Breve histórico da dança - edfnrecianorte.pbworks.com

Breve histórico da dança ... mas com uma grande separação na zona pélvica e a aproximação no torso, ... Historia do Forró...

65 downloads 264 Views 163KB Size
Breve histórico da dança DANÇA DE SALÃO ..::::

Colaborar

A HISTÓRIA DO TANGO O Tango nasceu em meados do século passado, na cidade de Buenos Aires. A princípio era apenas um ritmo para dançar e suas origens nasceram do Tanguillo da Andaluzia (Espanha) e da “Habanera”, rumba cadenciada que se dançava em Havana, Cuba. O tango, por incrível que pareça, recebeu influências de ritmos africanos, de onde, aliás, se deriva o nome “tango”. Inicialmente, era considerada música de marginais, em que homens dançavam entre si nas ante-salas dos prostíbulos. Enquanto aguardavam a vez para entrar nos quartos das prostitutas, matavam o tempo bailando, homem com homem. Depois, esse ritmo passou a ser dançado em lugares mais finos, nos cafés e cabarés, que imitavam os “Chateaux Cabarés”. E o próprio tango começou a ser levado por músicos argentinos para a França e depois para toda Europa no período pós-guerra. A figura legendária de Carlos Gardel é o símbolo clássico do tango cantado. Compositor de renome, sua figura constitui um dos grandes mitos populares deste século para o país. Gravou mais de 400 músicas, filmou na Argentina, em Paris, e na Broadway. Morreu num desastre de avião em Medellin (Colômbia), em 1935. Seu parceiro, compositor e escritor de suas canções inesquecíveis, como Mi Buenos Aires Querido, El Dia que me Quieras e Volver, foi Alfredo Le Pera, brasileiro que morreu no mesmo desastre. Outro grande nome do tango argentino, contemporâneo de Gardel, foi Astor Piazzolla. Sua música encontrou resistência nas tradicionais famílias argentinas, mas representava a evolução de um ritmo que transcendeu os limites do popular para incorporar o erudito. O “bandoneón”, seu instrumento inseparável, incorporou-se ao tango já na primeira década deste século. De origem alemã, esse instrumento constitui a alma das orquestrações do Tango. Essa febre chegou em Paris, com eventos dedicados ao gênero que não é apenas um gênero musical, mas também literário na Citê de la Musique e no Teatro Chaillot, a Argentina reabilitou o tango cantado, que a ditadura dos generais tentara erradicar, e redescobre a riqueza de suas origens e a filosofia que o acompanha. Tem mais: em países tão improváveis como a Finlândia, o tango tornou-se uma “verdadeira instituição”. HISTÓRIA DO SAMBA Nascido da influência de ritmos africanos, o samba veio sofrendo inúmeras modificações até chegar ao ritmo que conhecemos. Vindo de rituais coletivos de herança africana, apareceu primeiramente na Bahia, surgindo no século XX no Rio de Janeiro. A palavra Samba era no início 'Semba' que significa umbigo em quimbundo (língua de Angola), assim era chamado por umbigada, nos primórdios do século passado. Rio de Janeiro capital federal, muitos negros e

