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Aqui o que ocorre é falta de conhe-cimento técnico quanto à diferença en-tre ação técnica normal (quando não há qualquer exigência), improvável (quand...

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□ MUDOU-SE □ ENDEREÇO INSUFICIENTE □ NÃO EXISTE O Nº INDICADO □ FALECIDO □ DESCONHECIDO □ RECUSADO □ AUSENTE □ NÃO PROCURADO □ OUTROS: □ INFORMAÇÃO PRESTADA PELO



PORTEIRO OU SÍNDICO



EM ___/___/__.

□ REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTAL

Data:

Rubrica:

N0 80 – 2012

11 Equívocos e mal-entendidos quanto ao conceito de ergonomia e sua prática Página 2

A Ergo Editora lança em maio a segunda edição do livro TORTOM em diversos estados do Brasil e, na ocasião, também será apresentado o novo software Página 5

A Ergo capacita os usuários do Índice TOR-TOM em suas diversas aplicações, com curso e oficina Página 6

O Curso de Ergonomia Aplicada ao Trabalho da Ergo trás novidade este ano: a partir do 2º. Módulo, o participante poderá fazer oficina de exercícios práticos Página 8

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30 Anos da Ergo A Ergo foi fundada em agosto de 1981 e desde essa época procura associar o tripé: (a) fundamentação científica nas avaliações e na proposição de soluções; (b) recomendações práticas nas melhorias recomendadas; (c) compromisso ético com a melhoria das condições de trabalho. Nossas principais atividades, nos tempos atuais, são: (a) treinamentos abertos e fechados sobre Ergonomia, Segurança do Trabalho, Gerenciamento do Estresse e Qualidade de Vida no Trabalho; (b) instituição e acompanhamento dos Sistemas de Gestão da Ergonomia e Sistemas de Gestão da Segurança no Trabalho; (c) avaliações técnicas da ergonomia em situações complexas.

Nosso Curso de Especialização em Ergonomia (de 200 horas – Básico e Avançado) é referência nacional de conteúdo científico e de praticidade e é buscado por dezenas de profissionais de Minas Gerais e de todos os estados do Brasil todos os anos. Em 2012 realizaremos a 29ª. Edição do Curso. Em convênio com a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, nossos alunos (portadores de 3º. Grau e que tenham concluído a monografia obrigatória), podem complementar o curso e obter o título de Especialização Lato Sensu. Agradecemos aos nossos clientes, leitores e incentivadores. E manifestamos nosso propósito de continuar nossos trabalhos e aperfeiçoálos, passados também aos nossos leitores sob a forma de livros de alto valor, publicados pela associada Ergo Editora.

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11 EQUÍVOCOS E MAL-ENTENDIDOS QUANTO AO CONCEITO DE ERGONOMIA E SUA PRÁTICA uHudson de Araújo Couto

O ser humano tem, de tempos em tempos, algumas excelentes ideias. A Ergonomia foi uma delas. Esse termo, ERGONOMIA, vem do grego: ERGO quer dizer trabalho, e NOMOS quer dizer regras. Ergonomia, na prática, pode ser definida em 5 palavras: adaptar o trabalho às pessoas. Atenção: não é adaptar o homem ao trabalho. É adaptar o trabalho às pessoas. Esse conceito não tem mais que 60 anos e já promoveu mudanças impressionantes em todo o mundo, inclusive no Brasil, na forma como as pessoas trabalham. Graças à Ergonomia, o trabalho tem se tornado menos agressivo para a coluna vertebral dos trabalhadores; os ambientes quentes, que tanto levavam

Tarefas que exigem pessoas mais robustas e fortes ou de padrão antropométrico ajustado ao trabalho: ♦ Maqueiros em blocos cirúrgicos

para ajudar na movimentação de pacientes recém-operados ♦ Carteiros ♦ garis ♦ carregadores de sacas de mantimentos ou de caixas de laranja ♦ entregadores de eletrodomésticos ♦ pessoal que faz mudança ♦ estivadores ♦ muitas das funções na indústria automobilística ♦ qualquer situação de manuseio de cargas mais pesadas ♦ atividades em minas de subsolo ♦ atividades rurais em geral ♦ borracheiros de equipamentos pesados ♦ mecânicos de manutenção nas frentes de trabalho ou em áreas industriais ♦ policiais de tropa de choque e infantaria ♦ bombeiros e pessoal de resgate

