CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS - I
Caderno de Exercícios da disciplina de Mecânica dos Solos I do Curso de Engenharia Civil da Universidade Católica Dom Bosco. Professor: Eng. Civil Esp. Talles Mello www.tallesmello.com.br
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Acadêmico:
Campo Grande – MS 2° Semestre de 2017 1ª Edição
Solicita-se aos usuários deste trabalho a apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoa-lo ou que se destinem à supressão de eventuais incorreções. As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seu entendimento ou sua justificação. A correspondência deve ser enviada diretamente ao autor, por meio do e-mail:
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Ficha Catalográfica Mello, Talles. Mecânica dos Solos I/Talles Taylor dos Santos Mello–Campo Grande,MS, 2017. 73 p. : il. color. – (Material didático)
Caderno de aula de exercícios da disciplina de Mecânica dos Solos, do Curso de ECV/ESA da Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande/MS.
1. Engenharia Civil – composição, proporção, etc. 2. Solos. 3. Apostila.I. Universidade Católica Dom Bosco.Curso de Engenharia Civil/Engenharia Ambiental.II.Título.
CDD (20) 720.7
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Sumário 1
ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS ......................................................................5
1.1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................5 1.2 FORMAÇÃO DOS SOLOS ...............................................................................................6 1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS QUANTO À SUA ORIGEM ...................................................6 1.4 FÍSICA DOS SOLOS .......................................................................................................7 1.4.1 PARTÍCULAS SÓLIDAS: .............................................................................................7 1.5 IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS ...........................................................8 1.5.1 MATERIAIS CONSTITUINTES DO SOLO ......................................................................8 1.5.2 TIXOTROPIA ............................................................................................................9 1.6. SOLO ....................................................................................................................... 10 1.7. ROCHA .................................................................................................................... 10 1.8. MINERAL ................................................................................................................. 11 1.8.1. PRINCIPAIS MINERAIS........................................................................................... 12 1.8.1.1. MINERAIS SILICOSOS.......................................................................................... 12 1.8.1.1.1 BARRAGEM DE CONCRETO ........................................................................................ 12 1.8.1.2. MINERAIS MICÁCEOS ......................................................................................... 13 1.8.1.3. MINERAIS ARGILOSOS ........................................................................................ 14 1.8.1.3.1. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS GEOTÉCNICAS .......................................................... 14 1.8.1.3.2. ADENSAMENTO NATURAL........................................................................................ 14 1.8.1.3.3. PROBLEMA GEOTÉCNICO: TALUDE........................................................................... 15 1.8.1.4. GRUPO DOS CARBONATOS .................................................................................. 17 1.8.1.4.1 CARACTERÍSTICAS DOS CARBONATOS ...................................................................... 17 1.8.1.5. GRUPO DOS FELDSPATOS .................................................................................... 18 1.8.1.5.1. ENSAIO DE DURABILIDADE FELDSPATOS .................................................................. 19 1.9. RASTEJO (OU COLUVIAMENTO) ............................................................................... 20 1.10. ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SOLOS: EXERCÍCIOS ................................................... 24 2. ÍNDICES FÍSICOS .................................................................................................... 26 2.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 26 2.2. O ESTADO DOS SOLOS ................................................................................................. 26 A) TEOR DE UMIDADE (W OU H) ............................................................................................ 27 A.1) PROCEDIMENTO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE (MÉTODO DA ESTUFA) ..................................................................................................................................................... 27 A.2) PROCEDIMENTO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE (MÉTODO SPEEDY) .... 28 B) ÍNDICE DE VAZIOS (E) ........................................................................................................ 28 C) POROSIDADE (N)................................................................................................................. 29 D) GRAU DE SATURAÇÃO (S OU SR) ...................................................................................... 29 E) PESO ESPECÍFICO APARENTE NATURAL DO SOLO (Ɣ OU ƔNAT OU ƔN) ......................... 29 F) PESO ESPECÍFICO APARENTE SECO DO SOLO (ƔS OU ƔD)............................................... 30 G) PESO ESPECÍFICO REAL DOS GRÃOS OU SÓLIDOS (ƔG OU δ) ......................................... 30 2.3. ÍNDICES FÍSICOS: EXERCÍCIOS ....................................................................................... 30 Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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3
3
–
COMPACTAÇÃO................................................................................................ 38
3.2 - COMPACTAÇÃO DE CAMPO........................................................................................ 39 3.3. COMPACTAÇÃO: EXERCÍCIOS ..................................................................................... 41 4.
GRANULOMETRIA ................................................................................................ 43
4.1. PENEIRAS ................................................................................................................ 43 4.1.1. REPRESENTAÇÃO DAS PENEIRAS..................................................................................... 43 4.2. FRAÇÕES LIMITES ...................................................................................................... 44 4.3. COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE (CUN) ................................................................... 44 4.4. COEFICIENTE DE CURVATURA (CC) ......................................................................... 44 4.5. GRANULOMETRIA: EXERCÍCIOS .............................................................................. 45 5 - LIMITES DE LIQUIDEZ E LIMITES DE PLASTICIDADE ..................................... 48 5.1 – ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ - NBR 6459 ............................................................ 48 5.2. – ENSAIO DE LIMITE DE PLASTICIDADE - NBR 7190 .................................................... 50 5.3. INDICE DE PLASTICIDADE ........................................................................................... 51 5.4. LIMITES DE LIQUIDEZ E LIMITE DE PLASTICIDADE: EXERCÍCIOS .............................. 52 6.
TENSÕES NOS SOLOS ........................................................................................... 52
6.1. TENSÕES GEOSTÁTICAS ........................................................................................... 53 6.1.1. TENSÃO TOTAL ............................................................................................................. 54 6.1.2. PRESSÃO NEUTRA ......................................................................................................... 55 6.1.3. TENSÃO EFETIVA .......................................................................................................... 55 6.2. DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES DEVIDO A APLICAÇÃO DE CARGAS ................................. 56 6.2.1. CARGA PONTUAL .......................................................................................................... 56 6.2.2. CARREGAMENTO UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDO SOBRE PLACA RETANGULAR ..... 57 6.2.3. CARREGAMENTOS UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDOS SOBRE PLACA CIRCULAR ....... 59 6.3. TENSÕES: EXERCÍCIOS ............................................................................................ 61 ANEXO A: MODELO DE RELATÓRIO ........................................................................ 70 ANEXO B: ENSAIO TÁCTIL VISUAL........................................................................... 72
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Origem e Formação dos Solos
1.1
Introdução
A porção externa e superficial da crosta terrestre é formada por vários tipos decorpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão sujeitas acondições que alteram a sua forma física e sua composição química. Estes fatores queproduzem essas alterações são chamados de agentes de intemperismo. Pode-se entãoconceituar o intemperismo como o conjunto de processos físicos e químicos quemodificam as rochas quando expostas ao tempo. O processo do intemperismo se dá em duas fases: - intemperismo físico – que é a desintegração da rocha; - intemperismo químico – que é a decomposição da rocha. A desintegração (intemperismo físico) é a ruptura das rochas inicialmente emfendas, progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, havermudança na sua composição. Nesta desintegração, através de agentes como água,temperatura, pressão, vegetação e vento, formam-se os pedregulhos e as areias (solos departículas grossas) e até mesmo os siltes (partícula intermediária entre areia e argila). Somente em condições especiais são formadas as argilas (partículas finas), resultantes dadecomposição do feldspato das rochas ígneas. A
decomposição
(intemperismo
químico)
é
o
processo
onde
há
modificaçãomineralógica das rochas de origem. O principal agente é a água, e os mais importantesmecanismos modificadores são a oxidação, hidratação, carbonatação e os efeitos químicosresultantes do apodrecimento de vegetais e animais. Normalmente a desintegração e a decomposição atuam juntas, uma vez que aruptura física da rocha permite a circulação da água e de agentes químicos. Os organismosvivos concorrem também na desagregação puramente física e na decomposição químicadas rochas.
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1.2
Formação dos solos
Cada rocha e cada maciço rochoso se decompõem de uma forma própria. Porções mais fraturadas se decompõem mais intensamente do que as partes maciças, e certos constituintes das rochas são mais solúveis que outros. As rochas que se dispõem em camadas, respondem ao intemperismo de forma diferente para cada camada, resultando numa alteração diferencial. O material decomposto pode ser transportado pela água, pelo vento, etc. Os solos são misturas complexas de materiais inorgânicos e resíduos orgânicos parcialmente decompostos. Para o homem em geral, a formação do solo é um dos mais importantes produtos do intemperismo. Os solos diferem grandemente de área para área, não só em quantidade (espessura de camada), mais também qualitativamente. Os agentes de intemperismo estão continuamente em atividade, alterando os solos e transformando as partículas em outras cada vez menores. O solo propriamente dito é a parte superior do manto de intemperismo, assim, as partículas diminuem de tamanho conforme se aproximam da superfície. Os fatores mais importantes na formação do solo são: - ação de organismos vivos; - rocha de origem; - tempo (estágio de desintegração/decomposição); - clima adequado; - inclinação do terreno ou condições topográficas.
1.3
Classificação dos solos quanto à sua origem
Quanto à sua formação, podemos classificar os solos em três grupos principais: solos residuais, solos sedimentares e solos orgânicos.
