A vinda da corte portuguesa para o brasil e o período joanino 1808

CARTA RÉGIA DE 28 DE JANEIRO DE 1808. Abre os portos do Brazil ao commercio directo estrangeiro com excepção dos generos estancados. Conde da Ponte, d...

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A VINDA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL E O PERÍODO JOANINO 1808-1822

COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS E O BLOQUEIO CONTINENTAL (1806)

 Por causa da

relação econômica e política com a Inglaterra, Portugal não obedeceu o Bloquei decretado por Napoleão Bonaparte.

 Consequência:

invasão napoleônica.

A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA E A CORTE

 Dom João governava com Príncipe regente no lugar de

sua mãe, a Rainha Maria I (incapacitada por questões de saúde).  A

Corte Portuguesa era aproximadamente 17 mil pessoas.

estimada

em

O EMBARQUE DA FAMÍLIA REAL E DA CORTE (1807)  10 mil pessoas;

 Documentos administrativos;  Parte da Biblioteca real;  Pratarias, roupas, louças e água

potável;  15 navios de guerra de

Portugal;  4 navio de guerra da

Inglaterra;  25 navios comerciais.

A VIAGEM DA CORTE

 Saída: 26 de novembro de

1807.  Chega em Salvador (BA):

22 de janeiro de 1808.  Chegada no Rio de Janeiro:

8 de março de 1808

A CHEGADA DA CORTE EM SALVADOR (1808)

 Dom João decreta a

ABERTURA DOS PORTOS

LIBERDADE DE COMÉRCIO (LIBERALISMO ECONÔMICO)

CARTA RÉGIA DE 28 DE JANEIRO DE 1808 Abre os portos do Brazil ao commercio directo estrangeiro com excepção dos generos estancados. Conde da Ponte, do meu Conselho, Governador e Capitão General da Capitania da Bahia. Amigo. Eu o Principe Regente vos envio muito saudar, como aquelle que amo. Attendendo á representação, que fizestes subir á minha real presença sobre se achar interrompido e suspenso o commercio desta Capitania, com grave prejuizo dos meus vassallos e da minha Real Fazenda, em razão das criticas e publicas circumstancias da Europa; e querendo dar sobre este importante objecto alguma providencia prompta e capaz de melhorar o progresso de taes damnos: sou servido ordenar interina e provisoriamente, emquanto não consolido um systema geral que effectivamente regule semelhantes materias, o seguinte. Primo: Que sejam admissiveis nas Alfandegas do Brazil todos e quaesquer generos, fazendas e mercadorias transportados, ou em navios estrangeiros das Potencias, que se conservam em paz e harmonia com a minha Real côroa, ou em navios dos meus vassallos, pagando por entrada vinte e quatro por cento; a saber: vinte de direitos grossos, e quatro do donativo já estabelecido, regulando-se a cobrança destes direitos pelas pautas, ou aforamentos, por que até o presente se regulão cada uma das ditas Alfandegas, ficando os vinhos, aguas ardentes e azeites doces, que se denominam molhados, pagando o dobro dos direitos, que até agora nellas satisfaziam. Secundo: Que não só os meus vassallos, mas também os sobreditos estrangeiros possão exportar para os Portos, que bem lhes parecer a beneficio do commercio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaesquer generos e producções coloniaes, á excepção do Páo Brazil, ou outros notoriamente estancados, pagando por sahida os mesmos direitos já estabelecidos nas respectivas Capitanias, ficando entretanto como em suspenso e sem vigor, todas as leis, cartas regias, ou outras ordens que até aqui prohibiam neste Estado do Brazil o reciproco commercio e navegação entre os meus vassallos e estrangeiros. O que tudo assim fareis executar com o zelo e actividade que de vós espero. Escripta na Bahia aos 28 de Janeiro de 1808. PRINCIPE. Para o conde da Ponte.

CARTA RÉGIA DA ABERTURA DOS PORTOS (1808)

CHEGADA DA CORTE NO RIO DE JANEIRO (1808)

 Principais medidas econômicas de D. João:

TRATADO DE AMIZADE E COMÉRCIO COM A INGLATERRA 1810 - Produtos ingleses (taxados a 15%) - Produtos portugueses (taxados a 16%) - Produtos de outros países (taxados a 24%)

PERÍODO JOANINO (1808-1821)  Principais medidas de D. João:

1- Tratados econômicos: medidas liberais. (Revogando inclusive o Alvará de 1795) 2- Maior cobrança de impostos. 3- Invasão de territórios vizinhos: Guiana Francesa (1809). 4- Criou a Imprensa Régia: documentos, panfletos, periódicos e todo o material oficial do governo. (1808) 5- Fundou o Banco do Brasil (1808) 6- Fundou duas faculdades de Medicina (Bahia e São Paulo) 7- Inaugurou teatros.

8- Criou o Jardim Botânico. 9- Convidou a Missão Artística Francesa (1816) 10- Criou a Academia de Artes e Ofício. (1817) 11- Reformou o Palácio da Quinta da Boa Vista.

O RIO DE JANEIRO SE TRANSFORMOU NA CAPITAL DO IMPÉRIO PORTUGUÊS: A “VERSALHES” NOS TRÓPICOS.  Grandes transformações urbanísticas para receber a Corte: -

Construção de novos prédios;

-

Alargamento de ruas;

-

Acirramento dos contrastes sociais na cidade: Zona Sul e região de São Cristóvão: bairros para as elites.

 Teve um aumento populacional:

Final do século XVIII: 43 mil moradores. 1809: 60 mil moradores 1821: 80 mil moradores

Debret integrou a Missão Artística Francesa e retratou o Rio de Janeiro do período joanino.

Rio de janeiro: a presença dos ESCRAVOS DE GANHO

Vista do Chafariz da Carioca, Rio de Janeiro – Armand Julien Pallière – Aquarela, 1833

A ESCRAVIDÃO E A CORTE

OS BARBEIROS

A HIERARQUIA SOCIAL

A INVERSÃO METROPOLITANA: A COLÔNIA VIROU METRÓPOLE  Em 1815 o Brasil é elevado a

categoria de Reino, formando o REINO UNIDO DO BRASIL, PORTUGAL E ALGARVES.  O Rio de Janeiro se tornou a

capital da Império: ganhando mais status e importância que Lisboa.  1818: com a morte de sua mãe, a

Rainha D. Maria I, é coroado, no Brasil, o Rei Dom João VI.

A “INTERIORIZAÇÃO DA METRÓPOLE”  Conceito criado pela historiadora

Maria Odília Dias para afirmar que os interesses do Império Português passaram a ser gerenciados na região centro-sul do Brasil, dando importância ás elites que viviam na nova sede do império.

 Dessa forma, essa elite passou a

ter cada vez mais interesses próprios, que as vezes divergia dos interesses das elites que vinham e/ou viviam na (da) antiga metrópole (LISBOA).