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trabalhadores à exaustão física, tem-se tornado bem melhores; os escritórios têm melhorado bastante; os postos de trabalho têm evoluído para melhor; já não se aceita mais como normal que o trabalhador chegue ao final de sua jornada extremamente fatigado. E ainda mais, quando se aplicam bons conceitos de ergonomia, uma empresa reduz os seus acidentes do trabalho em cerca de 30 a 40%. No entanto, em nossa prática na instituição da ergonomia nas empresas, temos observado alguns equívocos e malentendidos que ocorrem principalmente entre supervisores e gestores, que precisam ser bem esclarecidos. Alguns desses equívocos existem também entre os profissionais do SESMT. Vamos lá: 1. Não se pode fazer seleção de pessoas com base em critérios físicos Este é, provavelmente, o maior dos equívocos. Na sua essência, a pessoa que comete esse equívoco estaria pensando que, se ergonomia é adaptar o trabalho às pessoas, não deveria ser necessário qualquer critério de seleção física. Mas esse ponto de vista se constitui em sofisma, pois parte-se de uma premissa errada (todo trabalho que contém exigências é impróprio para o ser humano), faz-se um raciocínio correto (em todo trabalho anti-ergonômico o que deveria ser mudado é o trabalho) e chega-se a uma conclusão errada (não se pode mais fazer seleção para o trabalho com base nas características físicas). O problema aqui foi a premissa falsa, pois nem todo trabalho que contém exigência física é impróprio para o ser humano. Existe um grande contingente de situações de trabalho perfeitamente razoáveis para o ser humano, para as quais pessoas mais frágeis ou que já tenham sofrido alguma lesão não podem (e não devem) fazê-los, mas que pessoas comuns podem fazer, sem qualquer tendência a lesão. É muito claro que existe (e sempre irá existir) um grande número de situações que exigem seleção de pessoas mais robustas e fortes. Veja o quadro. Dá para imaginar alguma das situações acima

citadas sendo feita eficazmente por uma pessoa fraca? Há também situações de desconhecimento das exigências do cargo, assim como há muita insegurança em se ter que aplicar a conclusão “inapto para a função”, com medo de contestações. Uma situação fácil de justificar é quando se aplica a seleção porque o candidato a emprego tem uma doença que irá se agravar pelo exercício da atividade com alguma exigência. Por exemplo, o indivíduo é hipertenso e o cargo exige esforços de levantamento manual de cargas mais pesadas que 15 kg. Outra clara contraindicação para esse tipo de serviço é a existência prévia de hérnia de disco. Nossas recomendações: ♦ É de grande valor que a empresa tenha o perfil profissiográfico de funções de maior exigência, bem como uma definição prévia das respectivas contraindicações. ♦ No perfil profissiográfico do cargo, é importante destacar outras exigências que não apenas a de robustez; por exemplo, exigências específicas da visão. ♦ É necessário haver um critério científico, mostrando evidências da exigência maior da função e que determinado indivíduo eventualmente reprovado não tinha a condição mínima exigida para aquela tarefa. ♦ Estar preparado para eventual contestação dos pareceres de inapto para a função, que certamente irá ocorrer. ♦ Nunca fazer uma seleção considerando que em determinadas funções somente homens podem realizar aquele trabalho. Considerar sim, a força física necessária para a realização da tarefa. 2. Depois da ergonomia, não se pode mais fazer nenhum esforço Com frequência vemos o questionamento quanto a esse tipo de ação técnica, como se o simples fato de levantar alguma caixa de 15 kg ou de levantar o braço acima do nível do ombro ou abaixar ou encurvar o tronco para acionar algum comando fosse igual a risco ergonômico.

