APOSTILA PROVA FINAL – 7º ANO Aula 02

APOSTILA PROVA FINAL – 7º ANO. Aula 02 O Desenho – da Observação à Abstração: Como já vimos existem muitos tipos, nesta aula vamos abordar algumas for...

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APOSTILA PROVA FINAL – 7º ANO. Aula 02 O Desenho – da Observação à Abstração: Como já vimos existem muitos tipos, nesta aula vamos abordar algumas formas de desenho, já quer ficaria difícil ver todas as formas, vamos ficar com as mais utilizadas. O desenho de memória – é quando desenhamos algo que não está a nossa vista e sim em nossa memória. (René Magritte- o ovo e o pássaro- onde Magritte pinta um autorretratado, mostrando uma tela , com ele olhando para um ovo e pintando um pássaro alçando voo.)

Desenho de observação – é quando desenhamos algo que está a nossa vista, representando-o conforme enxergamos. Quem se lembra das pinturas impressionistas? Os artistas buscavam pintar aquilo que eles observavam, até mesmo a intensidade da luz!

Para se fazer um desenho de observação é necessário observar bem o que se vai desenhar, perceber a forma, a proporção, o volume, os detalhes e ainda colocar a sua interpretação pessoal de luz, sombra e textura.

Desenho Estilizado – é quando simplificamos o desenho, deixando de lado alguns detalhas para que fique a essência do objeto ou pessoa representado, ou seja, desenhamos a ideia principal.

Desenho Abstrato – é quando criamos a partir da estrutura do objeto observado uma imagem, que não é parecido com o original, pois, na abstração cada artista desenha o que observa da forma como o imagina totalmente diferente do original mas que tem o original em sua essência.

Desenho Criativo – é o desenho que ou não existe, ou algo que existe, mas que você deu sua interpretação pessoal, e pode acontecer de duas formas: A) Desenho Criativo Dirigido – quando outra pessoa escolhe o tema. Como exemplo temos as ilustrações feitas para livros, e outros produtos.

B) Desenho Criativo Livre – Quando você mesmo escolhe o tema.

Na História da Arte Muito do que conhecemos hoje do passado do nosso país, se deve ao trabalho dos artistas e cientistas que percorreram o Brasil registrando através de pinturas e desenhos de observação, os costumes da população, animais, plantas e cenas do cotidiano nas chamadas expedições (ou missões) artísticas e científicas. Artistas/cientistas como o príncipe alemão Maximiliano von Wied, que esteve no Brasil entre 1815 e 1817, deixaram registrado diversos aspectos dos índios Puri, Botocudo e Pataxó, enquanto o artista francês Jean-Baptiste Debret, nos deixou o relato da vida e cotidiano dos escravos no Rio de Janeiro em 1816, junto com Debret, vieram na Missão Francesa vários outros artistas como o pintor Nicolas-Antoine Taunay que deixou lindos registros do Rio de Janeiro da época. Wied - Desenho da família de índios Botocudo

Nicolas-Antoine Taunay - Rio de Janeiro vista do Mosteiro de São Bento

Aula 03 Vendo o Mundo com Formas Geométricas.

As formas geométricas já são conhecidas do homem desde a antiguidade, além de ser um elemento muito utilizado por vários artistas, em diferentes épocas da história. Os artistas usam as formas geométricas para várias coisas: Muitos desenhistas fazem esquemas com as formas geométricas para começar a desenhar qualquer coisa, veja o exemplo do elefante abaixo

Outros artistas como Flávio de Carvalho em sua obra, “Mulheres”, acrescenta formas geométricas para compor o quadro.

Enquanto outros artistas faziam e fazem até hoje obras inteiras usando as formas geométricas, como o caso do artista concretista Geraldo de Barros, que fez esta escultura chamada “Composição Geométrica”.

Na Historia da Arte… Muitos movimentos artísticos usaram as formas geométricas, mas hoje vamos ver o movimento Cubista. Em 1907, em Paris, Pablo Picasso pontou a tela Les Demoiselles d'Avignon, onde ele retrata as mulheres de forma diferente e inesperada, no lugar das formas reais e arredondadas, o artista usou figuras geométricas.

Logo outros seguiram esta nova tendência como o artista Georges Braque com sua obra Casas em L'estaque.

No Brasil o cubismo só ganhou terreno após a semana de Arte Moderna de 1922. Mesmo assim, não encontramos artistas exclusivamente cubistas em nosso país, muitos pintores foram influenciados pelo movimento cubista, entre eles podemos destacar a artista Tarsila do Amaral, que usou o cubismo de forma única e bem brasileira. Tarsila do Amaral – Paisagem com touro

Tarsila do Amaral – O Mamoeiro

Tarsila do Amaral – A Gare Quatro

Aula 04 Tangram. O Tangram é um quebra-cabeça chinês formado por 7 peças, sendo 5 triângulos, 1 quadrado e 1 paralelogramo. Vamos identificar cada uma das peças?

Com essas peças podemos formar várias figuras, utilizando todas elas sem sobrepô-las. As figuras formadas são geométricas e planas (sem profundidade e não dão sensação de realidade). Segundo a Enciclopédia do Tangram é possível montar mais de 1700 figuras com apenas essas 7 peças. Esse quebra-cabeça, também conhecido como jogo das sete peças, e nos ajuda a compreender e conhecer melhor as formas geométricas e como podem ser usadas para formas imagens.

