CAPÍTULO 5 – Volume 2
CÁLCULO DE VIGAS
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1
1- Cargas nas vigas dos edifícios •
peso próprio :
p p = 25 Ac , kN/m ( Ac = área da seção transversal da viga em m2) Exemplo: Seção retangular: 20x40cm: pp = 25x0,20x0,40 = 2kN/m
•
p a = γ a tH , kN/m ( γ a = peso específico da alvenaria, t = espessura ; H = altura da parede) alvenarias :
- alvenaria de tijolos cerâmicos furados: γ a = 13 kN/m3; - alvenaria de tijolos cerâmicos maciços: γ a = 18 kN/m3.
•
ações das lajes : Cálculo das reações conforme o capítulo de lajes.
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2
• ação de vigas : Nos casos de apoios indiretos, a viga principal recebe uma carga concentrada. • ação de pilares : Quando um pilar se apoia em uma viga de transição. Observações: A rigor, as reações de apoio das lajes não são uniformes. A consideração de reações uniformes leva a uma solução contrária à segurança para as vigas de apoio. O esforço cortante e reações de apoio das vigas estarão corretos, mas os momentos fletores serão menores que os reais. É possível corrigir o problema, considerando reações de apoio triangulares e trapezoidais, ou outras formulações, mas isto pode complicar o cálculo da viga. Na prática de projeto, pode-se ignorar esse problema, desde que haja alguma folga no carregamento das vigas. Isto se consegue, por exemplo, desprezando as aberturas de portas e janelas (considerando que as paredes são fechadas até o teto).
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2- Vãos teóricos O vão teórico (ou vão de cálculo), l , é a distância entre os centros dos apoios. Nas vigas em balanço: l = comprimento da extremidade livre até o centro do apoio.
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3- Cálculo dos esforços
bo l
Pórtico plano
X M2
M1 Xe M1e
Cálculo simplificado como viga contínua
M2e
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A NBR-6118 permite considerar as vigas dos edifícios como contínuas, sem ligações rígidas com os pilares. Entretanto, é necessário fazer um segundo cálculo engastando os apoios internos. a) Momentos positivos para dimensionamento das armaduras dos vãos: Vão 1: maior entre M 1 e M 1e Vão 2: maior entre M 2 e M 2e O momento negativo sobre o apoio é X .
b) Se bo > 0,25l , deve-se considerar o maior momento negativo, em valor absoluto, entre X e X e .
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6
lsup
Meng
sup
p
Pórtico plano vig
lvig
linf
inf lvig
rvig=4Ivig/lvig 0,5lsup
Isup
rsup=6Isup/lsup Ivig
0,5l inf
rinf=6Iinf/linf
Iinf
Modelo para cálculo do momento negativo na ligação com os pilares de extremidade
lvig
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c) Momento negativo nos apoios de extremidade:
M = M eng
rinf + rsup rvig + rinf + rsup
M eng = momento de engastamento perfeito; r = α I l = coeficiente de rigidez, sendo I o momento de inércia da seção transversal e l o vão. No lugar desse cálculo, pode-se empregar a solução da Fig. YY (seguinte).
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8
Fig. YY – Armadura negativa nos apoios de extremidade (Alternativa de projeto conforme CEB e EC2)
9
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4- Cálculo das armaduras das vigas A) Armaduras longitudinais
μ=
Md bd σ cd 2
=
γ f Mk
μ ≤ μ lim ⇒ armadura simples
bd 2 (α c f cd )
( As )
μ > μ lim ⇒ armadura
α c = 0,85 se f ck ≤ 50 MPa
( As e As′ )
Armadura mínima:
Armadura máxima:
As ≥ As ,min = ρ min Ac
ρ min =
taxa
armadura (ver capítulo simples)
mínima sobre
de
As + As′ ≤
dupla
4 Ac 100
flexão
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Opção 1: Escolha das barras: Tabela A3.2
(3φ 12,5)
3 barras de 12,5mm
área existente = 3,68 cm2 .
Exemplo: As = 3,5 cm2 (área de aço calculada) Opção 2: 2φ10,0 + 1φ 16,0 área existente = 1,57+2,01=3,58cm2.
B) Armaduras transversais • Ver capítulo sobre esforço cortante. • Estribos simples: dois ramos. • Estribos duplos: quatro ramos.
estribo simples
estribo duplo
• Asw (cm2/m)= área da armadura obtida no dimensionamento. 11
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Escolha estribos: A3.3
dos Opção 1: φ 5c.15 (área existente= 2,62 cm2 /m) Tabela
Exemplo: armadura calculada A sw = 2,60 cm2 /m . Observação: Se a área da armadura calculada for muito grande, podem-se empregar estribos duplos (4 ramos). Basta multiplicar por 2 as áreas fornecidas na tabela A3.3.