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Aqui o que ocorre é falta de conhecimento técnico quanto à diferença entre ação técnica normal (quando não há qualquer exigência), improvável (quando há a exigência, mas os mecanismos de regulação prevalecem) e risco (quando há a exigência e os mecanismos de regulação são insuficientes). O risco ergonômico é decorrente de três fatores básicos: a intensidade do fator, a frequência do esforço e a taxa de ocupação. Assim, é bem verdade que algumas ações técnicas de alta intensidade podem se constituir em risco ergonômico (por exemplo, levantar, apenas uma vez, uma carga de 60 kg), mas a maioria dos esforços feitos pelo trabalhador em suas atividades na empresa são exigências, e não se constituem risco. Nossa recomendação: ♦ Cabe ao profissional com conhecimento técnico profundo em ergonomia analisar as situações e definir quanto à existência ou não de risco. 3. A quase-totalidade das lesões musculoesqueléticas é decorrente do trabalho; ou o contrário, praticamente nenhuma lesão é causada pelo trabalho Demonstrar ou negar a origem de um transtorno musculoesquelético co-mo sendo decorrente do trabalho é uma das tarefas mais difíceis que existem. Isso porque o transtorno pode ser causado por fatores de constituição física pessoal, por fatores extraprofissionais e pelo próprio envelhecimento. Mas também pode ser precipitados por condições inerentes ao trabalho, especialmente quando existe sobrecarga ergonômica. Esta é uma armadilha frequente, que serve a ambos os lados: os que estão interessados em negar a participação do trabalho na origem dos transtornos irão exigir demonstrações científicas de nexo praticamente impossíveis de serem feitas. Por outro lado, aqueles que estão interessados em demonstrar a origem do trabalho se escudam no termo “doença relacionada com o trabalho”. A solução medíocre comumente encontrada é a chamada concausa, que traz os menores prejuízos. Mas que, convenhamos, não é a melhor forma de conduzir o assunto sob o ponto de vista científico. Nossas recomendações: ♦ Analisar detalhadamente cada caso em que essa dificuldade de estabelecimento de nexo se apresentar e buscar um parecer de consenso, após discussão dialética com profissionais tecnicamente capazes. ♦ Utilizar estudos epidemiológicos pa-ra

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nortear a definição da origem de determinados transtornos com o trabalho; uma das ferramentas mais úteis é o risco relativo, que compara a incidência do transtorno em determinado grupo profissional com a incidência em outro grupo profissional totalmente distinto; ou, se possível com populações totalmente distintas das que estão sendo pesquisadas. ♦ Outra ferramenta estatística adequada para essas situações é a determinação do quiquadrado e sua interpretação para definir se há ou não diferença entre o grupo populacional estudado e o universo. ♦ Evitar ao máximo o conceito da concausa. 4. A maioria das situações de trabalho contém risco ergonômico O que ocorre é exatamente o contrário. A maioria das situações de trabalho não contém risco ergonômico, embora existam exigências ergonômicas. O que ocorre é que as pausas irregulares habituais (que são um mecanismo de regulação altamente eficaz) raramente são contadas e tem-se então uma formulação do risco ergonômico por algo que está acontecendo apenas em algum período da jornada. Naturalmente, quanto maior for a taxa de ocupação ao longo da jornada, tanto maior será a probabilidade de realmente haver um risco ergonômico. Nossas recomendações: ♦ Em toda análise ergonômica fazer uma cronometragem do dia típico, anotando tempos de trabalho e tempos de pausas habituais irregulares. Também anotar o horário de início e final de determinadas tarefas. ♦ Utilizar o método TOR-TOM para quantificar a intensidade da exposição às exigências ergonômicas e o peso dos mecanismos de regulação normalmente existentes. 5. Levantar poucas vezes sacas de 25 kg não tem risco ergonômico Esta situação é ilustrativa de uma questão difícil no mundo da ergonomia: é quando o esforço existe, mas não é muito intenso e não é frequente. É claro que se perguntarmos a um trabalhador jovem, de 20 a 30 anos sobre sua tolerância a esse tipo de serviço, ele responderá não haver problema. Mas em ergonomia tem-se que pensar no processo de envelhecimento, temos que criar situações de trabalho compatíveis tanto para pessoas idosas, quanto para trabalhadores jovens; tanto para homens quanto para mulheres. E há que