Não se sabe ao certo como surgiu o Tangram, apesar de haver várias lendas sobre sua origem. Uma diz que uma pedra preciosa se desfez em sete pedaços, e com elas era possível formar várias formas, tais como animais, plantas e pessoas. Outra diz que um imperador deixou um espelho quadrado cair, e este se desfez em 7 pedaços que poderiam ser usados para formar várias figuras. Na Ásia o jogo é chamado de "Sete placas da Sabedoria".

Na Historia da Arte… Semana passada vimos como cubismo usava as formas geométricas para representar lugares, plantas, pessoas e até objetos.

As formas geométricas influenciaram vário movimentos e chegaram até os dias de hoje. É fácil encontrar obras com formas geométricas, ou artistas que se utilizam de formas geométricas para compor suas obras.

Andando pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro podemos apreciar grandes painéis, onde as formas geométricas e as cores vibrantes e alegres se destacam. São obras o artista Romero Britto. Romero Britto nasceu no Brasil em Recife, e sua obra é influenciada pelo cubismo, principalmente pelas obras de Pablo Picasso que ele considera seu grande mestre. Seu estilo é vibrante e alegre, o que faz com que suas obras seja muito ligadas com a publicidade. Hoje em dia Romero Britto mora nos Estados Unidos, onde faz muito sucesso. Reparem como podemos ver as formas geométricas nas obras dele: Painel localizado no centro da Cidade, no prédio da CEDAE

Painel na Secretaria de Estado do Rio de Janeiro.

Aula 05

O Cubismo e a arte Africana. Em maio de 1907, aconteceu uma exposição de esculturas africanas no Museu de Etnografia do Trocadéro, em París. Picasso foi a esta exposição, que acabou por influenciar fortemente sua arte. Impressionado com a arte primitiva das máscaras africanas, Picasso cria uma de suas obras mais famosas, que já vimos aqui a “Les demoiselles d'Avignon” (as madames de Avignon).

Nesta obra, duas das figuras femininas colocadas à direita das “demoiselles d'Avignon” temo o rosto com traço tão acentuado que parecem usar máscaras.

As máscaras Africanas: As máscaras forma os objetos que mais impressionaram os povos europeus, mesmo eles não sabendo o seu significado. A mascara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade, e serve c omo se fosse um suporte vivo e animado, representando momentaneamente um gênio ou animal místico. A máscara, acreditam os africanos, protege quem a carrega, está destinada a captar a força vital e redistribuir em benefício da coletividade. Alguns exemplos de máscaras africanas

Aula 07 Mosaicos: Mosaico é a arte de produzir, através de pequenos pedaços coloridos, que podem ser de granito, cerâmica, papel, azulejo, entre outros materiais.

Através dos mosaicos pode-se produzir criações das mais diversas, com os mais diversos formatos, cores e motivos. O nome Mosaico vem do Latim “musa”, e está entre as primeiras manifestações artísticas do ser humano. A arte do mosaico teve seu início no século V antes de Cristo e foi largamente utilizada no Oriente Médio. A Itália tornou-se o maior centro produtivo de mosaicos da Europa. Utilizando principalmente com temas religiosos, revestindo pisos e paredes com a arte do mosaico. O mosaico italiano influenciou e muito os portugueses que passaram a produzir em larga escala mosaicos em pisos e calçadas, criados em pedra portuguesa. Essa ideia foi trazida para o Brasil e o mosaico mais famoso neste estilo é o calçadão de Copacabana.

Na História da Arte: Com problemas causados pelos bárbaros, e também problemas com o senado Romano, o Imperador Constantino transferiu a capital de Roma para Bizâncio a antiga cidade

mais oriental do império, que mais tarde foi chamada de Constantinopla. A arte bizantina então absorveu influências vindas de Roma, da Grécia e do Oriente, a união desse diversos elementos culturais deram na formação de um estilo artístico repleto de técnica e cor. Intimamente ligada a religião os mosaicos bizantinos cobriram as paredes e abóbodas das igrejas, com materiais de cores intensas, e que refletem o dourado, os mosaicos são de grande suntuosidade, de forma jamais reproduzida em outra época.

Aula 07 Figura humana e Proporção O primeiro estudo das proporções do corpo humano foi feito por Leonardo da Vinci, em 1500, foi Leonardo quem fez a representação gráfica (desenho) mais famoso do Homem Vitruviano, que é o conceito considerado a “regra” das proporções humanas, segundo o raciocínio matemático (sim existe matemática na arte!) descrito por Vitrúvio, de quem herdou o nome.

O estudo de Leonardo foi e, ainda é de grande importância no trabalho de pintores e escultores, pois, para desenhar ou pintar uma pessoa sem deixar o corpo alongado ou achatado, temos que conhecer um pouco sobre Proporção.

