Manual de Recomendações e Segurança ALAPA 2006

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« ASSOCIAÇÃO LATINO AMERICANA DE PNEUS E AROS » Manual de Recomendações e Segurança – Automóveis e Camionetas

PNEUS, CÂMARAS DE AR, PROTETORES, VÁLVULAS, AROS e RODAS

RECOMENDAÇÕES SOBRE USO E MANUTENÇÃO

1ª EDIÇÃO 2006

VETADA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO

A.L.A.P.A.

ASSOCIAÇÃO LATINO AMERICANA DE PNEUS E AROS Manual de Recomendações eSegurança – Automóveis e Camionetas RECOMENDAÇÕES Introdução Os fabricantes de Pneus, Câmara de Ar, Válvulas, Aros e Rodas, produzidos pelos

fabricantes latino-americanos, membros da ALAPA, graças às suas técnicas avançadas,

adquiridas ao longo de anos de experiência, fornecem produtos seguros e de excelente qualidade.

Mesmo que esses produtos disponham de uma grande margem de segurança, eles

devem ser tratados com o máximo de atenção e cuidado. É essencial que os usuários, que

são os principais responsáveis por sua própria segurança e a de outros, não extrapolem essa margem.

As Recomendações seguintes formuladas pela A.L.A.P.A. expõem as regras

elementares de utilização dos produtos aqui referidos. Essas informações são baseadas nas

consignas de ordem geral e não podem ter em conta condições particulares de utilização de produtos e de diferentes tipos de veículos.

Em consequência, a aplicação das Recomendações da A.L.A..P.A. pelos usuários não

isenta de nenhuma responsabilidade civil ou de obrigações legais que poderão ser impostas e que podem variar de um país à outro.

Para maiores detalhes sobre diversos itens aqui tratados, poderão ser consultadas as

Normas da ABNT/NM

( Associação Brasileira de Normas Técnicas/Normas Mercosul) e o

Manual de Normas Técnicas da A.L.A.P.A. ( Associação Latino Americana de Pneus e Aros ) .

⋙ ⋙ ⋙ Definições Homem das Artes

É considerado um artista, a pessoa física ou moral onde a atividade principal é a

fabricação ou a distribuição à terceiros dos produtos aqui referidos, que possua um registro comercial ou vinculação a um sindicato profissional e que utilize equipamentos adequados segundo as Regras das Artes.

Regras das Artes

As Regras das Artes são todas as instruções técnicas, normas e leis concernentes à

utilização, à função e conservação dos produtos aqui referidos.

Estado das Artes

Trata-se, em um momento preciso, de todo conhecimento de profissionais de um

setor ou de uma profissão que é transmitido oralmente ou por escrito e que é complementar às leis ou regulamentos.

ALAPA – ASSOCIAÇÃO LATINO AMERICANA DE PNEUS E AROS Av. Paulista, 2444 – 12º Andar – conj. 124 01310-300 – São Paulo – S.P. – Brasil Telefone : 55 11 3258-3638 Fax : 55 11 3259-1909

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Web : www.alapa.com.br

Recomendações A.L.A.P.A. para Estocagem ⋙ ⋙ ⋙ Instruções para estocagem de pneumáticos, câmaras de ar, protetores, válvulas, aros e rodas. Introdução

Umidade,

temperatura,

luz

são

fatores

de

envelhecimento

indispensável estocar os produtos no interior de um local.

conhecidos ;

é

então

Estando ou não montados em uma roda, os pneus devem ser estocados em um local limpo, protegido da luz solar ou de fonte artificial, do calor, de fontes de ozônio (máquinas elétricas) e de hidrocarbonetos.

Umidade

O local deve sempre estar fresco, seco e com ventilação natural. É necessário evitar a presença de umidade e condensação.

Os pneumáticos novos ou usados destinados a reparação ou reformados, deverão ser previamente limpos e secos.

Se os pneumátivos estiverem armazenados no exterior, deverão estar cobertos. Uma lona opaca e impermeável oferece uma boa proteção. O pneumático deve estar abrigado de água e umidade.

Se possível, montá-los e inflá-los a pressão de ≂ 15psi. Estocar verticalmente e cobrir com

a ajuda de uma lona.

Luminosidade

É necessário proteger os produtos da luz do sol e da luz artificial com raios ultravioleta. A luz com lâmpadas incandescentes é preferível no lugar das de tubos florescentes

Temperatura

A temperatura de estocagem deve ser inferior à 35ºC, de preferência inferior à 25ºC.

Temperaturas acima de 50ºC desencadeiam certas formas de deterioração que podem ser aceleradas suficientemente para ter uma influência na duração de vida em serviço.

É necessário evitar todo contato direto com tubulação e radiadores de aquecimento.

Mesmo que temperaturas baixas no local de estocagem não sejam necessariamente prejudiciais, as mesmas podem, às vezes, provocar enrijecimento da borracha. Com essas temperaturas, é necessário então, evitar deformações na manipulação e montagem.

Oxigênio, ozônio e agentes químicos

O ozônio é particularmente nocivo. É necessário evitar a presença de aparelhos geradores de ozônio no local, tais como : lâmpadas florescentes, lâmpadas a vapor de mercúrio,

máquinas elétricas e qualquer outro agente que possa provocar faiscas ou descargas

elétricas. Gases e vapores de combustão que podem produzir o ozônio por processo de fotoquímica deverão igualmente ser retirados do local.

Solventes, combustíveis, lubrificantes, produtos químicos, ácidos desinfetantes, dissoluções de borracha, etc. deverão ser estocados em um ambiente isolado.

É necessário, sobretudo, respeitar as normas e regulamentos administrativos com relação ao estoque e manipulação de líquidos inflamáveis.