se ter em mente o conceito de lesão por trauma cumulativo. Conclusivamente, levantar do nível do piso sacas ou pesos de 25 kg tem, sim, risco ergonômico. A mensagem que a ergonomia quer passar para as empresas é: reduzam o peso das cargas e tornem as atividades mais leves e mais fáceis, de forma que todos possam fazê-las, independente da idade e do gênero. E a mensagem social para as autoridades do trabalho é: adotem o limite de peso de 20 kg para sacarias e caixas. As contas da Previdência Social agradecerão. 6. Depois da ergonomia, não se pode mais cobrar produtividade Esse equívoco tem duas origens: (a) uma visão ingênua, anarquista ou niilista do trabalho (o ser humano não foi feito para trabalhar); (b) uma postura radicalmente agressiva contra o critério de se cobrar produtividade, que remonta à aversão aos métodos inicialmente propostos por Taylor, no início do século XX. O problema é que o mundo do trabalho real vive de metas e resultados e que o estabelecimento de metas é fundamental para se ter previsibilidade dos resultados da empresa em seu cotidiano. (Observe que a própria enunciação da NR-17, no item 17.1, propõe que a norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente). Mas um problema complementar é que, muitas vezes, o estabelecimento de metas é feito sem considerar a sobrecarga física e mental sobre as pessoas. E, nessa circunstância, elas costumam descompensar. Nossas recomendações: ♦ Não há qualquer problema em se estabelecer critérios de produtividade por trabalhador, desde que os critérios sejam estabelecidos com boa base científica quanto à prevenção da fadiga. ♦ Esteja atento não só à questão da carga de trabalho físico, mas também à carga mental. 7. Não se pode mais pagar prêmios individuais de produtividade Os prêmios de produtividade foram incorporados à administração dos processos produtivos, de forma sistematizada, desde o início do século XX. O leitor irá argumentar: nada mais justo, quem trabalha mais deve ganhar mais. O problema comumente detectado é a

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adoção de critérios em que a produtividade não depende somente do trabalhador (ocasionando frustração) e, o que é mais grave, o chamado pagamento exponencial de adicional de produtividade, que costuma levar à fadiga e ao adoecimento. É por essa razão que a Norma Regulamentadora 17 coloca a seguinte ressalva quanto à essa prática: “todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores” (item 17.6.3.a). Nossas recomendações: ♦ Tenha muito cuidado ao estabelecer critério de pagamento individual de adicional de produtividade; esse critério deve ser precedido de uma avaliação ergonômica bem detalhada das exigências. ♦ Se houver o adicional de produtividade, ele não deve ultrapasse 35% da remuneração; desestimule que as pessoas produzam mais do que isso, pois a chance de estarem forçando com tendência a fadiga é muito elevada. ♦ Prefira o pagamento coletivo de bônus conseguido em decorrência de melhor produtividade. ♦ Evite afixar “carinhas” para sinalizar a produtividade individual. Destaques positivos sim, podem ser colocados, mas nunca coloque carinhas tristes ou outros símbolos desabonadores para se referir a trabalhadores com produtividade baixa. 8. Não se pode mais chamar a atenção das pessoas quando o desempenho deixa a desejar Na origem desse equívoco, temos outro sofisma: “o ser humano não gosta de ser chamada a atenção”. E se ergonomia é adaptação do trabalho às pessoas, não se deve mais chamar a atenção das pessoas. Esse sofisma pode ser desfeito se colocarmos outras duas premissas: o ser humano gosta, sim, de que seus erros e suas falhas sejam corrigidos. E gosta que sejam corrigidos com abordagens construtivas. Nossa recomendação: ♦ Nunca deixe de corrigir o desempenho de um subordinado. Mas faça isso de forma construtiva. 9. Questões de relacionamento humano são questões de ergonomia Esse equívoco é uma variação do anterior. E tem sido comum que o profissional de ergonomia seja chamado para

