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passagem sobre os autores da Beat Generation, ... 2.9 A resenha crítica em foco, escrita pela jornalista e escritora Maria Helena Malta, apareceu...

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1 Resenha – Exercício 2 Após a leitura do texto abaixo, encontram-se alguns exercícios cujo objetivo é evidenciar algumas estratégias de leitura que podem facilitar a elaboração de resenhas críticas. Utopia e barbárie: retrato de uma geração (28/04/2010) Maria Helena Malta Especial para Plurale em site1 O título do novo filme do documentarista Silvio Tendler - que está estreando em circuito nacional - é perfeito para resumir os sessenta anos da geração que tentou construir o sonho e foi atropelada por inúmeros pesadelos. É disso - e não é pouco - que fala o documentário, narrado em primeira pessoa, que ocupou boa parte dos últimos dezenove anos da vida do diretor, em 15 viagens para realizar pesquisas e novas imagens, recuperar velhos fotogramas e gravar depoimentos. É possível ver e ouvir escritores como a falecida norte-americana Susan Sontag e o uruguaio Eduardo Galeano, o poeta brasileiro Ferreira Gullar e até cineastas como o canadense Denys Arcand (As invasões bárbaras), o israelense Amos Gitai (Free Zone) e o argentino Fernando Solanas (Tangos: O exílio de Gardel). Não por acaso, o trabalho envolveu centenas de horas filmadas, que foram sucessivamente cortadas e reeditadas (perdemos, por exemplo, uma passagem sobre os autores da Beat Generation, como Kerouac e Ginsberg), até chegar ao formato final. O premiado Silvio Tendler - que já nos brindou com Jango, Os anos JK, o magnífico (e pouco conhecido) Josué de Castro, cidadão do mundo e Encontro com Milton Santos, entre outros -, faz agora um passeio histórico e às vezes autobiográfico, que começa com a explosão da bomba de Hiroshima e inclui as ditaduras da América Latina, o Holocausto, a Guerra do Vietnã, o lado canibal do capitalismo, o advento da fast food, as escaramuças de 1968 (aqui e lá fora) e a queda do Muro de Berlim. Enfim, fatos relevantes de pouco mais de meio século, com destaque para as feridas que transformaram (mas não exterminaram) os sonhos de liberdade e democracia. Basta dizer que, num de seus melhores momentos, o diretor judeu vai ao outro lado do mundo para gravar a voz e as razões palestinas, sem outro objetivo que não seja o de provar, mais uma vez, que a paz pode ser possível mesmo onde é mais difícil de acreditar. Para o cineasta, em vários momentos, o documentário pareceu interminável. E ele foi obrigado a lançar mão de uma espécie de P.S., ao lembrar, no finzinho, que o início do século XXI ainda renderia novos sustos, muito sangue e até avanços inesperados - de um lado, as bombas do terror sobre as torres de Nova York e o massacrado meio ambiente; do outro, a eleição do primeiro operário na corrida à presidência do Brasil e a vitória de um negro na disputa pelo cargo máximo dos Estados Unidos. Uma aventura que contou com a força e ao mesmo tempo com a delicadeza das narrações de Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad, sem falar na música de feras como Marcelo Yuka.