baianos se fixaram em bairros da zona portuária como Cidade Nova (Morro da Providência), onde havia demanda de trabalho. Não demorou para que no quintal dessas casas as festas e rituais tradicionais fossem incentivados e cultuados. O Samba se instalaria de vez na nossa cidade maravilhosa. As mulheres eram responsáveis por essas festas e ficaram na história: Tia Amélia mãe de Donga, Tia Mônica e a grande Tia Ciata que ficou famosa por receber em sua casa a nova comunidade que surgia. Foi ai que o samba iniciava sua trajetória. CURIOSIDADES ::O 1º samba registrado do Brasil foi 'Pelo Telefone'. ::A primeira escola de samba do RJ, nasceu no estácio e fez sua primeira aparição oficial no desfile da Praça Onze em 1929 e chamava-se Deixa Falar. ::Na casa de Tia Ciata reuniam-se os bambas do Samba: Sinhô, Pixinguinha, Caninha, Heitor dos Prazeres, Donga, de onde surgiram os primeiros sambas que ficaram até hoje na nossa cultura musical. ::O maxixe é a primeira dança considerada autenticamente brasileira, tendo como ancestrais diretos a umbigada, o batuque e o lundu. O maxixe tem sua origem nos bairros de contigentes negros do Rio de Janeiro como Saúde e Cidade Nova. ::O nome 'Cartola' do grande compositor e sambista, veio da época em que ele era pedreiro e para não cair pó na cabeça, ele adotou um chapéu de proteção e deu o nome de cartola. HISTÓRIA DANÇA DE SALÃO As primeiras danças sociais, como eram chamadas as danças em casais, surgiram no séc. XIV. Eram a base dance (1350-1550) e o pavane (14501650), dançadas exclusivamente por nobres e aristocratas. Nos sécs. XIV e XVII a Inglaterra foi berço da contradanse, também só dançada pela Corte. A popularização das danças sociais deu-se em 1820 através do Minueto, desenvolvendo-se o cotillos e a quadrille. Já no início do séc. XIX ocorreram rápidas transformações no estilo de dançar. O minueto e a quadrille desapareceram e a Valsa começou a ser introduzida nos sofisticados salões de baile. Logo, a polka e, no início do nosso século, o two-step, one-step, fox-trot e tango, também invadem os salões. A dança social passa então a ser chamada de Ballroom Dancing. As primeiras documentações sobre Ballroom Dancing foram editadas pela Imperial Society of Teachers of Dancing. Profissionais ingleses percorreram vários países para encontrar a síntese de cada ritmo, codificando a forma de dançá-los e a maneira ideal de ensiná-los. Foram os ingleses que criaram as primeiras competições, hoje populares mundialmente, com grandes presenças de duplas americanas, canadenses, alemãs, francesas, escandinavas e japonesas. No Brasil a dança de salão foi introduzida em 1914, quando a suíça Louise Poças Leitão, fugindo da I Guerra Mundial, aportou em São Paulo. Ensinando valsa, mazurca e outros ritmos tradicionais para a sociedade paulista, Madame Poças Leitão não imaginava que iria criar uma tradição tão forte, seguida por discípulos que continuariam a divulgar a dança de salão, entre elas o Núcleo de Dança Stella Aguiar. No Rio de Janeiro a dança de salão cresceu nas mãos de Maria Antonietta, que,

com várias correntes de professores, fazem o nosso bolero, samba no pé e samba de gafieira famosos no mundo todo. HISTÓRIA DO COUNTRY A dança country nasceu junto com a música country, em cidades como Nashville e Santa Fé, no sul dos Estados Unidos, no começo do século XIX, quando imigrantes da Inglaterra que não encontravam trabalho nas colônias do nordeste partiam para o oeste em busca de terra e ouro. Viajavam a cavalo, em grupos, montando acampamento nas paradas dos trajetos longos e cansativos. Nessas paradas, todos se reuniam em torno de fogueiras, cantavam e dançavam ao som de violões, banjos, bandolins e rabecas. O ritmo era mais lento do que o do country que se ouve nas rádios hoje em dia, e havia uma forte influência de ritmos sulistas como o blues e o folk. As pessoas inventavam passos para as músicas, e decoravam pequenas coreografias. Com a colonização do oeste e do sul dos Estados Unidos, a música e a dança country cresceram e firmaram suas raízes nos bares das pequenas cidades, os famosos saloons dos filmes de faroeste. Existem, basicamente, três tipos de dança: Singles Dance, Line Dance ou Honky Tonk - dança sem par, em fila, formando coreografias, onde cada um pode colocar seu estilo, giros diferentes, desde que não mexendo na estrutura básica da coreografia. Two-Step - passo a dois, coreografado, dançado livre ou em círculos, como em uma quadrilha. Partner Dance - dança de par, a mais parecida com a nossa dança de salão, onde não existe coreografia e a sequência de passos é definida pelo comando do cavalheiro. HISTÓRIA DO SON, SALSA E RUEDA DE CASINO O ritmo que hoje conhecemos como Salsa tem sua origem no Son cubano, denominado Son Montuno, dançado na região rural, em pares soltos, com movimentos um tanto exagerados. Com a chegada dos franceses a Cuba, no final do século 18, a dança passa a ser feita em pares em posição de dança, mas com uma grande separação na zona pélvica e a aproximação no torso, dançando ambos com as pernas semi flexionadas. Isto porque as jovens iam aos bailes acompanhadas por suas famílias e era mal visto por todos o fato de os pares dançarem muito próximos entre si. Pouco a pouco, com a influência européia, os movimentos se tornaram mais suaves e a postura foi se assemelhando à atualmente conhecida. Nos anos 50 em Havana, em grandes salões como o Casino Deportivo e o Casino de La Playa se dançava o Son e outros ritmos cubanos, mas também ritmos norte-americanos como o Foxtrot, Rock’n Roll e o Jazz. A influência desses ritmos, principalmente dos seus movimentos de giros, trouxe uma nova maneira de se dançar o Son, que passa a ser conhecido como Casino, chamado assim por causa dos lugares onde nasceu. O Casino se desenvolveu, os passos ficaram mais elaborados, passando a ser também dançado em roda. Nesta configuração em roda percebe-se uma influência das contradanças Francesas, trazidas à Cuba no séc XVII. Nos anos 50 e 60 dá-se início à febre da Rueda de Casino. Na Rueda os pares se posicionam em roda e, através do comando do líder executam combinação de passos, giros e trocas de pares, às vezes muito rápidos e complicados. O líder "canta" os movimentos através de nomes, às