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atuar em situações extremas de relacionamento difícil e, pasmem, até mesmo em casos de assédio moral. Temos que ser muito claros e específicos: problemas de relacionamento humano não são questões de ergonomia, mas sim da área de Gestão de Pessoas, que deve abordar essas questões utilizando o serviço dos profissionais especialmente preparados para tal: psicólogos organizacionais. Nossas recomendações: ♦ Não entre em questões isoladas desse tipo. Repasse os problemas detectados para a área específica. ♦ Quando as questões de relacionamento forem decorrentes de carga de trabalho excessiva ou de estilos gerenciais coletivamente estressantes, busque documentar as situações de adoecimento mental, peça ajuda ao pessoal de Gestão de Pessoas e busque soluções com a alta gerência. 10. As pessoas que estão sempre queixando no ambulatório médico têm um problema ergonômico em seu trabalho Diante dessa ocorrência, devemos pensar não de forma simplista, mas em 4 alternativas: (a) pessoas que estão sempre se queixando no ambulatório médico podem sim estar sinalizando a existência de algum problema ergonômico em seu trabalho e devem ser ouvidas. Mas também (b) podem estar sinalizando insatisfação com algum aspecto do seu trabalho ou do relacionamento com as chefias. Podem também (c) estar trazendo algum tipo de problema pessoal de adoecimento, sem relação com o trabalho; como também (d) podem estar interessadas em montar um prontuário rico de anotações visando um ganho secundário no futuro. Nossas recomendações: ♦ Com todo trabalhador que procura frequentemente o ambulatório, procurar fazer uma abordagem situacional sistematizada, coordenada pelo médico do trabalho, mas envolvendo outros profissionais quando necessário. ♦ A abordagem recomendada é o esclarecimento sem julgamento. ♦ Aspectos a serem esclarecidos: existe uma relação da queixa frequente com uma condição ergonomicamente incorreta? Existem sinais objetivos ao exame clínico? Existe um fator pessoal de doença que esteja sendo agravado por uma condição comum de trabalho? Existe necessidade de um remanejamento? Existe uma situação de adoecimento não devidamente esclarecida pela rede assistencial?

♦ Adotar a conduta mais correta, dependendo do que tiver sido encontrado. No caso de queixa relacionada às condições ergonômicas, não se ater somente a questão do posto de trabalho, mas também da gestão do processo produtivo com possível sobrecarga, à realidade psicossocial da área ocasionando tensão e à anulação dos mecanismos de regulação – ritmos forçados e horas extras, que muitas vezes fazem com que o trabalhador fique sobrecarregado. 11. Praticar ergonomia é atender à vontade das pessoas Esse é, provavelmente, um dos maiores equívocos. Em empresas que montam o Sistema de Gestão da Ergonomia, à medida que são implantadas melhorias ergonômicas, é comum ver trabalhadores tentando fazer com que todas as suas vontades sejam atendidas. Todos têm vontades e a ergonomia não se propõe a atendê-las. A proposta básica da ergonomia é “estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores”. Nesse sentido, cabe ao profissional de ergonomia conhecer os trabalhadores em sua complexidade e diversidade de gênero, idade, antropométrica, fisiológica e psicológica, avaliando tecnicamente as exigências que eles têm que arcar no trabalho (exigências biomecânicas, fisiológicas, de carga mental, psicossociais e de agentes físicos). É necessário também conhecer seus limites de tolerância para os fatores acima citados e, assim, estabelecer como atender às suas necessidades (não necessariamente às suas vontades). Conclusão A Ergonomia não é uma panaceia. Ela não dispensa outras abordagens complementares nas organizações. Para sua boa prática, é fundamental um conhecimento profundo do que é do que não é risco ergonômico. Ela não elimina a cobrança de resultados, pelo contrário, sob boas condições ergonômicas podese e deve-se cobrar maior produtividade das pessoas. E é sempre necessário entender que vivemos num mundo de interesses difusos, sendo muito fácil tentar caracterizar como questão ergonômica aspectos outros do complexo mundo do trabalho que nada têm a ver com a Ergonomia.