Opção 2: φ 6,3c.24 (área existente= de 2,60cm2/m)
V1
diagrama de esforços cortantes V3 V2
V4
V=max(V 1,V 2)
V=max(V 3,V4)
φ 5 c. 15
φ 5 c. 20
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5- Escalonamento da armadura longitudinal
Vd1
+ -
Vd2
al1
al2 Md al1 al2
diagrama deslocado
Deslocamento do diagrama de momentos fletores Prof. José Milton de Araújo - FURG
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Para escalonar a armadura longitudinal das vigas, é necessário dar um deslocamento al no diagrama de momentos fletores (ver capítulo sobre esforço cortante). Empregando estribos verticais:
al =
τ wd
2(τ wd − τ c )
d ≥ 0,5d
Simplificação usual: al = d
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a
Exemplo de escalonamento:
a
b
b Xd/3
c
c c'
c'
Md/3 b'
b' a'
a'
• Para o momento positivo M d : resultaram 3 barras de mesmo diâmetro. • Para o momento negativo X d : resultaram 3 barras de mesmo diâmetro.
• A partir dos pontos a, b, c : ancoramos as barras da armadura superior (normalmente estão em zona de má aderência). • A partir dos pontos a’, b’, c’ : ancoramos as barras da armadura inferior (estão em zona de boa aderência). Prof. José Milton de Araújo - FURG
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⎧0,3lb Ancoragem com gancho nos apoios As, cal ⎪ de extremidade: lb, nec = lb ≥ ⎨ 10φ A Ase ⎪10cm lb, nec = 0,7 lb s, cal ≥ lb, min ⎩ Ase (Ancoragem reta) ⎧ R + 5,5φ ; ; lb, min ≥ ⎨ 6 cm ⎩ Cálculo de lb : Ver capítulo sobre a V V As, cal = l d ≅ d ancoragem. d f yd f yd Tabela A3.4: fornece lb e lbe = 0,7lb , para os aços CA-50 e para algumas classes de concreto. Tabela A3.5: fornece lb,min para barras de aço CA-50, além das características geométricas dos ganchos em ângulo reto.
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17
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lb,nec a l b,nec b
a
>10φ
b lb,nec
c
c >10φ
ancoragem em apoio de extremidade
c'
>10φ
c' b'
>10φ
a' lb,nec
>10φ
b'
>10φ
(dentro do pilar interno)
>10φ
a' lb,nec
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6- Armadura mínima nos apoios >As2/3
>As1/3 As1
As2 >10φ
>10φ
Prolongar até os apoios pelo menos 1/3 da armadura longitudinal de tração existente no vão.
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7- Disposições construtivas da NBR-6118 A) Largura mínima
>12cm
>12
>12
B) Cobrimento das armaduras Tabela 5.7.1 - Cobrimentos nominais para vigas Classe de agressividade I II III Cobrimento nominal (cm) 2,5 3,0 4,0
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IV 5,0
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C) Espaçamento das barras
eh eo
ev
φ
ev
⎧ 2cm ⎪ ; ≥⎨ φ ⎪1,2d max ⎩ ⎧ 2cm ⎪ ≥⎨ φ ⎪0,5d max ⎩
φ = diâmetro das
eh
barras;
d max = diâmetro máximo agregado.
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φt
bsi φ
c
do
bsi = nφ + (n − 1)eh
n = número de barras eh
na mesma camada Tabela A3.6: valores de bsi .
