Edição 42 Domingo, 20.10.2013 R$ 3,20 Pastor Isaltino

Isaltino Gomes Coelho Filho. Um homem com uma trajetória brilhante, bem como intensa, ensinou, alertou, divulgou a mensagem de Deus, e deixa saudades ...

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 20/10/13

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIII Edição 42 Domingo, 20.10.2013 R$ 3,20

Pastor Isaltino: saudades... Com o carinho merecido, O Jornal Batista homenageia o pastor Isaltino Gomes Coelho Filho. Um homem com uma trajetória brilhante, bem como intensa, ensinou, alertou, divulgou a mensagem de Deus, e deixa saudades com seus textos que falavam de um Deus que não estava preocupado com o modismo, mas com a essência. Conheça sua biografia e os 44 livros de sua autoria (págs. 12 e 13).

Curso de música do Seminário do Sul tem aprovação do MEC Oferecido há meio século pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, o curso de Licenciatura de Música agora tem autorização concedida pelo Governo

Alegria e Fé pode ser o segredo para chegar aos 108 anos com muita saúde e disposição Chegar aos 108 anos não é para qualquer um não. Imagina então, alcançar essa marca com a saúde física e mental em perfeito estado? Para irmã Leonídia Maria da Silva, moradora de Santo Antônio de Inhapim isso é simplesmente a história de uma vida de muito trabalho e alegria (pág. 06).

Federal. Dessa maneira, a sólida formação em música eclesiástica, agora soma-se a formação para a docência profissional da música (pág. 10).

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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Arina Paiva (Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: [email protected] Colaborações: [email protected] Assinaturas: [email protected] REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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omo prometido, nesta edição você encontra a merecida homenagem ao pastor Isaltino Gomes Coelho Filho. Nela você saberá um pouco da trajetória do pastor querido pelos leitores de O Jornal Batista. E uma das características deixadas pelo pastor Isaltino é a volta à essência. Ao ler seus textos, alguns poderiam achá-lo radical, ou atrasado no tempo, mas o que foi Recomendo! • Sou assinante há décadas, e não consigo entender, como um pastor batista faz tão pouco caso deste veículo informativo e doutrinário, de suma importância para o crescimento da obra do Senhor Jesus Cristo. Nenhum pastor batista deveria deixar de lado O Jornal Batista, pois considero de extremo valor, para quem quer estar por dentro daquilo que vai pelas igrejas, convenções, CBB e tudo mais. Quanto a mim, recomendo O Jornal batista a cada batista, visto ser “nosso”, e o que é nosso, deve ser prestigiado e valorizado, tanto como prestigiamos e valorizamos nossas famílias. Pastor Gustavo Neumann Marechal Cândido Rondon

deixado por seus textos é a busca pela verdadeira essência de cumprir a vontade de Deus. Mais do que andar no modismo, a essência do verdadeiro cristão deve ser querer fazer a vontade de Deus. Voltar à essência é viver num mundo corrompido, mas buscar a pureza vinda de Deus. É olhar o mundo com olhos críticos, buscando sempre ver a verdade de Deus. Como enfatizou

pastor Isaltino no texto que escreveu sobre a visita do Papa ao Brasil: “O Papa é simpático. E dispõe de um grande aparato midiático. É matéria que vende jornais e revistas. Mas não falou o que devia: que só Jesus Cristo salva”. Voltar à essência é lembrar do Cristo Salvador antes de reclamar da vida. É acreditar no cuidado e amor de Deus, bem como espalhar com ações esse cuidado e amor.

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

Eu escolho OJB • Em setembro de 1952 fiquei conhecendo este Jornal, na Igreja Batista em Ipanema, Minas Gerais, onde fui batizado no dia 4 de maio de

1948, pelo saudoso pastor Tito Eler de Matos. Lembro com saudade porque naquele tempo o Jornal Batista tinha grande aceitação, hoje com tristeza tenho lutado

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

É escolher os caminhos de Deus para viver, desde a roupa que vai vestir, qual palavra usar numa conversa, qual profissão seguir. Que seja pastor, músico, bailarina, advogado, médico, secretária, mas que seja na essência a vontade de Deus. Voltar à essência é viver com sede de Deus: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?” (Salmos 42.2). (AP) muito para conseguir algumas assinaturas. Infelizmente os membros das nossas igrejas estão mais interessados em ler os jornais seculares, do que o nosso querido Jornal. Por incrível que pareça já encontrei até pastor que não conhece este jornal, que tanto me faz bem. Eu não sou contra os jornais seculares, eu também gosto de ler, mas no caso de escolha eu fico com O Jornal Batista. Eu sou membro da Primeira Igreja Batista em Coronel Fabriciano, sou o único assinante. Fiz minha primeira assinatura em 1952. Estou com 84 anos e só vou parar de ler este jornal quando eu morrer. João Moreira da Silva Membro da PIB Coronel Fabriciano, MG

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GOTAS BÍBLICAS

NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Paulo Cezar Membro da Igreja Memorial Batista de Brasília

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erta feita, em breve discurso em minha igreja, disse que três coisas me provocam profunda emoção: criancinha, montanha e música. E expliquei o porquê disso. Relativamente à música, a razão é que ela me faz olhar para dentro de mim mesmo. Não entendo música que não provoque introspecção, prazer intelectual e, sobretudo, emocional. E, no caso do louvor a Deus, espiritual. Ouvir Haendel, Bach, Vivaldi e Mozart, principalmente estes e nesta ordem, no meu caso, além de elevar-me o espírito, provoca emoções que só a boa música sabe despertar. Quantas vezes, um simples acorde solto no desenrolar de tema musical faz nascer, instantaneamente, e explodir, algo interno, quase inexplicável, que suplanta até mesmo o senso estético e se impõe como enlevo e emoção! A boa música me faz isso. Cantei durante muitos anos em diversos coros das igrejas por onde tenho passado. Lembro-me da musicalização de um dos salmos de Davi. O compositor sacro deu ao poema uma interpretação melódica e harmônica de tal singeleza que, em determinado trecho, a modulação de passagem para um simples acorde era meu limite de autocontrole. A partir dali, tinha certa dificuldade de continuar cantando, em razão daquele fluxo espontâneo, vindo do fundo de meu baú de emoções, que me embargava a voz. Isto se repete, muitas vezes, durante o canto congregacional em minha igreja. Simples emoções de um velho e avô? Somente isto? Com certeza, não! Ouvi, recentemente, o som emitido por uma galáxia, situada há milhões de anos-luz, captado por certo radiotelescópio. É a antiga música do universo anunciando que Deus é o sublime compositor. Ele pôs boa música em tudo o que criou: no farfalhar dos ramos, no correr da brisa brejeira, no rugir soturno do furacão, no ribombar do

trovão, na flauta doce do rouxinol, no acalanto da mãe, no riso cristalino da criança. O universo é música. A criação é toda ela musical. Boa música! O nascimento do Salvador foi anunciado aos pastores por coro de milhares de anjos. Quem não gostaria de ter estado lá para ouvir? Um dia ouviremos... Deus habita no meio dos louvores, diz-se. Mas louvar não é apenas cantar. No cerimonial de muitos cultos há um item, específico, destacado: momento de louvor. Nessa hora cantam, geralmente, apenas corinhos. Se as demais partes constantes da ordem do culto, inclusive os hinos tradicionais e a mensagem, não forem louvor, este não será culto verdadeiro, completo em todos os sentidos. Louvor é expressão de reconhecimento da divindade e do senhorio de Deus, é demonstração de gratidão, é oferta de vida integral. Quer no templo, no lar, na rua, onde estivermos, seja em grupo ou individualmente, nossa vida deve ser um louvor a Deus. A música sacra há que ser a expressão desse viver. Nosso tempo pós-moderno, neste que Tom Sine chama MacMundo, tem relativizado o sentido da boa música. Relativizado e banalizado. Até mesmo em muitas de nossas igrejas. Nem sempre o pós-modernismo significa avanço e bom gosto. Com isto não quero dizer que não exista música popular, erudita ou sacra, de nível elevado em nossos dias. No cancioneiro brasileiro encontram-se joias raras, de valor inestimável. Em contrapartida, você há de concordar, no caso da música popular está sendo comum o uso de letras sem sentido ou intencionalmente de duplo sentido e baixo nível moral. É o mau gosto musical e a cínica falta de respeito impingidos à sociedade, e à saciedade, por manipuladores inescrupulosos da opinião pública, em ataques diuturnos, sistemáticos e massificadores. Outro desvio é a imposição de estilos musicais padronizados, que sufocam e deixam em desuso o sentimento e a cultura regionalistas. Será tática de marketing o vencer pela repetição, pelo

cansaço, pela falta de oferta de opções? Faça um teste: pergunte a muitos de nossos contemporâneos, particularmente aos mais jovens, se, por exemplo, sabem cantar o Luar do Sertão, as músicas de nosso rico folclore, os nossos hinos pátrios. E se gostariam de fazê-lo. Creio que a resposta muitas vezes será negativa (Tomara que eu esteja enganado!). Se assim for, a culpa cabe a eles, tão somente? Não! Antes de tudo, isso é fruto da massificação dita musical imposta em todas as mídias. O canto orfeônico deixou de ser matéria do currículo de nossas escolas. Entoar os hinos pátrios, parece, tornou-se o “maior mico”. O que tenho observado, fato incontestável, é a imposição, goela abaixo, de um gosto, no mínimo discutível, na maioria das atuais manifestações musicais. Parafraseando William Shakespeare, é muito barulho por nada. Na maioria de nossas igrejas o Cantor Cristão caiu em desuso. O HCC vai pelo mesmo caminho. Não posso ser contra o cantar corinhos, desde que não sejam apenas estes e que tenham lógica em sua mensagem. Muitos são de excelente qualidade, ternos e profundos em sua mensagem, acessíveis, de modo especial, às crianças. Muitos, porém, afrontam, clara ou despercebidamente, as doutrinas neotestamentárias que integram a declaração de fé dos batistas. A música de louvor é extraordinário meio de aproximação, ou reaproximação, da criatura com o Criador. E de convencimento que leva à conversão, porque toca, ao mesmo tempo, coração e mente. Louvo e agradeço o persistente empenho do irmão Rolando de Nassau em defesa da boa música em geral, e especialmente da sacra, entendida esta como a que deve ser entoada em nossos templos, em louvor a Deus. Como pais temos o dever de cultivar em nossos filhos o gosto pela música de qualidade, seja de que categoria for. Uma boa educação musical se inicia no recesso do lar. A boa cultura musical faz parte da formação de expressiva parcela de povos mais desenvolvidos.