O que é proporção humana então? Proporção é a relação entre as medidas, que varia conforme o sexo e a idade. Ao desenhar uma ser humano, o tamanho do corpo depende do tamanho da cabeça. Mas isso só vale para seres Adultos. Em um adulto, o corpo poderá medir entre 7,5 a 8 cabeças. Mas porque será que esta regra só serve para adultos? É só reparar, principalmente nos bebes, que eles parecem ter a cabeça grande, e tem mesmo! É que nesta fase, a cabeça se desenvolve mais que o corpo. Por isso na hora de desenhar um bebe a proporção passa a ser de 2 cabeças. Vamos entender isso melhor. Observe o desenho abaixo:

Note que em um desenho cada parte do corpo depende do tamanho da cabeça, vejamos agora algumas medidas. - O torso (do peito até o quadril) = 3 cabeças - Coxa (até o joelho) = 2 cabeças - Mão = um pouco menor que1 cabeça - O cotovelo vai até a medida da terceira cabeça - O pulso vai até a medida a quarta cabeça - O joelho chega até a medida da sexta cabeça. - No corpo feminino o cotovelo é na mesma altura que a cintura. - Homem não tem cintura. Claro que essas medidas não são rígidas, elas variam conforme a raça, a região e as características familiares. Além disso, todos nós possuímos características individuais que nos tornam únicos e especiais, e claro não custa lembrar. Não existe ser humano completamente proporcional e perfeito. Essas medidas são usadas como modelo inicial para que seu trabalho não saia totalmente desproporcional.

História da Arte: O Renascimento: Na Itália entre os séculos XV e XVI, a força da igreja que “pensava” pelas pessoas e ameaçava com o castigo divino aqueles que ousassem pensar por conta própria estava terminando, era a hora de o homem investigar, raciocinar, descobrir! Tudo isso gerou novas ideias, a busca de soluções inovadoras e a valorização do homem. O homem passou a ser visto como o Centro do Universo, e essa valorização do homem fez renascer a arquitetura, a literatura, a música, a pintura e a escultura, ajudou até a criar uma nova visão política. Por isso, esse período é conhecido como Renascimento. Os artistas voltaram a estudar e aprimoraram os conceitos de beleza e anatomia que já eram investigados na Antiguidade, mas que haviam ficado esquecidos durante muitos séculos. Os três maiores representantes do Renascimento na Itália foram Michelangelo, Rafael e Leonardo da Vinci, foram eles que criaram as obras mais conhecidas desta época. La Pietá – Michelangelo

As Três Graças - Rafael

A Virgem e o menino com Santa Anna – Leonardo da Vinci

Aula 08 Beleza Beleza é uma característica ou conjunto de características que são agradáveis à vista e que cativam o observador Mas o “padrão” ou a ideia do que é belo mudou mito ao longo da história, e mesmo hoje a noção de beleza não é uma só, ela muda conforme a cultura de cada país. Desde a pré história o homem usa a arte para representar e ressaltar a beleza, principalmente a beleza feminina. Nesta época, a mulher considerada bela era aquela que tinha seios fartos e quadris largos, pois o padrão de beleza era ligado a questão da reprodução, e mulheres com estas características demonstravam estar aptas a reproduzir. Podemos observar estas características na escultura da vénus de Willendorf (22 mil anos)

Para os Gregos, o padrão de beleza eram as medidas proporcionais e harmônicas era o padrão de beleza ligado aos deuses. Podemos ver um claro exemplo deste tipo de beleza pela obra Vênus de Milo.

Na Idade média a beleza era o reflexo da beleza divina, e a mulher considerada ideal era a personificação da imagem da virgem Maria, a pele clara, a face corada, os olhos negros seios pequenos e barriga saliente (valorização da maternidade). Muitas mulheres nesta época passavam fome, e para parecerem mais belas usavam enchimentos na barriga.

No Renascimento o padrão de beleza passa a ser a vida dos ricos, as mulheres ricas, com mais acesso à boa alimentação, tinham as formas cheias, e eram o padrão de beleza.

No século XVII o ideal de beleza eram as formas delicadas e a cintura fina, o que trouxe o uso dos espartilhos.

No século XIX voltam às formas avantajadas, as gordinhas com o rosto corado surgem como ideal de beleza e riqueza, o corpo ideal tem que ter a forma de uma ampulheta e para isso as mulheres usavam espartilhos cada vez mais apertados.

No século XX os espartilhos são substituídos pelo sutiã, o corpo ideal das mulheres fica mais fino, sem destaque para a cintura.

Com o tempo o ideal de beleza ocidental foi mudando pouco, a valorização da magreza absoluta dos anos 60/70, ao excesso de silicone de hoje em dia.

Mas mesmo hoje o conceito de beleza não é absoluto.

Na Mauritânia – África Ocidental – as mulheres consideradas belas são as obesas. As magras não casam e são consideradas feias muitas jovens comem em excesso para atingir o padrão de beleza.

Em Miamar – Ásia – as mulheres da tribo Karenis usam argolas de metal no pescoço que força os ombros para baixo, dando a sensação de alongar o pescoço ao ponto dos músculos do pescoço não aguentarem peso da cabeça caso retirem as argolas.

Na tribo Mursi – Etiópia – as mulheres belas são aquelas que usam enormes discos de madeira ou porcelana no lábio inferior.