Solos residuais– são os que permanecem no local da rocha de origem (rocha mãe), observando-se uma gradual transição da superfície até a rocha. Para que ocorramos solos residuais, é necessário que a velocidade de decomposição de rocha seja Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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maior que a velocidade de remoção pelos agentes externos. Estando os solos residuais apresentados em horizontes (camadas) com graus de intemperismos decrescentes, podem-se identificar as seguintes camadas: solo residual maduro, saprolito e a rocha alterada.
Solos sedimentares ou transportados– são os que sofrem a ação de agentes transportadores,
podendo
ser aluvionares
(quando
transportados
pela água),
eólicos(vento), coluvionares (gravidade) e glaciares (geleiras).
Solos orgânicos– originados da decomposição e posterior apodrecimento de matérias orgânicas, sejam estas de natureza vegetal (plantas, raízes) ou animal. Os solos orgânicos são problemáticos para construção por serem muito compressíveis. Em algumas formações de solos orgânicos ocorre uma importante concentração de folhas e caules em processo de decomposição, formando as turfas (matéria orgânica combustível).
1.4
Física dos solos
O solo é constituído de uma fase fluida (água e/ou gases) e de uma fase sólida. Pode-se dizer que solo é um conjunto de partículas sólidas que deixam espaços vazios entre si, sendo que estes vazios podem estar preenchidos com água, com gases(normalmente o ar), ou com ambos.
1.4.1
Partículas sólidas:
As partículas sólidas dão características e propriedades ao solo conforme sua forma, tamanho e textura. A forma das partículas tem grande influência nas suas propriedades. As principais formas das partículas são: a) poligonais angulares:
são irregulares, exemplo de solos: areias, siltes e
pedregulhos. b) poligonais arredondadas: possuem a superfície arredondada, normalmente devido ao transporte sofrido quando da ação da água. Exemplo: seixo rolado. c) lamelares:
possuem duas dimensões predominantes, típicas de solos
argilosos. Esta forma das partículas das argilas responde por alguma de suas Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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propriedades, como por exemplo, a compressibilidade e a plasticidade, esta última, uma das características mais importantes. d) Fibrilares: possuem uma dimensão predominante. São típicas de solos orgânicos.
1.5 Identificação e Classificação dos Solos
1.5.1
Materiais constituintes do solo
Pedregulhos:
Solos cujas propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo superior a 4,8mm e inferior a 76mm. São caracterizados pela sua textura, compacidade e forma dos grãos.
Areias:
Solos cujas propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo superior a 0,05mm e inferior a 4,8mm. São caracterizados pela sua textura, compacidade e forma dos grãos. Quanto à textura, a areia pode ser: - grossa: grãos cujo diâmetro máximo compreendido entre 2,00mm e 4,80mm; - média: grãos cujo diâmetro máximo compreendido entre 0,42mm e 2,00mm; - fina: grãos cujo diâmetro máximo compreendido entre 0,05mm e 0,42mm.
Silte:
Solo que apresenta apenas a coesão necessária para formar, quando seco, torrões facilmente desagregáveis pela pressão dos dedos. Suas propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo superior a0,005mm e inferior a 0,05mm. São caracterizados pela sua textura e compacidade.
Argila:
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Solo que apresenta características marcantes de plasticidade; quando suficientemente úmido, molda-se facilmente em diferentes formas; quando seco, apresenta coesão bastante para constituir torrões dificilmente desagregáveis por pressão dos dedos; suas propriedades dominantes são devidas à sua parte constituída pelos grãos minerais de diâmetro máximo inferior a 0,005mm. São caracterizados pela sua plasticidade, textura e consistência em seu estado e umidade naturais. Quanto à textura, são as argilas identificadas quantitativamente pela sua distribuição granulométrica. Os três grupos principais de minerais argílicos são: caolinitas, ilitas e montmorilonitas. As montimorilonitas são as que causam mais preocupação, pois são muito expansivas e, portanto, instáveis em presença de água. As bentonitas são argilas muito finas, formadas, em sua maioria, pela alteração física de cinzas vulcânicas. Este material foi descoberto em 1888, em Fort Benton(EUA), daí a sua denominação. Em sua composição predomina a montmorilonita, o que explica a sua tendência ao inchamento. Graças a esta propriedade, as injeções de bentonita são usadas para vedação em barragens e escavações. A bentonita é um material que exibe propriedades tixotrópicas.
1.5.2
–Tixotropia
É a propriedade que possui alguns solos finos coesivos, de, após ter a sua estrutura molecular destruída (amassando-se o solo, por exemplo), quando deixado em repouso, recuperar a sua resistência coesiva (através da sua reordenação da estrutura molecular). As “lamas tixotrópicas”, ou sejam, suspensão, em água, desta argila especial, que é a bentonita, são muito usadas em perfurações petrolíferas, fundações profundas,etc.
MATÉRIA ORGÂNICA:
Cada solo pode apresentar teor de matéria orgânica, oriundo de restos vegetais e animais. São de fácil identificação, pois possuem cor escura e odor característico. A norma D2487 da ASTM classifica como solo orgânico àquele que apresenta LL de uma amostra seca em estufa menor que 75% do LL de uma amostra natural sem secagem em estufa. Geralmente são problemáticos, devido à sua grande compressibilidade. Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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Apresentam elevados índices de vazios. As turfas são solos orgânicos com grande porcentagem de partículas fibrosas de material carbonoso (folhas e caules) ao lado de matéria orgânica no estado coloidal. Esse tipo de solo pode ser identificado por ser fofo e não plástico e ainda combustível.
1.6.
Solo
Faixa (superficial) desagregada (é possível efetuar corte em solo sem explosivos) de espessura e constituição variáveis, apresentando componentes sólidos (minerais e materiais orgânicos), líquidos (água) e gasosos (ar), em proporções variáveis (fato que modifica sensivelmente as características tecnológicas do mesmo solo). OBS: abaixo do solo temos a formação rochosa (também denominada embasamento rochoso ou maciço rochoso).
Exemplos de solo: Solos orgânicos – turfa, mangue. Solos inorgânicos – pedregulhos, arenoso, siltoso, argiloso, areno-argiloso, siltoargiloso, arenoso, etc.
1.7.
Rocha
Agregado natural de minerais de 1 ou mais espécies e que constitui uma unidade bem definida (para corte temos necessidade de explosivos). Ex: Arenito – rocha sedimentar mecânica, constituída pelo mineral quartzo (mineral silicoso) Basalto – rocha magmática extrusiva, constituída pelos minerais feldspatos e piroxênio (minerais ferromagnesianos) As rochas podem ser agrupadas em: a)
Rochas magmáticas (ou ígneas):
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1.8.
a.
Extrusivas (ex: meláfiro, basalto, felsito)
b.
Intrusivas (ex: granito, pegmatito, diabásio)
b)
Rochas sedimentares:
a.
Mecânicas ou clásticas (ex: conglomerado, arenito, argilito)
b.
Químicas (ex: sílex, ágata, limonita)
c)
Rochas metamórficas:
a.
Dinamotermais (ex: gnaisse, xisto, ardósia, quartzito micáceo)
b.
Termais (ex: mármore)
c.
Cataclásticas (ex: brecha tectônica, milonito)
Mineral Natural
MINERAL
qualquer substância
Inorgânica Composição química e estruturas definidas
*Pérola e petróleo não são minerais, pois são de origem orgânica.
Ex: de minerais (já agrupados para a Engenharia) Minerais silicosos (SiO2) Minerais argilosos Água (H2O) Grupo dos feldspatos Minerais micáceos Grupo dos carbonatos
Embora os minerais possam ocorrer na natureza de formas diferentes, interessam para a engenharia: Como um grande conjunto de partículas desagregadas, constituindo solos; Como um conjunto de partículas agregadas, constituindo rochas; Isolados em grandes concentrações formando as jazidas
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1.8.1. Principais Minerais 1.8.1.1.
Minerais silicosos
Constituído de sílica (SiO2). Ex: quartzo (mais comum), calcedônea e opala (mais raro). A calcedônia e a opala são reativas a álcalis. Portanto, o conceito (antigo) de areia pura silicosa ser constituída de somente quartzo está errado.
1.8.1.1.1
Barragem de concreto
Barragem de concreto: (cimento Portland + Água + Agregado graúdo = britas de basalto +agregado miúdo = areia silicosa + etc.) Se (areia silicosa) for constituída somente por partículas de quartzo não há problemas, porém se apresentar 5% de partículas de calcedônea poderão surgir, após 5 a 7 anos, pequenas fissuras na barragem, isto porque: O cimento Portland +água = pasta com álcalis; as partículas de calcedônea são atacadas quimicamente (reação bastante lenta) pelos álcalis resultando na formação de um gel esbranquiçado (gel de sílica de alcalino) Este gel apresenta afinidade com a água, isto é, incorpora e perde molécula de água com facilidade, com variação de volume ∆v = F (%água) Esta variação de volume ∆v gera P (pressões dentro da estrutura de concreto), que atuando milhares de vezes, vão causando a “FADIGA” do concreto e o consequente surgimento de microfissuras. Este tipo de problema geotécnico ocorreu em barragens da CESP e da CEMIG. Daí a importância da análise mineralógica das areias.
Para evitar este problema podemos: a)
Não utilizar areia com > 5% de calcedônia
b)
Utilizar cimento especial (com baixo teor de álcalis – 0,6% álcalis)
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1.8.1.2.