Deformação

A fim de evitar qualquer risco de rachaduras ou alterações permanentes, os produtos não deverão sofrer nenhuma deformação devido à tensão ou amassamento.

Rotação do estoque

A fim de reduzir a duração do estoque ao mínimo, é necessário organizá-lo para que os pneumáticos estocados primeiro sejam os primeiros a serem utilizados (FIFO).

Estocagem à curto prazo

À curto prazo (até 4 semanas) os pneus podem ser empilhados uns sobre os outros de preferência sobre paletes. A altura das pilhas não deve ultrapassar 1,20m.

Após 4 semanas, será necessário refazer as pilhas invertendo a ordem dos pneumáticos.

Quando estiverem montados em rodas, os pneumáticos devem ser estocados inflados, em posição vertical em prateleiras.

Estocagem à longo prazo

À longo prazo, os pneumáticos devem ser estocados verticalmente em prateleiras distantes

no mínimo a 10cm do solo. A fim de evitar que eles se deformem, é aconselhável efetuar rotações uma vez por mês.

Recomenda-se que o tempo de estocagem máxima de cinco anos após data de fabricação (vide série DOT).

Câmaras de ar

As câmaras de ar devem ser, seja ligeiramente infladas, com talco e colocadas nos

pneumáticos, seja empilhadas desinfladas, em pequenas pilhas de altura máxima de 50cm, em prateleiras onde o fundo não seja vasado. Os paletes são desaconselhados para estocagem pois a pressão exercida sobre as câmaras de ar é desigual.

Se as câmaras forem fornecidas em caixas ou embaladas em filmes, é preferível deixá-las dessa forma, assim serão protegidas da poeira, oxigênio e da umidade.

Válvulas

As válvulas deverão ser mantidas de preferência na própria embalagem, evitando-se a

umidade e o contato com quaisquer produtos que possam danificá-las e armazenadas em local limpo, fresco e seco.

Recomenda-se a troca de válvulas sempre quando os pneus foram substituídos.

Juntas tóricas de estanqueidade

Os produtos destinados à estanqueidade deverão ser armazenados em local fresco e seco. Colocá-los em local plano é recomendável. Evitar de empilhar outros produtos sobre eles.

Protetores

Os protetores deverão ser colocados de preferência no interior dos pneumáticos com as

câmaras de ar. Se forem estocados à parte, deverão estar dispostos em pilhas e em prateleiras protegidos da poeira, graxa e umidade.

Evitar de suspendê-los afim de não causar deformações e alongamentos.

Aros e Rodas

Os aros e rodas devem ser armazenados livres de umidade, em locais cobertos e fechados.

Caso sejam empilhados, estes deverão ser de mesmo diâmetro e a pilha não deverá exceder 1,20 metros.

Nos casos de rodas de aluminio, a eventual umidade retida entre as superfícies de duas rodas tenderá a ocasionar manchas de difícil remoção.

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ESTANTE SIMPLES E DUPLA PARA PNEUS DE PASSEIO E

Obs.: Para cada 4 pilhas é recomendado a amarração com dois ou três pneus conforme figura.

Obs.: Por longo prazo (acima de 4 semanas), os pneus deverão ser armazenados na posição vertical (conf. Fig.), em prateleiras com altura de 10cm. do piso. Para evitar deformações, recomenda-se girar os pneus ¼ de volta, uma vez por mês a fim de mudar os pontos de apoio.

Recomendações A.L.A.P.A. referente a pneumáticos destinados à ATENÇÃO:

O desrespeito ás recomendações de armazenagem acima, poderá comprometer, em serviço, o Veículos Passeio desempenho e a segurança dos produtos aqui descritos.

⋙ ⋙ ⋙ Cuidados e manutenção Montagem e desmontagem de pneumáticos

Independente das normas técnicas profissionais contidas no « Manual de Normas Técnicas de Pneus Aros e Válvulas da A.L.A.P.A. e das consignas estabelecidas pelos fabricantes de pneumáticos, rodas e válvulas em seus documentos técnicos, a A.L.A.P.A. recomenda : •

Montagem

(a) Assegurar que a roda está conforme à dimensão do pneumático a ser montado.

(b) Eliminar da roda eventuais resíduos de óleo, graxa, oxidação, pasta de montagem etc. e inspecionar cuidadosamente. Se ela estiver rachada ou deformada, deverá ser

substituida. Verificar cuidadosamente a cavidade do furo da válvula. Do lado interno, a borda do furo de válvula deve estar arredondada ou chanfrada e rebarbada. Do

lado externo, exposta às intempéries, o furo não deverá apresentar nenhuma rebarba que possa danificar o corpo da válvula.

(c) Lubrificar

com

uma

mistura

apropriada

os

talões

dos

pneumáticos,

mais

especialmente os tubeless (sem câmara), principalmente os que são montados sobre

rodas com bordas de segurança. Negligenciar esses pontos importantes pode acarretar danos aos talões dos pneumáticos e eventualmente ruptura dos aros no momento da montagem.

Nota : Misturas à base de hidrocarbonetos estão proibidas ( exemplo : óleo , graxa , etc..)

(d) Com o pneumático posicionado na roda, iniciar a inflagem para que os talões se posicionem corretamente sobre a área de assentamento de talões das rodas.

Verificar, após a inflação, que os talões se acomodaram corretamente contra os rebordos da roda. Se as consignas indicadas acima não forem respeitadas, existe o risco de avarias do pneumático em seviço.