vezes muito engraçados como Beso Por Debajo, Ping-Pong, Pelota Loca, Coca Cola Unisex. O papel do líder é fundamental, ele deve "cantar" a Rueda com graça, criatividade, respeitando os tempos e sobretudo dando continuidade à dança. O resultado é de um sincronismo e beleza excitante tanto para quem dança quanto para quem assiste. A utilização do nome SALSA deu-se apenas por volta de 1973, quando o Son e o Casino se popularizaram na América do Norte. Influências norte americanas, européias e africanas trazem acordes mais progressivos ao Son, dando ênfase e sabor ao ritmo. Como palavras como "Salsa", "sabor" e "azúcar" estavam sempre presentes às letras das músicas, pareceu ser um ótimo apelo de marketing fazer com que o Son passasse a ser conhecido como Salsa. HISTÓRIA DO FORRÓ Historia do Forró Quem diria que um dia veríamos os jovens das grandes cidades brasileiras, acostumados a idolatrar artistas estrangeiros enlouquecidos por causa de um ritmo que até pouco tempo atrás sofria grande preconceito.....Pois, é isso o que está acontecendo com o forró, essa mistura “ altamente inflamável” de ritmos africanos e europeus que aportaram no Brasil no início do século. O nome “forró” já é controverso, pois, há quem diga que vem de “ for all” (em inglês “ para todos”) e que indicava o livre acesso aos bailes promovidos pelos ingleses que construíam ferrovias em Pernambuco no início do século; no entanto, há quem defenda a tese de que a palavra forró vem do termo africano “forrobodó”, que significa festa, bagunça. E se a própria palavra possui esta dupla versão para seu significado, imagine os ritmos que compõem o forró ! São tantos e tão diferenciados, que não deixam dúvida sobre de onde vem a extrema musicalidade do forró. Afinal, uma música que tem entre suas influências ritmos tão diversos como o baião, o xote, o xaxado, o coco, o vanerão e as quadrilhas juninas, só poderia mesmo originar uma dança que não deixa ninguém parado. O baião, por exemplo, era dançado em roda e nasceu no nordeste do Brasil no século XIX. Já o xote, tem sua origem no final do século XIX e é um ritmo de origem européia que surgiu nos salões aristocráticos da época da regência. E por aí, vai. Mas, se são muitas e diferenciadas as influências musicais que deram origem ao forró e se há controvérsias quanto ao surgimento da própria palavra, há um ponto no qual todos concordam: se não fosse Luiz Gonzaga, o forró não teria caído no gosto popular e não seria o sucesso que é hoje. O “Velho lua”, como era conhecido, foi quem tirou o forró dos guetos nordestinos e apresentou-o para o público das outras regiões do país. Isso aconteceu em 1941 quando ele se inscreveu e venceu um concurso da Rádio Nacional que procurava novos talentos. Mas, antes de tocar no rádio, o Velho Lua amargou uma fase de pouco dinheiro e prestígio, animando a noite em prostíbulos e bares do Rio de Janeiro. No entanto, depois de vencer o preconceito do diretor artístico da rádio, que o proibia até de usar as roupas típicas do caboclo nordestino e que seriam depois sua marca registrada, Luiz Gonzaga, foi aos poucos conquistando o país inteiro com seu forró. Por essas e outras, Luiz Gonzaga ficou conhecido nacionalmente como o “ Rei do Baião” consagrando de norte a sul do país e até no exterior, este ritmo que atualmente esquenta as noites de 9 entre 10 capitais do Brasil. Atualmente, o forró está novamente no auge do sucesso e vem conquistando adeptos entre os jovens e adolescentes de todo país. Esta procura por um ritmo que até pouco tempo, era visto com preconceito, está novamente mudando “ a cara” do forró. Texto extraído do site www.projetoequilibrio.com.br