Fraco, para abençoar os fracos

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apóstolo Paulo explica, de uma forma aparentemente inadequada, qual deve ser a atitude de empatia do cristão que pretenda ganhar vidas para Cristo. “Quando estou entre os fracos na fé, eu me torno fraco também a fim de ganhá-los para Cristo. Assim, eu me torno tudo para todos a fim de poder, de qualquer maneira possível, salvar alguns” (I Coríntios 9.22). Será que Paulo estará desrespeitando a ordem dada por Jesus “Que o ‘sim’ de vocês seja ‘sim’ e o ‘não’, ‘não’, pois qualquer coisa mais que disserem vem do Maligno” (Mateus 5.37)? O ensino de Jesus é sobre coerência e confiabilidade, nas conversas do cristão. No

ensino de Paulo, a ênfase é sobre a postura de empatia, no nosso esforço de dar testemunho de Cristo. Assim como Deus não é humano, mas usa linguagem humana, quando se revela aos seres humanos. Às vezes, a linguagem da Bíblia nos lembra um pai amoroso, explicando princípios complexos a crianças de entendimento imaturo. As fraquezas que Deus permite em nós é que nos capacitam a sentir a dor e a impotência que sempre enfrentamos, quando vemos as fragilidades das pessoas, nas tentativas, muitas vezes frustradas, de obedecer ao Senhor. Mas, graças a Deus, não somos nós quem convencemos: é o Espírito Santo (João 16.8).

Mas, se ela se inicia no lar, tem que continuar na igreja. Não apenas para simples retorno ao bons e velhos hinos evangélicos, de autores brasileiros ou não, mas, muito além e acima disto, porque nosso Deus, que nos dá de graça tudo o de melhor, merece um retorno na mesma medida. Música não é placebo. Música é remédio certificado

para o espírito. Música sacra é remédio certificado para a alma. Não existe para entrar por um ouvido e sair pelo outro. Existe para penetrar no fundo da mente e do coração, para fazer vibrar as cordas mais sensíveis da alma, para subir como cheiro suave ao Senhor. E até mesmo para embargar a voz de quem a escuta ou entoa. Pensemos, todos, nisto.

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PARÁBOLAS VIVAS João Falcão Sobrinho

Nilson Dimarzio Pastor, colaborador de OJB

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ão poderia ser mais sugestivo o tema proposto para a Campanha de Missões Nacionais para este ano. Sugestivo e desafiante, eis que viver para a glória de Deus é a meta prioritária do verdadeiro cristão. No dizer do teólogo João Calvino, em suas famosas Institutas da Religião Cristã, “O fim do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. O que se ajusta perfeitamente com a revelação divina, através do apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10.31). A Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, pela sua atuação abençoadora, desde 1907, demonstra vivenciar o tema proposto. Em seu trabalho meticuloso e produtivo, ela nos ensina que viver para a glória de Deus é atender o chamado divino para a conquista de vidas para Cristo e sair a campo, na dependência do Espírito Santo, visando atingir o objetivo colimado. O lema da Junta é conquistar a Pátria para Cristo através da pregação do evangelho, mas a sua atuação se espraia também para as áreas da educação e de assistência social, através dos grandes colégios mantidos no sertão, dos Orfanatos, onde são abrigadas crianças desamparadas. O programa de ação social da Junta promove a resocialização em vários âmbitos. Assiste menores em situação de vulnerabilidade social, marginalizados, presidiários e seus familiares, apoia grupos minoritários como surdos e ciganos, entre outras ações realizadas por meio das frentes missionárias espalhadas pelo país, sem esquecer a grande obra de evangelização e integração realizada entre os índios. Pelo vasto trabalho que realiza e pelas vitórias alcançadas, a Junta atravessa uma fase áurea de sua história.

Os 648 missionários espalhados pelo país, são homens e mulheres de Deus que, ao ouvir o chamado não se fizeram de rogados, mas, cada um deu a positiva resposta: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Isaías 6.8). Nomeados e orientados sabiamente pela Junta, esses valorosos obreiros têm sido uma bênção promovendo o crescimento do reino de Deus. Ao longo de sua história, dedicados servos de Deus têm atuado como secretários executivos, desde L.M. Bratcher, David Gomes e outros que muito contribuiram para o seu progresso. O atual Diretor Executivo é o pastor Fernando Brandão que, desde 2007, por sua dedicaçãoe eficiência conta com o apoio dos batistas brasileiros. Pelas grandes vitórias alcançadas em sua gestão, ele pode ser considerado o “The right man in the right place” (O homem certo no lugar certo). Deus o tem usado poderosamente, tanto na superação de obestáculos, quanto na ampliação do trabalho da Junta em todas as frentes. Haja vista, o que vem acontecendo na área de combate às drogas. Um gravíssimo problema que o poder público não consegue resolver, mas a Junta o vem enfrentando com coragem, determinação e, na dependência de Deus, alcançando sucesso. O flagelo do crack - uma das drogas mais mortíferas inventadas por Satanás para destruição da juventude - tem sido enfrentado corajosa e eficientemente pela JMN. As Cracolândias de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e outras cidades são transformadas em Cristolândias, onde os usuários da terrível droga encontram amparo, compreensão, ajuda material e espiritual. Centenas deles já foram libertados e hoje louvam ao Senhor que deu um novo sentido às suas vidas. Dezenas deles formam um Coral que tem edificado o povo de Deus em vários eventos denominacionais, inclusive durante a última Assembleia da CBB em Aracaju. Como é emocionante ouvi-los cantar e testemunhar

do poder transformador do evangelho em suas vidas! Porém, amados leitores, a obra missionária ainda está longe de sucesso absoluto. O Brasil é um país continental, e grande parte da sua população ainda vive sob o domínio da idolatria, do fetichismo, das religiões pagãs e da ignorância. A mensagem de L.M. Bratcher pouco antes de morrer ainda ressoa aos nossos ouvidos: “Ainda há muita terra para ser possuida”. Daí porque, a Junta de Missões Nacionais, não só para a mantença do seu trabalho, mas para a ampliação do mesmo, necessita das orações do povo batista e de recursos materiais e humanos. O número de missionários precisa ser aumentado, mas só o será mediante maior liberalidade das nossas igrejas. Infelizmente, há igrejas que não estão cooperando, realizando apenas o seu trabalho local, sem a visão dos campos brancos para a ceifa. O momento é, pois, de um despertamento espiritual voltado para as missões, no desejo de ver um maior número possível de vidas resgatadas do pecado. Jesus viu a desproporção entre a imensidão da seara e o diminuto número de obreiros. Daí o seu imperativo: “Rogai ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9.38). Onde estão os futuros obreiros para a seara do Mestre? Estão em nossas famílias, em nossas igrejas. E aqueles que se sentem chamados, devem atender prontamente e se prepararem para desempenho da grande missão, a mais importante que qualquer mortal pode realizar. Vem a calhar o apelo de um dos nossos hinos: “Oh, onde os obreiros pra trabalhar nos campos tão vastos a lourejar? A causa requer prontidão, vigor. Oh, quem quer ceifar com desvelo e ardor? Onde os obreiros? Oh, quem quer ir, nos campos tão vastos a escassez suprir? Quem quer decidir hoje a se entregar, e os frutos benditos arrecadar?” (Cantor Cristão, n°434).

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cuco é uma ave típica da Europa, conhecida pelo seu canto estridente, que pode ser ouvido a um quilômetro de distância e que anuncia a chegada da primavera. Os cucos emigram para o norte da África no inverno e retornam com o advento da primavera. Na sexta sinfonia de Beethoven, há um momento em que os moradores da vila caminham até o bosque e ficam em silêncio para ouvir o cuco. Ao ouvir o seu canto, o povaréu prorrompe em gritos, danças e abraços saudando a chegada da estação das flores. O inverno passou, é hora de começar a plantar a vida nos campos até então cobertos de neve. Não se iluda, porém, com o romantismo dos acordes da pastoral de Beethoven. O cuco é uma ave parasitária, que nada tem de romântico no seu cotidiano. Ele não constrói seu ninho como todas as aves, mas a fêmea põe os seus ovos nos ninhos de outros pássaros, tomando o cuidado de jogar no chão um dos ovos ou mesmo um dos filhotes já nascidos, para que os donos do ninho não desconfiem que sua casa foi invadida. O ovo do cuco leva doze dias sendo chocado e quando nasce, o filhote joga no chão os ovos ou as crias dos donos do ninho, passando a receber todas as atenções e alimentos dos pais adotivos. As aves cujo ninho foi invadido se desdobram para poderem alimentar o exigente filhote do cuco. Uma fêmea de cuco pode invadir vários ninhos alheios para depositar seus ovos, jamais colocando dois ovos no mesmo ninho porque ela sabe que se o fizer, um dos seus filhotes será expulso do ninho pelo outro. Ao ler sobre esses hábitos do cuco, logo me lembrei de que há, em nossas igrejas, muitos crentes que não constroem seus próprios ninhos espirituais, não são dizimistas, mas se aproveitam da fidelidade dos outros. Esperam que outros paguem as contas de água e luz para que eles tenham a sua aguinha gelada no verão; outros irmãos pagam o salário do pastor que eles possam ter assistência espiritual; outros que paguem

as despesas de zeladoria para que eles tenham bancos limpos onde sentar-se para assistir aos cultos. Não raro, esses crentes são os mais críticos e exigentes na administração do dinheiro da igreja. Em certa igreja, a equipe de louvor criou a maior quizumba na assembleia, exigindo que fosse aprovada a compra de novos instrumentos musicais. O tesoureiro da igreja, irmão muito respeitado, pediu a palavra e informou à igreja que até aquela data, nenhum dos componentes da equipe contribuía com um centavo sequer para o sustento da igreja. Eram os cucos de plantão, aves parasitas, querendo pôr seus ovinhos no ninho construído pelos outros. Um deles ainda argumentou dizendo que eles já estavam dando o seu trabalho de graça para a igreja, mas o tesoureiro sabiamente lembrou que os professores da EBD e outros obreiros também trabalhavam para a igreja como voluntários sem nada exigir senão a satisfação de poderem trabalhar para Deus. Na minha longa jornada denominacional, conheci “pastores cucos”, que invadiram ninhos já construídos para ali botarem os seus ideais ministeriais, muitas vezes jogando fora os filhotes que lá encontraram. Sem exceção, porém, esses ministérios invasores não prosperam porque, como dizia o querido irmão Rubens Freitas, “Tudo o que começa ruco-ruco, acaba truco-truco”. O problema não é novo, como podemos ler em Romanos 15.20, onde Paulo diz, em outros termos, que não quer ser um “missionário cuco”, edificando sobre fundamento alheio. O canto do cuco anuncia a chegada do tempo de alegrar-se, pois o gelo acabou e aí vem o verão. Aliás, o nome “primavera” vem do latim e significa “primeiro verão”. É o começo de uma época de luz, calor e festas, antes do outono, tempo de colher e aproveitar o que se plantou. O meu desejo é que não haja entre os meus leitores, nenhum “crente cuco” e nenhum “pastor cuco”, mas que todos sejam operosos em construir seus próprios ninhos, onde depositem os seus sonhos para o Reino de Deus.