Se houver vazamento em uma roda para pneus sem câmara, pode ser decorrente de

trincas. Caso seja constatado o problema, a roda deve ser retirada de uso e

substituída. Não reparar a trinca e nem colocar câmara para conter o problema. Rodas ou aros com trincas podem causar acidentes graves ou fatais.

(e) Garantir que a mangueira de ar comprimido, fixada na válvula, possua um

comprimento suficiente entre a válvula e o manômetro, para que o operador se

encontre fora da trajetória de eventuais projeções. Por vezes, é necessário para efetuar corretamente a montagem de um pneumático de turismo, de utilizar uma pressão de inflação superior à pressão de utilização. Por razões evidentes de segurança, os fabricantes de pneumáticos e rodas devem ser consultados para

conhecer as pressões máximas admissíveis. Além disso, é recomendado, para pneus

de turismo, a utilização de instalações de inflação previstas para esses tipos de pneumáticos.

(f) Será indispensável utilizar uma câmara de ar em montagens de pneus sem câmara sobre rodas com raios (arame), esta sendo perfeitamente estanque ao ar.

(g) Por razões de segurança, deve-se sempre utilizar uma câmara de ar nova em um pneu novo « com câmara » e uma válvula nova na ocasião da montagem de um pneu « sem câmara » novo. Caso não exista nenhuma gravação « TUBELESS » ou « SEM CÂMARA » no flanco do pneu, a montagem desse pneu está prevista com câmara.

(h) Todo pneu « TUBELESS » ou « SEM CÂMARA » deverá ser montado em roda estanque. Os pneus « TUBELESS » ou « SEM CÂMARA » de estrutura radial devem ser montados unicamente em rodas de perfil anti detalonamento ( Aros com Humps).

(i) As práticas variam sensivelmente de um país à outro no que se refere a montagem de uma câmara de ar em pneus « SEM CÂMARA » ou « TUBELESS », será necessário verificar as recomendações nacionais, porém de toda maneira o fabricante do pneu deverá ser consultado. •

Desmontagem

(a) Antes de proceder a desmontagem de um pneu, assegurar-se que ele não apresente nenhum risco de explosão (cortes, feridas, fios ou cabos da carcaça expostos).

(b) A fim de evitar perigo no descolamento dos talões, retirar o núcleo da válvula antes da desmontagem para assegurar que o pneumático esteja totalmente desinflado.

As operações montagem e desmontagem de pneumáticos deverão ser sempre confiadas

a especialistas que deverão respeitar escrupulosamente as consignas adotadas pelos fabricantes de pneumáticos e construtores de veículos. •

Instalação dos Conjuntos Montados no Veículo

(a) Certificar-se de que o conjunto pneu/roda é compatível com o sistema de fixação utilizado no veículo antes de sua instalação.

(b) Independente do tipo do veículo, observar a correta sequência de aperto das porcas ou parafusos de fixação, indicadas abaixo, obedecendo aos torques de aperto recomendados pelo fabricante do veículo.

(c) Quando utilizar sistema de aperto com equipamento pneumático, faz-se necessária sua aferição periódica por meio de torquímetro.

(d) Para obter o

melhor desempenho dos pneus, conservando as características

originais de comportamento do veículo, seguir as especificações do fabricante do

veículo quanto ao alinhamento das rodas, paralelismo dos eixos, bem como observar o estado de conservação das molas, amortecedores e buchas de suspensão.

(e) Na montagem de pneus novos no veículo, principalmente quando aplicados no eixo

dianteiro, deve ser feito o balanceamento do conjunto, antes ou após sua intalação, dependendo do tipo de balanceadora disponível.

(f) Ocorrendo vibrações em determinadas faixas de velocidade, em pistas com piso

regular, torna-se necessária nova verificação do balanceamneto dos conjuntos montados.



Pressão de inflação

É perigoso rodar com pneus abaixo da pressão recomendada em razão da degradação

da dirigibilidade, deterioração do pneu por aquecimento excessivo, e.t.c. Os efeitos da pressão de inflação insuficiente não são necessariamente imediatos. Poderá existir um intervalo de tempo considerável entre o momento onde o pneu foi utilizado com uma

pressão insuficiente e o momento onde o pneu se deteriora. As pressões de inflação (a frio) que os fabricantes de pneus recomendam em suas documentações técnicas, devem ser consideradas como as mínimas.

A « A.L.AP.A. » formula as seguintes recomendações : (a) As verificações de pressão inclusive do pneu sobressalente (estepe), deverão ser efetuadas com uma periodicidade regular de 15 em 15 dias com manômetro preciso.

(b) As verificações de pressão deverão ser efetuadas quando os pneumáticos

estiverem frios. O aumento da pressão durante a rodagem pode alcançar ou

mesmo ultrapassar 20% ; é um fenômeno normal previsto desde a construção do pneumático.

(c) Se a rodagem for a grande velocidade de maneira contínua, é recomendado

aumentar em 5psi a pressão a frio, porém, em casos particulares, aumentos de pressão superiores poderão ser prescritos pelos fabricantes de pneumáticos em seus documentos técnicos.

(d) Em casos de pressões diferentes nos eixos do veículo, os pneus montados no mesmo eixo deverão ter sempre a mesma pressão. Se o estepe for do mesmo

tipo que aqueles que equipam o veículo, sua pressão de inflação deve ser superior em 5psi. da pressão recomendada mais elevada e ser reajustada no

momento da montagem. Para todo pneu estepe ou roda diferente daquela que equipa o veículo, cunsultar os fabricantes de pneumáticos.

(e) A estanqueidade de um pneu « TUBELESS/SEM CÂMARA » ou de uma « CÂMARA DE AR » será verdadeiramente garantida se for utilizado tampa de válvula tipo estanque.

