O Rio Platte, Nebraska, 1863 E seguiram em frente. Semanas

“Pato selvagem”, ele disse. “E coelho. Para vocês.” Mary só conseguia olhar estarrecida, sem ter o que dizer, enquanto ele colocava os animais mortos ...

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“Ôôô, parem!” Mary puxou as rédeas e os bois diminuíram o ritmo. “Estão todos bem?” Ela olhou para os três irmãos menores, que estavam montados nos bois. Eles responderam que sim. O Rio Platte estava diante deles, largo e lamacento. “E agora?”, Jackson perguntou. Ele só tinha 9 anos, mas estava ajudando Mary a guiar os bois. O pai estava deitado no carroção, ainda doente. “Não precisamos cruzar o rio”, ela disse. “Mas podemos segui-lo.” Não havia uma estrada para Sião, mas o rio poderia guiá-los enquanto seguiam para o oeste. “Vamos, bois!” Mary não sabia que os pioneiros mórmons viajavam do outro lado do Rio Platte e foi por um caminho diferente. Por não terem atravessado o rio, entraram em território indígena. Não viram outro comboio pelo resto da viagem.

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E seguiram em frente. Semanas mais tarde, Mary viu uma nuvem de poeira se aproximando. “Calma”, ela sussurrou para os bois e para si mesma. “Calma.” A poeira baixou para mostrar um pequeno grupo de indígenas montados em seus cavalos. Um deles foi até a parte de trás do carroção, onde seu pai estava deitado. Os olhos do cavaleiro mostravam bondade. “Está doente?”, ele perguntou, apontando para o pai. “Sim”, Mary falou baixinho. O homem gritou algo em seu próprio idioma e os homens foram embora tão rápido quanto chegaram. Mary olhou para o sol no céu. “Vamos parar aqui”, ela disse a Jackson. Ela tirou Sarah e os gêmeos de cima dos bois. “Mary, venha ver!”, Jackson disse. O homem de olhos amáveis vinha na direção deles, com algo pesado nas mãos.

“Pato selvagem”, ele disse. “E coelho. Para vocês.” Mary só conseguia olhar estarrecida, sem ter o que dizer, enquanto ele colocava os animais mortos em seus braços. Com um aceno, ele partiu em direção ao pôr do sol. “Comida!”, Mary exclamou. “Carne!” O presente daquele homem foi realmente um milagre. Mais milagres aconteceram naquela viagem. Uma manada de búfalos chegou perto deles, mas se desviou do carroção de ambos os lados. Uma tempestade de areia arrastou um dos gêmeos para um rio, mas Mary conseguiu salvar a criança. Mas a jornada ainda era difícil. A cada dia, o carroção parecia mais desgastado e os bois mais cansados. O terreno era íngreme e rochoso. Era difícil cruzar as montanhas. Mas Mary e sua família moviam-se lentamente adiante. Eles estavam acabando de descer uma montanha quando Mary viu um homem guiando um carroção em sua direção.

“Talvez ele possa nos indicar o caminho para Lehi, Utah!”, ela disse a Jackson. Havia um tio que morava lá. “Vocês estão no Cânion Echo, não muito longe do Vale do Lago Salgado”, respondeu o homem quando ela perguntou onde estavam. “Mas onde está o restante de seu grupo?” Eles contaram toda a história e o homem escutou maravilhado. “Vocês viajaram mais de 1.600 quilômetros sozinhos?” Ele balançou a cabeça com admiração. “Você é uma garota valente. Vou dizer-lhe como chegar a Lehi. Vocês estão quase lá.” “Quase lá”, Mary sussurrou para si mesma enquanto o homem desenhava um mapa no chão empoeirado. Quase em Sião. “Apesar de tudo, acho que vamos conseguir.” Mary e sua família chegaram a Lehi, Utah. Mais tarde, ela se casou e formou sua própria família. Seu exemplo de fé e coragem tem abençoado muitas pessoas. ◼ A autora mora no Texas, EUA.



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CRIANÇ AS


O Rio Platte, Nebraska, 1863