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2 Uma única ressalva: para quem foi obrigado a cortar tanta coisa interessante, pareceu desnecessário e mesmo restritivo (para a obra) manter as cenas de uma das testemunhas da luta armada da esquerda brasileira. Não pelo tema (que é parte importante da nossa história e, por isso mesmo, foi muito bem lembrado por outros depoentes), mas por estar o país em pleno ano eleitoral. De qualquer forma, vale a pena embarcar na viagem de Silvio Tendler - sem nenhuma dúvida, um belo retrato da geração do sonho e da resistência. 2.1 Assinale a alternativa que melhor sintetiza o principal objetivo do primeiro parágrafo do texto: a) A resenhista pretende apresentar a sua avaliação sobre o título do documentário analisado. b) A resenhista tem a intenção de apontar características formais da obra analisada. c) A resenhista tem o objetivo de revelar o tema do documentário analisado. d) A resenhista pretende detalhar a metodologia empregada pelo cineasta na organização do documentário. 2.2 O emprego de travessões no primeiro parágrafo teve o propósito de... a) atenuar informações objetivas irrelevantes à estrutura do gênero textual em foco; b) ressaltar a opinião da resenhista sobre o filme do documentarista Silvio Tendler; c) introduzir no texto informações que haviam sido esquecidas; d) destacar, respectivamente, uma informação importante e uma avaliação e) da resenhista, ambas pertinentes ao gênero textual em foco. 2.3 Tendo em vista a intenção motivadora do gênero textual resenha – apresentar um determinado objeto e avaliá-lo –, a descrição, a narração e a argumentação são os três modos discursivos que costumam ser empregados na sua elaboração. Identifique o tipo textual que prevalece em cada um dos trechos da resenha de Maria Helena Malta, relacionando as colunas a seguir: a) descrição b) narração c) argumentação ( ) “É possível ver e ouvir escritores como a falecida norte-americana Susan Sontag e o uruguaio Eduardo Galeano, o poeta brasileiro Ferreira Gullar e até cineastas como o canadense Denys Arcand (As invasões bárbaras), o israelense Amos Gitai (Free Zone) e o argentino Fernando Solanas (Tangos: O exílio de Gardel).” ( ) “...o trabalho envolveu centenas de horas filmadas, que foram sucessivamente cortadas e reeditadas (perdemos, por exemplo, uma passagem sobre os autores da Beat Generation, como Kerouac e Ginsberg), até chegar ao formato final.” ( ) “O premiado Silvio Tendler (...) faz agora um passeio histórico e às vezes autobiográfico, que começa com a explosão da bomba de Hiroshima e inclui as ditaduras da América Latina, o Holocausto, a Guerra do Vietnã, o lado canibal do capitalismo, o advento da fast food, as escaramuças de 1968 (aqui e lá fora) e a queda do Muro de Berlim.” ( ) “num de seus melhores momentos, o diretor judeu vai ao outro lado do mundo para gravar a voz e as razões palestinas, sem outro objetivo que não seja o de provar, mais uma vez, que a paz pode ser possível mesmo onde é mais difícil de acreditar.”

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( ) “Uma única ressalva: para quem foi obrigado a cortar tanta coisa interessante, pareceu desnecessário e mesmo restritivo (para a obra) manter as cenas de uma das testemunhas da luta armada da esquerda brasileira. Não pelo tema (que é parte importante da nossa história e, por isso mesmo, foi muito bem lembrado por outros depoentes), mas por estar o país em pleno ano eleitoral.” ( ) “De qualquer forma, vale a pena embarcar na viagem de Silvio Tendler - sem nenhuma dúvida, um belo retrato da geração do sonho e da resistência.” 2.4 Observe que a avaliação do objeto (filme) é apresentada ao longo do texto. Ela não fica concentrada em um determinado parágrafo ou em uma determinada parte do texto, e uma forma de ela se manifestar se dá pela escolha vocabular. Destaque algumas dessas palavras – ou expressões – avaliativas, fazendo um comentário acerca de tais escolhas. 2.5 Explique o seguinte comentário de Maria Helena Malta: “Para o cineasta, em vários momentos, o documentário pareceu interminável”. 2.6 Destaque o parágrafo em que o filme de Tendler é resumido – parte integrante de uma resenha crítica. Em seguida, proponha outro resumo para o filme. 2.7 Aponte os momentos da resenha em que há dados da vida e da obra de Silvio Tendler. Escreva – tanto com base no texto de Maria Helena Malta, como em material pesquisado por você – um possível (e resumido) perfil biográfico e profissional de Silvio Tendler. 2.8 Explique a maneira – opositiva, exemplificativa, conclusiva, etc. - como o segundo parágrafo se liga ao finalzinho do primeiro. 2.9 A resenha crítica em foco, escrita pela jornalista e escritora Maria Helena Malta, apareceu na Plurale em site – complemento virtual da Plurale em revista (ambas lançadas em outubro de 2007) -, publicação centrada em assuntos ligados ao meio ambiente e ao terceiro setor, com foco em formadores de opinião: políticos, empresários, jornalistas, universitários, pesquisadores, entre outros. Comente de que forma percebe-se a ligação da resenhista com o público-alvo da revista, utilizando, à guisa de justificação, passagens como a seguinte [grifos nossos]: “os sessenta anos da geração que tentou construir o sonho e foi atropelada por inúmeros pesadelos”. 2.10 A partir deste exercício, faremos um treinamento de escrita de resenha por modificação do texto analisado. 2.10.1 No primeiro parágrafo não consta o título do filme – talvez por razões editoriais, pelo fato de o título da resenha ser o título do filme, entre outros motivos (estilo, por exemplo). A fim de treinar a redação do gênero “resenha crítica”, inclua o título do filme de Tendler no primeiro parágrafo da resenha de Malta, fazendo as alterações coesivas necessárias à nova configuração textual. Escolha um título para a resenha diferente do título do filme. Modifique a redação das frases remanescentes do texto de MHM para transformá-lo em outro – obviamente, em tal processo, deve-se citar a resenha de Maria Helena. Exemplo de citação