(f) Quando um veículo particular tracionar um reboque, a pressão de inflação dos pneus traseiros, do veículo trator, deverá ser majorada de acordo com as

recomendações dos fabricantes de pneumáticos, para essa utilização, em função do aumento de carga sobre o engate de atrelagem.



Aros e Rodas – Inspeção

Roda é um conjunto formado de aro e disco, servindo de elemento intermediário entre o

pneu e o veículo. Portanto aro é o elemento anelar onde o pneu é montado e disco é o elemento central que permite a fixação da roda ao cubo do veículo.

É necessário verificar regularmente o estado das rodas e assegurar que elas não apresentam as bordas ( flange/aba do aro ) deformadas . Na eventualidade de desgaste

ou danos na borda das rodas, é recomendado eliminar todas as rebarbas agudas e afiadas para evitar uma deterioração do pneu por ocasião da montagem ou utilização.

Rodas deterioradas ou deformadas, ou apresentando bossagens dos furos de fixação

trincados ou deformados, não poderão ser reparadas ou recolocadas em serviço devendo ser substituídas por uma peça nova.

Exemplo de roda para automóveis

ARO

DISCO

A roda é considerada um item de segurança de primeira importância em um veículo. Dimensões fora das especificações originais, assim como defeitos provocados pelo uso, podem comprometer seriamente a segurança do veículo e de seus ocupantes e outros.

Para correta fixação da roda ao cubo é necessário que haja uma perfeita concordância entre as dimensões das porcas ou parafusos com os furos de fixação do disco da roda, que podem ser esférico ou cônicos.

Ocasionalmente os parafusos do veículo devem ser substituidos para a colocação de rodas de alumínio. Consulte o fabricante da roda para maiores informações.

Em caso de rachaduras ou quaisquer imperfeições como deformações, ovalizações ou empenamento da roda ou componentes, estes não deverão se utilizados em serviços, pois comprometerão seriamente a segurança do veículo e do usuário, devendo ser substituidos imediato.

Ferrugem e corrosão podem reduzir a espessura do material de superfície. Substituir a roda quando houver corrosão ou excesso de oxidação.

Nas rodas para pneus sem camara, verificar atentamente se o aro utilizado é o recomendado para o uso. O aro deve ser mantido limpo antes da montagem de pneus.

Quando uma roda amassar, seja ela de Aço ou Alumínio, não é aconselhável o seu

« Desamassamento ». A utilização de martelos, torneamento e soldas alteram as características físicas originais das peças, afetando a segurança do veículo e de seus ocupantes.

As rodas não devem ser reparadas ou recuperadas sob qualquer hipótese. Na dúvida, consultar o fabricante para maiores esclarecimentos.

ATENÇÃO : Observar atentamente as recomendações sobre aros e rodas, para preservar a segurança e evitar acidentes que podem ser graves e até mesmo fatais. IMPORTANTE : A maioria dos problemas ligados às rodas estão relacionados à sobrecarga e a manutençao imprópia.

As rodas danificadas, ou as que possuírem os assentos dos furos de fixação

rachados, deformados ou desgastados, ou mesmo quando apresentarem quaisquer

tipos de rachaduras não devem ser consertadas, nem reutilizadas, sob riscos de acidentes graves ou fatais.

Da mesma forma, os aros danificados ou trincados jamais deverão ser soldados,

porque no local da solda, as tensões residuais provocarão novas rachaduras que tenderão a aumentar rapidamente com o uso, podendo provocar acidentes graves ou

fatais.

Para evitar corrosão, a pintura anti-corrosiva das rodas deve ser sempre verificada na

montagem dos pneus e renovada, se necessário, retirando-se antes toda a ferrugem encontrada.

Verificar a existência e as condições das porcas e parafusos. Providenciar os mesmos no caso de eventual falta e substituí-los quando em mau estado.

Na eventual quebra de parafuso, substituir também os parafusos vizinhos. Se dois ou

mais estiverem quebrados, substituir todos os parafusos.

Os parafusos ou porcas para fixação da roda devem ser mantidos isentos de óleo.

É importante checar se o torque aplicado corresponde ao indicado pelo fabricante

do veículo. Excesso de torque ou falta de torque geram problemas no parafuso e/ou rodas, comprometendo a segurança do conjunto.

É comum a utilização de equipamento automático no aperto das porcas ou parafusos, devendo os mesmos sempre serem regulados com torque correto.

Recomenda-se efetuar o controle de aperto das rodas pelo menos a cada 2000 Km rodados, utilizando-se o torquímetro.

O ar comprimido utilizado para inflar pneus deve estar isento de qualquer umidade, sob pena de desequilíbrio no conjunto rodante e corrosão. No caso de corrosão ou oxidação acentuada, a roda deve ser retirada de uso. Verificar a existência de tampinhas nas válvulas. Providenciar as que estejam faltando.

A pressão de inflação dos pneus deve obedecer a pressão recomendada pelo fabricante do veículo, para a carga transportada, sob pena de comprometer a segurança da operação e a vida útil da roda e do pneu.



Avarias dos pneumáticos

É perigoso negligenciar uma ferida em um pneumático.

Se um pneumático apresenta uma ferida visível como uma bolha ou deformação, ruptura ou corte expondo a lona da carcaça ou se é evidente que o pneu sofreu um impacto violento contra um obstáculo (por exemplo bordo do meio fio) de tal forma que tenha risco de uma ferida interna, o pneu deverá, assim que possível, ser desmontado e examinado por um especialista, mesmo se ele estiver intacto exteriormante.

Se a reparação do pneu for necessária e possível, ela deverá ser realizada rapidamente após o incidente afim de evitar deterioração suplementar na estrutura do pneu.