Ainda na Etiópia, mas na tribo karo, as mulheres e os homens fazem cicatrizes no corpo, os homens para representar os rivais mortos e as mulheres para arrumar um marido.

A tribo Moko – na Nova Zelândia – a beleza está tatuada no rosto dos habitantes. Os homens tatuam no rosto, todo ou quase todo enquanto as mulheres tatuam os lábios e queixo, para eles as tatuagens são símbolo de poder, status e beleza.

Aula 09 A Arte de Reutilizar. A reciclagem e a reutilização são sempre confundidas por ser de modo geral uma forma de reaproveitamento de materiais que seriam descartados. A diferença é que a Reciclagem é um processo aplicado a um determinado material para que este volte ao seu estado original. Por exemplo, uma garrafa pet usada, quando reciclada vira uma nova garrafa pet. Já a Reutilização é o reaproveitamento de um determinado material seja na mesma função ou não. Como por exemplo, reaproveitar a garrafa pet para fazer vasos.

Dentro da arte a reutilização é algo muito comum e não começou agora, na verdade já desde o inicio do século XX artistas como o nosso já conhecido Pablo Picasso, começou a colar pedaços de jornal, tecido, madeira e outros objetos em suas obras. Como podemos observar na obra “Copo e garrafa de Suzie” onde Picasso colou pedaços de jornal e tecidos no quadro.

Hoje na Arte: Hoje em dia além de colar ou agregar diversos tipos de materiais diferente em quadros e esculturas, é muito comum o uso de materiais como sucatas para criação de obras belas e inusitadas. Muitos artistas trabalham com o lixo ou com sucatas, mas para esta aula escolhemos dois exemplos um internacional e outro nacional.

Vamos começar pelo internacional, Jeremy Meyer é um artista californiano autodidata, que adora transformar peças de antigas maquinas de escrever quebradas e descartadas como lixo em magníficas obras de arte com formas humanoides e de animais. Jeremy nunca se formou em artes ele estudou design, desenho hiper-realista, moldagem e fundição de peças escultóricas até finalmente se fixar nas máquinas de escrever. Jeremy primeiro desmonta um conjunto de máquinas de escrever, sem nenhuma ideia do que vai fazer, ele observa as peças soltas, suas formas e assim, ele vai juntando essas peças até surgir a obra. Vejam alguns exemplos de suas obras, observem bem os detalhes impressionantes que forma cada uma das peças.

No Brasil o grande representante contemporâneo que reutiliza sucata e lixo para a criação de obras de arte é o Vik Muniz. Vicente José de Oliveira Muniz, pernambucano tem como grande característica o uso de materiais inusitados como xarope de chocolate, geleia, manteiga de amendoim, açúcar, fios, arame, latas, objetos recicláveis e pasmem, até fumaça de avião (na série de obras “imagens das nuvens”). Como podemos observar nestas obras:

A Monalisa feita de Geleia e de Pasta de Amendoim.

O Autorretrato criado com comida e lixo. Uma de suas obras mais comentadas e conhecidas foi o documentário “Lixo Extraordinário”, onde mostra o seu trabalho com os catadores de recicláveis no lixão do Jardim Gramacho em Duque de Caxias; este documentário foi premiado no festival de Berlim. Para criar obras tão monumentais, Vik Muniz fotografava os catadores de lixo nas poses que ele desejava representar, e com base nestas fotos cria ou recria as imagens em proporções gigantescas, utilizando para isso o lixo do próprio lixão. Com a obra finalizada ela é novamente fotografada, criando um efeito surpreendente, lindo e lúdico. Vamos ver algumas dessas obras; Como o retrato original dos catadores à esquerda e a obra criada com lixo a direita.

O retrato do carregador levando uma pilha de lixo, mostrando a realidade dos trabalhadores do lixão.

O retrato das crianças do Lixão.

Vik Muniz utilizou a mesma técnica mostrada no documentário para criar as obras que apareceram na abertura da novela Passione da Rede Globo.

Aula 10 Museu da Imagem do Inconsciente. Nise da Silveira, oposta aos tratamentos psiquiátricos vigentes na década de 1940 como eletrochoque, lobotomia e insulinoterapia, implantou em 1946 no Centro Psiquiátrico .Pedro II, o Serviço de Terapêutica Ocupacional, onde foram criados ateliês de pintura e

modelagem permitindo aos internos uma nova forma de expressão e tratamento psiquiátrico Acontece que a produção destes ateliês foi tão abundante e revelou-se de tão grande interesse científico e utilidade no tratamento psiquiátrico que pintura e modelagem assumiram uma posição única. Daí nasceu a ideia de se organizar um Museu que reunisse as obras criadas nesses ateliês. As pinturas e esculturas criadas nos ateliês já participaram de várias exposições tanto dentro quanto fora do Brasil, e embora a Dra Nise tivesse o cuidado para não emitir juízo artístico sobre as obras produzidas, e sim se concentrar nos problemas científicos levantados por essas produções, os trabalhas realizados são acolhidos com entusiasmo pelo meio artístico. O trabalho de Nise da Silveira à frente do Museu de Imagens do Inconsciente revela ao público uma série de artistas e obras de valor inegáveis, embora muitas vezes difíceis de serem classificados do ponto de vista do estilo, por não serem “filiados a quaisquer escolas”.

