RESUMO: SISTEMA ENDÓCRINO

sente muita sede e corre o risco de desidratação. O alto teor alcoólico no sangue inibe a produção de ADH. ... produz o hormônio tiroxina, o que regul...

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RESUMO: SISTEMA ENDÓCRINO Boa parte do funcionamento de nosso corpo depende da comunicação entre as células por meio mensageiros químicos (hormônios) que viajam pelo sangue: Os hormônios (do grego Hormon = estimular). Os hormônios são transportados pelo sangue e também transmitem mensagens, auxiliando na coordenação do organismo. Essa transmissão, no entanto, é mais lenta do que aquela efetuada pelo sistema nervoso. Afinal, a velocidade da circulação do sangue é muito menor que a do impulso nervoso. Há dois tipos fundamentais de glândulas em nosso organismo: as Glândulas exócrinas e as Endócrinas. Nas glândulas exócrinas, como as sudoríparas e as sebáceas da pele, existe um pequeno canal que conduz a secreção do local produzido até o local em que ela será utilizada. As glândulas endócrinas, ao contrário, não apresentam esse canal. Os hormônio secretados são lançados diretamente no sangue. O pâncreas é uma glândula mista. Tem uma função exócrina, por ter um canal que conduz o suco pancreático ao intestino e porque produz a insulina, lançada no sangue. As glândulas produtoras de hormônios são chamadas glândulas endócrinas. A figura a seguir dará a você uma noção das principais glândulas endócrinas do organismo humano.

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As Glândulas Endócrinas: 1. Hipófise:

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realiza maior número de funções. Controla a atividade de outras glândulas. Os hormônios liberados pela hipófise são provenientes de duas regiões distintas: Neuroipófise( lobo porterior) e adenoipófise (lobo anterior). A. Neuroipófise: A neuroipófise é um prolongamento do hipotálamo, sendo constituída por neurônios mdificados. Sua função é armazenar e lançar na circulação sangüínea os hormônios produzidos no hipotálamo (região do cérebro próxima à hipófise). A neuroipófise produz:

I. Hormônio antidiurético (ADH): É liberado quando a concentração de água no sangue cai abaixo de certo nível; seu principal efeito é antidiurético, ou seja, o hormônio leva à diminuição do volume de urina excretado. Sua presença promove a reabsorção de água nos rins e sua falta, a pessoa elimina grande volume de urina, sente muita sede e corre o risco de desidratação. O alto teor alcoólico no sangue inibe a produção de ADH. II. Ocitocina: Estimula e acelera a contração dos músculos uterinos que levam ao parto. Também causam a contração da musculatura lisa das glândulas mamárias, o que leva a expulsão do leite materno durante a amamentação. A liberação do leite materno é estimulado pela própria sucção do peito pelo bebê. B. Adenoipófise: Produz e libera diversos hormônios, entre eles os chamados hormônios tróficos, cujo efeito é estimular e controlar o funcionamento de outras glândulas endócrinas. Os principais hormônios são: I.Hormônio Estimulador da Tireóide (TSH): Estimula a glândula tireóide a produzir tiroxina o qual atuará na regulação do metabolismo celular. II. Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): Estimula o córtex da supra-renal a produzir cortisona e aldosterona. III. Hormônio de Crescimento (GH): Promove o crescimento; sua falta causa o nanismo. IV. Hormônio Lactogênio ou Prolactina (PRL): Promove a produção de leite pelas glândulas mamárias após o parto. V. Hormônio Folículo Estimulante (FSH):Age nos ovários, estimulando o desenvolvimento dos

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folículos ovarianos, no interior dos quais ocorre o amadurecimento dos óvulos. No homem, estimula a formação dos espermatozóides. VI. Hormônio Luteinizante (LH): E Age na ruptura (quebra) dos folículos ovarianos, o que resulta na liberação do óvulo. Após a ruptura, o folículo transforma-se no corpo lúteo (corpo amarelo). No homem, age nos testículos, estimulando a fabricação da testosterona (hormônio sexual masculino).