Toda reparação de um pneumático deverá ser confiada à um especialista que deverá assumir a total responsabilidade.

A banda de rodagem de um pneumático é provida de um desenho em relevo, ou escultura, onde o objetivo é assegurar a aderência otimizada sobre pavimento molhado

ou deslizante. Além da escultura da banda de rodagem, a estrutura do pneu, a

composição química de sua banda de rodagem, a composição do revestimento do piso, as condições meteorológicas, as características mecânicas do veículo, a maneira de

conduzir e sobretudo a velocidade, são importantes fatores de aderência do pneu com o

solo. As pesquisas mais recentes confirmam que a profundidade de escultura não é o principal fator de aderência.

Esses numerosos fatores e em particular aqueles que não dependem do pneu, torna

praticamente impossível uma definição precisa da profundidade mínima de escultura

compatível com a segurança. Por exemplo, em uma estrada lisa, de grande circulação e em chuva abundante, o motorista deve ter a maior prudência, mesmo se o veículo

estiver equipado com pneus novos. Tudo que pode ser afirmado para um dado pneu, nas condições dadas, é que a aderência sobre um piso diminui progressivamente na

medida em que o pneu se gasta. O motorista deve saber e conseqüentemente reduzir sua velocidade sobre piso molhado. Isso posto, não existe um estado bem definido de

desgaste de um pneumático a partir do qual um motorista se encontra diante de um perigo de derrapagem que não existia em um momento anterior.

A « A.L.A.P.A. » estima então que é impossível fixar a priori uma profundidade de escultura mínima para todos os tipos de pneus, profundidade mínima abaixo da qual a condução torna-se perigosa. Os pneus modernos são providos de indicadores de desgaste na banda de rodagem (normalmente 1.6mm.) advertindo o usuário do limite de utilização de segurança do pneu. Será entretanto, perigoso que, sob o pretexto que seus pneus não atingiram ainda o ponto onde eles deverão ser retirados, o usuário possa pensar em conduzir, sem limitar sua velocidade, com toda segurança, sobre pista molhada. Os condutores de veículos com características esportivas devem estar vigilantes e retirar seus pneus em tempo útil, tendo em conta as performances possíveis deles.

Ressulcagem dos pneumáticos, ranhuras e entalhes suplementares. •

Ranhuras ou lamelisações suplementares.

Essa operação consiste em efetuar ranhuras ou lamelas suplementares na Banda de

Rodagem do pneu, em geral transversalmente ou em diagonal para dar uma melhor aderência em solo escorregadio.

Tais ranhuras ou lamelas são aceitáveis à condição que elas não sejam mais profundas

que a escultura original da Banda de Rodagem e que o fabricante do pneu tenha dado seu acordo prévio.

Essa operação deverá ser efetuada por especialistas sob sua própria responsabilidade

tendo em conta as instruções dadas pelos fabricantes de pneus em suas documentações técnicas.



Ressulcagem ou entalhamento

A ressulcagem ou entalhamento consiste em efetuar, no fundo da escultura, uma escultura

mais profunda que a escultura de origem da Banda de Rodagem, com o objetivo de prolongar a vida do pneu.

A ressulcagem de pneus para veículos de passeio/turismo não é autorizada.

É necessário ter em conta as legislações nacionais.

Reforma e reparação de pneumáticos.

Ao longo de sua vida, um pneumático é submetido a uma quantidade de flexões, deflexões, pressões e pode ser deteriorado de diversas maneiras.

Se for previsto reparar ou reformar um pneumático, é essencial que tal trabalho seja confiado unicamente à empresas competentes.

Após exame cuidadoso, por um especialista, para decidir se a reparação ou a reforma são

possíveis, essas empresas competentes deverão tomar a inteira responsabilidade do controle e do trabalho que elas efetuarão no produto.

Envelhecimento dos pneumáticos.

Os pneumáticos envelhecem mesmo se eles não forem utilizados ou forem utilizados

ocasionalmente. Trincas, fissuras da borracha da Banda de Rodagem ou dos flancos, acompanhadas às vezes de deformações da carcaça são as manifestações.

Faça verificar seus pneumáticos que apresentam sinais de envelhecimento por

especialistas para assegurar que eles estão ainda aptos à rodar.

Pneus montados em veículos como trailers, reboques, porta barcos, estacionados

durante longos períodos, terão tendência ao envelhecimento e trincas mais rapidamente que

aqueles que são utilizados e que rodam freqüentemente. De qualquer forma, é importante

aliviar sua carga e protege-los da luz direta.

É necessário ter particular atenção aos pneus estepe. Eles podem ser velhos ou

apresentarem sinais de envelhecimento. Nesse caso, é conveniente utilizá-los com prudência.

Combinações pneus/roda.

Para as combinações pneus/roda autorizadas, consultar o Manual « A.L.A.P.A. »

atualizado.

Para outras combinações pneus/roda, em veículos existentes, consultar os fabricantes

de pneus e rodas concernentes.

Consultar os fabricantes de aros e rodas para assegurar que eles são resistentes

suficientemente para a utilização visada.

⋙ ⋙ ⋙ Escolha do pneu de reposição Generalidades

Cada veículo possui características mecânicas de carga e de velocidade bem

determinadas e a escolha do pneu está em relação estreita com essas características. Os

construtores de veículos e os fabricantes de pneus são as únicas autoridades técnicas

competentes

nesse domínio. Eles

dispõem,

em

particular, de meios,

técnicos

e

equipamentos que lhes permitem efetuar suas próprias pesquisas e ensaios em numerosas condições de emprego muito variáveis.