Na Historia da Arte...: Fernando Diniz (1918-1999), foi um dos artistas mais célebres do grupo, pintava letras, números, paisagens, interiores e composições geométricas. O tema da casa – da casa onírica que jamais existe – é uma constante em seu trabalho: os candelabros, poltronas, pianos, aquários, etc. Diz ele: “Eu primeiro fiz um pedaço de cada canto e depois juntei tudo num quadro só... É como aprender as letras “a, e, i, o, u”. A gente aprende uma por uma pra depois juntar e fazer uma palavra. As letras são mais fáceis de juntar que as imagens. As figuras são mais difíceis para ligas. As letras a gente sabe logo, as figuras nunca se sabe totalmente”. Algumas obras de Fernando Diniz.

Aula 11 Arthur Bispo do Rosário. Foi um artista plástico brasileiro, considerado por alguns como um Louco e por outros como um Gênio. Sua figura o coloca no limite entre a arte e a insanidade. Arthur Bispo do Rosário foi negro, pobre e nordestino, em sua vida foi marinheiro, boxeador, biscateiro, trabalho no departamento de tração de bondes no Rio de Janeiro e por fim foi empregado doméstico em Botafogo. Na noite de 22 de dezembro de 1938, ele despertou com alucinações, Peregrinou pela rua Primeiro de Março, subiu ao Mosteiro de São Bento, onde anunciou que era o enviado de Deus, encarregado de julgar os vivos e os mortos. Foi detido e conduzido ao Hospício Pedro II, depois de um mês foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, onde foi diagnosticado com esquizofrenia paranoica. Dentro da Colônia, onde ficou por 50 anos, Bispo do Rosário passa a produzir objetos com diversos tipos de materiais vindos do lixo e de sucatas. Sua arte, quando descoberta, foi classificada como vanguardista e comparada as obras de Marcel Duchamp.

Entre os temas mais produzidos por Arthur, podemos destacar os navios, estandartes, faixas com mísseis e objetos domésticos. A sua obra mais conhecida é o Manto da Apresentação, que o Bispo deveria vestir até o dia do Juízo Final. Bispo do Rosário se utilizou de objetos descartados pela sociedade de consumo para produzir obras que mostram o cotidiano desta mesma sociedade, ele se utilizou da instituição que o abrigou lutando contra o sistema ao se recusar a ser tratado, e ao mesmo tempo se aproveitando dos recursos que a instituição lhe provia para criar. Algumas obras do Bispo do Rosário. “Veleiro”

“Fichários”

“O muro do fundo da minha casa”

“Congas e havaianas”; “Macumba” e “Botas”

“Retentor de óleo”, “Canecas” e “Confetes”

“Vinte e um veleiros” e “Pedras”

“O Manto da Anunciação” e o artista vestindo o seu manto.

Aula 12 Arte Popular Brasileira. No Brasil, costuma-se chamar de “arte popular” as produções artísticas, feitas por homens e mulheres que, sem jamais terem frequentado escolas de arte, criam obras de reconhecido valor estético e artístico. Seus autores são gente do povo, o que, em geral, quer dizer pessoas com poucos recursos econômicos, que vivem no interior do país ou na periferia dos grandes centros urbanos, e para quem “arte” significa, antes de mais nada, trabalho.

Apesar de fortemente enraizada na cultura e no modo de viver das pequenas comunidades nas quais tem origem, a arte popular exprime o ponto de vista de indivíduos cujas experiências de vida são únicas. Apresenta como principais temas a criação de seres fantásticos ou de simples cenas do cotidiano, numa linguagem em que o bom humor, a perspicácia e a determinação têm lugar de destaque.

Talvez venha daí seu forte poder de comunicação, que ultrapassa as fronteiras de estilos de vida, situação socioeconômica e visão de mundo, interessando a todos de maneira indistinta. O mundo da arte popular brasileira — ou seja, o mundo dos costumes, das religiões e festas que se revelam por seu intermédio e lhe servem habitualmente de tema — é bastante complexo e dinâmico. As obras são feitas em todas as regiões do Brasil, e seus autores utilizam os materiais que têm à mão, como barro ou madeira,

e ainda outros, como areia,

palha, contas, tecidos e penas de aves.

Para muitas pessoas, prestar atenção nos diversos estilos, cores e materiais que compõem as obras dos artistas populares pode descortinar um mundo de arte desconhecido. Conhecer essa produção também é conhecer melhor o Brasil e os brasileiros. E significa, sobretudo, empreender uma fascinante aventura pelos caminhos da imaginação humana.

Aula 13 Frottage ou Frottagem. A palavra Frottage vem do francês – frotter, que significa esfregar. A técnica é bem simples, consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície áspera, que contém alguma textura e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de giz de cera, carvão, ou mesmo lápis, para que a textura apareça na folha.

Na História da Arte: Embora seja uma técnica muito antiga ela só foi usada pela primeira vez pelo pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest (1891 – 1976), um dos fundadores do movimento artístico “Dada” e posteriormente um dos grandes nomes do Surrealismo.