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vida em família Gilson Bifano

Esse grupo de fugitivos peVilmar Paulichen Pastor e colaborador de OJB diu que o profeta orasse porque não sabiam o que fazer. uem nunca errou? De fato, a oração é bênção Podemos errar em todos os sentidos da nosfalando (Tg 3.2), sa vida, seja como gratidão, no uso do dinhei- intercessão ou súplica. Mas ro, no uso do tempo (Ef 5.16) aquelas pessoas tinham a ine até errar simplesmente por tenção errada; queriam uma ignorância (Sl 19.12). Ser resposta que se “adaptasse” humano é fato suficiente para ao coração deles. Sempre errar. Mas existem erros mais que alguém procura a Deus graves que outro, a ponto dessa forma, o resultado é fade ser fatal para nossa vida tal. A perfeição está na Palaespiritual. É a rejeição inten- vra de Deus e não no coração cional da vontade de Deus, humano. Nosso coração é tão depois de ter se comprome- complicado que precisamos da ajuda do Espírito Santo tido a obedecer. “Estejam certos disto: Eu para orar (Rm 8.26). A oração faz mal para quem hoje os advirto que vocês cometeram um erro fatal não tem certeza que Deus quando me enviaram ao Se- sempre está certo. Quem nhor, ao seu Deus, pedindo: pensa que Deus pode estar ‘Ore ao Senhor, ao nosso errado vive sofrendo, pois ao Deus, em nosso favor. Diga- saber o que deve fazer, deci-nos tudo o que ele lhe falar de seguir outro caminho, e e nós o faremos” (Jeremias isso significa seguir o engano do próprio coração (Jr 17.9). 42.19b,20). Para muitas pessoas, Deus O contexto da narrativa acima, no livro de Jeremias, diz não passa de mais um “conque apenas um remanescente sultor” dentre outros; os que de israelitas havia restado. se aproximam de Deus com Quem não morreu duran- esse pensamento, nunca chete a invasão de Jerusalém, gam a conclusão que não acabou sendo levado como existe outra fonte de verdade. prisioneiros à Babilônia, ou Sabem a vontade do Senhor, conseguiu fugir. O erro fatal mas vivem com o coração foi cometido por fugitivos (Jr cheio de razão, como se Deus 42.1-3). O problema daque- estivesse errado. Ignorar a les fugitivos é o problema de vontade do Senhor é um erro muitos incrédulos hoje, que fatal. Inevitavelmente terá que após saber qual é a vontade seguir a vontade do próprio do Senhor, preferem fugir, coração, de onde nasce o enporque não creem a ponto gano, as imoralidades sexuais, os roubos, os adultérios (Mc de obedecer.

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7.21,22). Feliz quem desconfia do próprio coração, e não teme contrariar a opinião da maioria (Sl 1.1). Quem se deixa dominar pelo próprio coração chega ao final da vida acumulado de fracassos. O ser humano tem pressa de ser feliz, mas não tem paciência para se dedicar a oração, e nem domínio próprio capaz de fazê-lo parar e pensar se sua escolha está certa. Consultar o Senhor é inútil sem fé e determinação de obedecer (Jr 44.16). Se você deseja saber qual é a vontade do Senhor, será inútil consagrar as mãos, pés, ouvidos e olhos à obediência, sem antes oferecer seu coração, pois dele depende toda a nossa vida (Pv 4.23). Transformação que não envolve o coração dura pouco. A transformação que começa no coração é essencial porque faz parte do plano do Senhor (Jr 31.33). No coração transformado pela Graça de Deus, o arrependimento e confissão têm mais valor do que o orgulho e a culpa (Sl 32.5). A vida dominada pelo pecado é cheia de fatalidades. A maior fatalidade é a morte. Mas quem tem a Graça de Deus, tem esperança eterna (Rm 6.23). Se você já sabe qual é a vontade do Senhor, então obedeça. Deus enviou seu Filho ao mundo (Jo 14.6), para nos livrar de cometer o erro fatal (Pv 16.25).

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o último artigo publicado nesta coluna, abordamos a importância dos pais não irritarem seus filhos. Alistamos várias situações em que isto pode acontecer. No mesmo versículo bíblico (Ef 6.4) o apóstolo Paulo afirma que, em contrapartida, os pais (pai e mãe) devem criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. A tradução Almeida, da Imprensa Bíblica Brasileira, usa as palavras “disciplina e admoestação do Senhor”. A NVI (Nova Versão Internacional) já usa “instrução e conselho do Senhor”. A palavra grega para doutrina, disciplina e instrução é “paideia”, que, em sua essência, indicava a disciplina usada para corrigir a transgressão da lei e ordenanças da família. No contexto da cultura grega denotava a um ideal de formação educacional, que procurava desenvolver o homem em todas as suas potencialidades, de tal maneira que pudesse ser um melhor cidadão. Pais que desejam criar filhos segundo as orientações bíblicas, apontadas pelo apóstolo Paulo, devem, então, valorizar a disciplina, apropriando o termo usado pela NVI. Na Bíblia encontramos recomendações claras para que os pais não se negligenciem a disciplina no processo da criação de seus filhos (Dt 8.5; Pv 3.11, 5.23, 6.26, 10.17,23.13; Hb 12.7,8). Pais precisam se conscientizar, de uma vez por todas, que seus filhos não somente precisam ser disciplinados, mas a desejam. Pais que não disciplinam seus filhos são desobedientes às orientações bíblicas. A disciplina acompanha, com certeza, a exortação, a instrução e o consolo. Alguns aspectos importantes sobre a disciplina: A dis-

ciplina é usada para corrigir e treinar a criança a seguir no caminho certo. Quando pais disciplinam seus filhos devem ter isto em mente. Embora seja difícil muitas vezes, o alvo da disciplina é ensinar os pequeninos a seguir os caminhos certos na vida (Hb 12.11). Há uma cena interessante no filme “Meu nome não é Jonny” que ilustra este ponto. Quando criança, João Guilherme Estrela, o personagem principal do filme, que na vida adulta é interpretado por Selton Mello, faz estourar uma bomba conhecida como “cabeça de nego” em plena sala. O pai, mesmo sabendo do perigo, não disciplinou. Pelo contrário, associou aquele fato, o estourar da bomba, ao gol do Vasco, time para qual torcia. Se tivesse disciplinado, provavelmente seu filho não teria trilhado o caminho das drogas e do tráfico. Uma outra verdade: Um pai que não disciplina seus filhos está deixando de demonstrar o seu amor para com eles (Hb 12.6; Pv 13.24). Pais que amam, disciplinam. Deus dá prova do seu amor, não somente por nos dar Jesus Cristo (Jo 3.16), que é a maior prova do quanto nos ama, mas também por nos disciplinar, enquanto filhos seus. A disciplina, segundo as orientações bíblicas, inclui o aspecto físico. Por mais que vejamos movimentos contrários à disciplina física, ela é recomendada nas páginas da Bíblia. Entretanto, alguns lembretes: Não deve levar a danos fisícos, deve ser adequada, moderada, benéfica, apropriada, controlada, corretiva e amorosa (Pv 22.15. 23.14, 29.15). A disciplina é a segunda coluna de sustentação para criar filhos, segundo Paulo. A outra é a admoestação, conforme refletiremos no próximo artigo.

