O PATO SELVAGEM - portal.ipp.pt

proposta de levar à cena O Pato Selvagem de Henrik Ibsen, tornou-se uma tarefa exigente principalmente do ponto de vista criativo...

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Comunicado de Imprensa TEATRO HELENA SÁ E COSTA

O PATO SELVAGEM Texto: Henrik Ibsen Encenação: Gonçalo Amorim 1 a 5 de Julho 2015 Quarta a Sábado – 21h30 Domingo – 18h00

Ensaio de Imprensa: 29 de junho 2015, segunda-feira, às 16h00

O Pato Selvagem é uma história de consciência moral que aborda tragicamente a fragilidade humana, cuja felicidade é destruída pelo fanatismo idealista da verdade absoluta. Narra o drama de Hjalmar Ekdal, (um poeta frustrado que acabou como fotógrafo lamentável que vive sem saber de onde vem o dinheiro que sustenta a sua família) e do seu amigo de infância, Gregers Werle, um moralista militante que assume o fanatismo pela verdade como finalidade da sua vida, que destruindo a mentira vital em que vive o casal Ekdal, destrói a sua vida rotineira. Nesta adaptação podemos seguir com mais precisão o ponto de vista da filha do casal Ekdal, Hedvig, colocando os vários tempos da vida da adolescente sobrepostos, num registo espectral que potencia o pendor trágico da obra.

Rua da Alegria, 503 – 4000-045 Porto | t. +351 225 193 765| m. +351 961 631 382 | www.esmae.ipp.pt/thsc | [email protected]

Quando me convidaram para encenar o projeto final do 3º ano da ESMAE, confesso que me assustei. Por um lado não sou professor, por outro não dispunha de muito tempo para o fazer, mas a insistência continuada do António Durães e o acreditar que terei de me manter ligado às escolas e aos novos profissionais de teatro que elas vão formando, levou-me a aceitar. De facto, parece-me quase um dever os profissionais de teatro pararem um bocadinho a sua rotina para poderem ter a experiência de dirigir o que de melhor as escolas vão formando. Dito isto, e já a trabalhar, deparei-me com um grupo bastante qualificado e preparado, com um apoio constante dos seus professores, em todas as áreas, figurinos, luz e som, cenografia, produção e interpretação, encontrei alunos talentosos e principalmente motivados em fazer o seu melhor, e professores atentos e de facto preocupados, em que a vida corresse bem aos seus estudantes. A ESMAE tem também, além disso, condições bastante boas para aquilo que nos traz aqui hoje: a prática teatral. Estando reunidas as condições para que pudéssemos trabalhar em boas condições, a minha proposta de levar à cena O Pato Selvagem de Henrik Ibsen, tornou-se uma tarefa exigente principalmente do ponto de vista criativo. Penso que a proposta cativou e inspirou todos os intervenientes, levando a que as propostas criativas fossem suficientemente ousadas. O laboratório que desenvolvi com os atores, com base, além do seu material expressivo, nos temas presentes na obra, deu-me a ver o imaginário de cada um, e o desenvolver diário das suas qualidades expressivas. Pegar nesta obra de Ibsen, imersa ela própria em todos os avanços da psicologia no final do séc. XIX, de forte pendor onírico e metafório, onde pontifica a ideia de mentira vital, colocounos a todos nós, (equipa do espetáculo) a depararmo-nos com as nossas próprias mentiras vitais. Esta reflexão levou-nos a criar uma obra densa e intensa, porém com ausência de sentimentalismo, e dirigida como uma tragédia. Com O Pato Selvagem vamos viajando pelos interstícios da construção da personalidade e vamos acompanhando a misteriosa personagem Hedvig, essa adolescente que pelos vistos está a cegar. Neste diálogo entre o que é visível e o que é invisível, entre o que é verdadeiro e o que é falso as personagens vão sobrevivendo, mas o fim é necessariamente trágico. Resta agradecer a toda a equipa, com um agradecimento especial ao Paulo Calatré que me foi acompanhando nesta encenação. Desejar o máximo de sorte a estes alunos nas suas vidas profissionais e esperar que o público aprecie o que preparamos para eles. Bom espetáculo! Gonçalo Amorim

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Ficha do Espetáculo Texto O Pato Selvagem Autor Henrik Ibsen Encenação Gonçalo Amorim Tradução Gil Costa Santos Ranghild Marthine Assistência de Encenação Paulo Calatré Interpretação Diogo Rocha Ema Santa Bárbara Henrique Apolinário Isabel Martinez Mário Sarmento Oliveira Marisa Bimbo Nuno Granja Raquel de Lima Soraia Sousa

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Cenografia Pedro Morim Ilmari Saavala Figurinos Rita Passos Luz Filipe Rebelo Som Mariana Rego Direção de Cena Vanessa Lopes dos Santos Produção Rute Vila Pouca

Professores Orientadores José Topa | Coordenador da Produção Elisabete Leão e Nick Redgrave | Cenografia Rui Lima | Som Pedro Cabral | Luz Filipa Carolina | Figurinos Regina Castro | Direção de Cena e Produção Professores de Apoio ao Movimento e Voz Catarina Lacerda | Apoio ao Movimento e Carlos Meireles | Apoio à Voz

Espetáculo para maiores de 12 anos. Duração: 150’ (aproximadamente) Bilhetes: 4,00 euros

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Teatro Helena Sá e Costa Rua da Alegria, 503 Rua da Escola Normal, 39 4000-045 Porto Informações/Programação: www.esmae.ipp.pt/thsc [email protected] Reservas: 961631382 / 225193765 Horário de Bilheteira: Em dias de espetáculo, duas horas antes do início. Horário de reservas (dias úteis): 10h30 às 12h30; 14h30 às 18h00 Programa sujeito a alterações por motivos imprevistos

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