Foi em uma tarde chuvosa de 10 de agosto de 1925, quando ele observou um piso de madeira desbotada em um hotel em Pornic. A estrutura do piso o inspirou a colocar um pedaço de papel sobre o assoalho e depois transferir suas texturas para a folha com o grafite. Além de placas de madeira, ele também utilizou folhas, cascas, linhas, palha, tecidos, malhas e tinta seca como ponto de partida para suas Frottagens. Mudando a posição do papel enquanto esfregava, o desenho ganhou manchas escuras e claras, criando uma delicada semiescuridão, e criando paisagens e obras surreais. Obra: Den Imaginära Sommaren (1927) – Max Ernest

Outras Frottagens

Aula 14 A gravura. Todo mundo já viu uma gravura, seja como imagem de um livrinho de cordel, seja em livros de história ou em museus, o fato é que as gravuras já são velhas conhecidas, tanto os egípcios já se utilizavam de pedras e madeiras como matrizes de impressão para

papiro ou tecidos, essas técnicas também já eram conhecidas dos chineses desde o século II!

Mas afinal o que é gravura? De modo geral podemos dizer que Gravura é toda uma imagem obtida através da impressão de uma matriz artesanal. O material desta matriz pode variar muito, sendo os mais comuns, a madeira, o metal e a pedra. É através do material da matriz que se classifica o tipo da gravura. As gravuras podem ser: Xilogravura – gravura que usa a madeira como matriz, onde a imagem é feita em relevo, algo muito parecido com um carimbo Ex. “A vida no sertão” de J. Borges

Litografia ou Litogravura – gravura que usa a pedra, em geral pedra calcária como matriz. Nesta técnica não se escava ou esculpe na pedra, para tal gravura usa-se um lápis oleoso. Além do lápis oleoso, também é necessário outros produtos químicos para a execução da Litogravura, tais como: goma arábica, breu, acido tânico, nítrico e fosfórico. O que torna esta técnica complexa e lenta. Gravura em Metal ou encavo – gravura que usa o metal, em geral o cobre, como martiz, mas pode também ser feita em alumínio, aço, ferro ou latão amarelo. A técnica para se gravar no cobre é muito variada, entretanto, a mais comum é o uso de um instrumento chamado “Ponta Seca”. Semelhante a uma grande agulha, este instrumento funciona

como uma caneta, riscando a chapa e formando sulcos que vão reter a tinta, que será transferida para o papel através da pressão provocada por uma prensa de cilindros. Ex. “Mãos desenhando-se” de M. C. Escher

Serigrafia – é a gravura também conhecida como silk-screen, este método de gravura usa uma tela de poliéster ou nylon, preparada com uma emulsão especial sensível a luz,, para criar as imagens que serão gravadas. Ex. “Cristo Redentor” de Glauco Rodrigues

Petróglifo – gravura feita em pedra ou rocha, são imagens geometrizadas e representações simbólicas que registravam fatos e mitos e eram gravadas em rochas e paredes de cavernas. Os petróglifos assim como os pictogramas Forman um conjunto conhecido como arte rupestre.

Na História da Arte... Na Europa durante os séculos XV a XVIII (até 1830) muitos artistas se dedicaram a técnica de gravura, se tornando grandes mestres nesta técnica. Em sua grande maioria eles se utilizaram da xilogravura e a gravura em metal, e raramente as gravuras eram feitas em papel. Entre os grandes mestres dessas épocas podemos citar artistas como Albrecht Dürer, Ex. Obra “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”

Rembrandt Ex. Obra: “As Três Cruzes”

E Francisco Goya. Ex. Obra: “O Sono da Razão Produz Monstros”

A fama internacional destes artistas como mestres em gravura era tamanha, que suas gravuras eram mais populares que seus quadros.

E no Brasil... Muitos artista se dedicaram a gravura no Brasil, principalmente na década de 1920, quando artistas expressionistas como Lasar Segall e Oswaldo Goeldi, comprometidos com o drama da existência humana realizaram obras contundentes e de grande força trágica. Também no Brasil as técnicas mais utilizadas são a xilogravura e a gravura em metal. A gravura faz parte da cultura popular brasileira, pois, que a técnica da xilogravura é altamente usada na confecção das imagens ricas em detalhes e beleza que estampam os cordéis nordestinos. Exemplos: Xilogravura de Lasar Segall – “Mulheres Errantes”

Xilogravura de Goeldi – “A Tarde”

Gravura em Metal de Goeldi – “Pierrot”

Ilustrações em Xilogravura de livros de Cordel.

Aula 15

História da Escultura. O homem produz esculturas desde a pré-história, um dos melhores exemplos de escultura pré-históricas encontrada pelos cientistas é a “Venus de Wilendorf, que nada mais é do que a estátua de uma mulher, com fartos seios e quadris avantajados.

Segundos os estudiosos, a Venus de Wilendorf representava com suas formas avantajadas a capacidade da mulher de gerar filhos. No Egito antigo as estátuas representavam Deuses, faraós, pessoas importantes e até pessoas comuns. Elas variavam e muito de tamanho, desde alguns centímetros como os shibts até esculturas monumentais como as dos templos de Abu Simbel que tinha cerca de 6 metros!