Minerais micáceos
Os minerais micáceos são as micas e qualquer outro mineral laminar. Os minerais micáceos apresentam comportamento tecnológico semelhante a uma resma de sulfite, isto é: a)
Apresentam baixa Rc (Resistência ao cisalhamento) paralelamente às
lâminas; b)
Apresentam alta permeabilidade paralelamente às lâminas;
Na natureza ocorre fenômeno idêntico. Podemos ter uma rocha (quartzito) com faixas de minerais micáceos. Estas faixas representam faixas de baixa Rc, causando instabilidade no talude (possibilitando ocorrência de escorregamentos translacionais). Mesmo que nada aconteça durante a execução da obra, acidentes poderão acontecer em épocas chuvosas, pois como os minerais micáceos apresentam alta permeabilidade paralelamente às lâminas, parte da água da chuva, irá se infiltrar e percolar pelas faixas de minerais micáceos exercendo as seguintes influências principais: Age como lubrificante, diminuindo o atrito, e reduzindo ainda mais, a já baixa resistência ao cisalhamento; Torna o material argiloso (que ocorre em pequena quantidade nessas faixas) moldável, isto é, com a água, o material argiloso adquire características de plasticidade. Consequências: escorregamento translacional do talude.
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1.8.1.3.
Minerais argilosos
São alumino-silicatos de K, Na, ou Ca, hidratados, de dimensões microscopias (<0,002 mm) e de formato lamelar. São originadas pela decomposição química dos feldspatos.
1.8.1.3.1. Principais características geotécnicas
1. É praticamente impermeável (embora a água possa se infiltrar muito lentamente nos microporos de uma argila); 2.
O adensamento natural é muito lento (adensamento=consolidação)
demorando milhares de anos 3.
Característica de plasticidade – Tornando-se moldável e escorregadia
4.
Característica de expansão das argilas quando hidratadas
1.8.1.3.2. Adensamento Natural
Como ficariam as obras após 10 anos
Logo, se a argila for mole, se construirmos sem cuidado, após 10 anos podemos ter a obra abaixo do nível (Caso A), pois o peso da obra provoca um adensamento extra ou podemos ter a obra em nível mais elevado (Caso B), pois as fundações estão apoiadas em material adequado e a obra permanece no nível inicial e o solo adensa naturalmente.
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Solução: a)
Obras com fundação flutuante (como na cidade do México)
No Brasil não temos edificações (flutuantes) com fundações flutuantes. Temos rodovias flutuantes como as Rodovias do Imigrante, Piaçara-Guarujá, RioSantos nos trechos de mangue (serão vistos mais adiante) b)
Acelerar artificialmente o adensamento (que pode ser feito com
pressão=peso e eliminação do excesso de água =drenagem subterrânea) Em São Paulo a firma AOKI-GUARANTÃ tem obtido excelente resultado
10 cm
(conseguido obter > 85% do adensamento total) aplicando a seguinte técnica: 1. Regularização da superfície, como pequeno caimento (2%). 2. Execução da camada drenante de areia grossa (espessura=15,20 cm) 3. Instalação de inúmeras fitas drenantes sintéticas (parecem fitas de feltro) 4. Construção do aterro (com sobrecarga se o peso do aterro não for suficiente para forçar a subida da água do solo argiloso para a camada drenante, através das fitas). 5. Retirada da sobrecarga e regularização da superfície do aterro 6. Edificação
1.8.1.3.3. Problema geotécnico: Talude Ação atmosférica (isto é, o material junto ao talude : variação no teor de água)
Chuva Cerração
+ água
Orvalho
Calor solar
- água
A argila da camada silto argilosa = ΔV gerando pressão que provocam um “lasqueamento” (na (camada silto argilosa) junto ao talude, formando pequena fragmentação com forma de lascas (detritos) que caem (queda de detritos ou “em pastilhamento”).
Ventos
Esta queda de detritos, com o correr do tempo vai originando um vazio (entrada) na camada silto-argilosa, descalçando o material rochoso superior, (cuja instabilidade vai aumentando gradativamente)
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Queda de detritos
Quando o descalçamento atingir o valor crítico (geralmente atingido após 3-5 anos) ocorre a QUEDA DE BLOCOS ROCHOSOS que podem causar acidentes, principalmente em ferrovias.
Estabilização
1° Regularização do talude com explosivos 2° Instalar uma tela (tipo galinheiro ou alambrado) sobre a camada problema fixando-a com grampos cimentados (chumbados) na camada rochosa adequada. 3º Lançar concreto projetado (com brita) ou argamassa projetada (sem brita) sobre a tela. Grampo
Tela Argamassa ou concreto projetado Grampo
Camada silto-argilosa (argila expansiva)
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1.8.1.4. Grupo dos carbonatos
O carbonato simples mas comum é o de Ca – CaCO3 O carbonato duplo mais comum é o de Ca e Mg = Ca, Mg (CO3)2 Os carbonatos podem ser encontrados na forma de minerais ou rochas, recebendo denominações diferentes: Mineral = calcita CaCO3
1.8.1.4.1
Rocha sedimentar = calcário Rocha Metamórfica = mármore
Características dos carbonatos
Num local com uma formação rochosa carbonática, teremos o seguinte: como a rocha formou-se há dezenas a centenas de milhões de anos, já sofreu a influência de, bilhões de chuvas. A água da chuva é ligeiramente ácida (pois contem gases dissolvidos, como o CO2). Esta água penetra na formação rochosa pelas fraturas e minúsculos poros, atacando-a quimicamente, dissolvendo lentamente o carbonato, originando canais e cavernas de dissolução na formação rochosa. Desta forma, mesmo que o carbonato em si, seja de boa qualidade geotécnica, se a obra for executada sem adequada pesquisa, as fundações poderão ficar um pouco acima de uma caverna e consequentemente ocorrer um colapso da obra.
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Fundação
Solo
Canais
Cavernas de dissolução
Carbonato
1.8.1.5. Grupo dos feldspatos
São alumino-silicatos de K, Na e/ou Ca
O feldspato é o mineral mais comum em rochas magmáticas. Entra também na constituição de algumas rochas metamórficas (como o gnaisse). Raramente é encontrado em rochas sedimentares. Em rochas magmáticas e no gnaisse com pouca mica, o feldspato exerce função de material aglutinante (que agrega os componentes da rocha), sendo responsável pela RESISTÊNCIA da rocha (como o feldspato apresenta boas características geomecânicas, a resistência da rocha será elevada). PORÉM, o feldspato poderá ficar submetido a um lento ataque químico sofrendo uma decomposição química muito lenta. Logo sob a ação intemperismo (químico) o feldspato irá se decompondo muito lentamente em mineral argiloso (de características geotécnicas ruins) e, a resistência da rocha irá diminuindo muito lentamente. Como a velocidade de decomposição de uma rocha não é constante (é muito pequeno no início e vai aumentando à medida que a rocha vai sofrendo alteração – pois, à medida que se decompõe, aumenta a superfície de contato entre os minerais e os Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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agentes químicos), o simples fato de a resistência da rocha ser maior que a pressão transmitida pela fundação da obra. (R>>P) não é suficiente para garantir a estabilidade, pois, se a rocha (embora com R>>P) estiver em estágio avançado de decomposição, a velocidade de DECOMPOSIÇÃO será alta e, durante a vida útil da obra, a Resistência da rocha poderá ficar igual ou menor que a pressão da obra. Para verificar essa possibilidade, temos necessidade de fazer ENSAIO DE DURABILIDADE com amostras dessa rocha.
1.8.1.5.1. Ensaio de durabilidade feldspatos
Durabilidade: resistência ao intemperismo. O ensaio de durabilidade consiste em:
2d
1° Obter n corpos de provas (c.p.) padronizados
d
2° Pesar os corpos de provas obtemos o peso inicial (Pi) 3° Submeter metade dos corpos de provas ao ensaio de ruptura (resistência a compressão axial). Obtemos o valor da resistência à ruptura (inicial) = Ri 4° Submeter a metade restante à: 30 ciclos de saturação em água por 48 horas 30 ciclos de secagem em estufa ventilada a 105°c, durante 24 horas. A ação intempérica é substituída em laboratório por estes 30 ciclos. 5° Após os 30 ciclos devemos: a)
Pesar os corpos de prova. Obtemos o Pf (peso final dos corpos de provas
após a influência dos 30 ciclos) b)
Submeter os corpos de prova à ruptura obtemos Rf (resistência final após
a influência dos 30 ciclos 6° Comparar o Pf com Pi e Rf com Ri
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Se as diferenças forem pequenas significa que a ação dos 30 ciclos quase não modificou as características geotécnicas da rocha. Logo, sua durabilidade será alta. Caso contrário, a durabilidade será baixa e, após a execução da obra em pouco tempo, o intemperismo irá diminuir sensivelmente a resistência da rocha, podendo trazer problemas.
1.9.