bw=bsi+2(c+φt)
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Exemplo: Viga 12x40 bw=12 cm ; h=40 cm ; d= 36 cm Classe de agressividade ambiental I: cobrimento c=2,5 cm Estribos: φt= 5mm bsi,dip=12-2(2,5+0,5)= 6 cm (largura disponível por dentro dos estribos) Dado Md, dimensina-se a armadura: As=3,0 cm2 Solução 1: Tabela A3.2: 3 φ 12.5 (Ase= 3,68 cm2) Tabela A3.6: bsi = 8,3 cm > bsi,disp (não cabem em uma camada) Solução 2: Tabela A3.2: 2 φ 16 (Ase= 4,02 cm2) Tabela A3.6: bsi = 5,5 cm < bsi,disp (cabem em uma camada) OK! Prof. José Milton de Araújo - FURG
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Exemplo: mesmos dados anteriores Dado Md, dimensina-se a armadura: As=3,9 cm2 Solução 1: Tabela A3.2: 4 φ 12.5 (Ase= 4,91 cm2) Tabela A3.6: bsi = 11,8 cm > bsi,disp (não cabem em uma camada)
Conclusão: Ficou contrário à segurança, pois o dimensionamento foi feito com d=36cm. É necessário dimensionar novamente com d=34,75 cm e ver se a área Ase=4,91 cm2 é suficiente. Daqui para frente, deve-se trabalhar com d=34,75 cm (para dimensionamento ao cortante, cálculo de flecha, etc.). Prof. José Milton de Araújo - FURG
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Exemplo: mesmos dados anteriores Dado Md, dimensina-se a armadura: As=3,9 cm2 Solução 2: Tabela A3.2: 2 φ 16 (Ase= 4,02 cm2) Tabela A3.6: bsi = 5,5 cm < bsi,disp (cabem em uma camada)
Conclusão: Ficou a favor da segurança, pois o dimensionamento foi feito com d=36cm e a altura útil real é d=36,2 cm.
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Determinação do centróide das armaduras
n
d′ =
∑ Asi y si i =1 n
∑ Asi i =1
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D) Armadura em várias camadas
- Se y o ≤ 0,10h : é permitido considerar toda a armadura concentrada no centroide.
centróide
- Se y o > 0,10h : não é permitido.
yo
h = altura da viga
Posição do centroide da armadura
Se yo>0,10 h , as equações de dimensionamento desenvolvidas no primeiro bimestre não são válidas. Deve-se verificar a capacidade resistente da seção com a disposição correta das barras (PACON).
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E) Armadura de pele
Se h>60 cm: L h
d
N
Asp=0,10% bwh em cada face lateral
Asp
Não é necessário adotar uma armadura superior a 5 cm2/m.
S
S menor que d/3 e 20cm
bw
φ>φt
F) Armadura construtiva
As
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φt 28
>10φt
t
>5φt
>5 φ
G) Estribos
R
R
R
• Diâmetro dos estribos, φt :
Ganchos dos estribos
⎧ 5 mm ; b 10 ⎩ w
φt ≤ ⎨
bw = largura da viga.
• Espaçamento máximo, s max :
s max = 0,6d ≤ 30 cm, se τ wd ≤ 0,67τ wu ; s max = 0,3d ≤ 20 cm, se τ wd > 0,67τ wu ;
d = altura útil da seção transversal. Tabela A3.7: características geométricas dos estribos com ganchos retos nas extremidades. 29
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8- Exemplo de cálculo 4 20
480 cm
20
40
36
15kN/m
4 20 cm
5m
• concreto: f ck = 20 MPa • armadura longitudinal: CA-50 • estribos: aço CA-60
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Vk
+
+ -
Mk=46,88 kNm
Vk=37,5 kN
Esforços solicitantes de serviço A) Armadura longitudinal
M k = 46,88 kNm ; M d = 1,4 M k = 65,63 kNm
f 20 ≅ 14 MPa ; σ cd = 0,85 f cd ≅ 12 MPa f cd = ck = 1,4 1,4 f yk 50 σ cd = 1,2 kN/cm2 ; f yd = = = 43,48 kN/cm2 1,15 1,15 Prof. José Milton de Araújo - FURG
μ=
31
Md 6563 = ⇒ μ = 0,21 ; μ lim = 0,2952 2 2 bd σ cd 20 x36 x1,2
μ < μ lim → armadura simples 1 − 1 − 2μ σ ξ= = 0,298 ; As = 0,8ξbd cd ⇒ As = 4,74 cm2 0,8
f yd
0,15 x 20 x 40 = 1,20 cm2 100 As > As ,min , adota-se As = 4,74 cm2
As ,min = ρ min bh =
Tabela A3.2: 4 barras de 12,5mm (área = 4,91cm2) Tabela A3.6: bsi, nec = 11,8 cm (necessário para colocar em uma camada) bsi, disp = bw − 2(c nom + φt ) = 20 − 2(2,5 + 0,5) = 14 cm
bsi ,disp > bsi ,nec
OK!