Por essa razão, no momento da reposição dos pneumáticos, é indispensável montar

pneus da dimensão e tipo montado no equipamento original ou da dimensão e tipo

recomendado pelos fabricantes de pneus e/ou veículos em suas documentações técnicas oficiais.

Montagens mistas

Todo movimento imprimido ao volante, na condução de um veículo, se traduz pela

criação de forças laterais que devem ser suportadas pelos pneumáticos. A reação de um pneumático à essas forças laterais varia segundo sua estrutura. Para a intercambiabilidade

de pneumáticos em um veículo e para evitar modificar as características de condução desse veículo, é necessário ter em conta seu tipo de estrutura : radial, diagonal, diagonal cintado.

Por conseguinte, se desejarmos montar pneumáticos de estrutura diferente, a

« A.L.A.P.A. » recomenda aplicar a seguinte regra :

Em veículos particulares e seus reboques, NÃO se recomenda montar : 1.

Dois pneumáticos de estrutura diferente no mesmo eixo.

2.

No eixo traseiro pneus diagonais ou diagonais cintados se pneus radiais estão montados no eixo dianteiro.

3.

No eixo traseiro pneus diagonais se pneus diagonais cintados estão montados no eixo dianteiro.

Poderá contudo ser derrogado temporariamente às disposições acima em caso de

utilização de um pneu estepe. A condução do veículo deverá ser então adaptada, eventualmente, às condições normais em que resultar.

Fica bem claro, que independentemente das recomendações técnicas acima, os usuários devem, igualmente, estar de acordo com suas legislações nacionais.

Diretiva A.L.A.P.A. Referente a Reparação de Pneumáticos 1. Domínio de aplicação Essa diretiva visa estabelecer uma uniformidade de métodos de reparação de pneumáticos e está à disposição das empresas especializadas em reparações de pneumáticos e aos técnicos especialistas que efetuam essas reparações. Essa diretiva não se aplica : -

Aos prudutos selantes*

Às reparações maiores (com manchão de reparação reforçado)

* « Líquidos selantes são produtos que permitem uma reparação temporária em caso de perfuração »

Para todo e qualquer tipo de reparação em pneumáticos e câmaras de ar, consultar

as recomendações que constam nas Normas ABNT e/ou as recomendações do fabricante dos produtos. (NM 224 e NM 225)

2. Definições •

Manutenção do pneumático

A manutenção do pneumático inclui a reparação e a recolocação em estado de rodagem de um pneumático, assegurando sua utilização. •

Reparação de pneumático A reparação de um pneumático é a eliminação definitiva de uma ferida ou dano,

com a ajuda de materiais e métodos apropriados, visando a utilização sem restrições do pneumático, tal como previsto na descrição de utilização gravada no pneumático. •

Vulcanização a quente Procedimento de aplicação e de vulcanização do material de reparação por

temperatura e pressão, com temperaturas recomendadas pelo fabricante ou o fornecedor do material de reparação. •

Autovulcanização Procedimento de aplicação e de vulcanização do meterial de reparação com a ajuda de produtos de ligação à temperatura ambiente, conforme recomendações do fabricante ou do fornecedor do material de reparação.



Material vulcanizável para reparação Combinação agente principal (haste) – manchão (Plug)

Elemento pré formado, inteiramente em borracha,

pré-vulcanizada para

reparação, constituido de uma haste de preenchimento e de uma base. Manchão de reparação

Elemento de reparação plana com material reforçado a ser preparado em função das dimensões e utilizações previstas (utilizado principalmente para reparações maiores)

Manchão de reparação para câmara de ar

Elemento de reparação plana elástica, inteiramente em borracha.



Perfuração Furo ou introdução causado por um objeto pontiagudo, em um pneumático.

3. Diretivas Gerais 3.1 É essencial que o pneumático seja desmontado do aro para permitir a inspeção interior e exterior, assim como a avaliação do dano ou ferida.

3.2 Antes da reparação é necessário decidir se a reparação é conveniente e se o pneumático poderá novamente ser utilizado sem restrições. É também

importante julgar o estado geral do pneumático fora da zona a reparar. As

recomendações do fabricante do pneumático deverão ser levadas em conta.

3.3 Os métodos e materiais a serem utilizados deverão ser escolhidos em função da dimensão e da natureza da ferida ou dano. As recomendações do fabricante do material de reparação deverão ser respeitadas, assim como as recomendações

concernentes à compatibilidade dos materiais utilizados deverão ser levadas em conta.

3.4 A superfície a ser reparada deverá ser descoberta e limpa com a ajuda de ferramentas apropriadas.

3.5 Um pneumático sem câmara de ar (tubeless) não poderá ser considerado

« reparado » se nele for colocado uma câmara de ar. Nesse caso, somente a utilização de uma câmara de ar não é autorizado.

3.6 Após a reparação de um pneumático com câmara de ar, cuidar para que a superfície reparada em contato com a câmara de ar esteja lisa.

4. Reparação de um pneumático próximo da Banda de Rodagem, dos ombros ou do flanco. As recomendações do fabricante do pneumático devem ser levadas em consideração.

Para os métodos de reparação, estar conforme as instruções do fabricante do material de reparação.

Levar em conta as circunstâncias particulares seguintes : •

Pneumáticos para veículos Passeio

Reparar as perfurações na Banda de Rodagem utilizando de preferência uma

combinação PLUG (Haste, base). Salvo autorização do fabricante do pneumático, o

diâmetro máximo autorizado na base da ferida, após preparação para reparação é de 4mm.

Toda reparação de perfuração na região dos ombros, flancos ou talões são críticas. Consultar as instruções do fabricante do pneumático concernente. As reparações de

borracha não são permitidas na região do talão se a ferida tornar exposta a estrutura do pneumático. As reparações na zona dos talões dos pneumáticos sem câmara de ar (tubeless) não são autorizadas.