As características das escultura egípcia são os normalmente juntos, postura ereta, sem representação de movimento e detalhes nas roupas. Esse tipo de escultura se manteve praticamente a mesma por aproximadamente 3000 anos! Na Grécia antiga, por volta de 650 a 600 anos antes de Cristo, a arte começou a ganhar um estilo próprio e original. A escultura representava em geral Deuses e o próprio ser humano, tinha como grande característica a busca da beleza e da perfeição, além do estudo e representação detalhada da musculatura humana. O estilo grego ficou

tão conhecido que influenciou a arte Romana, Etrusca e séculos mais tarde o Renascimento.

Em Roma, a escultura foi fortemente influenciada pelo gregos e também pelos etruscos, mas mesmo assim os romanos souberam não só copiar como acrescentar um estilo próprio a essas técnicas. Os romanos se tornaram mestres na escultura retratistas (como retratos, as esculturas representavam a perfeição à pessoa retratada), podemos ver como os romanos ficaram mestres em fazer detalhes das roupas e dobras dos tecidos.

Aula 16 Teatro de bonecos. O teatro de bonecos é uma arte das mais antigas. Acredita-se que o uso de bonecos para representar historias venha desde a pré-história. A origem do teatro de boneco remonta ao Antigo Oriente, em países como China, Índia e Indonésia e se espalhou pelo mundo através dos mercadores, que levavam seus produtos para a Europa, onde o teatro de bonecos se popularizou.

Na Europa o teatro de bonecos era usado não somente como diversão mas, também para o ensino. Já que grande parte da população não sabia ler, a igreja Católica usava o teatro de bonecos como forma de ensinar o evangelho ao povo. Ao longo da Renascença a Igreja abandona o uso do teatro de bonecos que passa a ser apresentado nos pátios das residências e em festas realizadas durantes as feiras, o teatro passa assume uma postura, mas satírica e cheia de humor. Conforme o tempo foi passando o teatro de bonecos foi evoluindo, se transformando conforme a necessidade de cada época. Assim, eles estão sempre assumindo uma nova forma, mas preservando o seu caráter de encenar seus espetáculos não só nos teatros, mas também nas ruas, praia, quintais, praças e colégios. Tipos de Bonecos. Existem muitos tipos de bonecos e cada tipo tem suas características específicas, vamos ver os tipos mais comuns. Fantoches – também conhecidos como bonecos de mãos ou luvas. Este tipo possui o corpo feito de tecido, vazio, onde o manipulador veste na mão, ele encaixa os dedos na cabeça e nos braços para movimentar o boneco. A figura neste caso só é vista da cintura pra cima e geralmente não tem pernas. A cabeça de um fantoche pode ser feita de madeira, papel, borracha ou feltro. É o tipo mais comum de bonecos, e seus shows em geral são ao ar livre.

Hoje existem fantoches de corpo inteiro, mas que exigem mais de um manipulador por boneco, como no caso dos bonecos da companhia Gira Bonecos.

Bonecos de Vara – São figuras em geral de tamanho grande, sustentadas por varas que atravessam seu corpo até a cabeça. Em algumas figuras, varas mais finas são inseridas para movimentar mãos, pernas e braços se necessário. Em geral o boneco de vara é usado em peças com o ritmo mais lento e solene. Sua variedade de movimentos é muito grande, mas, exige as vezes, duas ou três pessoas para manipular um único boneco.

Marionetes ou Bonecos de Fio – São figuras controladas por cima. Normalmente são movimentadas por cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do manipulador. Uma marionete simples pode ter até nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada lado da cabeça e um na base da coluna para fazer o boneco se inclinar. Mas se o boneco tiver mais efeitos, como mover a boca, ou outros movimentos mais complexos o número de fios pode até dobrar, o que torna a operação do boneco algo bem complexo que exige do manipulador muito treinamento e dedicação.

Teatro de Sombras – Os bonecos para o teatro de sombras são muito semelhantes ao bonecos de vara, só que no teatro de sombras os bonecos são figuras planas, que se utiliza para projetar uma sombra através de um telão semitransparente. As figuras podem ser recortadas em couro, madeira, papelão ou qualquer outro material que seja opaco. O teatro de sombras é tradicional em vários países como a China, Índia, Turquia, Grécia, Java, Bali e Tailândia. Os bonecos do teatro de sombras são em geral manipulados por varas, mas também podem ser manipulados por meio de cordões. Hoje o teatro de bonecos não se limita mais a figuras bidimensionais, ou seja, a bonecos planos, podendo usar figuras tridimensionais.

Aula 17 Letras e números nas Artes Visuais Tipologia ou Tipografia é o chamado estudo sistemático de tipos, ou seja, estudo das letras podendo ser aplicado a diversos meios (como nas artes visuais, na arquitetura, na redação, na diagramação, no design gráfico). As letras podem se destacar em um texto ou produção gráfica de acordo com sua:

Chamamos de “Tipo” o formato padronizado de determinadas letras. Podemos destacar três principais tipos de letras distintos: Letras manuscritas - ou letras cursivas, são letras com formato realizado manualmente ou semelhantes à escrita à mão livre.