Rastejo (ou Coluviamento) São movimentos ou deformações lentas e contínuas de massa fluidas superficiais
de encostas. Podem envolver grandes massas de solo, sem que haja, diferenciação nítida entre o material em movimento e o material sem movimentação. É provocada pela ação da GRAVIDADE, que pode ser auxiliada pelos efeitos devidos às variações de temperatura e umidade (expansão e contração de materiais argilosos expansivos). Assim, por exemplo, se tivermos uma encosta com manto de alteração argiloso, por expansão, o ponto A, passará para a posição B. Por contração, irá passar da posição B para a C. Desta forma o ponto A, se deslocou para a posição C. Logicamente, este deslocamento (de A para C) por expansão e contração térmica de materiais argilosos, se traduz em movimento, encosta abaixo, numa espessura proporcional à atingida pela variação de temperatura. Abaixo dessa profundidade, somente haverá rastejo, por ação da gravidade. Logo, nestas condições, no talude, teremos na parte mais superficial, onde atua a ação da temperatura e da umidade, uma movimentação variável (RASTEJO PERIÓDICO ou sazonal) e, na parte inferior, um coluviamento constante, denominado RASTEJO ou COLUVIAMENTO CONSTANTE. O mecanismo de deformação nos rastejos se assemelha ao de um líquido muito viscoso. A tensão de fluência de rastejos e menor que a tensão de cedência ao cisalhamento do solo local. Enquanto as tensões que agem no sentido de movimentar uma determinada massa de material estiverem abaixo da tensão de fluência, o talude permanecerá estável. Quando ultrapassarem aquele valor, o terreno iniciará sua movimentação num estado de rastejo. OBS: Iniciado o rastejo, quando as tensões atingirem valores iguais ao de resistência máxima ao cisalhamento, teremos início ao ESCORREGAMENTO
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1.9.1.
Reconhecimento da ocorrência de rastejo no campo
Embora o rastejo (ou coluviamento) seja um movimento muito lento (da ordem de alguns cm/ano à alguns cm/dia), sua ocorrência deve ser verificada e estudada antes da execução da futura obra, à fim de se evitar problemas geotécnicos futuros. No campo (em superfície), o rastejo pode ser evidenciado através de:
A – Observação de árvores inclinadas (ou troncos recurvados) e estruturas deslocadas (ou adernadas) – conforme figura abaixo, reproduzida de Sharpe.
B – Através da observação de estacas fixas no solo em relação às fixadas no material sem movimentação.
Inicialmente, fixamos uma (ou mais) estacas (F) no solo ou rocha sem movimentação, que irá (ão) servir como ponto(s) referencial (ais). Á seguir, cravamos diversas estacas presas apenas no solo com rastejo, cuja posição é determinada em relação ao referencial (estaca fixa na rocha). À seguir, é suficiente ir determinar a posição assumida por estas estacas móveis, em intervalos de tempo conhecidos. Desta forma, ficamos conhecendo como ocorre o deslocamento (a estaca 1 após uma semana irá se deslocar para a posição 1’) e, também determinar a VELOCIDADE DO RASTEJO (para isto será suficiente dividir a distância 1-1’ pelo intervalo de tempo ∆t gasto – no caso, 1 semana)
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1
F 1’
Solo com rastejo
Solo ou rocha sem movimento
Via ANCHIETA – Cota 500
Na cota 500 da Via Anchieta, as fundações de obras de arte ficaram assentadas em material adequado e sem movimentação. Porém, os pilares atravessavam o solo com rastejo, sem nenhuma proteção, conforme ilustra a figura abaixo. Como o solo com rastejo apresenta movimentação LENTA, porém CONTÍNUA o pilar fica submetido à pressão do solo em movimento. Embora esta pressão apresente valor baixo (quando determinado por medições momentâneas feitas no local), atua ininterruptamente 24 horas por dia. Da mesma forma que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, esta pressão (pequena) atuando constantemente, “forçou” o pilar para baixo. Como o pilar era fixo na extremidade inferior (fundação) e, também na extremidade superior (obra de arte), começou a se deformar lentamente (conforme figura abaixo) gerando microfissuras de compressão num dos lados do pilar e, microfissuras de tração no outro lado (ver figura anterior), comprometendo a estabilidade da obra.
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Microfissuras de compressão
Microfissuras de tração Solo com rastejo
Solo ou rocha sem movimento
Solução adotada na Rodovia dos Imigrantes
Conhecedores da influência da pressão do rastejo em pilares de obras de arte (consequente dos problemas provocadas em obras semelhantes na via Anchieta), o problema foi cuidadosamente analisado, dados de campo obtidos com instrumental adequado devidamente estudados e, partiu-se para a solução seguinte: proteger os pilares com envoltório de concreto (cilindros de concreto, também denominados ANÉIS DE CONCRETO). As fundações ficaram apoiadas em material adequado (solo ou rocha sem movimentação e com características geomecânicas ótimas). Protegendo os pilares, foram construídos cilindros de concreto (de diâmetro interno = 5,0 m e espessura da parede = 0,60 m). Os anéis de proteção, envolvem o pilar em toda espessura do solo com rastejo, ficando apenas apoiados no solo (sem movimentação) imediatamente abaixo do solo em rastejamento (ver figuras da página seguinte) O pilar (de diâmetro= 3,0m) e o anel (de diâmetro int=5,0m), são excêntricos, conforme ilustrado na figura inferior 2 páginas adiante. Com a pressão da movimentação do solo, o cilindro de concreto irá sofrer um lento deslocamento para baixo. Calculou-se que, o tempo mínimo necessário, para que o cilindro (com o deslocamento) chegue à encostar no pilar, será 50 anos (E, mesmo que Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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as condições de movimentação do solo sejam bastante agravadas com o passar do tempo, irá demorar, pelo menos 20 anos para que o anel chegue a encostar no pilar. O controle desse deslocamento do cilindro é fácil de ser executado. Quando o anel de proteção ficar perigosamente próximo ao pilar, deverá ser substituído por um novo, construído na posição original. Foi, sem dúvida, uma solução tecnicamente correta para o problema e, de custo baixíssimo.
1.10.
Origem e Formação dos Solos: Exercícios 1)
O que se entende por:
a)
Solo
b)
Solo residual
c)
Solo transportado
d)
Solo coluvional (ou solo com coluviamento)
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e)
Aluvião
f)
Solo orgânico
g)
Solo pedregulhoso
h)
Solo arenoso
i)
Solo siltoso
j)
Solo argiloso
k)
Solo areno-argiloso / Solo argilo-arenoso
l)
Turfa
m)
Mangue
2)
Por que o material orgânico em decomposição piora as características
tecnológicas de um solo?
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2.
– Índices Físicos
2.1. – Introdução
Índices físicos são valores que tentam representar as condições físicas de um solo no estado em que ele se encontra. São de fácil determinação em laboratórios de geotécnica e podem servir como dados valiosos para identificação e previsão do comportamento mecânico do solo.
2.2.- O estado dos solos
Na Mecânica dos Solos, os índices físicos são utilizados na caracterização das condições do solo, em um dado momento, que pode ser alterado ao longo do tempo. Os Índices Físicos são definidos como grandezas que expressam as proporções entre Pesos e Volumes nas três fases constituintes do solo: sólidos, líquido e ar, para caracterizar o estado do solo. Grandezas obtidas em laboratório: •
Teor de umidade (w).
•
Peso específico dos grãos (γg ou δ)
•
Peso específico natural (γ ou γnat)
•
O peso específico da água é adotado (γa ou γw)
Os demais Índices Físicos são calculados
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A) Teor de Umidade (w ou h)
É a relação entre a massa ou o peso da água contida no solo e a massa ou o peso de sua fase sólida, expressa em percentagem. A umidade varia teoricamente de 0 a ∞. Os maiores valores conhecidos no mundo são os de algumas argilas japonesas que chegam a 1400%. Em geral os solos brasileiros apresentam umidade natural abaixo de 50%. Se ocorre matéria orgânica, esta umidade pode aumentar muito, podendo chegar até a 400% em solos turfosos.
A.1) Procedimento para determinação do teor de umidade (Método da Estufa) •
Toma-se uma porção de solo (aprox. 50,0 g), colocando-a numa cápsula de alumínio com tampa;
•
Pesa-se a cápsula (precisão de 0,01g);
•
Pesa-se o solo úmido + cápsula (precisão de 0,01g);
•
Leva-se a cápsula destampada a uma estufa até constância de peso (aprox. 6 horas para solos arenosos e 24 horas para solos argilosos);
•
Pesa-se o conjunto solo seco + cápsula.
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A.2) Procedimento para determinação do teor de umidade (Método Speedy)
Reservatório metálico fechado que se comunica com um manômetro, destinado a medir a pressão interna. Coloca-se dentro do reservatório o solo úmido e uma porção (varia conforme o fornecedor) de carbureto de cálcio (CaC2), pela combinação da água do solo com o carbureto gera acetileno e pela variação da pressão interna obtém-se a umidade do solo. CaC2 + 2H20 = Ca(OH) 2 + C2H2
B) Índice de Vazios (e)
Indica variação volumétrica ao longo do tempo (história das tensões e deformações ocorridas no solo). É a relação entre o volume de vazios e o volume de sólidos.Embora possa variar, teoricamente, de 0 a ∞, o menor valor encontrado em campo para o índice de vazios é de 0.25 (para uma areia muito compacta com finos) e o maior de 15 (para uma argila altamente compressível).
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C) Porosidade (n) •
É a relação entre o volume de vazios e o volume total da amostra, expressa em percentagem.
1
D) Grau de Saturação (S ou Sr) •
É a relação entre o volume de água e o volume de vazios de um solo, expressa em percentagem. Varia de 0% para um solo seco a 100% para um solo saturado.