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notícias do brasil batista

Alegria e Fé pode ser o segredo para chegar aos 108 anos com muita saúde e disposição

Alexandro Albino de Oliveira Pastor em Inhapim

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hegar aos 108 anos não é para qualquer um não. Imagina então, alcançar essa marca com a saúde física e mental em perfeito estado? Este é um desafio para a ciência e é o sonho de muita gente. Para irmã Leonídia Maria da Silva, moradora do distrito de Santo Antônio de Inhapim isso é simplesmente a história de uma vida de muito trabalho e alegria. Com os passos firmes, uma fala mansa, pensamentos em ordem e um sorriso cativante, ela leva sua rotina. Acorda, arruma a casa, faz comida, vai a igreja todas as quartas feiras e domingos e participa do grupo da 3ª Idade do distrito. Uma pessoa simples e amorosa. Irmã Leonídia é mãe de 13 filhos, avó de 80 netos, 79 bisnetos e alguns tataranetos. Nasceu em Tabuleiro do Pombo de Juiz de Fora, onde passou a infância com a família. Ela conta que chegou a conhecer a tataravó, que também passou dos 100 anos de idade. “Sou neta de nego da senzala, minha tataravó era mucama de sinhá. Foi ela que viveu mais da minha família, o resto, nenhum passou dos 100”, afirma. Ela conta que sua mãe era professora na fazenda onde moravam e que também frequentou a escola e aprendeu a ler e escrever. “Estudei o manuscrito, até o terceiro ano do manuscrito. Sei algumas coisas... Naquela época

Irmã Leonídea com seu bolo

a gente respeitava os professores, na hora da merenda a gente pegava o prato e as cozinheiras colocavam o que tinha e todos comiam satisfeitos, hoje menino quer escolher até o que comer. Sempre dei valor aos estudos e pedi a todos os meus filhos que estudassem”. Aos 17 anos, ela e o marido se mudaram para Inhapim, onde se casaram e tiveram os filhos. “A gente veio com o pessoal dos Rochas, trabalhamos muitos anos na fazenda deles, criei meus filhos lá, mas só depois de muitos anos é que arrumamos a nossa casinha aqui no Santo Antônio. Eu me lembro bem que aqui ainda nem era BR, era só uma estrada com muita plantação de batata ”, conta. A vida para irmã Leonídia nunca foi fácil, mas ela se orgulha de ter conseguido criar os filhos. “Era muito criolinho. Eu e o meu marido trabalhávamos demais na roça. Eu apanhava café, roçava e capinava. Já cheguei a trabalhar o dia inteiro comendo o resto de comida dos companheiros, mas para os meus “criolinhos” nunca faltou alimento. Naquela época não tinha muito arroz, mas sempre tinha um angu de fubá, um angu de banana, feijão ou uma canjiquinha”.

uma correia pendurada na sala e às vezes tinha que usá-la”. Os filhos cresceram e ela viu cada um seguir o seu caminho. “Alguns passaram uma vida mais difícil, outros seguiram por uma estrada mais tranquila. Criei ainda quatro netos e cuido até hoje da minha filha que tem problemas mentais. Ela tem 62 anos e mora comigo. Até hoje eu sou o socorro dos meus filhos e netos. Muitas vezes a gente diz que não vai ajudar, mas o coração não aguenta e acaba fazendo”.

Criação dos filhos Irmã Leonídia lembra que sempre tratava os filhos com muito amor, mas quando eles brigavam entre si, ela não hesitava em corrigi-los. “Não era de bater não, bastava um simples olhar para que eles ficassem quietos, mas tinha

Segredo da juventude No alto dos seu 108 anos, irmã Leonídia goza de uma saúde perfeita, sem qualquer doença típica da terceira idade. Ela explica que o único problema mais grave que teve foi uma queimadura nos braços e nas costas. “Foi há

Otimismo e conformação Para Irmã Leonídia, “Deus é o dono de todas as coisas, por isso sempre preferi ver o lado bom da vida e nas horas de tristeza, recorro ao Criador. Quando nascia um filho era uma grande alegria, mas quando um morre é como tivesse arrancado o meu coração, mas Deus sempre me deu força para superar as dores e também conformação para seguir a vida sem amargura”, declara. Dos 13 filhos, apenas cinco estão vivos. “Vi os meus filhos nascerem e morrerem e Deus vai me deixando aqui. Não posso reclamar da vida não. Tive uma vida muito boa”, comenta a centenária.

Pr. Alexandro e sua esposa Priscila e filha Ana Clara

pouco tempo... Estava fritando biscoito de polvilho e o meu casaco pegou fogo, fora isso, nunca tive nada”. Para gastar a energia, dona Leonídia frequenta o Grupo da Terceira Idade do distrito. Segundo a coordenadora do projeto, Marília Sales, ela é a grande animadora do grupo. “É sempre a primeira chegar e a última a sair. Ela vai conosco em todos os passeios que fazemos. Todos gostam da sua companhia e onde a gente chega ela faz amizade”. A agente de saúde do PSF de Santo Antônio do Inhapim, Aline da Silva, completa que “Dona Leonídia tem uma saúde de ferro. A gente acompanha a saúde dela e parece que ela tem 60 anos”. Elas contam ainda que no distrito, a centenária tem lugar garantido no coração da comunidade. “Desde que ela completou 100 anos, a comunidade e os familiares dela fazem a festa dela na rua”. De acordo com a jovem senhora de 108 anos, ela nunca bebeu e nem fumou, “mas sempre curti a vida com a minha família”. Mas qual será mesmo o segredo da jovialidade de dona Leonídia? O segredo ela disse não saber, mas acredita que a fé em Deus é a explicação para uma vida tão longa e boa. “Já fui católica, hoje sou evangélica, adoro participar da escola dominical, ficar vendo as crianças aprenderem a Bíblia, mas acredito em Deus acima de tudo e não falo mal de igreja nenhuma. Estou aqui até hoje porque Deus quer e quando

ele quiser me levar será a hora certa”, ressalta. Dona Leonídia ainda completou: “Quero morrer sorrindo, pois chorando eu já nasci”. Conversão e batismo No ano de 1981, alguns membros da Primeira Igreja Batista de Inhapim que estava sobre o pastoreio do pastor Eliel Genilhú, resolveram realizar um trabalho de evangelismo no bairro Santo Antônio, que é um bairro um pouco distante e muito carente. Na ocasião estavam presentes os irmãos: Silvo Rocha, Lizete Almeida, Maria Dutra, Lêda Lígia e a irmã Maria Genilhú que foi quem pregou naquela tarde. Ao ouvir a palavra de Deus irmã Leonídia entregou sua vida a Jesus juntamente com mais três pessoas de sua família, seu esposo ainda acamado também aceitou à Cristo e faleceu meses depois. No ano de 1982, irmã Leonídea foi batizada, tornado-se membro da Primeira Igreja Batista de Inhapim, na qual está “firme” até hoje. Com 108 anos ela é um exemplo de fé e perseverança. É a primeira a chegar na Igreja, e quando termina o culto temos que convencer ela a deixar que um dos irmãos a leve em casa. Sempre assim sorrindo e respondendo a quem pergunta o motivo de tanta disposição: “Deus é quem cuida de mim”. Louvo a Deus por ter o privilégio de junto com meu pai, Pr. José Albino de Oliveira, pastorear uma ovelha tão especial como a Irmã Leonídea.

Irmã Leonídea com os membros da PIB Inhapim

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Vidas transformadas nos Lares Batistas Fachada dos lares F.F. Soren e David Gomes

Ana Luiza Menezes Redação de Missões Nacionais

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cluindo o curso de Direito e o mais importante: tendo minha maravilhosa benção que é minha esposa, Tayse - benção especial de Deus. Este é o Deus que caminha por 10 anos no vale com seu filho, e nunca me deixou só”, disse ele. Do Lar Batista F.F. Soren, localizado em Luzimangues (TO), também saem pessoas com histórias de superação, que comprovam o quanto Deus tem usado esta obra para abençoar vidas. Fundado em 1942 pelos missionários Pr. Francisco e Beatriz Colares, na cidade de Itacajá (TO), tem hoje, no novo endereço, uma das maiores estruturas físicas e sociais do Estado do Tocantins e é mantido pela igreja batista e outros colaboradores. “Cada dia é um desafio: crianças para cuidar, arrumar, enviar para a escola, dar o reforço escolar, ensinar valores morais e espirituais com a Palavra de Deus. Sentimos as misericórdias do Senhor sendo renovadas em nossas vidas”, relataram os diretores Pr. Robson e Judite Pereira, que ressaltaram o apoio de voluntários no funcionamento diário do Lar. Além disso, os diretores fazem o apelo por voluntários que possam passar um tempo no Lar, ajudando no cuidado dos residentes, durante as

férias dos missionários. Entre novembro e fevereiro, eles recebem voluntários que precisam apenas arcar com a passagem de ida e volta para o Tocantins, pois hospedagem e alimentação ficam a cargo do lar. Para tanto, é necessário apresentar carta de apresentação do pastor de sua igreja e entrar em contato pelo e-mail: [email protected] . Débora Cristina Ribeiro é fruto da dedicação do povo batista. Aos 9 anos de idade perdeu sua mãe e foi acolhida no LBFFS, onde conheceu a Cristo e teve acesso a uma boa educação. Quando lá chegou, já havia passado por um lar adotivo, onde não teve uma boa experiência. Segundo ela, sua vida no lar mudou de maneira positiva. Ela, que antes tinha se acostumado a gritos e surras, tornou-se disciplinada sem que precisasse apanhar, pois as missionárias que ajudaram em sua criação procuravam sempre conversar quando não apresentava um bom comportamento. Passou a frequentar a Primeira Igreja Batista em Itacajá, onde participava da EBD e das Mensageiras do Rei. Débora saiu do lar aos 18 anos (idade limite para permanência no Lar) e em seguida foi acolhida pela Segunda Igreja Batista em Palmas (TO), por

meio do projeto República da Amizade do qual ela ainda faz parte. Tendo concluído o ensino médio, ela atualmente está com 21 anos e estuda Jornalismo na Universidade Federal do Tocantins. “Deus mudou minha vida por meio do Lar Batista. Conheci crianças lá com histórias de vida ainda mais sofridas que a minha, e vê-las sorrindo me fez perceber o quanto fui e continuo a ser abençoada pelo Senhor. Deus transforma vidas através do Lar Batista e daqueles que o têm servido ali. Eu sou mais um dos frutos de investimento nele. Vale a pena orar, vale a pena dedicar tempo a ele e fazer algo por ele”, concluiu. A irmã Joana D’arc Teixeira da Silva também é um exemplo de vida transformada por Cristo por meio de um projeto missionário que acolheu crianças. Ela cresceu no Lar Espírito Santense da Criança (LESC), também fundado pelo Pr. Francisco Colares, em Alegre (ES), em 1958. Ela foi levada para a instituição aos 3 anos de idade e conta que ali passou sua infância e adolescência, tendo conhecido a Cristo e se batizado aos 17 anos. Aos 18 anos, foi enviada para o Rio de Janeiro, onde vive até hoje com seu esposo e filhos. “A base de ensinos bíblicos que recebi destes missionários

o longo dos anos, temos desenvolvido trabalhos na área de ação social em todas as regiões brasileiras. São programas e projetos de diversas áreas temáticas voltados para diferentes faixas etárias e grupos sociais, com objetivo de promover a inclusão social e propagar o evangelho de Cristo. Por décadas, os lares batistas têm não apenas acolhido crianças e adolescentes, mas também oferecido acesso à educação, cultura, saúde, música, nutrição, esporte, profissionalização e cidadania, entre outros benefícios. Em Barreiras (BA), encontra-se o Lar Batista David Gomes, fundado em 1967 pelo Pr. Edval Sodré. Desde seu início, tem recebido (após encaminhamento do Conselho Tutelar e Ministério Público) crianças em vulnerabilidade social, com vínculos familiares rompidos ou fragilizados. A faixa etária atendida varia entre 2 e 18 anos de idade. Durante o tempo de acolhimento, esses menores são assistidos em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Rodrigo Leonel dos Santos chegou ao LBDG aos 10 anos de idade. Antes, ele viveu nas ruas onde dormia, pedia comida e também cometia furtos para se alimentar e se vestir. Ele conta que se adaptou bem ao lar batista, pois sabia que aquele lugar era o melhor para ele. No mesmo ano em que chegou, Rodrigo aceitou a Jesus, experiência que ele descreve como a melhor de sua vida. Em maio de 1999, ele foi batizado e ficou no Lar até completar a maior idade. “Atualmente, sou 3º sargento temporário do Exército Brasileiro em Barreiras. Tenho minha residência própria, estou con- Joana (na primeira fila, terceira menina da dir. para a esq.) no LESC em 1964 e hoje com sua família