4 indireta da resenha com colocação da “fonte” da referência: “a escritora e jornalista Maria Helena Malta, em resenha publicada na Plurale em site (28/04/2010)2, ....” 2.10.2 Pesquisando, ainda que de forma superficial – apenas para exercício de escrita -, na Wikipédia, por exemplo, reescreva o segundo parágrafo da resenha de MHM, acrescentando uma frase completa para cada uma das personalidades citadas de modo a conectar tais pessoas à temática do filme em tela: Susan Sontag (1933-2004), Eduardo Galeano, Ferreira Gullar, Denys Arcand, Amos Gitai (Free Zone), Fernando Solanas. 2.10.3 Explique por que a resenhista considera uma perda, para o documentário, a exclusão de “uma passagem sobre os autores da Beat Generation, como Kerouac e Ginsberg”. 2.10.4 O dicionário eletrônico de Antonio Houaiss traz as definições abaixo para os termos “utopia” e “barbárie”, presentes no título do filme de Silvio Tendler, objeto da resenha crítica de Maria Helena Malta. Inclua tais definições – apenas o que achar relevante - ao terceiro parágrafo do texto de Malta (“O premiado Silvio Tendler [...] difícil de acreditar.”), separando os dois tipos de eventos enfocados no documentário: utópicos e bárbaros. â Utopia – datação: 1671. Ÿ substantivo feminino. 1. lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos. 2. qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade. 3. Derivação: por extensão de sentido - projeto de natureza irrealizável; quimera, fantasia. Etimologia: lat. utopia, nome dado por Thomas Morus (humanista inglês, 1477-1535) a uma ilha imaginária, com um sistema sociopolítico ideal. Sinônimos: ver sinonímia de quimera. â Barbárie – datação: 1500. Ÿ substantivo feminino. 1. qualidade, condição ou estado de bárbaro; barbarismo, selvageria. 2. erro crasso de linguagem ou de escrita; barbarismo, barbaridade. Etimologia: lat. barbarìes,ei 'nação estrangeira em relação aos gregos e aos romanos, costumes grosseiros, rústicos, ignorância, estupidez, crueldade'. Sinônimos: ver sinonímia de barbaria. Antônimo: civilização. 2.11 A seguir, encontram-se sugestões para produção de resenha crítica, aproveitando a análise do texto de MHM. 2.11.1 Resenhe criticamente o filme “Utopia e barbárie”, citando a resenha de Maria Helena em suas considerações críticas. 2.11.2 Resenhe criticamente alguma – ou algumas – das obras de Tendler citadas por MHM, interligando-a(s) a “Utopia e barbárie”. Se usar algo do texto de MHM em sua resenha, cite a fonte original de forma completa. 2.11.3 Resenhe criticamente algum outro filme – ou livro, etc. – ligado à temática de Silvio Tendler em “Utopia e barbárie”. Novamente, lembre-se de que, se for usar algo do texto de MHM, em sua resenha, deve citar a fonte original de forma completa.

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