CONTROLE DA MOTRICIDADE SOMÁTICA Medula, Tronco Encefálico & Córtex Motor Cerebelo e Núcleos da Base
Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia
Padrões Básicos de Movimentos do Corpo Movimento de Flexão de um membro: afastá-lo de um estimulo nocivo Movimento de Extensão da perna: estabilizar a articulação agindo contra a gravidade Movimentos rítmicos de flexão/extensão das pernas: caminhar/correr
Reflexos: respostas motoras a estímulos sensoriais específicos; independe de aprendizagem fazendo parte da característica biológica da espécie. Padrões motores rítmicos: combinam ações reflexas e voluntárias
Atos Voluntários: ações musculares motivadas pela nossa vontade ; amplamente aprendidos; caracteriza a expressão da nossa individualidade.
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Córtex Pré-Frontal
Córtex Motor
Córtex Sensorial
Circuito Básico e Subsidiário
Circuito Básico
Núcleos da Base
VL
VL
Tálamo
Tálamo
Cerebelo
6
Tronco Encefálico
Núcleo Rubro
1
FOR
2
Teto do Mesencéfalo
3
Núcleos Vestibulares
4
MEDULA SISTEMA LATERAL Músculos distais
SISTEMA VENTRO-MEDIAL Músculos proximais e axiais
Dedilha o teclado do piano
Coloca o tronco, pescoço, membros em equilíbrio postural
5
As lesões dos núcleos motores da medula ou do tronco encefálico causam sinais diferentes da lesão dos nervos motores periféricos LESÕES DO NMI
Paralisia dos músculos Arreflexia Atrofia muscular PARALISIA FLÁCIDA (Síndrome do NMI)
LESÕES DAS VIAS DESCENDENTES (NMS)
Paralisia dos músculos Hiperreflexia PARALISIA ESPÁSTICA (Síndrome do NMS)
MEDULA ESPINAL A medula possui vários circuitos segmentares e multissegmentares que fazem a regulação motora
Núcleos Motores da Medula
Os motoneurônios medulares possuem organização somatotópica: 1) Músculos axiais 2) Músculos proximais 3) Músculos distais
Colunas da Medula
3 2 1
Os motoneurônios medulares são modulados por: - Interneurônios (1) - Vias descendentes (2; tronco encefálico e do córtex motor) - Vias aferentes periféricas (3; somestésicas)
A freqüência dos PA disparados pelos motoneuronios dependerão da somação temporal e espacial .
Reflexo Miotático Garante o tônus muscular Regula o comprimento muscular
Protege contra estiramento passivo Excepcionalmente monossinaptico
Reflexo de inibição recíproca
Reflexo Miotático inverso
-
Os órgãos tendinosos de Golgi modulam o nível de contração do próprio músculo em atividade, podendo inibir-lo completamente. - Proteção contra contração muscular excessiva - Regula a excitação dos motoneurônios
Reflexo flexor ou reflexo de retirada
INTEGRAÇÃO ENTRE OS DOIS LADOS DO CORPO
2
1
REFLEXO DE INIBIÇAO CRUZADA
REFLEXO DE INIBIÇAO RECIPROCA
O membro do lado oposto por sua vez, deve se estender, isto é, contrair os extensores e relaxar os flexores para suportar o peso
Quando um membro flete, os músculos flexores contraem-se e os antagonistas são inibidos.
TRONCO ENCEFÁLICO O tronco envia 4 grupos de impulsos nervosos excitatórios e inibitórios para regular os motoneurônios medulares. Possui seus próprios circuitos reflexos.
Córtex Pré-Frontal
Córtex Motor
Córtex Sensorial
Circuito Básico e Subsidiário
Circuito Básico
Núcleos da Base
VL
VL
Tálamo
Tálamo
Cerebelo
6
Tronco Encefálico
Núcleo Rubro
1
FOR
2
Teto do Mesencéfalo
3
Núcleos Vestibulares
4
MEDULA SISTEMA LATERAL Músculos distais
SISTEMA VENTRO-MEDIAL Músculos proximais e axiais
Dedilha o teclado do piano
Coloca o tronco, pescoço, membros em equilíbrio postural
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EQUILÍBRIO POSTURAL Dentro de um ônibus em movimento, estando de pé, como não cair (equilibrar o corpo) e fixar o olhar na revista do passageiro sentado?