Débora Cristina foi criada no LB F.F. Soren e hoje estuda jornalismo na UFT

me ensinou como eu deveria enfrentar a vida digna. Além do alimento espiritual, recebíamos tudo o que precisávamos graças às ofertas vindas de várias igrejas batistas”, conta Joana, que hoje sendo membro da IB em Agostinho Porto, São João de Meriti (RJ), faz questão de incentivar crianças e pessoas de outras idades a amarem e investirem em missões. O LESC continua recebendo crianças e seu atual diretor é o Pr. Samuel Colares. Ex-internos têm provomido reencontros e visitas ao lugar que um dia os acolheu e mudou suas vidas. Interceda por todos os projetos missionários que são usados pelo Senhor para acolher e assim abençoar a Nova Geração.

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Os desafios da nova geração na PIB em Volta Redonda Anderson Camino Rodrigues Pastor da PIB em Volta Redonda, RJ

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om o tema, “Os desafios da nova geração”, baseado nos Salmos 24.6, a Primeira Igreja Batista em Volta Redonda comemorou neste último fim de semana, no seu templo, situado na Rua Doutor Altair Nogueira da Silva, 180, bairro São João, os seus 71 anos de organização. Formam dois dias de muita celebração e gratidão a Deus por uma história tão abençoada. Sendo a segunda igreja evangélica mais antiga de Volta Redonda e pioneira do trabalho batista na região, a Primeira Igreja Batista em Volta Redonda foi organizada no dia 20 de setembro de 1942. Há 71 anos vem anunciando Jesus Cristo como único e suficiente Salvador daquele que está perdido. As comemorações deram início no dia 22 de setembro,

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Pr. Robson Ramos da PIB em Resende, um dos pregadores

domingo, com a participação do coral da Igreja, sob a direção do maestro Willian Esteves Louback e do grupo Betânia, composto por vozes masculinas. Ambos os conjuntos musicais trouxeram inspiração para a Igreja. A pregação da Palavra ficou a cargo do pastor Sócrates de Oliveira, Secretário Executivo da Convenção Batista Brasileira, que nos trouxe

uma mensagem bíblica abençoada. Todos deixaram o templo com seus corações renovados. As celebrações continuaram na segunda-feira, dia 23 de setembro, com um grupo bem representativo de irmãos, a Igreja estava cheia, apresar de ser uma segunda-feira. O culto contou com a presença de vários pastores da região. O irmão Jairo Au-

Pr. Sócrates de Oliveira, Secretário Executivo da Convenção Batista Brasileira

gusto Parreiras Silva louvou ao Senhor com duas músicas. A pregação da Palavra ficou por conta do pastor Robson Ramos da Primeira Igreja Batista em Resende que, tendo como base o texto de Marcos 2.1-12. Ele desafiou a Igreja a ser relevante nesta nova geração. O culto foi encerrado com a participação da congregação na Ceia da Comunhão. Foi um momento

de muita alegria espiritual. Após o culto, foi oferecido um delicioso bolo. A Igreja continua caminhando em paz, com muitos projetos a serem realizados em várias áreas de ação. Esperamos continuar impactando esta nova geração, pois acreditamos que o coração de Deus se alegra quando caminhamos em obediência à Sua vontade.

Curso de música do Seminário do Sul tem aprovação do MEC

ferecido há meio século pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, o curso de Música agora tem autorização concedida pelo Governo Federal. Dessa maneira, a sólida formação em música eclesiástica, agora soma-se a formação para a docência profissional da música. O egresso pode atuar exclusivamente na gestão da música eclesiástica, exclusivamente na gestão de Projetos Sociais relacionados à música, exclusivamente na docência formal da música, ou em todas as frentes, concomitantemente. A Licenciatura em Música é um curso de Graduação que tem diploma reconhecido pelo MEC (Portaria Normativa Nº 40, de 12/12/2007, art.63), sendo autorizado pelo MEC através da Portaria 992 de 28 de julho de 2009. Sua missão é formar músicos, ministros de música e líderes para a atuação musical em igrejas, escolas, faculdade e demais locais de atuação no

campo da música. O curso destaca-se dos demais por valorizar e priorizar as práticas musicais pedagógicas desenvolvidas em comunidades eclesiásticas, em projetos sociais e em escolas de música. O Curso de Licenciatura em Música oferece forma-

ção alinhada com o mercado de trabalho em suas perspectivas fundamentais – de um lado, licencia o profissional para o ensino da Música em contexto amplo (comunidades religiosas/eclesiásticas, ONG e empresas e esco-

las formais), cada uma das formações contemplando estágios específicos nas respectivas áreas de formação, comuns a todos os alunos; de outro lado, formação sólida na gestão de música eclesiástica, preparando o músico licenciado para os

desafios contemporâneos da g e s t ã o de m ús i c a na igreja. Dado o vínculo da FABAT (Faculdade Batista do Rio de Janeiro) com a tradição cristã, a ênfase concentra-se, nesse caso, na gestão da música sacra em comunidades cristãs.

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Conquistas em Moçambique as mãos na parede colorida. Willy Rangel Redação de Missões Mundiais Enfim, expressaram muita surpresa e alegria pela nova Senhor tem aben- sala”, conta a missionária ç o a d o a o b r a Sirley. Pr. Antonio e Sirley contam missionária em Nampula, nor- que a igreja está passando por te de Moçambique, onde o um “sério, mas maravilhoso casal Antonio e Sirley Silva problema”: a falta de espaço tem visto o agir de Deus em para as pessoas que vão à novas conquistas. Naquele igreja. “Glórias a Deus, pois muitos campo de Missões Mundiais, foi construída uma sala para o têm dado várias opiniões, mas PEPE (programa socioeducati- o terreno está completamente vo), a participação de pessoas ocupado. Precisamos orar nos cultos aumentou e foram muito para Deus dar visão à iniciados dois novos trabalhos igreja”, conta Sirley. “Penso que uma ótima solução é fade estudo bíblico. O PEPE ganhou uma nova zer uma laje no atual templo instalação na igreja em Nam- e construirmos a igreja em pula. A sala foi construída cima. No andar de baixo, podurante as férias das crianças. demos transformar em salas”, “Quando elas retornaram acrescenta. Além das vidas que o Sedas férias e encontraram a salinha construída, não con- nhor tem levado à igreja, seguiam se conter de tanta foram iniciados dois novos alegria. Pulavam, passavam trabalhos.

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“O primeiro é em um bairro afastado da cidade. Todos os domingos à tarde, o Pr. Anselmo (de uma de nossas congregações) realiza estudos bíblicos com um grupo de novos irmãos”, diz o Pr. Antonio Silva. A segunda atividade é realizada no terreno de uma mesquita. “Estamos muito felizes, pois Deus tem feito milagres. Nós nunca poderíamos imaginar que a palavra de Deus pudesse ser estudada ao lado de uma mesquita, com alunos muçulmanos. Já realizamos dois cultos, e em um sábado, um grupo de 30 jovens da nossa igreja iniciou os estudos. O chefe da localidade nos chamou para uma conversa e pediu para escolhermos o terreno que quisermos para a construção da ‘nossa igreja’. Glorifique a Deus porque o desafio é grande”, relata nosso missionário.

Sirley Silva (ao centro) participa de atividade evangelística

Foi iniciado em setembro um trabalho de formação de 39 professores de alfabetização bilíngue em português (idioma oficial de Moçambique) e macua (língua local). O índice de analfabetismo na região de Nampula é três vezes maior do que em outras regiões moçambicanas. Segundo nossos missionários, esse projeto nasceu das experiências vivenciadas nas visitas realizadas a várias vilas no norte de Moçambique, onde o analfabetismo e o dualismo religioso são grandemente evidenciados. “Como resposta a esses dois grandes problemas, apresentamos uma proposta de alfabetização através da Bíblia. Essa proposta visa a superação do analfabetismo das mulheres macuas nas comunidades onde estão as 54 congregações batistas”, explica Sirley.

“Outra razão é que o projeto de alfabetização de mulheres macuas se configura em uma oportunidade para elas, pois em toda a história dessas vilas, nunca houve chance para que mulheres jovens e adultas pudessem ter acesso à escola. A mulher cristã e cidadã que pretende se formar nessa concepção é uma mulher crítica com conhecimento bíblico e intelectual, com elementos de entendimento da sua realidade, para que possa, assim, compreender, interferir, provocar mudanças e construir uma nova história”, acrescenta a missionária. Os missionários finalizam pedindo oração pelo ministério em Moçambique. “Agradecemos o seu apoio e pedimos que continue nos sustentando através de suas orações”, conclui o casal.

