueza daquele aluno e usando a turma para fazer com que o menino se torne mais corajoso, “vire homem”. A proteção do professor prejudica menos o aluno frágil do que o fato de deixá-lo exposto a agressões desnecessárias na escola. Com freqüência, o aluno indefeso possui distúrbios, ou diferenças, de comportamento: isolamento, choro fácil, dificuldade de

reagir

à

provocação,

maneirismos,

deficiências

ou

anormalidades físicas, auditivas, visuais, de fala. Sobretudo nesses casos, os professores devem aproveitar a oportunidade para

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ensinar os alunos respeito humano como ingrediente indispensável à convivência universal. Nem sempre o estudante frágil é assim em casa, principalmente por dois motivos: na família ele está bastante protegido e todos se adaptam ao seu jeito de ser. Para diminuir o sofrimento na adaptação escolar, é muito importante que os pais e os filhos sejam orientados psicologicamente. A violência é uma semente colocada na criança pela própria família, que, encontrando terreno fértil dentro de casa, se tornará uma planta rebelde na escola, expandindo-se depois em direção à sociedade. Há os pais violentos. Na verdade, esses pais não estão educando seus filhos, mas ensinando-os a ser violentos. O filho não conhece os níveis normais de agressividade. Para ele, a violência é o recurso para vencer qualquer contrariedade. Seu corpo acostumase a reagir automaticamente de modo violento. A escola é uma segunda chance educativa que os pais devem aproveitar.

3.6. Distorções da auto-estima.

A auto-estima depende, inicialmente, do amor dos pais ou das figuras que os substituem. Se esses indivíduos apresentarem

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características pessoais distorcidas, também a auto-estima da criança poderá sofrer distorções. Certos pais por exemplo, educam os filhos para ser príncipes e depois reclamam quando estes não conseguem êxito escolar. A escola, que tanto custa aos pais, nada custa a esses filhos. E, afinal, é inútil mostrar contas a príncipes.A auto-estima permanece infantilizada. Alimenta-se apenas quando ganha algo. Distúrbios comuns da auto-estima são a perda de limites, a autodesvalorização, o excesso de auto-estima, o ego inflado, o ego murcho, o falar que vai fazer algo e não seguir adiante.

3.7. Oscilações da auto-estima.

Muitos distúrbios de conduta e a inconstância dos alunos são causados por oscilações da auto-estima. Entre eles, podemos citar: · Brigas, verbais e corporais. · Intimidades sexuais em público. · Masturbação na sala de aula. · “Ficar”em classe. · Aparência exótica · Uso de álcool, cigarro e maconha. · “aprontações” com prejuízo do aluno, do professor ou da escola, danos físicos, psicológicos ou materiais.

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O professor pode estimular a rivalidade e a competição entre os alunos para melhorar o aprendizado, mas jamais permitir que discutam de forma destrutiva. A discussão acalorada pode ser educativa desde que a possibilidade de aprendizagem supere a destruição. Qualquer briga em classe, verbal ou corporal, deve ser impedida. Qualquer esbarrão pode ser entendido como provocação irresistível e culminar em uma briga. Enquanto a briga se mantiver no plano verbal, geralmente os envolvidos ainda conseguem ouvir alguém que procure acalmá-los.

3.8. Uso de álcool.

A bebida alcoólica é uma presença muito comum entre os jovens. Atualmente, qualquer família de classe média tem seu “barzinho” instalado num lugar especial, quase como se fosse um oratório. Se não há como evitar o contato dos alunos com bebidas alcoólicas, é melhor ensiná-los a administra-las. As bebidas podem ser sorvidas e apreciadas enquanto ainda se tem o paladar e na ausência de sinais de alterações físicas, psicológicas ou comportamentais. O ponto central é a pessoa perceber seu limite particular, isto é, saber quanto pode beber e, conseqüentemente, quando parar.

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O importante é nunca beber de pressa. As alterações surgem quando o álcool chega ao cérebro. Ao beber rapidamente, o cérebro logo é atingido, e desse modo o indivíduo perde o controle sobre a quantidade que será ingerida a partir desse momento. Assim que surgem, as alterações tendem a piorar, pois ainda há álcool no tubo digestivo para ser absorvido e inundar ainda mais o cérebro.

3.9. “Aprontações” com prejuízos.