2. Glândula Tireóide: Estimulada pelo TSH a tireóide produz o hormônio tiroxina, o que regula a velocidade do metabolismo. A palavra metabolismo, refere-se à atividade geral do organismo. A velocidade do metabolismo é controlada por hormônios produzidos por uma glândula localizada em nosso pescoço, chamada tireóide. O mais importante desses hormônios é a tiroxina. Para sua produção, a glândula tireóide utiliza, entre outras coisas, o iodo. Às vezes, a glândula tireóide produz menos tiroxina do que o normal. Essa anomalia é chamada hipotiroidismo, caracterizado por: Na criança causa o cretinismo (retardamento físico e mental). No adulto provoca a mixedema (tendência a obesidade, frio e sono). Quando por outro lado, indivíduos em que a glândula trabalha de forma exagerada sofrem hipertiroidismo, caracterizada por taquicardia, magreza, apetite maior, nervosismo, exoftalmia e aumento da produção de calor (pele úmida e quente).

A tiroxina tem iodo em sua composição. Se a ingestão de iodo for insuficiente na alimentação, a tireóide incha (tentando absorver mais iodo). Isto caracteriza o bócio endêmico ou papo. A calcitonina é um hormônio também produzido pela tireóide, responsável pela deposição de cálcio nos ossos.

3. Paratireóide:

O paratormônio participa da regulação do metabolismo de cálcio no organismo. O paratormônio retira cálcio dos ossos e leva para o sangue. Ao ser atingida a concentração adequada de cálcio no sangue, ocorre a inibição da glândula. Excesso de paratormônio provoca a descalcificação e enfraquecimento de ossos e dentes.

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Falta de paratormônio provoca depósito excessivo de cálcio nos ossos. Com falta de cálcio no sangue, os tecidos muscular e nervoso têm seu funcionamento alterado. Cabe salientar que a vitamina D é importante para o aproveitamento de cálcio no tubo digestivo. Sem ela o paratormônio não age.

Supra-renais ou Adrenais: São formadas por duas regiões: córtex (externa) e medula. A.Medula: Produz a adrenalina que tem função generalizada nos diversos órgãos do corpo. É o hormônio da emergência, que prepara o organismo para uma possível demanda de energia para reações rápidas (fuga, ataque e defesa). Por exemplo: aumento dos batimentos cardíacos, aumento da pressão sangüínea, aumento da velocidade de coagulação, dilatação da pupila, constrição de vasos periféricos e inibição de movimentos intestinais. B.Córtex: Produz dois hormônios, são eles: a. Aldosterona: ajuda a manter o equilíbrio de sais minerais nos tecidos do corpo (sódio e potássio). A aldosterona, por exemplo, é um hormônio que aumenta a retenção de íons sódio pelos rins, causando retenção de água no corpo. b. Cortisona: ajuda a inibir processos inflamatórios e alérgicos.

4. Pâncreas: Secreta dois hormônios; insulina e glucagon. A região do pâncreas que produz hormônios são as Ilhotas de Largerhans. A. Insulina: favorece o transporte de glicose para o interior das células (para consumo imediato ou para armazenamento, através da formação de glicogênio no fígado). A falta de insulina provoca diabete melito (acúmulo de glicose no sangue; essa glicose acaba sendo eliminada na urina). B. Glucagon: Tem efeito oposto ao da insulina, sendo produzido quando ocorre uma diminuição na concentração de glicose no sangue. Ele estimula o desdobramento de glicogênio armazenado no fígado em glicose, normalizando a sua concentração no sangue

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5. Gonadas: (testículos e ovários), além de produzir gametas, também produzem hormônios que afetam o crescimento e desenvolvimento do corpo. Os hormônios produzidos por essas glândulas, são chamados hormônios sexuais, controlam o ciclo reprodutivo e o comportamento sexual. A. Testosterona: Produzido pelo testículo, começa a ser produzido em pequenas quantidades na fase embrionária. A partir da puberdade são produzidos em grande quantidade, o que estimula o impulso sexual e o aparecimento das características sexuais secundárias (barba, pêlos corporais, voz grave, etc.). B. Estrógeno e Progesterona: Produzidos pelos ovários. O estrógeno estimula o impulso sexual e o aparecimento dos caracteres sexuais secundários ( seios, pêlos pelo corpo etc.) A progesterona prepara o organismo para uma eventual gravidez. O efeito mais marcante é estimular a proliferação de vasos sanguíneos e tecidos nutritivos na mucosa uterina, criando condições para a fixação e o desenvolvimento do embrião.

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