Pneumáticos para veículos utilitários leves ; Li ≤ 121

Reparar as perfurações na Banda de Rodagem utilizando de preferência uma

combinação PLUG (haste, base). Salvo autorização do fabricante do pneumático, o

diâmetro máximo autorizado na base da ferida, após preparação para reparação é de 6mm.

Toda reparação de perfuração na região dos ombros, flancos ou talões são críticas.

Consultar as instruções do fabricante do pneumático concernente. As reparações de borracha não são permitidas na região dos talão se a ferida tornar exposta a

estrutura do pneumático. As reparações na zona dos talões dos pneumáticos sem câmara de ar (tubeless) não são autorizadas.

RODÍZIO DE PNEUS

OBJETIVO : Igualar a velocidade do desgaste dos pneus em relação aos eixos onde foram montados maximizando sua vida útil e não corrigir formas de

desgastes irregulares. Consulte o fabricante do pneumático e do veículo para esclarecimentos de como efetuar o rodízio.

Principais Causas dos Danos Desgastes e Deteriorações Prematuras dos Pneus de Passeio e Camionetas

Desgaste Regular Rápido Dizemos que um desgaste é “REGULAR RÁPIDO” quando o rendimento quilométrico do pneumático é considerado baixo, tendo como causa principal as condições de utilização e não as anomalias mecânicas do veículo. As causas desse desgaste podem ser: ◊ Estado, perfil e traçado das rodovias, em circuitos sinuosos como serra, o desgaste pode ser duas vezes mais rápido; ◊ Velocidade e estilo de condução; ◊ Potência do veículo; ◊ Pneu adaptado ao tipo de utilização.

Desgaste Anormal Rápido Causas mais freqüentes: ¾ Paralelismo incorreto das rodas dianteiras ou traseiras. Esse desgaste é identificado pelas estrias visíveis na totalidade da Banda de Rodagem e rebarbas mais ou menos pronunciadas em um dos lados das arestas da escultura, provocadas pelo arrasto do pneu sobre o solo. Geralmente se manifesta por um desgaste mais rápido dos pneus, mais acentuado em um deles. Conselhos: ¾ Controlar e corrigir o paralelismo entre rodas. Nessa correção, considerar tanto a forma de desgaste dos pneus quanto as características próprias do veículo, obedecendo as especificações do fabricante do veículo.

O O

paralelismo incorreto dos pneumáticos, dianteiros ou traseiros. paralelismo incorreto entre eixos.

Caracterizado por REBARBAS

Desgaste crescente de um lado a outro Causas mais freqüentes:: Pode ser decorrente de: ¾ Uma cambagem excessiva, positiva ou negativa; ¾ Uma flexão exagerada do eixo provocada por sobrecarga. Conselhos: ¾ Corrigir as anomalias mecânicas detectadas; ¾ Evitar sobrecargas.

CAMBER NEGATIVO

CAMBER POSITIVO

Não apresenta rebarbas

Desgaste arredondado nas bordas

Causas mais freqüentes: ◊ Pressão de inflação não adaptada às condições de utilização. ◊ Pressão insuficiente.

Desgaste acentuado nos ombros

Desgaste central

Causas mais freqüentes: ◊ Pressão de inflação não adaptada às condições de utilização. ◊ Pressão excessiva.

Desgaste acentuado no centro

Desgaste localizado provocado por bloqueio do pneumático (Frenagem)

Esse desgaste pode se localizar em uma ou várias zonas, podendo se apresentar com aspecto liso, com arrancamentos de borracha ou uma superfície com sinais de agressão no sentido de rodagem. Causas mais freqüentes: ◊ Anomalias no sistema de freios. ◊ Ponto duro no tambor de freio. ◊ Travamento das rodas durante uma frenagem. Conselhos: ◊ Verificar e caso necessite, reparar o mecanismo de freio. ◊ Evitar bloqueio das rodas durante a frenagem. Observação: Essas avarias são decorrentes de deslizamentos dos pneumáticos sobre o

piso, tendo como causa o bloqueio das rodas.

Esse desgaste é mais acentuado nos pneus montados em eixos que suportam

menos carga no momento da frenagem (transferência de carga), nas rodas dianteiras

de veículos que possuem “ABS” somente nas rodas traseiras ou em veículos apresentando avarias do sistema de freios.

Aspecto liso ou com arrancamentos de borracha. Sinais de arrastamento no sentido de rodagem

Desgaste em ondas, oblíquos, facetas, etc...

Esses desgastes, em princípio, difíceis de serem definidos, podem ter suas origens na flutuação do pneumático em conseqüência de: ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊ ◊

Desregulagens ou folgas nos órgãos da suspensão ou direção; Desequilibragem dos conjuntos rodantes; Montagens incorretas; Paralelismo entre rodas incorreto; Anomalias no funcionamento de sistema de freios; Pressão de inflação baixa. Geminados ( rodado duplo) incorretos em caminhonetas.

Conselhos: ◊ Verificar e eventualmente reparar os sistemas de suspensão, direção e freios; ◊ Verificar a montagem e equilibragem; ◊ Respeitar a pressão recomendada; ◊ Efetuar o rodízio dos pneus para evitar que os desgastes se agravem.