Antonio e Sirley Silva

Pré-inscrições para SIM 2014 já estão abertas Willy Rangel Redação de Missões Mundiais

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congresso SIM, Todos Somos Vocacionados terá uma nova edição em 2014. As pré-inscrições para o SIM 2014, que acontecerá no Rio de Janeiro, podem ser feitas em www.vocacao4d.com.br. Assim como no congresso realizado no ano passado, o evento é para todo mundo que está se perguntando: “O que estou fazendo neste mundo?”. Segundo a coordenadora do Com.Vocação JMM,

missionária Analzira Nascimento, os participantes do SIM terão a oportunidade de ir um pouco mais fundo em conversas sobre vocação. “Queremos entender que se não somos aquilo que Deus quer que sejamos ou se deixamos de fazer aquilo que é a nossa missão, nós erramos. Não é simplesmente decidir ou não fazer. É uma questão de errar se não fizermos”, explica Analzira. O congresso reserva muitas surpresas. Os participantes se aprofundarão em conceitos de teologia bíblica da vocação, ouvirão os testemunhos de nossos missionários e tam-

bém de pessoas que vivem suas vocações no mundo corporativo. Para Analzira Nascimento, a idealizadora do SIM, o congresso é uma oportunidade para descobrirmos nosso lugar na missão de Deus e cumprir a sua vontade. “Temos dificuldade de entender que Deus está presente em nossas rotinas, no nosso trabalho, de segunda a sexta, e também nos outros lugares aonde vamos e em outras coisas que fazemos. Toda a nossa vida é de Deus, por isso, em tudo o que vivemos e fazemos, devemos viver para a sua glória”, explica Analzira.

Foto arquivo JMM

Analzira Nascimento durante primeira edição do SIM

O SIM 2014 acontece de 1 a 3 de maio na Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro (Rua Frei Caneca, 525 – Estácio).

Pré-inscrições em www.vocacao4d.com.br. Congresso recomendado para pessoas a partir de 16 anos.

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948 - Nascimento do Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho no Bairro de Tomaz Coelho, Rio de Janeiro, RJ. Batizado pelo Pastor João Falcão Sobrinho no dia 10 de fevereiro de 1963 quando ele tinha 15 anos. Na Primeira Igreja Batista de Acari, Rio. Recomendado pela Igreja que o batizou estudou no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, de 1967 a 1970, turma que teve como Patrono o Pastor Francisco Fulgêncio Soren (talvez numa homenagem a seu centenário de nascimento, 1969) e como orador o Pastor Joaquim de Paula Rosa. Entre seus contemporâneos no Seminário mencionamos Antônio Joaquim de Matos Galvão, Osvaldo Ferreira Bonfim, Levy Barbosa da Silva, missionários de Missões Mundiais; Hélio Schwartz de Lima; Eduardo Azevedo de Carvalho; João Brito da Costa Nogueira e tantos outros. Foi consagrado ao ministério pastoral no dia 25 de novembro de 1970 no templo da Igreja Batista de Acari, atendendo solicitação

da Primeira Igreja Batista de Marília, SP. Presidiu a reunião o Pastor Josias Cardoso Machado e secretariou o Pastor Misael Leandro. Participaram ainda do concílio os pastores João Falcão Sobrinho, convidado para ser o orador da solenidade; missionário Oscar Martin, que fez a oração consagratória; Paulo Roberto Sória, Examinador Geral; Mood Vieira Moutinho que fez a entrega da Bíblia. Pastoreou no Estado de São Paulo as seguintes igrejas: Primeira de Marília, Edu Chaves, Cambuí, Calvário (Santos); em Brasília; no Amazonas, Primeira de Manaus, organizou a Igreja Batista de Gileade; no Amapá, a Igreja Batista Central de Macapá, seu último pastorado. Na Convenção Batista Brasileira foi duas vezes membro da Junta de Educação Religiosa e Publicações, JUERP, de 1988 a 1993 e de 1995 a 1999. Foi Presidente da Associação Brasileira de Instituições de Ensino Teológico, ABIBET. Foi um dos conferencistas mais usados nos encontros da ABIBET. Em Brasília além

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de pastorear foi Diretor da Faculdade Teológica Batista de Brasília, de 9 de junho de 1990 a 25 de junho de 1995; foi Orador oficial da assembleia da Convenção em 1989. No Amazonas foi Professor de Homilética do Seminário Teológico Batista. Foi Presidente da Convenção em 1995 e 1996. Foi orador oficial da assembleia da Convenção em 1994. Foi colaborador d’O Jornal Batista desde a década de setenta até os nossos dias passando pelos diretores José dos Reis Pereira; Nilson Dimarzio; Salovi Bernardo e Sócrates Oliveira de Souza. Seu último artigo no Jornal Batista, na seção “Da foz do grande rio” foi “O jogo de cena da visita do Papa”, em 18 de agosto último. Escreveu estudos para as revistas da Junta de Educação Religiosa e Publicações, JUERP, na área da Escola Bíblica Dominical. Escreveu para revistas específicas na área de Adminsitração, Música. Depois do ex-padre Anibal Pereira Reis foi o batista que mais produziu livros acompanhado de perto pelo

Pastor Israel Belo de Azevedo e seguido pelos pastores Ebenézer Soares Ferreira, João Falcão Sobrinho e Antônio Neves de Mesquita. São os nossos best-sellers. A relação de livros do Pastor Isaltino que tenho, dada por ele, chega a 44 livros, afora outros que talvez tenham sido editados e não constem da mesma. O Pastor Isaltino, casado com Meacyr Carolina Frederico, teve dois filhos, Beny e Nélia e adotou outra filha, médica, que agora, por ocasião da enfermidade, o recebeu em Campinas, SP. O Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho descansou no Senhor no dia 1º de outubro de 2013 com 65 anos de idade e foi sepultado, no dia seguinte,

no Cemitério Flamboyant, naquela cidade. (*) Texto do livro em preparo “Efemérides Batistas no Brasil”, de Othon Ávila Amaral, que será lançado em 2014, com mais de 1200 biografias de pastores e líderes. Na data de 10 de fevereiro temos ainda os seguintes pastores: Jonas Barreira de Macedo, 1885; Alice May Wimer Reno, 1869; André Klawin, 1888 e Clifton Ayres Baker, 1889. As informações biográficas começam com a data de nascimento e terminam com a data do falecimento. Se você tem interesse de ver seu nome inserido em tal publicação entre em contato com o autor.

Transferência Eusvaldo G Santos Membro da IB Ebenézer de Americana

Não poderia deixar de render, Minha pequena homenagem, Ao homem que me fez aprender, E compreender o que Cristo tem. Transferido ao lar celestial, Mais um que viveu e nos ensinou, Combateu o bom combate, E jamais na doutrina fraquejou. Isaltino! Nome assim, Não parece de homem não, E sim de estrela alfa, Da grande constelação. É amargo, pastor e irmão, Este sentimento neste mundo, Para ser verdade não é a solução. Aliás você sempre foi firme, Na doutrina e no ensino, De Cristo como nosso destino, Meu caro pastor Isaltino. Teu nome ficará para sempre, Serás lembrado em todo tempo, Por muitos serás lembrado, Por isso gozarás eternamente.

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1. Como ser salvo. Três edições. Cruzada Mundial de Literatura. 2. Astrologia. Três edições. JUERP. 3. Tiago, nosso contemporâneo. Três edições. JUERP. 4. Santiago, nuestro contemporâneo. Tradução e impressão artesanal e privada, em Cuba, para pastores e seminaristas. 5. Malaquias, nosso contemporâneo. Duas edições. JUERP. 6. Ageu, nosso contemporâneo. Duas edições. JUERP. 7. Jonas, nosso contemporâneo. Duas edições. JUERP. 8. Habacuque, nosso contemporâneo. Três edições. JUERP. 9. Miquéias, nosso contemporâneo. Duas edições. JUERP. 10. Obadias e Sofonias, nossos contemporâneos. Duas edições. JUERP. Com este ganhou o Prêmio de Melhor Autor Nacional, pela ABEC. 11. Do coração do Pastor Isaltino. Edição especial da PIB de Manaus, para comemorar seus cem anos. Uma seleção de pastorais do boletim. Foram mil exemplares. 12. Sua igreja pode transformar o mundo. Exodus. 13. A ética dos profetas para hoje. Exodus.

Gomes to do pastor Isaltino a de Com o falecimen um ta rde o Brasil batis Coelho Filho, pe nhecedor co do un of Pr ncias. suas maiores referê tecimensobre fatos e acon da Bíblia, escrevia o- o com rsifi ca nt es , fa ze nd muito tos os m ai s di ve tilo, e bravura. Seu es rara inteligência deixava confundível. Não agradável, era in incipalpr posicionamentos, sofismas em seus e há de qu linha doutrinária Jornal mente acerca da do ta. Como assinante ra leireger a igreja batis ei im anos, a minha pr rendi Batista há muitos Ap r. do saudoso pasto tura era a coluna muito com ele. ntos Joel Pereira dos Sa , RJ lo ça on Rocha, São G Diácono da PIB do

coração é de O sentimento que tenho no e grande servo de um vazio deixado por est almente, mas o Deus. Não o conheci pesso mecei a pregar a acompanho desde que co s de idade (hoje Palavra de Deus aos 24 ano a sua companhia tenho 42 anos), tendo sempre s da EBD, artigos, através dos seus livros, revista e e feliz surpresa sermões, etc.. Tive uma grand casse uma obra, quando ao sugerir que publi me convidou para ele além de aceitar a ideia apresentar do Pr. apresentar a mesma (imagine, u sentimento é de Isaltino, que privilégio!). Me a e instrumentagratidão a Deus, pela sua vid po de perda e saulidade, mas ao mesmo tem xava de responder dades, deste que nunca dei s, acompanhado atenciosamente a seus leitore dos seus amplexos. a Pr. Anderson Orofino da Silv o Alt to Ma em Igreja Metodista Wesleyana Guaratiba - RJ de Formação o Diretor do CEFORTE (Centr Wesleyna) Teológica da Igreja Metodista lo Po Cascadura