Letras de forma - como o próprio nome diz, letra de forma é um tipo de letra padronizada. O Tipo bastão é a forma de letra fácil de ser compreendido e lido, caracterizado principalmente pela forma de seu traçado simples e não decorado por serifas (pequenos prolongamentos nas pontas das letras). É o tipo padrão usado em projetos e em desenho técnico em geral. Ex.: Arial, Tahoma, Verdana.

Podemos classificar as letras de forma de acordo com o seu tipo: Antigo (Times), Moderno (Bodoni), com Serifa e sem Serifa.

Letras decorativas - São tipos desenhados de maneira livre e criativa, são formatos decorativos, fantasiosos, brincalhões, radicais. Atraem principalmente pelo impacto visual do que propriamente pelo texto a ser lido.

Imagens tipográficas - composição visual com tipos Os designers gráficos usam de programas gráficos de computador para criar imagens usando diversos tipos de letras. Veja alguns exemplos interessantes:

Na História... Já imaginou um carteiro carregado de tabletes de barro, madeira e pedra, distribuindo essas encomendas pelas cidades? Há cerca de 5 mil anos talvez essa cena não seria tão estranha. Em vez de papel, as pessoas escreviam em pedaços de barro e outros materiais. A escrita também era bem diferente da atual, feita com desenhos. A escrita foi inventada na Suméria, um país que existia onde hoje estão o Irã e o Iraque, numa região chamada Mesopotâmia, que significa "entre rios". Os rios são o Tigre e o Eufrates. Naquela época, cerca de 5 mil anos atrás, a escrita começou a ser feita em pequenas almofadas de barro. Mais tarde, usou-se também madeira, metal e pedra para escrever. A idéia pegou e, assim, surgiram maneiras diferentes de escrever em vários pontos do mundo, de acordo com a língua falada em cada região. No começo, a escrita era feita com o desenho das coisas. Por exemplo: se a palavra era "casa", fazia-se o desenho de uma casa. Mas logo vieram as dificuldades. Como escrever o nome de uma pessoa? Não bastava fazer o desenho de um homem ou de uma mulher! Então começaram-se a combinar os símbolos. Desse modo, para escrever algo sobre alguém chamado Coelho, bastava desenhar um homem e um coelho. Mas isso também nem sempre funcionava bem. Como a gente poderia representar alguém chamado Henrique? Para resolver esse tipo de problema, passou-se a escrever os sons das palavras e não mais as idéias. Para escrever "irmão", desenhavam-se as pernas andando (ir) e uma mão. Um soldado era representado por um sol junto com um dado.

Ainda assim as dificuldades apareciam. Surgiu, então, uma maneira de escrever na qual eram observados os sons da fala. Se a gente espichar a fala devagar, ao dizer cavalo, por exemplo, alguns sons chamados "vogais" ficam destacados. Se a gente presta atenção nos movimentos da boca, os sons chamados "consoantes" se sobressaem. Juntando os dois tipos de sons, temos umas unidades chamadas sílabas: ca + va + lo. Assim, os símbolos da escrita passaram a ser as sílabas ou as vogais e as consoantes separadamente, conforme a língua. Esse tipo de escrita que representa separadamente as vogais e as consoantes, ou seja, cada letra, é chamado alfabeto, que se mostrou tão interessante, útil e prático que hoje em dia todas as línguas do mundo podem ser escritas com esse sistema.

Aula 18 Arte Linear A Linha: Assim como o ponto, a linha é um elemento essencial na composição visual. Ela está presente em nossa vida e em todas as coisas que estão ao nosso redor, especialmente na natureza. Observe a folha de uma árvore! Quantas linhas não possui? Inúmeras, não é mesmo?

Os nossos cabelos também são exemplos de linhas: se são lisos, são linhas retas,

Se forem crespos, encaracolados ou cacheados são linhas curvas, onduladas ou espiraladas.

A linha é o elemento básico de todo grafismo e um dos mais usados. Representa a forma de expressão mais simples e pura, porém também a mais dinâmica e variada. A linha possui grande expressividade, muita energia e quase sempre expressa movimento e direção. Com tanta expressividade e possibilidades não é de se estranhar que a Linha fizesse parte da arte em vários momentos e de várias formas, mas nada traduz mais a versatilidade da linha do que a Arte Linear. A Arte Linear é a arte criada com linhas que formam composições figurativas ou abstratas. Criar um trabalho com fios ou linhas, além de ser um exercício de criatividade, produz uma arte com um efeito visual incrível. As obras são criadas, tecendo-se fios ou passando por pregos fixados sobre uma base, geralmente de madeira ou cortiça. A Arte Linear vê nas linhas, o pictórico em massas, ou seja, usa a linha como um pintor usa a tinta e a massa para compor suas obras.

Na História O escultor e pintor construtivo, Naum Gabo criou extraordinárias esculturas etéreas, verdadeiros exemplos de delicadeza, transparência e leveza Sua obras, feitas em náilon e placas de acrílico, criam complexos padrões tridimensionais. Vejam o exemplo da obra “Construção linear no espaço 2”: Esta peça foi concebida como parte de uma obra de 3 metros, encomendada pelo edifício Esso localizado em Nova York, em 1940, mas que acabou não sendo realizada.

A escultura parece flutuar como se presa por um fio invisível, e parece não ter começo ou fim, transmitindo assim uma sensação de infinito.