E) Peso Específico Aparente Natural do Solo (ɣ ou ɣnat ou ɣn)
γ Magnitude depende da quantidade de água nos vazios e do mineral constituinte predominante. Utilizado no cálculo dos esforços. Para determinação de g, geralmente utiliza-se o “método do Frasco de Areia”
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F) Peso Específico Aparente Seco do Solo (ɣs ou ɣd) Empregado para verificar o grau de compactação de bases e sub-bases de pavimentos, aterros e barragens de terra.
γ G) Peso Específico Real dos Grãos ou Sólidos (ɣg ou δ) Empregado para verificar gradiente hidráulico crítico.
δ H) Relação entre IndicesFisicos
=
γ =
1+
1+
γ =
δ + . . γ 1+
γ =
γ
1+
δ
1+
=
. δ . γ
2.3.Índices Físicos: Exercícios 1) Determinada amostra com peso específico igual à 1,95 gf/cm3 e umidade igual à 18,0%, foi deixada ao sol até atingir peso específico igual à 1,80 gf/cm3. Admitindo que não houve variação de volume, qual o novo teor de umidade?Resposta: w = 16,62%
2) Para realização de um aterro serão necessários 50.000 m3 de solo, peso específico de 1,50 gf/cm3 e umidade de 18,0 %. O solo a ser utilizado apresenta peso específico dos grãos igual a 2,80 gf/cm3 e índice de vazios igual a 1. Qual o volume a ser escavado na jazida para execução deste aterro? Resposta:V=100.000m³
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3) Uma amostra de solo saturado tem um volume de 0,0283m3 e uma massa de 57,2kg. O peso específico dos grãos é 2,79 tf/m3. Considerando-se que os vazios estão tomados por água pura, determinar o teor de umidade e o índice de vazios do solo.Resposta: w = 27,17%; e = 75,78%.
4) Um recipiente de vidro e uma amostra indeformada de um solo saturado pesaram 68,959gf. Depois de seco o peso foi de 62,011gf, o recipiente de vidro pesa 35,046gf e o peso específico dos grãos é de 2,80 gf/cm3. Determinar o índice de vazios, o teor de umidade e a porosidade da amostra original.Resposta: e = 72,15%; w =25,77%; n = 41,91%.
5) Uma amostra de areia úmida tem um volume de 464 cm3 em seu estado natural e um peso de 793,0gf. O seu peso seco é 735,0gf e peso específico dos grãos é 2,68gf/cm3. Determinar o índice de vazios, a porosidade, o teor de umidade e o grau de saturação. Resposta: e = 69,19%; n = 40,89%; w = 7,89%; s = 30,57%.
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6) Um corpo de prova cilíndrico de um solo argiloso tinha H= 12,5cm, φ = 5,0cm e sua massa era de 478,25g, após secagem passou a 418,32g. Sabendo-se que o peso específico dos grãos é 2,70gf/cm3, determinar o peso específico aparente seco, índice de vazios, porosidade, grau de saturação e teor de umidade.Resposta:γγd = 1,7gf/cm³; n = 36,88%; s =66,21%; w =14,33%; e =58,42%.
7) Uma amostra de solo de 1.000,0g com umidade de 16,0% , passou a ter umidade de 26,0% em função da adição de água. Qual a quantidade de água acrescida a esta amostra ?Resposta: ∆PA = 86,21gf.
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8)
Escavou-se um buraco em um terreno, retirando-se 1080 g de solo. Logo
em seguida preencheu-se este buraco com 1500 g de uma areia seca com peso específico aparente de 18,63 kN/m3. Calcular o peso específico seco, o índice de vazios e o grau de saturação deste terreno sabendo-se que de uma parcela do solo retirado do buraco determinou-se a umidade do terreno em 14% e a densidade relativa dos grãos em 2,5.Resposta:γγd = 1,18 gf/cm³; e = 112%; s = 31%.
9)
Um recipiente de vidro e uma amostra indeformada de um solo saturado
pesaram 0,674 N. Depois de seco em estufa o peso tornou-se 0,608 N. O recipiente de vidro pesa 0,344 N e o peso específico dos grãos do solo é 27,5 kN/m3. Determinar o índice de vazios e o teor de umidade da amostra original. Resposta: e = 68,75%; w = 25,0%.
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10) Um solo saturado tem um peso específico aparente de 18,83 kN/m3 e umidade de 32,5%. Calcular o índice de vazios e o peso específico dos grãos do solo.Resposta: e = 85,83%; δ =26,41 KN/m³.
11) Tem se 1900gf de solo úmido, o qual será compactado num molde, cujo volume é de 1000 cm3. O solo seco em estufa apresentou um peso de 1705gf. Sabendo-se que o peso específico dos grãos (partículas) é de 2,66gf/cm3 determine, o teor de umidade, a porosidade e o grau de saturação. Dados: γ G = 2,66 gf / cm 3 / P = 1900gf / PG =1705gf / V = 1000cm3 Resposta: w =11,44%; n = 35,9%; s = 54,34%.
13) Uma amostra de solo úmido pesa 920 g, com o teor de umidade de 30%. Que quantidade de água é necessária acrescentar nessa amostra para que o teor de umidade passe para 35%?
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14) Uma amostra de solo de 1.000,0g com umidade de 16,0%, passou a ter umidade de 26,0% em função da adição de água. Qual a quantidade de água acrescida a esta amostra ?
15) O peso de uma amostra de solo saturado é de 870g. O volume correspondente é de 520 cm3. Sendo o índice de vazios igual a 65%, determinar o peso específico real do solo?
16) Considere um solo com índice de vazios igual 0,67, peso específico relativo igual 2,68 e com 12% de teor de umidade. Determine o peso da água a ser adicionada a 10 m³ de solo para saturação total.
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17) Uma amostra de solo úmido em uma cápsula de alumínio tem um peso de 462 gf. Após a secagem em estufa se obteve
peso da amostra igual a 364 gf.
Determinar o teor de umidade do solo considerando o peso da cápsula de 39 gf. Resposta: w = 30,2 %.
18) Um solo saturado tem teor de umidade igual a 38 % e peso específico dos sólidos igual a 2,85 gf/cm³ . Determinar o índice de vazios, a porosidade e a massa específica do solo. Resposta: e = 1,08, n = 52 % e γ= 1,89 g/cm3 .
19) Qual a quantidade de água a ser acrescentada a uma amostra de 1500 g com teor de umidade de 17 %, para que esta amostra passe a ter 30 % de umidade. Resposta: Volume a acrescentar igual a 166,67 cm3
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20) Um corpo de prova de argila saturada tem uma altura de 2,5 cm e 6,5 cm de diâmetro, e um volume de água igual a 48,7 cm3 . Foi comprimida em um ensaio até que sua altura se reduzisse para 1,85 cm, sem alteração do seu diâmetro. Esta amostra possuía um índice de vazios inicial de 1,42 e uma massa específica dos grãos de 2,82 g/ cm3 . Admitindo que toda compressão tenha se dado por expulsão de água dos vazios e que a amostra ainda continue saturada, determinar: Respostas: a) 0,79 b) 22,4% c) 109,09 cm³ a) Índice de vazios após a compressão. b) Variação do teor de umidade. c) Considerando que foi retirada uma outra amostra de 1 kg do solo de fundação, calcular a quantidade de água (em cm3) que é necessário adicionar a esse 1 Kg de solo, cujo teor de umidade é de 10 %, para que esse teor de umidade tenha um acréscimo de 12 %.
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37
3
–
Compactação Compactação é um processo mecânico através do qual se reduz o índice de
vazios do solo num tempo relativamente rápido, pela expulsão ou redução do ar dos vazios. Este processo é diferente do adensamento que é lento e ocorre pela expulsão da água dos vazios. O objetivo da compactação é homogeneizar o solo, melhorando suas propriedades de engenharia: aumenta a resistência ao cisalhamento, reduz os recalques e a permeabilidade além de melhorar a resistência à erosão. A compactação é utilizada para a execução de aterros (estradas, barragens, loteamentos), para melhorar o solo de apoio das fundações diretas, retaludamento de encostas naturais, etc... Retaludamento: Processo que consiste na adequação do perfil de uma encosta ou talude de forma a se obter um perfil menos favorável a movimentos de massa. A forma mais efetiva de se conseguir isto é diminuir a inclinação do talude. Também é indicado a corte em escadas ou bancadas. NBR 11682 − Estabilidade de Encostas.
3.1. Ensaio de Compactação O ensaio de compactação utilizado em laboratório determina a umidade na qual o solo deve ser compactado para que o solo fique com o máximo peso específico seco(γd). Estes valores são função do tipo de solo e da energia de compactação empregada. O ensaio de compactação é chamado Ensaio de Proctor porque foi padronizado por ele em 1933. No Brasil a ABNT padronizou o ensaio. O ensaio é realizado tomando-se uma porção de solo seco ao ar e colocando-se certa quantidade de água. O solo é então homogeneizado e compactado em camadas num cilindro padronizado. A compactação é feita através de um peso padrão que cai de uma altura também padronizada. Os ensaios são padronizados para tentar reproduzir a energia de compactação que será utilizada no campo.