Solução: 4φ12,5 Prof. José Milton de Araújo - FURG
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B) Cálculo dos estribos
Vk = 37,5 kN
Vd 52,50 = = 0,07 kN/cm2 bw d 20 x36 Vd = 1,4Vk = 52,5 kN →τ wd = 0,7 MPa τ wu = 0,27α v f cd = 3,5 MPa ; τ wd < τ wu ⇒ OK! τ c =0,09 ψ 3 ( f ck )2 3 = 0,09(20 )2 3 = 0,66 MPa τ d = 1,11(τ wd − τ c ) = 1,11(0,7 − 0,66 ) = 0,044 MPa Asw = 100bw
τ wd =
τd
f yd
= 100 x 20 x
0,044 = 0,20 cm2/m 435
Asw, min = ρ w, min 100bw = 0,09 x 20 = 1,8 c
ρ w, min = 0,09%
m2/m Como Asw < Asw, min , deve-se adotar Asw = 1,8 cm2/m. Prof. José Milton de Araújo - FURG
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Área de estribos: Asw = 1,8 cm2/m. Tabela A3.3: estribos de 5 mm espaçados a cada 21 cm. Espaçamento máximo: s max = 0,6d ≤ 30 cm, pois
s max = 22 cm.
τ wd ≤ 0,67τ wu .
Solução: 23φ 5c.21 cm
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C) Ancoragem nos apoios
C1) Admitindo que as 4 barras de 12,5mm chegam aos apoios Ase = 4,91 cm2 (Armadura Vd 52,50 A = = = 1,21 cm2 s , cal existente) f 43,48
yd
Tabela A3.4: lb = 55 cm Ancoragem reta: As, cal (zona de boa aderência)
lb, nec = lb
⎧0,3lb = 16,5 cm ⎪ lb, min ≥ ⎨ 10φ = 12,5 cm ⎪ 10 cm ⎩
Ase
⇒
= 55 x
1,21 = 13,6 cm 4,91
lb, min = 16,5 cm
Logo, deve-se adotar o Espaço disponível = largura comprimento mínimo de cobrimento = 20 – 2,5 = 17,5 cm. 16,5 cm. Logo, é possível fazer ancoragem reta. Pode-se adotar 17,5cm.
do
pilar
–
35
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C2) Admitindo que apenas 2 barras de 12,5mm chegam aos apoios As, cal = 1,21cm2 Ase = 2,45 cm2 (Armadura existente)
As, cal 1,21 = 55 x = 27,2 cm Ase 2,45 Como lb, nec > lb, min = 16,5 cm, deve-se adotar o valor calculado. Porém, Ancoragem reta: lb, nec = lb
não há espaço disponível. Ancoragem com As, cal 1,21 gancho: lb, nec = 0,7lb = 0,7 x55 x = 19 cm
Ase
2,45
Também não é possível, pois o comprimento disponível é de 17,5cm.
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C3) Admitindo que 3 barras de 12,5mm chegam aos apoios As, cal = 1,21cm2 Ase = 3,68 cm2 (Armadura existente) Ancoragem com As, cal 1,21 gancho: lb, nec = 0,7lb = 0,7 x55 x = 12,7 cm
⎧ R + 5,5φ lb, min ≥ ⎨ ⎩ 6cm
Ase
pode ser obtido na tabela A3.5:
3,68
lb, min = 10 cm.
Logo, deve-se adotar 12,7cm (menor que o comprimento disponível). Solução: adotar o comprimento disponível de 17,5cm. Obs: a barra que foi cortada deve ser ancorada a partir do diagrama de momentos fletores deslocado de al ≅ d = 36 cm.