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Lançamento

Livros da Ergo Editora

ÍNDICE TOR-TOM 2ª. EDIÇÃO AS 25 APLICAÇÕES PRÁTICAS e O NOVO APLICATIVO TOR-TOM (Versão 4) ♦ Orientação administrativa à gerên-

cia quanto à correção das condições de risco ergonômico ♦ Prescrição de trabalho de forma produtiva ♦ Avaliação dos fatores do ambiente que podem trazer risco ergonômico

O Método TOR-TOM vem sendo utilizado por inúmeras empresas no Brasil. O livro original está esgotado desde 2009. A segunda edição do livro será lançada em maio em diversos estados do Brasil e, na ocasião, também será apresentado o novo software. Além do aperfeiçoamento técnico do Índice, a maior parte da nova edição do livro será dedicada às 25 Aplicações Práticas do Método, que são divididas em 7 grupos: ♦ Ferramenta básica de auxílio à análise ergonômica em tarefas de manufatura ♦ Definição da existência ou não de risco ergonômico nas atividades manuais e intelectuais feitas de forma habitual

♦ Dosimetria da exposição individual

aos fatores de carga de trabalho ♦ Ferramenta prática para Mapeamento Ergonômico com o Índice de Conforto Ergonômico em 12 Passos

Palestras (gratuitas) e oficinas de orientação do uso do aplicativo Palestra (inscrição gratuita): Um Método Prático para Definir quanto ao Risco Ergonômico no Trabalho e As 25 Aplicações Práticas do Índice TOR-TOM Oficina (Para os que adquirem o livro): Como Usar o Software do TOR-TOM (versão 4). Em Belo Horizonte – Palestra: 9/5 – 20h; Oficina: 11/5 – 8:30 às 12h Em Brasília – Palestra: 10/5 – 16h Em Campinas – Palestra: 21/5 – 20h; Oficina: 22/5 – 8:30 às 12h Em São Paulo – Palestra: 22/5 – 20h; Oficina: 23/5 – 8:30 às 12h Em Curitiba – Palestra: 23/5 – 20h; Oficina: 24/5 – 8:30 às 12h Em Joinville – Palestra: 24/5 – 20h; Oficina: 25/5 – 8:30 às 12h Em Porto Alegre – Palestra: 13/6; 00h; Oficina: 15/6 – 14 às 17:30h Em Bento Gonçalves – RS– Palestra: 14/6 – 20h; Oficina: 15/6 – 8 às 11:30h Número limitado de vagas Inscrições abertas no site da Ergo ou por telefone.

Livros recentes O passo-a-passo de um modelo de sucesso em empresas brasileiras

COMO INSTITUIR A ERGONOMIA NAS EMPRESAS

A Prática dos Comitês de Ergonomia Por que este livro é fundamental para você?

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ção da Ergonomia como Sistema de Gestão;

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tabelecimento de prioridades e metas, forma de avaliar a eficácia das melhorias, ciclo PDCA, indicadores de processo e de resultados; ♦ Porque detalha de que formas uma empresa que está agindo de forma correta em relação à Ergonomia evita perdas na Justiça do trabalho e na classificação indevida de afastamentos previdenciários; ♦ Porque ensina a empresa a se preparar para a Certificação Internacional em Ergonomia; ♦ Porque fornece ricas sugestões de material para palestras visando à cultura de Ergonomia; ♦ Por uma série de outros motivos que você descobrirá lendo o livro!

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boratório de Química Ambiental da Comissão Ambientalista Interestadual de Staten Island e pesquisador do Centro de Ciências Ambientais da Universidade da Cidade de Nova York. É também Professor Adjunto do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey em Newark e do Community College da Filadélfia. Dr. Patnaik é autor do Handbook of Environmental Analysis, Handbook of Inorganic Chemicals e Dean’s Analytical Chemistry Handbook, Second Edition.