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3.2 - Compactação de Campo O primeiro fator a ser definido é a área de empréstimo que é função do tipo desolo de interesse e da distância até a o local do aterro. O tipo de solo varia de acordo com as características de engenharia que se procura obter do aterro. Após a escavação da jazida o solo deve ser transportado e espalhado para que seja homogeneizado na umidade de interesse. A compactação é feita em camadas cuja altura média é em torno de 25cm. As especificações para a compactação são fornecidas pela projetista e devem ser função das propriedades de engenharia que o aterro deve ter, necessárias para o projeto. São especificados o grau de compactação mínimo e o desvio de umidade máximo: O grau de compactação é a relação entre o peso específico seco de campo e o peso específico seco máximo obtido em laboratório: = O desvio de umidade máximo permitido é a máxima diferença de umidade que o solo compactado no campo pode ter em relação à umidade ótima determinada em laboratório: ∆w = w – wót
Existem vários tipos de equipamentos para executar a compactação propriamente dita. A escolha do tipo de equipamento e, das suas características
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dependem do tipo de solo e das características da obra. A tabela indica o equipamento mais adequado para cada tipo de solo.
Os equipamentos de compactação podem ser: •
de compressão ou estáticos;
•
de impacto e
•
de vibração
Nos equipamentos estáticos a compressão é aplicada na superfície e as tensões induzidas pelo rolo diminuem com a profundidade, por isso há limitação da espessura da camada. É importante que a velocidade do equipamento seja suficientemente baixa para garantir a eficiência da compactação. Alguns exemplos são o rolo pé-de-carneiro e o rolo pneumático. •
rolo pé-de–carneiro é um tambor com patas dispostas na sua superfície.
A utilização do rolo pé-de-carneiro é recomendado para solos argilosos como núcleo de barragens. •
O rolo pneumático é composta por dois eixos de pneus que transmitem os
esforços gerados pelo peso da plataforma. A compactação com rolo pneumático deixa a superfície lisa dificultado a aderência entre as camadas. O rolo pé-de-carneiro compacta o solo com menos passadas e promove uma melhor aderência entre as camadas que o rolo pneumático, entretanto deixa o solo menos uniforme em relação a umidade e o peso específico.
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Figura 1 - Rolo pé-de-carneiro
Figura 2 – Rolo pneumático
Os equipamentos de impacto podem ser extremamente simples, como soquetes manuais e sapos mecânicos. Também podem ser usados pesos lançados por guindastes. Os equipamentos vibratórios são utilizados para solos granulares (areia, pedregulho, enrocamento). O equipamento mais comum é o rolo liso vibratório. O tipo de solo é utilizado na escolha das características do rolo. Por exemplo, rolos mais pesados e com baixa vibração são utilizados para pedregulhos e enrocamentos, ao contrário, para areias são usados rolos mais leves e com frequência de vibração maior. 3.3. Compactação: Exercícios Os dados obtidos em um ensaio de compactação na energia do Proctor Normal são representados na tabela a seguir. a) Desenhar a curva de compactação, indicando o peso específico aparente seco máximo e a umidade ótima; b) Determinar o grau de saturação no ponto máximo da curva (considerar o peso específico real dos grãos do solo igual a 26,5 kN/m3); c) Representar no mesmo gráfico a curva de saturação e a curva de mesmo grau de saturação correspondente ao item anterior; d) Representar de forma aproximada uma curva de compactação obtida se utilizada propositadamente uma maior energia de compactação; e) Indicar entre que valores de umidade de compactação e que valor mínimo de pesos específicos secos devem ser obtidos para a construção de um aterro com este solo, cuja especificação de projeto indica: GC = 95% e (wót – 2%) < wcomp. < (wót + 1%). O cilindro possui massa de 5,6 kg, diâmetro 15,2 cm e altura 11,35 cm.
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42
4.
Granulometria
A
Curva
Granulométrica
é
a
representação
gráfica
da
distribuição
granulométrica do solo. •
abscissa → diâmetros dos grãos
•
ordenadas → porcentagens, em peso, dos grãos de diâmetros inferiores
aos da abscissa correspondente. Ensaios (NBR 7181/84) •
peneiramento
•
sedimentação % %
=
. 100% .100%
Porcentagem Acumulada → É a soma dos percentuais retidos nas peneiras superiores, com o percentual retido na peneira em estudo.
4.1. Peneiras
4.1.1. Representação das peneiras
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4.2. Frações Limites •
Pedregulho de 4,8 mm a 7,6 cm
•
Areia grossa de 2,0 mm a 4,8 mm
•
Areia média de 0,42 mm a 2,00 mm
•
Areia fina de 0,05 mm a 0,42 mm
•
Silte de 0,005 mm a 0,05 mm
•
Argila inferior a 0,005 mm
4.3. Coeficiente de uniformidade (CUN) •
Cun (U) < 5 → solo uniforme (mal graduado)
•
5 < Cun (U) < 15 → solo medianamente uniforme (medianamente graduado)
•
Cun (U) > 15 → solo desuniforme (bem graduado) = Exemplo:
!"# !$#
4.4.Coeficiente de Curvatura (CC)
Fornece a idéia do formato da curva permitindo detectar descontinuidades no conjunto. =
!%# ² !"# . !$#
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4.5. Granulometria: Exercícios
1)
Segundo a ABNT como se classificam os solos grossos?
2)
Segundo a ABNT como se classificam os solos finos?
3)
O que é um solo graduado e mal graduado?
4)
Em que o consiste o coeficiente de uniformidade?
5)
Calcule: as porcentagens de solo de cada curva e nomeie, CC e CUN.
a)
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b)
c)
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d)
6)
Represente no gráfico:
a) Solo argilo siltoso b) Solo arenoso c) Solo silto argiloso
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5 - Limites de Liquidez e Limites de Plasticidade
Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos. O comportamento de partículas de minerais de argila difere devido à estrutura mineralógica. A forma prática de identificar a influência das partículas argilosas, é feita pela determinação dos ditos Limites de Atterberg, adaptados e padronizados por Arthur Casagrande.
Limite de Liquidez (LL) - teor de umidade no qual o solo começa a se comportar como um líquido, ou seja, flui. Limite de Plasticidade (LP) - teor de umidade no qual o solo começa a comportar como um material plástico. Limite de Contração (LC ou LR) - teor de umidade a partir do qual reduções da umidade não acarretam redução de volume da amostra
5.1 – Ensaio de Limite de Liquidez - NBR 6459
Atterberg definiu o limite de liquidez em termos de uma técnica de laboratório que consiste em colocar os solos misturados com água em uma concha, fazendo no solo uma ranhura. Em seguida, a concha é golpeada contra uma superfície dura até fechar a ranhura num determinado comprimento. O solo tem a umidade correspondente ao limite quando as bordas inferiores da ranhura se tocam num determinado comprimento, após certo número de golpes. Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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A necessidade de normalizar o processo para a determinação do limite de liquidez levou Casagrande a elaborar um aparelho que pudesse ser utilizado em todos os laboratórios, de uma maneira padronizada, minimizando a influência do operador sobre o resultado obtido, este aparelho leva o nome de “APARELHO DE CASAGRANDE”. Este aparelho consiste de uma calota de latão que conterá o material e que cairá sobre uma base sólida (ebonite), queda provocada por um excêntrico ligado a uma manivela, à qual se dá um movimento de rotação. São colocados 70g de solo, que passa na peneira com abertura igual a 0.42 mm, homogeneizada com água até formar uma pasta, na calota do aparelho. Com o cinzel abrira-se uma ranhura no centro da calota. Gira-se a alavanca na velocidade de 2 revoluções por segundo, conta-se o números de golpes da calota, necessários para obterse o fechamento da ranhura em 1 cm entre as paredes inferiores. Convém na 1ª determinação com a pasta que seja necessária mais de 25 golpes para o fechamento da ranhura. Acrescentando-se água ao solo repete-se o processo anterior pelo menor 3 vezes. Dessa maneira resulta 4 pares de valores umidade x n.º de golpes que, colocadas no gráfico semi logarítmico com o n.º de golpes no eixo logarítmico, se alinham numa reta. O limite de liquidez é então obtido como sendo a umidade correspondente a 25 golpes.
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Após o ensaio lançam-se os pontos experimentais obtidos, num gráfico “Teor de Umidade X log (n.° de golpes)”. Ajusta-se uma reta passando por esses pontos. O limite de liquidez corresponde à umidade para a qual foram necessários 25 golpes para fechar a ranhura.
5.2. – Ensaio de Limite de Plasticidade - NBR 7190
Corresponde a um teor de umidade mínimo no qual a coesão é pequena para permitir deformação, porém, suficientemente alta para garantir a manutenção da forma adquirida.
Para determinação do limite de plasticidade são usados 50,0g de material passando na peneira com abertura igual a 0.42 mm. Desse material homogeneizando com água até adquirir característica plástica, toma-se cerca de 15,0g e sobre uma placa de vidro, procura-se fazer pequenos cilindros de solo com 3 mm de diâmetro e cerca de 10 centímetros de comprimento, rolando o solo entre a mão e a placa de vidro até que o Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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cilindro apresente as primeiras fissuras. A umidade desse material é definida com limite de plasticidade do solo ensaiado. A operação do ensaio é repetida pelo menos 5 vezes. Os valores obtidos de umidade serão considerados satisfatórios quando, de pelo menos três, nenhum deles diferir da respectiva média de mais de 5%. O limite de plasticidade será o valor médio de pelo menos três valores de umidade (teores de umidade) considerados satisfatórios. Se não for possível obter o cilindro com 3 mm de diâmetro, a amostra deve ser considerada como não apresentando limite de plasticidade (NP).