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D) Ancoragem da barra que será cortada
lb, nec = lb
As, cal Ase
= 55 x
4,74 = 53 cm 4,91
x2=375 cm x1=125
250
al=36 b
a al=36
lb,nec=53
10φ=13
L=250+2(36+13)=348cm Prof. José Milton de Araújo - FURG
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E) Armadura negativa nos apoios de extremidade Empregando a alternativa indicada na Fig. YY As=4,74 cm2 (calculada para Md=65,63 kNm) As,min=1,20 cm2 (armadura mínima)
Adotar o maior: 0,25As=1,19 cm2; 0,67As,min=0,80cm2 Solução: 2 φ 10 (As=1,57 cm2) Tabela A3.4: lb=63 cm (má aderência) 0,15l+h=115 cm; lb+h=103 cm; Logo: a=115cm Armadura construtiva
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F) Desenho de armação da viga Viga V1 - 20x40
2φ6,3 - 260 2φ10 - 145 15 132
2φ10 - 145 132
15 40 20
23φ5 c.21 20
480
20 7 7
1φ12,5 - 348 35 15
3φ12,5 - 539
15
515
15 23φ5 - L=110cm
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40
9- Exemplo: Viga contínua pk=20 kN/m 50 5m
5m
20 cm
Carregamento de serviço e seção transversal
Concreto: f ck = 20 MPa Armadura longitudinal: CA-50 ; Estribos: CA-60 41
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A) Esforços solicitantes 62,5 3,75 m
DMF (kNm)
-
+
1,25 m
35,15
+ 35,15
1,88 m 62,5 37,5
+
+
DEC (kN)
-
-
37,5
62,5
Reações (kN)
37,5
125 Prof. José Milton de Araújo - FURG
37,5 42
B.1) Armadura longitudinal nos vãos
20 ≅ 14 MPa 1,4 σ cd = 0,85 f cd = 1,2 kN/cm2 50 f yd = = 43,48 kN/cm2 1,15 μ lim = 0,2952 f cd =
d'=4 h=50
d=46
b=20
M k = 35,15 kNm M d = 1,4 x35,15 = 49,21 kNm Md μ < μ lim ⇒ Armadura simples 4921 μ= = = 0,097 bd 2σ cd 20 x 46 2 x1,2
ξ = 0,128
;
As = 2,6 cm2 ; As , min = 1,5 cm2 ; As = 2,6 cm2 Solução: 3φ12,5 ⇒ As = 3,68 cm2 43
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B.1) Armadura longitudinal no apoio interno
M d = 1,4 x62,5 = 87,5 kNm ; As = 4,83 cm2 Solução: 4φ12,5 ⇒ As = 4,91 cm2 C) Estribos
Vk = 62,5 kN ; Vd = 1,4 x62,5 = 87,5 kN ; τ wd =
Vd = 0,095 kN/cm2 bw d
τ wd = 0,95 MPa ; τ wu = 3,5 MPa ; τ wd ≤ τ wu OK! τ c = 0,66 MPa ; τ d = 0,32 MPa ; Asw = 1,47 cm2/m Asw,min = 1,8 cm2/m ; Logo: Asw = 1,8 cm2/m Solução:
φ 5c. 21 cm
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44
D) Ancoragem
2φ12,5 2φ6,3
2φ6,3 2φ12,5
1φ12,5
1φ12,5 2φ12,5
2φ12,5
Regra para o escalonamento: preliminar Prof. José Milton de Araújo - FURG
45
D.1) Armadura positiva
Seções onde o momento fletor é 2 M 3 = 23,43 kNm: x2 x1
20 x 2 37,5 x − = 23,43 2 ⎧ x = 0,79 m ⇒ ⎨ 1 ⎩ x2 = 2,96 m
2M/3 B'
B' M=35,15kNm A
al
B
lb,nec 20kN/m
x
10φ
Não compensa escalonar a barra em direção ao apoio de extremidade.
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46
Ancoragem da armadura positiva no vão
Zona de boa aderência; barra nervurada:
f bd = 0,42( f cd )2 3 = 0,42(14 )2 3 = 2,44 MPa ; φ f yd 1,25 434,8 lb = = = 55 cm 4 f bd 4 2,44 As,cal = 2,6 cm2 (obtida do dimensionamento para M k = 35,15 kNm) Ase = 3,68 cm2 (área adotada: 3φ12,5 ) As,cal 2,6 lb, nec = lb = 55 x = 39 cm (Ancoragem reta) 3,68 Ase ⎧0,3lb = 0,3x55 = 16,5 cm ⎪ lb, min ≥ ⎨ 10φ = 12,5 cm ⇒ lb, min = 16,5 cm ⎪ 10 cm ⎩ Como lb, nec > lb, min , adota-se lb, nec = 39 cm. Prof. José Milton de Araújo - FURG
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Ancoragem da armadura positiva no apoio de extremidade
Vk = 37,5 kN (cortante no apoio) ; Vd = 52,5 kN a V V 52,5 As,cal = l d ≅ d = = 1,21 cm2 d f yd f yd 43,.48 Ase = 3,68 cm2 (armadura que chega ao apoio: 3φ12,5 ) Ancoragem com gancho
As, cal 1,21 lb, nec = 0,7lb = 0,7 x55 x = 13 cm Ase 3,68 ⎧ R + 5,5φ = 8φ = 10 cm lb, min = 10 cm cm ; lb, min ≥ ⎨ 6 cm ⎩ Como lb, nec > lb, min , deve-se adotar lb, nec = 13 cm.