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método MÉTODO TOR-TOM

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25 Aplicações Práticas em Ergonomia e na Gestão da Produtividade Segura Objetivo Capacitar os participantes no uso do Índice TOR-TOM em suas diversas aplicações. Instrutor Prof. Dr. Hudson de Araújo Couto, Médico, Diretor da Ergo, criador do Método TOR-TOM. Descrição da ferramenta O Método TOR-TOM é um modelo de análise quantitativa do trabalho pelo qual o analista avalia os diversos aspectos da tarefa e calcula para aquela atividade qual deveria ser a taxa de ocupação máxima (TOM). Compara então com a taxa de ocupação real (TOR) e avalia se a tarefa tem ou não risco ergonômico. Se a TOR estiver bem acima da TOM, afirma-se com 99% de certeza que há risco ergonômico e o trabalhador executa a atividade com fadiga. Se a TOR estiver igual ou abaixo da TOM, afirmase com 95% de certeza não haver risco ergonômico. O Método TOR-TOM é baseado na pesquisa mais moderna sobre fatores causais envolvidos nas LER/DORT e também em mais de 100 anos de pes-

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TOR-TOM

quisa sobre fadiga no trabalho e sua prevenção. O Método TOR-TOM foi criado em 2006, é utilizado por dezenas de empresas e vem gradativamente sendo aperfeiçoado e aumentando o número de situações em que é usado. Atualmente já conta com 25 aplicações práticas importantes. O curso No primeiro dia, o participante aprenderá a usar o Método TOR-TOM, primeiro em planilha no papel, entendendo a lógica dos fluxogramas apresentados. A seguir, utilizará o Método TOR-TOM em computador. O participante deverá levar notebook que tenha Windows como sis-

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tema básico e receberá um CD com a versão mais recente do software. O participante utilizará a Versão 4 do Aplicativo TOR-TOM, atualizada e aperfeiçoada com nada menos que 25 aplicações práticas. Diversos exercícios serão conduzidos. No segundo dia, o participante aprenderá as diversas aplicações do TORTOM, com explicação da teoria que o suporta e depois com exemplos, fazendo os exercícios em notebook. A quem se destina Aos profissionais de Ergonomia com experiência na área; aos profissionais de Métodos e Tempos e de Planejamento de Produção. Valor do Investimento

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Novembro 6 e 7 Terça e Quarta-feira Belo Horizonte

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Uma referência técnica há 25 anos

29º. Curso de Ergonomia Aplicada ao Trabalho da Ergo. O curso é ministrado pelo Prof. Hudson de Araújo Couto Estão abertas as matrículas para o 29º. CURSO DE ERGONOMIA APLICADA AO TRABALHO, início em maio de 2012. Ao longo dos anos, o curso se tornou uma referência técnica porque o participante: ♦ Aprende técnicas objetivas e práticas de análise ergonômica; ♦ Aprende a diferenciar as situações em que há das que não há risco ergonômico; ♦ Aprende a utilizar diversas ferramentas práticas complementares de análise ergonômica; ♦ Aprende a teoria básica da ergonomia; ♦ Aprende conteúdos avançados da ergonomia; ♦ Aprende tanto os aspectos da biomecânica e fisiologia, quanto os aspectos da organização do trabalho e da carga mental; ♦ Tem aulas práticas em laboratório; Conteúdo Básico (30 vagas) R$ 5.420,00

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♦ Tem aulas práticas de análise ergonômica de situações reais; ♦ Aprende a instituir a ergonomia na empresa (estratégia, passos, formulários e rotinas). O curso é dividido em Conteúdo Básico (96 horas) e Conteúdo Avançado (104 horas). Os candidatos ao conteúdo avançado deverão ter demonstrado proficiência no básico e deverão elaborar monografia. Os participantes com 3º. Grau completo e monografia aprovada podem complementar o curso com um Conteúdo de Especialização de 160 horas ministrado em convênio com a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, obtendo assim o título de Especialista em Ergonomia, Pós-Graduação Lato-Sensu, reconhecido pelo MEC. Local: Belo Horizonte, AMMG; aulas práticas no laboratório da Ergo. As matrículas já estão abertas. Telefone (31)3261-3736.