14. À igreja com carinho. Missão Editora. 15. Isaías, o Evangelho do Antigo Testamento. Duas edições. JUERP. 16. Profetas menores I. Duas edições. JUERP. 17. Profetas menores II. Duas edições. JUERP. 18. O Pentateuco. Duas edições. JUERP. 19. Bereshi – Gênesis. Duas edições. JUERP. 20. Atos, de Jerusalém a Roma. JUERP. 21. Teologia dos Salmos. JUERP. 22. O Espírito Santo nos ensinos de Jesus. JUERP. 23. À igreja, com carinho (edição ampliada, com mais vinte páginas, do livro 14, com outro ISBN). Igreja Batista do Cambuí. 24. Casamento, vale a pena acreditar. Duas edições, edição própria. 25. Família, vale a pena acreditar. Edição própria. 26. Neopentecostalismo, uma avaliação pastoral. Edição própria. 27. A ética dos profetas para os nossos dias. Edição ampliada, contendo mais doze páginas, do livro 12, com outro ISBN e 186 páginas. 28. A atualidade dos dez mandamentos. Exodus Editora, com 143 páginas. 29. A atualidade dos dez mandamentos. JUERP, edição ampliada, com outro ISBN e 186 páginas. 30. Por que as pessoas se casam. Editora Sabre.

os amam e s ó n desd que soas r. Isaltino li o s e p as do oP e amei Quan a s sã o Pouc hecer... eu e li dele. us olhos s e e u n d q m o sem c eiro texto o passada u coração za e ã e m t o pri al da ediç rima e m mos a cer na g e ri edito ram de lá bom que t o está hoje da e e i lin tn ench , mas qu r. Isal ente uma . P o a z d i e trist quer , literalm conosco osso e u que n e escreve que estev s o a i p r illiam tem W gló c o i l r n a d i ia Ce emor a histór M a t s i Bat oraim Igreja a Vista, R o B

Gostaria de co m que enviei ao Pr partilhar a mensagem . Isaltino enquan estava internad to ainda o. Acho que es tava “com medo” de não ter monstrar a min a oportunidade de deha gratidão pe la sua vida e ministério: G ostaria de com partilhar a m in ha al eg ri a em le r co st um ei ra m en te suas pastorais e seus artigos. M eu nome é Francisco Tercei ro da Cunha Juni or, pastor (desde fevereiro de história, sociolog ste ano) e professor de ia e ensino relig ioso em São Gonçalo , RJ, mas nasci em . Moro quando meu pa Macapá i, Pr Cunha, pastorea . Francisco Terceiro da va a PIB em M acapá em 1975. Desde m uito cedo senti a chamada de Deus para o ministério pastor al (na organização ER, na qual trabalho até hoje), mas evitei esta sublime respon sabilidade por algum tem po, pois conhec ia - sendo filho de pastor - o sofrimento, a solidão e até mesmo o de samor que circun da a vida de um obreiro. É muito enriquec edor ler e aprender com a vida de homens que têm se dedicado ao min istério da palavr a com autenticidade, com lu interpretação nã cidez e com clareza na o só da própria pa Deus, mas tam bém do próprio lavra de comportamento cristão, nu ma sociedade co m deteriorados e de conceitos “m valores idiáticos”. Fica aqui o meu muito obrigado ! Pr. Francisco Te rceiro Jr Jardim Catarina, São Gonçalo, R J

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31. Família, vale a pena acreditar. Edição ampliada do livro 24, editado pela Sabre, com outro ISBN. 32. Os livros poéticos II, editado pela JUERP (escreveu com outro escritor. Ficou com o comentário sobre Jó, com 159 páginas). 33. O drama do Calvário. Editora Abba. 34. Gênesis (diferente do livro 18). Editora Abba. Aquele teve 230 páginas e este teve 286 e capítulos a mais. E outro ISBN. 35. Marcos. Editora AbbaPress. 36. Eclesiastes. Editora AbbaPress. 37. Tiago e Judas, Editora AbbaPress. 38. O fruto do espírito. 39. A mais profunda, sensível e ignorada oração de Jesus, Convicção. 40. O Pai nosso, JUERP. 41. Paulo, sua vida e sua presença, ontem, hoje e sempre. (Escreveu dois capítulos e Lourenço Stela Rega foi o coordenador). Editora Vida. 42. Com os olhos no futuro. Uma coletânea de assuntos para a CBB. Escreveu dois capítulos. 43. Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. Escreveu dois artigos. Coordenado pelo Dr.Ebenézer Soares Ferreira. 44. Obadias, Jonas e Miquéias em fase de conclusão. AbbaPress Editora.

O ano era 1998, eu e minha família eramos recém chegados de SP e pro curávamos uma igreja, quando chegamos na PIB de Manaus. Após o culto, à porta duran te a despedida, o Pr. Isaltino interessou-se po r nós e pudemos falar um pouco, mas o que me marcou e eu nunca esqueci, foi que, antes de irmos embora ele pediu para esperarmos um pouco, foi ao seu gabinete e pegou 2 piruli tos e os entregou aos meus filhos, que à épo ca eram crianças. Esta atitude ficou marcada em minha mente e coração e será difícil esq uecer, pois como diz o dito popular: “quem meu filho agrada, minha boca adoça”. Infeliz mente logo ele foi para SP, mas nós ficamos na PIB de Manaus e lá estamos até hoje. Muito obrigado Pr. Isaltino. Israel Patriani Jr. Membro da PIB de Manaus, uma das igrejas pastoreadas pelo Pr. Isaltin o

, por meio admirá-lo rnal Bae o -l á m a Aprendi a s publicados no Jo ntro da o e ig rt a s lizados d de seu contextua ênção! Lamento s o ig rt A ma b tista. , Senhor. U ente, mas Palavra do nhecido pessoalm uito temco esse há m a Paz, não tê-lo o conhec e s ame o m o era c Jesus derr es de seus r o h n e S õ o po. Que ode dar, nos coraç p le E ó que s . familiares ühn Regina H ia aramba PIB da M A Belém, P

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notícias do brasil batista

Departamento de Ação Social da CBB

Lar da Criança Henrique Liebich: Uma história, muitas vidas

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história do Lar da Criança é feita de amor, desafios, lágrimas e vitórias. Teve início na década de 50, quando Frida Liebich, parteira da região de Monte Alvão, RS, atendeu o parto de uma moça que chegara há um tempo na região, sozinha e grávida, e que fora acolhida por vizinhos dos Liebich. Após o parto, a jovem pediu a Sra. Frida que ficasse com seu filho recém-nascido, pois não tinha condições para cuidá-lo. Para o casal que já tinha nove filhos, não foi difícil amar mais um e aceitá-lo como um dos seus. Com o número de crianças crescendo, cresciam também as dificuldades, exigindo do casal e seus filhos muito esforço e abnegação. Zidrone Liebich, a filha mais velha, ainda residindo na casa dos pais, passou a assumir integralmente a responsabilidade como conselheira e professora das crianças. Como secretária do Lar fez parte da primeira diretoria sendo seu pai, Henrique Liebich, o presidente. Em 11 de fevereiro de 1961 ocorreu a oficialização da Instituição (fundação) sob o nome de “Orfanato Batista Henrique Liebich”. O legado dos Liebich Nos anos 70, com Henrique Liebich gravemente enfermo, o então Orfanato recebe a visita do pastor Horst Borkowski, da Alemanha, que, tocado pela obra daquele homem simples, assume o compromisso diante de Deus e da família Liebich para dar continuidade ao valioso trabalho iniciado com tanto amor, carinho e dedicação (Pastor Horst é o fundador da MASA – Ações Missionárias para a América do Sul). Desta forma, o Lar começa a receber ajuda financeira dos batistas europeus. Também nesta década, retorna ao Brasil a filha de Henrique e Frida Liebich, Sibila, que juntamente com o esposo, Pr. Werner Geiger, abraçam este ministério. Pr. Werner trabalhou no Lar no período de 1974 a 1979, na função de administrador.

Em 1973 morre Henrique Liebich. Neste mesmo ano a Sociedade Batista de Beneficência TABEA assume a responsabilidade do Orfanato dando continuidade ao sonho que nasceu no coração da família Liebich, passando a denominá-lo “Lar da Criança Henrique Liebich”. Nesta época é adquirida uma propriedade de 40.000m 2 em Ijuí para a construção do novo abrigo. Da Prefeitura Municipal de Ijuí a Instituição recebe mais 6.000m2 da área que seria destinada às ruas do respectivo loteamento. No ano de 1976 é inaugurado o primeiro bloco residencial. Em 19 de novembro de 1978, ocorre a inauguração oficial das novas instalações do Lar da Criança Henrique Liebich, localizado no Bairro Storch, município de Ijuí. A atualidade Em seus 52 anos de existência o Lar da Criança Henrique Liebich abrigou mais de 700 crianças e adolescentes contribuindo para a formação de sua cidadania e construção de sua história. Para o atendimento integral aos acolhidos, cumprindo todas as exigências da legislação brasileira pertinente a área, a Instituição conta com equipe técnica multidisciplinar nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Fisioterapia, Pedagogia e Nutrição; equipe administrativa, cozinha e lavanderia industrial, brinquedoteca, horta, marcenaria, quadra poliesportiva, campo de futebol, pracinha para lazer e recreação. Desenvolve projetos nas área de serviço social, psicologia e pedagogia, promovendo o lazer, profissionalização, cultura, convivência familiar e comunitária e fortalecimento dos vínculos familiares. Também

desenvolve oficinas nas áreas de música, artes, informática; apoio nas áreas de costura, marcenaria, cuidadores hospitalares, corte de cabelo, reforço escolar, hora do conto, assessoria jurídica, comunicação, marketing, relações públicas e design gráfico. Tudo através da participação especial e importante dos voluntários. As crianças e adolescentes, juntamente com as cuidadoras, participam das atividades na Igreja Batista Esperança, localizada ao lado da Instituição, através dos cultos, escola bíblica, grupo de juniores e jovens, estudos bíblicos e das programações especiais como acampamentos e retiros. Para manter toda esta estrutura o Lar da Criança conta com o fundamental envolvimento e ajuda da comunidade, em seus mais variados segmentos. São doações de pessoas físicas e jurídicas, projetos sociais e convênios que contribuem para manutenção de todos os serviços institucionais. Os programas sociais O Lar da Criança Henrique Liebich (Unidade Prestadora de Serviços da Sociedade Batista de Beneficência TABEA) é uma instituição social, não governamental, sem fins lucrativos, atuando dentro das medidas de proteção social básica e especial através de dois programas sociais: Casa lar (Medida de Proteção Social Especial de Alta Complexidade): Instituição de acolhimento para crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre zero e 18 anos, advindos de situação de risco social e pessoal; em caráter provisório e excepcional, funcionando em forma de aldeia e