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48
lb,disp=17 cm 17 20
P2
P1 480 cm
20
P3 480 cm
20
Solução: ancoragem com gancho, adotando o lb, disp para facilitar a concretagem.
49
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375 cm 296 cm
P1
108 cm al B A 1φ12,5
lb,nec
P2 lb,nec=39 cm
lb,nec
al=46 cm
10φ
10φ dentro do pilar interno
2φ12,5 Ancoragem em apoio de extremidade Prof. José Milton de Araújo - FURG
50
Barra mais curta (1φ12,5 ) Marcando lb, nec = 39 cm a partir do ponto A: não ultrapassa o ponto B em 10φ = 13 cm ⇒ prolongar 13 cm além do ponto B.
L1 = 296 + 46 + 13 = 355 cm
L2 = L1 − 10 = 345 cm
(até o centro do pilar P1)
(até a face do pilar P1)
Barras mais longas ( 2φ12,5 ) Marcando lb, nec = 39 cm a partir do ponto B: não penetram 10φ = 13 cm no pilar interno P2 ⇒ introduzir 13 cm dentro do pilar P2. L2 = 480 + 13 = 493 cm (até a face do pilar P1)
51
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P1 17 15
345 cm
P2
1φ12,5 - 374 362 cm 493 cm
15
2φ12,5 - 522 510 cm Armaduras positivas
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52
D.2) Armadura negativa Zona de má aderência; barra nervurada:
f bd = 0,7 x0,42( f cd )2 3 = 0,7 x0,42(14 )2 3 = 1,71 MPa φ f yd 1,25 434,8 lb = = = 79 cm 4 f bd 4 1,71 As,cal = 4,83 cm2 (obtida do dimensionamento para M k = 62,5 kNm) Ase = 4,91 cm2 (área adotada: 4φ12,5 )
As,cal 4,83 = 79 x = 78 cm (Ancoragem reta) lb, nec = lb 4,91 Ase
⎧0,3lb = 0,3 x79 = 23,7 cm ⎪ lb, min ≥ ⎨ 10φ = 12,5 cm ⇒ lb, min = 23,7 cm ⎪ 10 cm ⎩ Como lb, nec > lb, min , adota-se lb, nec = 78 cm. Prof. José Milton de Araújo - FURG
53
2φ12,5 - 374 2φ12,5 - 248 lb,nec
A
10φ
A' lb,nec=78 10φ=13 M/2
lb,nec B
63
B' lb,nec
63
10φ 10φ C
al
al=46
M/2
C' 125 cm
125 cm
Diagrama linearizado: simplificação a favor da segurança Prof. José Milton de Araújo - FURG
54
Viga V2 - 20x50 2φ12,5 - 374 187
2φ8 - 335 10
2φ8- 335 10
2φ12,5 - 248 124
50
20
15
15
P1
23φ5 c. 21
20
480
P2 20
1φ12,5 - 374 362 2φ12,5 - 522
23φ5 c. 21
P3
480
20
7 7
1φ12,5 - 374 362
15
2φ12,5 - 522 510
15
45 15 46φ5 - L=130cm
510
Armação com escalonamento segundo a NBR-6118 55
Prof. José Milton de Araújo - FURG
10- Processo simplificado para escalonamento lb,nec lb,nec a a lb,nec lb,nec b b lb,nec lb,nec ancoragem em apoio c c de extremidade
d c' b' lb,nec
a'
a'
d
d' >10φ l (dentro do c' b,nec pilar interno) l b,nec b' lb,nec
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56
Viga V2 - 20x50 2φ8 - 275 10
2φ12,5 - 498 249
2φ8 - 275
2φ12,5 - 374 187
10
50
20
15
15
P1
23φ5 c. 21
20
480
1φ12,5 - 400 388 2φ12,5 - 522
P2 20
23φ5 c. 21
P3
480
20
7 7
1φ12,5 - 400 388
15
2φ12,5 - 522 510
15
45 15 46φ5 - L=130cm
510
Armação com processo simplificado de escalonamento Prof. José Milton de Araújo - FURG
Diâmetro 8 12,5
57
Tabela 1 – Consumo de armadura longitudinal Escalonamento NBR-6118 Escalonamento simplificado L (m) Massa (kg) L (m) Massa (kg) 13,4 5,3 11,0 4,3 40,8 39,3 46,3 44,6 44,6 (a) 48,9 (b) Relação: b/a = 1,10
O processo simplificado resulta em um consumo adicional de até 10% na armadura longitudinal. Entretanto, esse processo é mais prático para o cálculo manual.
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