Desgastes difíceis de serem definidos

Separação entre lonas no topo (Banda de Rodagem)

Essas separações, localizadas ou generalizadas, têm normalmente como causa um aquecimento excessivo. As principais causas são: ◊ Rodagem com pressões insuficientes ou sobrecarga; ◊ Pneumático não adaptado às condições de utilização. ◊ Cortes, feridas ou danos acidentais atingindo as lonas de topo Uma utilização com pressão baixa ou sobrecarga, produz flexões anormais importantes e irreversíveis, provocando um aquecimento excessivo da Banda de Rodagem do pneumático, dando origem a separações entre as lonas de topo e seus componentes. Conselhos: ◊ Utilizar dimensão e tipo de pneumático adequado à condição de utilização; ◊ Jamais retirar pressão de um pneumático quente; ◊ Respeitar a pressão adequada em função da carga e velocidade de utilização, atendendo as recomendações dos fabricantes do veículo e pneumático.

DETERIORAÇÃO DA BORRACHA Os hidrocarbonetos, solventes, óleos combustíveis e lubrificantes , ácidos graxos, graxas lubrificantes e outros ácidos, em contato mais ou menos prolongado com a borracha, facilitam a modificação de sua natureza. A borracha poderá inchar, esbranquiçar, tornar-se pegajosa, viscosa etc...

Conselhos: ◊ Evitar contato com lubrificantes, solventes, etc.; assim como estacionar em solos impregnados com poluentes tais como: graxa, gasolina, óleo diesel, etc... ◊ Na montagem, utilizar exclusivamente o lubrificante aconselhado pelo fabricante do pneumático.

Deterioração da Borracha

Bolsa de Ar Aberta ou Não – Flanco ou Talão

Trata-se de uma infiltração de ar, sob pressão, que atravessa o estanque/liner interno do pneumático, alojando-se entre a borracha pós liner e a lona carcaça, tendo como causa: ◊ Montagem em “Tubeless” (sem câmara de ar) de um pneumático construído para ser montado obrigatoriamente com câmara “Tube Type”; ◊ Degeneração do revestimento interno (liner) do pneumático “Tubeless” ocasionado na montagem, provocado por golpe de alavanca ou máquina de montagem ou durante a rodagem (perfuração acidental, reparação em mau estado, etc...) ◊ Respeitar as consignas de reparação Essas perfurações permitem que o ar, sob pressão, penetre até os cabos da carcaça, sendo canalizado até a extremidade do retorno da lona carcaça, flanco ou região dos ombros. O ar, sob pressão, se acumula, ocasionando uma separação pontual ou generalizada que se traduz por bolhas, inicialmente ou por rupturas, posteriormente.

Conselhos: ◊ Evitar danos nos talões durante a montagem; ◊ Não provocar danos no revestimento interno (liner) do pneumático durante a montagem ou rodagem; ◊ Respeitar o tipo de montagem, com ou sem câmara. (TUBELESS ou TUBE TYPE). ◊ Reparações ou quaisquer outras intervenções externa ou interna no pneumático deverá ser confiada à profissionais competentes.

Corte no Flanco

Um corte no flanco pode não ter conseqüências imediatas, porém é possível que se agrave progressivamente até a ruptura da carcaça. Conselho: Reparar todos os cortes para evitar sua progressão.

Ruptura por Choque

Uma flexão excessiva, provocada pela deformação do pneumático, ao se chocar contra um obstáculo, pode ocasionar rupturas localizadas da lona carcaça. As conseqüências de um choque podem não se manifestar de forma imediata, tampouco serem visíveis externamente. As constantes flexões da carcaça, durante a rodagem, agravam o dano que poderá se manifestar externamente por uma deformação localizada e internamente por uma ou mais rupturas ou cortes da lona carcaça podendo ocasionar perda lenta ou súbita de pressão. A compressão do pneumático pode ser tal que o flanco é espremido entre o obstáculo e a borda do aro

Aro Obstáculo

Deterioração da Carcaça

Em toda rodagem, a pressão insuficiente produz flexões exageradas do pneu e como conseqüência um aquecimento anormal. Esse aquecimento pode ser causado entre outros motivos por deteriorações que

variam desde atritos ou desagregamentos do revestimento interior (liner) até o deslocamento total da carcaça.

Conselhos: ◊ Na montagem “Tubeless” (sem câmara), assegurar-se da perfeita estanqueidade do conjunto pneumático (pneu, válvula e roda) ◊ Na montagem “Tube type” (com câmara) , verificar: - que a câmara corresponde à dimensão do pneu; - o posicionamento correto da câmara; - a ausência de ar entre a câmara de ar e o pneu; ◊ Verificar com regularidade a pressão dos pneus. Atenção: Uma pressão insuficiente pode passar desapercebida pelo motorista. As anomalias de comportamento resultantes podem agravar-se pelas condições de utilização (perfil da estrada, estado do piso, etc.) ou as características do veículo. Ex.: Uma direção hidráulica impede, na maioria das vezes, que um pneu dianteiro com baixa pressão em um dos lados do veículo seja notado pelo motorista.

Deterioração dos talões durante a montagem ou desmontagem

As dificuldades que surgem durante a montagem ou desmontagem estão principalmente ligadas a um método ou ferramentas inadequadas. Ferramentas ou máquinas não apropriadas ou mal utilizadas podem provocar: -

Deformações ou ruptura dos aros; Deterioração dos talões originando infiltrações ou perdas de pressão. Uma pressão elevada pode provocar a ruptura do aro do talão. A montagem de um pneu em uma roda não apropriada à dimensão pode originar também rupturas do aro do talão.

Conselhos: ◊ Assegurar-se de que os elementos a montar (pneu, roda e câmara) se correspondem; ◊ Realizar a montagem e/ou a desmontagem seguindo métodos aconselhados pelo fabricante; ◊ Utilizar material (alavancas, máquinas, etc.) em bom estado e adaptado ao trabalho a efetuar.