5.3. Indice de Plasticidade
Os solos costumam ser tanto mais compressíveis quanto maior seu LL. O IP permite comparar a compressibilidade entre tipos diferentes de solo
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5.4. Limites de Liquidez e Limite de Plasticidade: Exercícios
1)
Na determinação do Limite de Liquidez de um solo, de acordo
com o Método Brasileiro NBR 6459, foram feitas cinco determinações do número de golpes para que a ranhura se feche, com teores de umidade crescentes como na tabela a seguir. Qual o Limite de Liquidez do solo ensaiado?
6.
Tensões nos solos Os solos são constituídos de partículas e forças aplicadas a eles são transmitidas
de partícula a partícula, além das que são suportadas pela água dos vazios. Nos solos, ocorrem tensões devidas ao peso próprio e às cargas aplicadas.
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6.1.
Tensões geostáticas
Para estudar o comportamento do solo utilizam-se equações constitutivas, que relacionam as tensões, deformações e o tempo. Assim, é possível dar um tratamento matemático a problemas que envolvem o comportamento do solo quando submetido a cargas aplicadas, incluindo seu peso próprio. Os projetos de fundações e contenções são analisados separando-se, ainda que artificialmente, a deformação da ruptura. Na realidade, qualquer estrutura quando é solicitada passa a deformar até que atinja a ruptura. Antes de romper, considera-se que a estrutura está sendo solicitada em condições de trabalho e a solicitação é limitada em função da máxima deformação que a estrutura pode sofrer, sem que sejam prejudicadas as condições de utilização da mesma. A estrutura deve ser segura e parecer segura. Na cidade de Santos, por exemplo, onde os prédios sofrem grandes deformações devido à camada de argila mole orgânica existente abaixo da camada de areia - na qual as fundações são apoiadas - os limites de utilização foram ultrapassados largamente. Neste caso, embora a camada de argila esteja com coeficiente de segurança apropriado em relação à ruptura, as deformações sofridas por esta camada provocam inclinação dos edifícios em até aproximadamente 2,5º, gerando uma sensação de desconforto e insegurança muito grandes. Uma análise que considere concomitantemente os problemas de deformação e de ruptura só é possível com a utilização de sofisticados métodos numéricos, difíceis de serem utilizados no dia a dia da engenharia. Nos problemas de deformação são determinadas as deformações do solo e da estrutura quando submetidos a um carregamento qualquer, porém muito inferior ao que possa provocar a ruptura. Um exemplo típico é o cálculo de recalques. Nos problemas de ruptura não há preocupação com as deformações, mas somente com a capacidade que o solo tem de resistir às solicitações impostas, sem romper. Nos cálculos de deformações, trabalha-se com pequenas deformações e por isto pode ser utilizada a teoria da elasticidade, enquanto nos cálculos de estabilidade (possibilidade que o solo tem de resistir às solicitações impostas) utiliza-se a teoria da plasticidade. Estas duas teorias consideram o solo um meio contínuo. Na realidade, os solos são constituídos por partículas e a tensão aplicada é transmitida por meio de forças, partícula a partícula. Ao sofrer solicitações o solo irá se deformar, modificando seu volume e sua forma inicial. O nível de deformação dependerá das propriedades
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mecânicas do solo e do carregamento aplicado. O estado de tensões no maciço depende do peso próprio, da intensidade da força aplicada e da geometria do carregamento. A transmissão das tensões ocorre por áreas muito reduzidas. Ao longo de um plano passando pelo solo, os esforços podem ser decompostos em componentes normais e tangenciais (conforme mostrado na Figura 1):
Figura 1- Tensões de contato nos grãos Nos contatos, as tensões podem ultrapassar 700 MPa que são muito maiores que as tensões totais. Na engenharia, as tensões são normalmente inferiores a 1MPa. O estado de tensões no solo obedece a um conjunto de equações de equilíbrio, compatibilidade e às leis constitutivas do material. Em alguns casos a própria distribuição de tensões devido ao peso próprio pode ser complexa, dependendo da geometria do terreno.
6.1.1. Tensão total - σv
No caso particular de terrenos planos e horizontais com camadas de solo também horizontais e sem carregamento externo, os cálculos das tensões tornam-se bastante simples. Não existirão tensões cisalhantes nos planos horizontal e vertical. A tensão total vertical é calculada pelo peso de solo acima da profundidade considerada. Caso o peso específico seja constante com a profundidade (uma única camada), a tensão vertical será dada por:
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Quando o terreno é formado por várias camadas de solo com diferentes pesos específicos (estratificado), a tensão vertical total resulta do somatório das parcelas de cada camada:
onde: zi e γi são as espessuras das camadas e os pesos específicos, respectivamente. 6.1.2. Pressão Neutra - µ (pressão da água dos poros): A pressão neutra ou poro-pressão é a pressão na água dos vazios do solo e é dada pela carga piezométrica da lei de Bernoulli. Quando há um nível d’agua sem fluxo a pressão neutra (u) será a pressão hidrostática e é dada por:
sendo: γw – o peso específico de água (10kN/m³ ou 1gf/cm³) e; zw – a altura da coluna de água.
6.1.3. Tensão Efetiva É a tensão suportada pelos grãos do solo, ou seja, é a tensão transmitida pelos contatos entre as partículas. O princípio das tensões efetivas é dado por: '( = '( ) *
(Principio das tensões efetivas de Terzaghi) sendo: '( - a tensão efetiva '( - a tensão total e u - a poro-pressão.
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6.2.Distribuição de tensões devido a aplicação de cargas
σ0= tensão devida ao peso próprio do solo; ∆σ1= alívio de tensão devido à escavação; ∆σ2= tensão induzida pelo carregamento “q”. Ao se aplicar uma carga na superfície de um terreno, numa área bem definida, os acréscimos de tensão numa certa profundidade não se limitam à projeção da área carregada. Nas laterais da área carregada também ocorrem aumentos de tensão, que se somam às anteriores devidas ao peso próprio.
6.2.1. Carga pontual
Solução de Bussinesq
A
distribuição
de
tensões
devido
a
uma
carga
pontual
aplicada
perpendicularmente à superfície do terreno é conhecida como solução de Bussinesq. As hipóteses desta solução são: · maciço homogêneo, isotrópico e continuo · comportamento elástico linear · variação de volume do solo é desconsiderada
3- 0 % 3 ∆'( = . 1 2/ 1 2
03
²
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6.2.2. Carregamento uniformemente distribuído sobre placa retangular Newmark apresentou uma solução para determinar a tensão vertical induzida no canto de uma área retangular uniformemente carregada.
Figura 2 – Placa retangular uniformemente carregada
A expressão é longa, por isso utiliza-se um fator de influência Iσ:
'0 = . 4'
O fator de influência Iσ é função da área carregada e da profundidade. Existem ábacos (como o da figura 3) que fornecem o fator de influência. São definidas as seguintes relações com os parâmetros m e n, sendo a > b:
5 0
0
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Figura 3 – Ábaco de Newmark
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6.2.3. Carregamentos uniformemente distribuídos sobre placa circular Quando o carregamento é uniformemente distribuído sobre uma placa circular pode-se usar a solução de Love que permite calcular a tensão em qualquer ponto de um semi-espaço infinito. Existem ábacos e tabelas (Fig. 4) com dados de entrada z/r e x/r para calcular quando o ponto a ser calculado está fora do eixo, onde z é a profundidade,
1
r é o raio da placa e x é a distância horizontal em relação ao centro da placa.
4' = 61 ) 7 @A : 3 ? 81 + 9 < = '0 = . 4'
;
>
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Figura 4 - Carregamento uniformemente distribuído sob uma área circular.
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6.3. Tensões: Exercícios
1)
Para o perfil geotécnico abaixo, determine: a) o acréscimo de tensão
vertical para um depósito circular nas profundidades indicadas; b) a tensão efetiva final aos 7,5m e aos 90,0 m de profundidade.
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2)
Calcular a tensão induzida por uma carga pontual de 1500 tf a um ponto
situado a 5 m de profundidade afastado 5,3 m da aplicação da carga.
3)
Calcular a tensão induzida (pressão transmitida) por uma carga circular
(raio de 5 m) com 100 kN/m2 a pontos situados a 5 m de profundidade, sob o centro da placa e afastado a 6m do centro da placa.
4)
Calcular o acréscimo de tensão produzida pela placa da figura abaixo,
carregada com 78 kN/m2, a um ponto situado a 5 m de profundidade abaixo do ponto O, indicado na figura, sabendo-se que a1 = 3 m; a2 = 4 m; b1 = 1 m; b2 = 2 m;
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5)
Dada a situação da planta abaixo, calcule o acréscimo de tensão devido a
sapata carregada com 480 kN/m2 a 5 m de profundidade no ponto A.
6)
Calcular o acréscimo de pressão causado por uma placa circular, com 5
m de diâmetro, carregada com 20 t/m2, em pontos situados sob o seu eixo, a 2,5; 5,0 e 10,0 m de profundidade e traçar o respectivo diagrama.
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7)
Dada a placa circular em forma de anel, abaixo representada, calcular o
acréscimo de pressão nos pontos A, B, C e D indicados, situados a 2,5m de profundidade.