1) Atividade extensora da musculatura do membros inferiores e da coluna garantida pela ação dos proprioceptores.
2) Evitar a queda enquanto o ônibus oscila aliterando o peso do corpo entre uma e outra perna. 3) Reflexos de nistagmo vestibular para manter imagens nítidas sobre a retina enquanto a cabeça oscila junto com o movimento do ônibus.
Processamento motor (Coordenação)
Informações sobre a aceleração da cabeça Trato vestíbulo-espinhal Postura e equilíbrio do corpo
Fascículo longitudinal medial - movimentos oculares (nistagmo fisiológico)
Informações sobre a propriocepçâo Fibras Ia e IIb dos fusos musculares Reflexos miotatico Cerebelo - n. vestibulares (ajustes posturais)
Funções integrativas do Tronco Encefálico e da medula
Movimentos Oculares reflexos
Manter/Corrigir a Postura
Vias descendentes do Tronco N. Rubro
Coliculo superior, N. vestibulares e FOR
O tronco é influenciado pelo Córtex Motor
Trato rubro-espinhal. Projeção contralateral Controla os músculos distais dos membros, sob o comando de influencias corticais Trato teto-espinhal. Projeção homolateral Responsável pela orientação reflexa da cabeça e manutenção da focalização visual aos estímulos visuais
Trato vestíbulo-espinhal: responsável pela manutenção da postura equilibrada do corpo (Reflexos vestibulares)
Trato reticular pontino Via EXCITATÓRIA Influenciam os motoneurônios homolaterais dos músculos extensores dos membros inferiores e flexores dos membros superiores, estabilizando as articulações. Trato retículo-bulbar Via INIBITÓRIA para os mesmos motoneurônios homolaterais controlados pelo sistema pontino
Aferências Cerebelo
Neurônios g EXTENSORES
Neurônios a FLEXORES Neurônios a EXTENSORES
A co-ativação alfa-gama é necessária para que o fuso muscular esteja continuamente em estado de sensibilidade tônica durante a contração muscular .
Trato vestíbulo-espinhais Exacerbam a atividade extensora (anti-gravitacionária)
Aumenta o tônus extensor Diminui o tônus flexor
TRONCO ENCEFÁLICO Rigidez de descorticação Pernas rodadas para dentro; pés em flexão plantar Braços aduzidos; cotovelos, punhos e dedos fletidos.
A B reflexos extensores são exagerados levando à extensão rígida dos membros acompanhada de hiperreflexia e opistotono LESOES DO TRONCO ENCEFÁLICO A) Descorticação: as influências corticais inibitórias sobre tronco e a medula foram removidas. Os motoneuronios inferiores só tem influências do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). A flexão do membro superior é explicada pela presença do núcleo rubro.
Descerebração: remoção de influências corticais sobre tronco e a medula. A remoção dos controles inibitórios corticais sobre o tronco facilita ações extensoras dos núcleos vestibulares e reticulares. Não há flexão dos membros superiores devido à remoção de influencias rubrais.
Rigidez de descerebração Reflexos extensores exagerados: extensao rígida dos membros, hiperreflexia e opistótono. Braços aduzidos, cotovelos rigidamente estendidos, antebraços pronados e punhos e dedos fletidos.
Como explicar a espasticidade extensora? Há um antagonismo excitatório-Inibitório entre os Núcleos Reticulares pontinos e bulbares
Trato reticular pontino Excitatória sobre os motoneurônios homolaterais dos músculos extensores dos membros inferiores e flexores dos membros superiores. São tonicamente estimulados pelos núcleos vestibulares e pelos núcleos profundos do cerebelo. Trato reticular bulbar Inibitória sobre os mesmos motoneurônios controlados pelo sistema pontino.