Ofender, segregar, agredir, roubar ou destruir materiais, da escola, do professor ou mesmo do colega, pichar muros, paredes, soltar bombas no banheiro – são comportamentos que a escola e o professor não devem permitir. O aluno que não respeita os outros precisa ou ser educado ou ser tratado. A educação cabe aos pais e à escola. O tratamento cabe aos pais e ao profissional de saúde. Um aluno que “apronta”e fica impune infringe regras e fere os direitos dos outros alunos. Muitas vezes, vale mais um limite bem demarcado que todo o esforço psicológico para tentar entender os problemas do aluno. E se a família não colabora? A educação ativa formal é dada pela escola. Porém, a educação global é feita a oito mãos: pela escola, pelo pai e pela mãe e pelo próprio adolescente. Se a escola exige o cumprimento de regras, mas o aluno indisciplinado tem a condescendência dos pais, acaba funcionando como um

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casal que não chega a um acordo quanto à educação da criança. O filho vai tirar lucro da discordância pais/escola da mesma forma que se aproveita quando há divergências entre o pai e a mãe.

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CAPÍTULO IV

ENSINANDO INTEGRIDADE.

Sabe-se que a falta de Educação do adolescente aparece na escola, onde tem regras a obedecer e responsabilidades a cumprir. As vezes, os alunos buscam somente saciar suas vontades. Ficam tão acostumados a satisfazer seus desejos que já nem pensam mais se o que vão fazer é ou não adequado e acabam tendo um comportamento violento perante qualquer solicitação que os desagrade. Passam a usar palavrões e a fazer birra quando contrariados. Como querem obter o que desejam custe o que custar, começam a roubar, a mentir e/ou a inventar histórias etc., vale tudo. Está na hora de fazer o aluno usar os padrões humanos de comportamento, utilizar a inteligência para superar as dificuldades e resolver os problemas, conhecer ética, respeitar o próximo e o ambiente em que se encontra. Para aprender com a própria experiência, é preciso estar atento e, portanto, ser disciplinado em relação ao que já foi feito, para que seja possível memorizar e repetir o ato quantas vezes forem necessárias. E também pode aprender por meio de leitura,

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observando as experiências alheias, sem a ajuda ativa, direta e pessoal de terceiros. O ser humano não pode se comportar como animais em bando, cada um saciando suas próprias vontades, ignorando os conceitos éticos que dão à vida um sentido e uma razão de ser. Limites e disciplinas são conceitos que aprendemos depois que nascemos, e alguém tem que nos ensinar tais conceitos. Muitos pais e/ ou professores surpreendem-se quando os filhos e/ ou alunos repetem seus erros. Tais aprendizes absorvem esses erros sem avaliá-los e, freqüentemente, nem reparam que eram erros. Uma pai pode querer ensinar algo ao seu filho, ditar regras, mas, na prática, fazer outra completamente diferente e não seguir as mesmas regras que impõe. Um exemplo típico é o do pai que insiste para que o filho estude um pouco a cada dia em vez de deixar tudo para a véspera da prova, mas o próprio pai faz tudo na última hora, pagamento do imposto de renda na data do vencimento, poucos minutos antes do banco fechar, etc. O filho segue o que o pai faz, aprendizado passivo, com base na observação do seu comportamento, e não o que ele fala ,aprendizado ativo. Eles são interativos, isto é, ação provoca reação, que, por sua vez, passa a estimular novas reações, numa seqüência. O resultado final é o relacionamento interpessoal.

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A sociedade praticamente não ensina, somente sinaliza as regras a serem obedecidas na esperança de que cada cidadão tenha preparo suficiente, familiar e escolar, para viver de acordo com elas.

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CONCLUSÃO

A

agressividade, indisciplina, é sempre um tema da

atualidade, cada vez mais, os profissionais da área da educação se deparam com problemas de difíceis soluções; pois os adolescentes e jovens que se destacam pela hostilidade exagerada, podem ter um histórico de condutas agressivas que remonta a idades muito mais precoces, como no período pré-escolar, por exemplo quando os avós, pais e “amigos” achavam que era apenas um “ excesso de energia” ou uma travessura própria da infância. Pode-se deduzir das diversas pesquisas nessa área que não existe uma única variável ou algumas variáveis simples que possam ser consideradas indícios seguros do surgimento do comportamento agressivo e violento na criança pré-escolar, senão, uma combinação de variáveis implicadas no desenvolvimento e na instauração dos problemas de conduta. Para alguns investigadores os fatores mais significativos seriam o temperamento da própria criança, os problemas na relação mãe-filho, as condições sócioeconômicas e a essência biológica. A educação deve, portanto, reforçar algumas qualidades sem as quais não se sobrevive no mundo contemporâneo, como a

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autonomia pessoal, a busca do conhecimento verdadeiro, a generosidade e a coragem. O professor deve ser o fomentador, mostrando, ao grupo como participar de controvérsias e como buscar posições. Ele pode ser um exemplo, tendo firmeza em suas posições, mas mostrandose disposto a debatê-las e a transformá-las ao final de cada aula.

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