LINDY HOP OU JITTERBUG O Lindy Hop é uma dança surgida no final da cécada de 20 em Nova York, mais precisamente no Harlem, sendo portanto uma dança negra e uma das vertentes do Jazz. Tornou-se famosa quando grandes nomes da música, como Cab Calloway, Glenn Miller e Count Basie começaram a tocar o swing e o dançarinos passaram a adaptar os passos do Charleston a este novo ritmo, criando movimentos novos, entre eles os aerial steps, que são aqueles loucos passos aéreos que fizeram o Lindy ser também conhecido como crazy dance. Foi no Savoy Ballroom uma grande casa de espetáculos, que surgiu o primeiro grupo de Lindy, liderado por Herbert "Whitey" White, chegando , em 1936, a ter mais de 70 bailarinos. Atualmente o grupo mais conhecido de Lindy são os "Jiving Lindy Hoppers". Engana-se quem acha que o Lindy é um ritmo exclusivamente para shwos. Assim como o Tango, que podemos dividir em tango de salão e tango-show, atualmente o Lindy é muito dançado nos salões dos EUA e Europa, mais, é claro, sem os passos acrobáticos que poderiam colocar em risco outras pessoas na pista. O Lindy pode trazer benefícios para a saúde e pode ser aprendido e dançado por pessoas de qualquer idade, sem nenhum pré-requisito. Uma prova disto é Frankie Manning, um dos criadores desta dança. ele hoje está com 84 anos e continua dançando, apresentando-se e dando aulas por todo o mundo, inclusive no London Lindy Hop Festival, um dos grandes eventos da área. Fonte:Revista Dança e Cia, Por Stella Aguiar(Núcleo de Danças Stella Aguiar)

edição

10-Ano

II-nº4-out/nov.Pág.18.

Desde a antigüidade, a humanidade já tinha na expressão corporal, através da dança, uma forma de se comunicar. Encontramos influências culturais dos países onde são dançados e de onde são originários os ritmos. Cada cultura transporta seu conteúdo às mais diferentes áreas, dentre estas, as danças absorvem grande parte desta transferência, pois sempre foi de grande importância nas sociedades através dos tempos, seja como uma forma de expressão artística, como objeto de culto aos deuses ou como simples entretenimento. No entanto em tempos mais remotos o sentido da dança tinha um caráter místico, pois era muito difundida em ritos religiosos e raramente era dançada em festas comemorativas. O Renascimento cultural dos séculos XV/XVI trouxe diversas mudanças no campo das artes, cultura, política, dentre outras. Dentro deste contexto, a dança também sofreu profundas alterações que já vinham se arrastando através dos anos. Nesta época a dança começou a ter um sentido social, isto é, agora era dançada em festas pela nobreza apenas como entretenimento e como recreação. Desde então a dança social foi se transformando e aos poucos tornou-se acessível às camadas menos privilegiadas da sociedade que já desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares; que, inevitavelmente, com estas alterações de comportamento foram se unindo às danças sociais, dando origem assim a uma nova vertente da música, dançada por casais, que mais tarde seria denominada Danças de Salão.