Módulo 1 29 de maio a 1º de junho

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Módulo 2 3 a 6 de julho

♦ Como Gerenciar a Questão das LER/DORT ♦ Uso do Índice TOR-TOM para avaliação e gerenciamento da produtividade de forma



♦ Oficina (2/7 – opcional): ♦ Análise de situações práticas de uso da Equação do NIOSH ♦ Exercícios de aplicação do Modelo 3D de Michigan

Módulo 3 7 a 10 de agosto

♦ Ergonomia no Trabalho em Escritórios e com Computadores ♦ Análise crítica da NR-17 e de seus Anexos ♦ Análise Ergonômica do Trabalho – Como Fazer ♦ Quadro de Classificação do Risco Ergonômico ♦ Oficina (6/8 – opcional): ♦ Exercícios de uso do Método TOR-TOM ♦ Utilização do Índice de Conforto Ergonômico

Módulo 4 11 a 14 de setembro

♦ Aprofundamento em Biomecânica ♦ Exercícios de uso aprofundado da Equação do NIOSH ♦ Ergonomia no Layout, na Movimentação de Cargas e nas Atividades de Manutenção ♦ Vibração de corpo inteiro e vibração segmentar ♦ Oficina (10/9 – opcional): ♦ Estudo em fotos de situações de trabalho em postos de trabalho informatizados ♦ Classificação de situações de trabalho quanto ao risco ergonômico

Módulo 5 1 a 5 de outubro

♦ Ergonomia do Trabalho Fisicamente Pesado e em Altas Temperaturas ♦ Técnicas Sofisticadas de Avaliação Ergonômica ♦ Uso do TOR-TOM em avaliação do risco e gerenciamento da produtividade segura em situações



♦ Análise Ergonômica – Aula Prática em Empresa da Região Metropolitana de BH ♦ Fundamentos de Estatística Aplicada e Elaboração da Monografia ♦ Oficina (5/10 – opcional) ♦ Análise pelo Método TOR-TOM do impacto da vibração de corpo inteiro ♦ Análise pelo Método TOR-TOM de situações de trabalho em altas temperaturas

Módulo 6 3 a 7 de dezembro

♦ Prevenção da Fadiga ♦ Controle do Estresse ♦ Ergonomia na Melhoria da Confiabilidade Humana e na Prevenção de Acidentes do Trabalho ♦ Apresentação das Monografias ♦ Como instituir a Ergonomia na empresa: O Sistema Integrado de Gestão

6 e 7 de dezembro

♦ Como Instituir a Ergonomia na Empresa: O Sistema Integrado de Gestão e a Dinâmica dos

ergonomicamente correta em atividades manuais

de exigências do ambiente de trabalho, do metabolismo e da postura no trabalho

Comitês de Ergonomia

INSCRIÇÕES ABERTAS TAMBÉM PARA QUEM NÃO TENHA CURSADO O 29º. CURSO DE ERGONOMIA Diretores Responsáveis: Hudson de Araújo Couto e Angela Maria Carvalho Couto Editor Responsável: R. Thadeu Passos Lima Mat. 1522 - SJPMG Periodicidade: Anual Tiragem: 14.000 exemplares Diagramação: Casa da Imagem Impressão: Artes Gráficas Formato

Informativo Ergo 80.indd 8

ERGO – ASSESSORIA E CONSULTORIA EM SAÚDE OCUPACIONAL Av. Getúlio Vargas, 668/1306 Fone: (0xx31) 3261-3736 Telefax: (0xx31) 3261-1172 - Belo Horizonte - MG CEP 30112-901 – [email protected] www.ergoltda.com.br

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