+ - - + NMI extensores pernas NMI flexores dos braços
O córtex motor age modulando os neurônios motores do tronco encefálico
NÚCLEOS MOTORES DO TRONCO ENCEFÁLICO MESENCÉFALO Núcleos do III e IV Áreas integrativas visuais, auditivas e pupilares
PONTE Núcleos do V, VI e VII Áreas de integração visceral (mastigação, salivação) expresso facial (movimentos oculares, fixação do olhar, expressão facial) Equilíbrio postural do corpo
BULBO Núcleos do VIII, IX, X, XI (craniana), XII Áreas de integração visceral ( respiratório, vasomotor, vomito, tosse, movimentos linguais, etc.)
NÚCLEOS MOTORES DO TRONCO ENCEFÁLICO
Outros reflexos oculares Nistagmo vestibular Segmento
III, IV e VI: movimentos oculares V: mastigação VII: expressão facial IX: músculos da laringe e faringe X: músculos da faringe XI: músculos do pescoço XII: movimentos da língua Núcleos motores do parassimpático
Reflexos Viscerais a) b) c) d) e)
Salivação Deglutição Tosse, Espirro Engasgo Vômito
Áreas integrativas que controlam funções viscerais essenciais à vida: a) Funções cárdio-respitarorias b) Ciclo sono-vigilia c) Estado de consciência (regula a atividade cortical)
CÓRTEX MOTOR
O CÓRTEX MOTOR, apoiado pelos núcleos da base e cerebelo é responsável pela expressão da motricidade somática voluntária e consciente.
Córtex Pré-Frontal
Córtex Motor
Córtex Sensorial
Circuito Básico e Subsidiário
Circuito Básico
Núcleos da Base
VL
VL
Tálamo
Tálamo
Cerebelo
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Tronco Encefálico
Núcleo Rubro
1
FOR
2
Teto do Mesencéfalo
3
Núcleos Vestibulares
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MEDULA SISTEMA LATERAL Músculos distais
SISTEMA VENTRO-MEDIAL Músculos proximais e axiais
Dedilha o teclado do piano
Coloca o tronco, pescoço, membros em equilíbrio postural
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“ O goleiro parece nervoso”; “ O sol está contra ele” “A sua postura indica que vai cair pro lado esquerdo” “ Vou chutar no canto direito, forte, com efeito e com pé esquerdo!”
Lobo Frontal: associado a motricidade
Córtex pré-frontal
Associado ao desejo de realizar movimento, intencionalidade
Córtex motor associativo
Flexão do dedo
Flexão seqüencial do dedo
Só Pensando na flexão do dedo
LESÔES causam distúrbios denominados apraxias (homólogas às agnosias sensoriais); não causam paralisias. Apraxia: dificuldade/incapacidade de realizar tarefas motoras voluntárias que dependem de aprendizagem. Ex: afasia motora
ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR recrutada durante a idealização do movimento; programação das seqüências motoras e coordena os movimentos bilaterais. Conexões - Corpo estriado (via tálamo) - Córtex motor primário
ÁREA PRÉ-MOTORA: regula a força motora e tem função preparatória para a realização dos movimentos delicados Conexões eferentes FOR Córtex motor primário Conexões aferentes Cerebelo Várias áreas associativas
Córtex motor primário Giro pré-central Origem da via córtico- espinhal
Núcleos Motores do tronco encefálico Núcleos Motores da Medula
Somente quando tomamos consciência sobre as repercussões que as lesões neurológicas das vias motoras impactam na qualidade de vida dos pacientes é que vislumbramos o estado de arte deste sistema. Marcha Normal Marcha Hemiplégica Doença de Parkinson Coréia Visite um site muito excelente sobre exames neurológicos l!
A postura bípede humana e as longas pernas longas são adaptações biológicas para a marcha e corrida de velocidade (distâncias curtas) e resistência (distâncias longas). O corpo humano está adaptado para estar em movimento diário: nossos ancestrais precisaram buscar alimento andando muito todos os dias e fugindo de predadores. Com a vida moderna tornamo-nos sedentários e aumentamos os riscos de doenças cardio-respiratorias, sobrepeso e a obesidade.