da Instituição: investir na transformação de vidas. Para tanto, a missão do Lar é promover, através da prestação de serviços e do Evangelho, ações que visam transformar e restaurar a vida de crianças e adolescentes, obedecendo aos valores nos quais acredita: ética, responsabilidade, tendo como perspectiva de integridade, transparência e trabalho o cunho familiar e a solidariedade. promoção da efetivação dos Gratidão direitos dos acolhidos, con“Privilégio, Responsabiforme estabelece o Estatuto lidade e Gratidão. Com esda Criança e Adolescente. Núcleo Social de Ijuí (Medi- tas palavras posso expressar da de Proteção Social Básica): como vejo o Lar da Criança programa social educativo, Henrique Liebich hoje. Posso desenvolvido em turno inver- afirmar com plena convicção so à escola, para atendimento que, os diretores que me ana crianças e adolescentes mo- tecederam, também tiveram radoras de bairros adjacentes esta visão e compromisso, à Instituição, não participantes pois, nos 52 anos de exisde outros programas sociais, tência, cumpriu sua missão com idades de 6 a 16 anos, com louvor o Lar da Criança devidamente matriculadas e Henrique Liebich. Privilégio, são poucos os frequentando a escola regular. As atividades (oficinas) que são chamados a essa propostas são apoio escolar, obra; Responsabilidade, pois musicalização, esportes, artes nosso objeto de trabalho são visuais, informática e mídias “vidas humanas”; e Gratidão. sociais, teatro, reciclagem e Sim gratidão para com nosso leitura. Neste programa, além Senhor, que fielmente nos das oficinas, oferece ainda tem sustentado e direcionado. apoio multidisciplinar e refei- Sem Ele, nada teria sido feito. Obrigado, Senhor Jesus! ções balanceadas. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas O reconhecimento Dentre os reconhecimentos obras, as quais Deus de anda sociedade pelo trabalho temão preparou para que social realizado pelo Lar da andássemos nelas (Ef 2.10)”, Criança Henrique Liebich, declarou Leandro Cesar Cordestacamos a Certificação rea, Diretor do Lar da Criança através do Prêmio Respon- Henrique Liebich. sabilidade Social, conferido Rua José Bonifácio, 1623, pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a en- Bairro Storch, Ijuí/RS. Telefone: 55-3332tidades/empresas gaúchas. Esta premiação de incentivo, 1095/3333-3412. Facebook da Instituição: reconhecimento e destaque de ações que promovem uma www.facebook.com/henrisociedade melhor e mais que.liebich Site da Convenção Batista justa foi conferida ao Lar da Criança por sete anos conse- Pioneira do Sul do Brasil: cutivos (2007 a 2013) o que www.pioneira.org.br muito alegra a Instituição e Para contribuições: todos que dela fazem parte. Banco do Brasil: agência 0371-9 c/c 44.000-0 Um propósito Banrisul: agência 0220 c/c Todo o trabalho desenvolvido no Lar da Criança 06.214.225.0-4 Henrique Liebich através Faça parte desta história de de seus programas, ações e atividades tem, como ob- amor. Contribua. Visite. Ore. jetivo, atender ao que se Envolva-se. O Lar da Criança determinou como a visão espera por você!

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SABEDORIA PARA HOJE Pastor LÉCIO DORNAS

Um discipulado responsável Ao lado de uma mensagem íntegra e de um culto autêntico, a igreja precisa ocupar-se de um discipulado responsável. O processo de crescimento espiritual e de amadurecimento cristão precisa desenvolver-se de maneira bem planejada e bem coordenada. Quando uma pessoa aceita o Evangelho em sua vida e se propõe a seguir o caminho da fé, precisa ser mentoreada de forma séria, consistente e comprometida. O alvo é que a pessoa torne-se como Cristo. Ela precisa desenvolver agora um caráter e uma conduta coerentes com o Evangelho que acabou de aceitar. A partir daí, a igreja precisa apresentar um programa educacional que supra as suas necessidades como serva de Deus vivendo num mundo entenebrecido. Trata-se do discipulado de Dietrich Bonhoeffer (1906-1945), do Cristianismo básico de John Stott (1921), da essência da vida cristã ensinada por Hans Küng (1928) e do crente, sal da terra e luz do mundo, sonhado por Jesus de Nazaré. O discipulado responsável é aquele que segue o roteiro do Sermão do Monte. Ao pregar este sermão, Jesus estava explicando o que significava ser um cristão. Assim, a cartilha básica do discipulado é o sermão da montanha. As questões de caráter ético, moral, relacional, social e religioso, precisam ser consideradas junto ao novo crente à luz das Escrituras, a partir de uma hermenêutica que não se furta à contextualização. Ao aceitar o desafio de pertencer à comunidade da fé, fazendo parte do corpo vivo de Cristo, a pessoa precisa conhecer a Palavra de Deus, suas doutrinas e seus princípios de vida, bem como suas implicações para sua vida aqui e agora. A Bíblia precisa deixar de ser aquele livro difícil e distante e passar a ser o manual de vida; precisa sair da condição de cartilha teoló-

gica, para se tornar um guia para a vida prática. Ou seja, discipular vai significando ajudar o novo crente a aplicar a Bíblia às diversas situações concretas de sua vida, sejam elas como forem. Quando o aspecto educacional é esquecido ou ignorado por parte da igreja, o campo fica livre para a formação de mentes guiadas pela paranóia. Aí, ao invés da Bíblia ser buscada para guiar e apontar o caminho, passa a ser procurada, e torcida, para subsidiar condutas que jamais seriam aprovadas pelo Senhor. A paranóia empurra o recém chegado à igreja para longe do discipulado e vai moldando-o ao engodo e à hipocrisia, numa reedição do farisaísmo do primeiro século. Porém, a tarefa de fazer discípulos (Mateus 28.19), prossegue sendo definidora dos rumos da igreja da metanóia. Ela não está interessada apenas em “fazer” novas criaturas, mas em “fazer” discípulos. O alvo é ajudar pessoas a pensarem, sentirem e agirem como Jesus. Sem um discipulado responsável, perseverante e contundente, não é possível formar para o Pai uma família cheia de filhos semelhantes a Jesus. Um testemunho luminoso Aqui temos a derradeira arma contra a paranóia. Uma evidência indiscutível da metanóia é a luminosidade do testemunho. Quando a mente muda como resultado do verdadeiro arrependimento (Romanos 12.2), a conduta retrata de forma imediata e profunda esta mudança. A luz começa a brilhar e o contágio é inevitável. Paranóia não gera martyria, metanóia sim. O testemunho de vida é fruto do arrependimento verdadeiro, pois todos querem saber qual foi a força que motivou tamanha transformação, quem conseguiu motivar a pessoa, outrora presa em vícios, delitos e pecados, lutar contra tais cadeias e vencer?

Esta inquietação generalizada, que captura o crente de forma arrebatadora e, ao mesmo tempo, atrai o não crente de forma inescapável; esse desejo de ver outros no mesmo caminho e, por outro lado, de querer andar no caminho da bênção, por onde o crente anda, é despertado pela luminosidade inofuscante da martyria. Observe-se, porém, não tratar-se de representação ou de máscara. Mas sim de uma vida brilhante, cheia de vigor e de alegria. Uma vida que vale a pena ser vivida e que desperta em todos quantos com ela se defrontam, na experiência de um cristão, o desejo de sorvê-la. Dessa forma, o crescimento da igreja se dá mais pelos relacionamentos do que pelos ajuntamentos; mais pela influência do que pela afluência; mais pelo impacto do advento do que dos eventos; mais pelo discipulado de que pelo culto ao dissimulado. Como diz a canção: “Se a vida de Cristo fluir em você, será bem diferente o seu jeito de viver.” O ‘crescimento’ sem relacionamentos, sem influência e longe do advento, é promovido pela paranóia e é o que produz mais paranóia ainda. É mais como tumor que crescer

para o mal e não para a saúde. Há muito de paranóia, em nossos dias, ditando os caminhos da estruturação, definição de valores e de missão para nossas igrejas. Precisamos estar de olhos abertos para isso. O crescimento no contexto da metanóia segue na linha dos frutos que marcam a vida dos eleitos. É crescimento natural, verdadeiro e profícuo. Surge do testemunho luminoso da igreja, percorre o caminho da autenticidade e se desdobra numa produtividade extremamente benéfica para o Reino de Deus. Aterrissando Nossa luta precisa ser por uma igreja saudável, por uma comunidade cheia de saúde e de vida. Assim, lutamos a favor da metanóia, da mudança de mente e de rumo, da nova vida que só Jesus pode dar. Nossa luta é, por conseguinte, fortemente contra qualquer tipo de paranóia, de confusão e de fuga. Ser cristão implica no novo nascimento. As coisas velhas precisam passar e tudo precisa se fazer novo na vida (II Coríntios 5.17). A mente precisa ter sua estrutura e seu conteúdo mudados de direção. A metanóia precisa ser uma realidade na vida das pessoas.

Nessa luta, precisamos estar atentos à distorções da Palavra, à esquisitices doutrinárias e aos desequilíbrios de conduta que revelam fuga do discipulado e construções autônomas de caminhos alternativos (Provérbios 14.12) que não são de vida, mas de morte. Nesta luta, precisamos dar as mãos na construção de uma comunhão verdadeira e fazer um pacto a favor da nossa unidade, no poder do Espírito Santo. Nessa luta precisamos, por fim, zelar para que, ao entrar em contato conosco, igreja do Deus vivo, cada pessoa perceba-se desafiada à metanóia. Pela mensagem, pelo culto, pela proposta de discipulado e pelo testemunho da nossa vida, que cada um seja estimulado a abraçar o mais fascinante projeto de vida: a trilha do verdadeiro Evangelho. Resolvemos assim, os dilemas da metanóia e da paranóia, mas ainda temos o da utopia… *Gerente do Ministério Brasileiro da Sociedade Bíblica Americana e Coordenador da Equipe Ministerial da Primeira Igreja Batista Brasileira em Orlando, na Florida – EUA