Como Interpretar um Boletim de Análises Clínicas

3 História – Diabetes Os médicos passaram a usar a prática de meter o dedo dentro do penico, para provar a urina dos doentes. Como Interpretar...

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Como Interpretar um Boletim de Análises Clínicas

Cristina V. Almeida

Como Interpretar um Boletim de Análises Clínicas

Análises Clínicas -

Definição

Conjunto de exames e testes, realizados normalmente a pedido do médico, executados em laboratórios de análise clínica. Os produtos biológicos mais comuns para exame são: sangue, urina, fezes e expectoração. No entanto em ambiente hospitalar poderá ser encontrado ainda: liquido sinovial, pleural, céfalo-raquidiano, pús, etc.

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História – Diabetes Foi no ano 70 da Era de Cristo que o médico Areteu da Capadócia, na Grécia, descreveu a doença DIABETES, palavra grega que quer dizer sifão! O grande médico observou que a diabetes era a doença dos quatro Pês: - Apesar dos diabéticos comerem muito (polifagia), - Terem muita sede (polidipsia), - Beberem muita água e produzir muita urina (poliúria), - Cada vez ficavam mais fracos e emaciados (poliastenia) e entravam quase sempre em coma antes da morte.

http://www.dightonrock.com/diabetes_historia1.htm

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História – Diabetes Desde Areteu -- num período de 1600 anos -- a medicina não adiantou mais nada sobre o estudo da diabetes. Só em 1670 é que o médico inglês Thomas Willis descobriu, provando a urina dos diabéticos, que ela era "muitíssimo doce, cheia de açúcar". Cinco anos mais tarde o Dr. Mathew Dobson verificou tratar-se realmente de açúcar. Thomas Willis

Em 1815 o médico M. Chevreul confirmou que o açúcar específico na urina dos diabéticos era a glucose.

Michel-Eugène Chevreul

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História – Diabetes Os médicos passaram a usar a prática de meter o dedo dentro do penico, para provar a urina dos doentes.

Desde essa altura a doença passou a chamar-se "diabetes açucarada" ou "diabetes mellitus". A palavra "mellitus" é latina e quer dizer "mel ou adocicado".

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História – Teste de gravidez A antiga caça aos sapos Nos anos 50, 60, para se fazer o exame de gravidez, o bioquímico precisava de sapos machos!

O fundamento do exame é que o hormona da gravidez (ßHCG) estimula o sapo a liberar espermatozóides!

- A urina da paciente era injectada na bexiga do sapinho. - Após um período, a urina do sapo era recolhida. - Se houvessem espermatozóides na urina do sapo, significava que a mulher estava grávida!

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Desde então …

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Laboratório de Análises Clínicas – século XXI

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Ligação entre Clínica e o Laboratório Análises Clínicas Questão Clínica ?

Resposta do Laboratório

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Objectivo das Análises Clínicas 1. Despiste (screening) de doenças PSA ----- para o cancro da próstata

2. Ajuda no Diagnóstico Glicose ------ diagnóstico da diabetes

3. Prognóstico colesterol ---- risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares

4. Monitorização: Permitem seguir a evolução da doença: glicose -------- diabetes hemoglobina ----- anemia marcadores tumorais ----- remissão com o tratamento

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Boletim análises Clínicas É um relatório resumido usado para transmitir, de forma sucinta e esquemática, os resultado de uma análise ou teste laboratorial.

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Análises Clínicas mais comuns: HEMATOLOGIA: hemograma com plaquetas, VS HEMOSTASE:TP e APTT (análises de coagulação) BIOQUÍMICA: Glicose, Ureia, Creatinina, Ác. Úrico,

Colesterol Total, Colesterol- HDL, Triglicérideos, GOT,GPT, Gama-GT, Bilirrubinas, Proteínas totais, Electroforese, Urina tipo II, Pesquisa de sangue oculto nas fezes

ENDOCRINOLOGIA: PSA, TSH, T3, T4 BACTERIOLOGIA: Bacteriológico de urina,

Parasitológico de fezes

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Como interpretar um boletim de análises clínicas?

Variáveis: 1. 2. 3. 4.

Utente Condições de colheita Tipo de colheita / amostra Tipo de técnica ( pesquisa / doseamento)

5. Valores de referência

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1. Utente: - Sexo - Idade - Situação clínica e medicação actuais - História clínica / Gravidez - História familiar - Hábitos tabágicos - Seu “perfil normal”

1.Utente: Idade - Há profundas alterações dos parâmetros analíticos no primeiro mês de vida - Vários resultados analíticos variam com a idade até à fase da puberdade. •fosfatase alcalina •colesterol •lactato desidrogenase

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1.Utente: Gravidez Alteração das concentrações: Aumenta: - colesterol - triglicerídeos - fosfatase alcalina Diminui: - azoto ureico

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1.Utente: Stress Alteração das concentrações das • catecolaminas e • glicose

Recomenda-se que o doente esteja calmamente sentado 15 minutos na sala de espera antes de realizar a colheita

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Variáveis: 1. 2. 3. 4.

Utente Condições de colheita Tipo de colheita / amostra Tipo de técnica ( pesquisa / doseamento)

5. Valores de referência

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2. Condições de colheita • • • • • •

Hora (manhã, fim da tarde) Jejum (glicose, triglicéridos) Após refeição Com medicação habitual (insulina, warfarine) Posição (acamado) Com medicação temporária (ferro)

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2. Condições de colheita

Variáveis: 1. 2. 3. 4.

Utente Condições de colheita Tipo de colheita / amostra Tipo de técnica ( pesquisa / doseamento)

5. Valores de referência

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3. Tipo de colheita / amostra (depende tipo de análise pretendida) • • •

Sangue capilar (rastreio) Sangue venoso (doseamento) Sangue arterial (gases)

• • •

Urina sumária (qualitativa) Urina 24h (quantitativa) Urina asséptica ( avaliação microbiológica)

Variáveis: 1. 2. 3. 4.

Utente Condições de colheita Tipo de colheita / amostra Tipo de técnica ( pesquisa / doseamento)

5. Valores de referência

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4.Tipo de técnica

(depende do

objectivo da análise)

Qualitativo (Rastreio, Screening ou pesquisa) Detecção da presença ou não de determinada substância

Semi-quantitativo Avaliar se determinada substância se encontra acima ou abaixo de determinada concentração.

Quantitativo Determinar a concentração de determinado parâmetro analítico.

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Variáveis: 1. 2. 3. 4.

Utente Condições de colheita Tipo de colheita / amostra Tipo de técnica ( pesquisa / doseamento)

5. Valores de referência

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4.Valores de referência A interpretação dos resultados laboratoriais depende do intervalo de valores esperado como normal. Realizar medidas específicas num grande número de indivíduos, sem doença normalmente agrupados: •por idade e sexo, •nas mesmas condições e pelo mesmo método

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4.Valores de referência

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4.Valores de referência Quanto mais afastado estiver o resultado analítico dos valores de referência maior a probabilidade de se tratar de um processo patológico - 4,5% da população, embora saudável, apresenta valores fora do considerado normal. - Cerca de 1 em cada 20 pessoas normais terão valores fora dos considerados normais. O termo estatístico “normal” nem sempre é sinónimo de “ausência de risco” - Aumento de risco de doença cardiovascular com o aumento da concentração de colesterol, mesmo para os valores estatisticamente normais de colesterol.

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Exemplos de boletins de análise

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Obrigada!!!

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