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8)
Determinar a variação de pressão à profundidade de 4,0 m provocada por
uma placa circular com 8,0 m de diâmetro, carregada com 724 toneladas, conforme indica esquema abaixo e traçar o respectivo diagrama.
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9)
A sapata mostrada na figura está submetida a um carregamento uniforme
de 250 kN/m2 na área hachurada e de 150 kN/m2 na área restante. Determinar a intensidade da tensão vertical no ponto A a 3,00m de profundidade, usando a equação de Newmark para CARGA RETANGULAR UNIFORMEMENTE DISTRIBUIDA.
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10)
Calcular o acréscimo de carga sobre o ponto F, situado a 10m de
profundidade, provocado pelos carregamentos transmitidos ao terreno pelas obras A, B e C, cujas características estão indicadas abaixo.
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11)
Traçar o diagrama de acréscimos de pressões no plano situado a 2,0m de
profundidade, até a distância horizontal igual a 5,0m (fazer cada metro), quando se aplica na superfície do terreno uma carga concentrada de 1300 kN.
12)
Calcule o acréscimo de tensão vertical no ponto A, induzido por um
carregamento de 20 t/m2 aplicado na superfície da área retangular, mostrada na figura abaixo. O ponto A situa-se a 2,4m de profundidade.
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13)
Uma placa em forma de anel transmite uma carga uniforme de
500kN/m2. Determinar os acréscimos de tensões induzidas nos pontos A e B indicados, situados a 2,5m de profundidade.
15) Uma carga concentrada de 2250kg age na superfície de uma massa de solo homogênea de grande extensão. Encontrar a intensidade das tensões na profundidade de 15m: a) Diretamente abaixo do ponto de aplicação da carga b) A uma distância horizontal de 7,5m do ponto de aplicação.
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Anexo A: Modelo de Relatório EMPRESA RESPONSÁVEL:
N.º DOCUMENTO:
TMPE-201710/02 CATEGORIA:
LAUDOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA ESTRUTURAL DATA EMISSÃO:
ÁREA DE ATIVIDADE:
ENGENHARIA DE PROJETOS NBR-6118
08/10/2017
EMPREENDIMENTO: ENDEREÇO DA OBRA:
CENTRO BENEFICENTE ESPANHOL
RUA 13 DE MAIO, Nº 3072, CENTRO, CAMPO GRANDE – MS. ELABORAÇÃO:
RESPONSÁVEL TÉCNICO:
RUA GENERAL GENTIL MARCONDES, 58 – VILA PARATI CEP: 79.081 – 550 CAMPO GRANDE-MS BRASIL
ENGENHEIRO CIVIL TALLES TAYLOR DOS SANTOS MELLO CREA: 26047-D/MS
TEL:+55 (67) 9940-9427 www.tallesmello.com.br
EQUIPAMENTO:
OBJETIVO:
LAUDO TÉCNICO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL DO ÉDIFICIO
N/A
LOCALIZAÇÃO:
LATINO AMERICANO ÍNDICE GERAL 1. 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6
Expedição
Data Execução Verificação Aprovação
RELATÓRIO INSPEÇÃO ELÉTRICA OBJETIVO DATA E HORÁRIO DA INSPEÇÃO DADOS GERAIS NORMAS DE REFERÊNCIA DESCRIÇÃO CONCLUSÃO
original
Rev. A
Rev. B
Rev. C
Rev. D
Rev. E
Rev. F
Rev. G
Rev. H
03/10/2017 03/10/2017 03/10/2017 03/10/2017
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1.
RELATÓRIO INSPEÇÃO DA ESTRUTURA 1.1 Objetivo: O presente laudo tem por finalidade a verificação da estrutura do empreendimento IFMS. 1.2 Data e Horário da Inspeção:
Início Inspeção Término Inspeção
Data 01/10/2017 01/10/2017
Hora 08:00 10:00
1.3 Dados gerais: Proprietário CENTRO BENEFICENTE ESPANHOL Endereço RUA 13 DE MAIO, Nº 3072, CENTRO, CAMPO GRANDE-MS. Local LATINO AMERICANO 1.4 Normas de Referência: Norma Regulamentadora Brasileira – NBR6118 Norma Regulamentadora Brasileira – NBR8681 Norma Regulamentadora Brasileira – NBR15575-1 1.5 Descrição:
Conforme vistoria realizada “in loco” as instalações do referido prédio foram verificadas e analisadas, afim de averiguar se as mesmas se encontram dentro das Normas Técnicas Brasileiras. Não foi encontrada nenhuma irregularidade nas instalações que pudessem ocasionar algum tipo de sinistro. Toda a estrutura incluindo laje, vigas, pilares e estruturas metálicas, estão dimensionados corretamente para suas finalidades, não apresentando riscos como trincas, fissuras ou carbonatação da estrutura. Todas as instalações estão de acordo com as Normas Técnicas Brasileiras (NBR´s). 1.6 Conclusão:
Portanto, concluo, que a estrutura do prédio acima descrito não apresenta riscos de sinistros, estando em condições seguras de uso.
......................................................... Eng. Talles T. S. Mello CREA 26047-D/MS
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Anexo B: Ensaio Táctil Visual Aparelhagem necessária para o ensaio: 1º Peneira Nº 10 (2,00 mm) e Fundo. 2٥ Um Almofariz pequena com soquete; 3º Uma Proveta graduada de 500 Ml; 4º Um Becker 200 Ml / 250 Ml; 5º Uma bisnaga de água; 6º Uma colher média; 7º Um cronômetro / relógio; OBS: A amostra ao retirar seca-se ao ar, caso no laboratório estufa em 105ºC a 110 ºC, observando, as areias não forma torrões as outras tem que obter torrões para o ensaio do Becker e da resistência a seco, 2 torrões pequeno antes de passar na 10 (2,00 mm), para outros ensaios a seguir: Finalidade do ensaio *Reconhecimento do solo em campo: *Seis ensaios para definição. 1º Teste: Reconhecimento Visual ao tato: Nesse ensaio formam-se duas classificações, Areia ou Argila. - Coloca-se a amostra entre os dedos indicador e polegar, e faz uma flexão para ver se é áspera, após coloque de 2 a 3 pingos de água, flexione e verifica, se continuar áspera é Areia, caso vire uma pasta de sabão escorregadia, é Argila. Resposta: Areia. 2º Teste: Sujar as Mãos. Coloque na palma da mão um pouco de amostra e pingue algumas gotas de água flexionando para formar uma pasta na mão; após vai a torneira deixa escorrendo um filete de água e com a palma da mão inclinada vai e volta em sentido horizontal. Esse teste da direito a 3 classificações, Areia, Silte e Argila. 1º Classificação: Nessa primeira passada na água não soltar nada, descarta se a Areia. 2º Classificação: Na segunda passada com a ponta do dedo indicador flexione de leve na água corrente em direção horizontal vai e volta, caso limpe a mão é Silte. 3º Classificação: Se a caso continua impregnado na palma da mão, faça novamente a flexão mais forte e faça a mesma coisa em direção horizontal vai e vem em baixo da água, limpando é Argila. Resposta: Argila 3º Teste: Desagregação do solo: Use um Becker de 200 Ml e um pequeno torrão da amostra, coloque no fundo do Becker e aplica-se água com a Bisnaga na parede do Becker até que cubra a metade da amostra, notando que a amostra não se desmanche, se desmanchar lentamente é Argila, caso a amostra se desmanche rápida é Silte. Lembrete: As areias não formam torrões. Resposta: Silte 4º Teste: Dispersão do Solo: Na proveta 500 Ml de água, coloque + ou – 3 colheres média do material passado na peneira 10 (2,00 mm), e faça durante 1 minuto no cronômetro movimentos para cima e para baixo e em seguida coloque a proveta em um local plano. Esse teste dá se 3 classificações: Areia, Silte ou Argila. Após colocar a proveta em um local plano acione o cronômetro. De 15 a 30 segundos: é Areia. De 30 segundos a 1 minuto: é Silte. Após 1 minuto: é Argila. 1 – Areia decanta rápida; 2 – Silte fica turva, clareando; 3 – Argila permanece barreada; Resposta: Argila. 5º Teste: Resistência do Solo: Prof Talles Mello – www.tallesmello.com.br /
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Pegue outro torrão + ou – do tamanho de uma bolita, feche a mão e coloque o torrão em cima é pressiona com o dedo polegar. 1º Quebrando em várias partes: é Silte. 2º Não conseguindo quebrar: é Argila. Obs: Esse ensaio são 2 testes. Resposta: Silte. 6º Teste: Mobilidade da água Intersticial (Sheik Teste). Da amostra passada na peneira 10 (2,00mm), faça uma bolinha do tamanho de uma bolita, coloca na palma da mão e faz um tipo de concha e coloca umas 3 gotas de água e com a outra mão dá um leve toque batendo com a outra mão para que a bolinha da amostra esteja embebida e aparece o brilho total, pegue a amostra com o dedo polegar e o indicador, faça uma leve compressão, caso a água (Brilho) desaparecer rápida é Areia, e continuandopressionando um pouco mais forte e demorar um pouco mais é Argila. Obs: Esse teste tem 2 classificações: Areia ou Argila. Resposta: Argila. OBS: ESSA AMOSTRA ENSAIADA FOI CLASSIFICADA EM ARGILA SILTE ARENOSO – COR AMARELADO, HOUVE: 3 ARGILAS, 2 SILTE E UMA AREIA.
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