RESUMO DE TODOS OS GRAUS NO RITO BRASILEIRO O aprendizado maçom está dividido por etapas. Cada etapa é desenvolvida numa Câmara própria, com seus respectivos graus. São elas: Lojas Simbólicas (do 1º ao 3º grau), Capítulos (do 4º ao 18º grau), Conselhos de Kadosch (do 19º ao 30º grau), Altos Colégios (31º e 32º graus) e Supremo Conclave (33º grau)
Lojas Simbólicas (do 1º ao 3º grau) 1º Grau: APRENDIZ - O Aprendiz deve, acima de tudo, saber aprender. É o primeiro contato com o Simbolismo Maçônico. Aprende as funções de cada um no templo e sempre busca o desenvolvimento das virtudes e a eliminação dos vícios. Muitos maçons antigos afirmam que este é o mais importante de todos os graus. 2º Grau: COMPANHEIRO - A fase de Companheiro propicia ao maçom um excepcional conhecimento de símbolos, além de avanços ritualísticos e desenvolvimento do caráter. 3º Grau: MESTRE - É o chamado grau da plenitude maçônica. No âmbito do Simbolismo (Lojas Simbólicas) é o grau mais elevado que permite ocupar quaisquer cargos. O Mestre possui conhecimentos elevados da história e objetivos maçônicos.Lojas de Perfeição (do 4º ao 18º grau) Capítulos (do 4º ao 18º grau) 4º Grau: MESTRE DA DISCRIÇÃO - Neste grau, o Obreiro tem a oportunidade de aperfeiçoar valores do Homem e colocar em exercício mais uma virtude que é a "Discrição", indispensável à convivência em sociedade, pois devemos ter discernimento, regulando nossas palavras e ações, afim de evitar situações que possam ferir outrem. Sendo a discrição composta dos sentidos: ver, ouvir e calar, para que possam corretamente e não por impulso irrefletido. 5º Grau: MESTRE DA LEALDADE - Através do estudo da prática da lealdade, conforme as leis da honra e do de dedicação, ser franco, sincero e honesto, fiel no cumprimento dos compromissos assumidos, traduz consciência limpa e inteireza de caráter. 6º Grau: MESTRE DA FRANQUEZA - O Maçom dedica-se ao estudo para aperfeiçoar mais as suas virtudes e atuar com franqueza. É a manifestação do juízo próprio sobre fatos, e coisas, com base na verdade, é ser sincero em suas palavras, sem, contudo, usá-la de forma agressiva para ofender outrem sem necessidade
7º Grau: MESTRE DA VERDADE- O estudo deste Grau analisa em detalhes o triunfo da verdade, pois a mentira é sempre negativa, devendo o Maçom ser real. Ela é a base da vida social.
8º Grau: MESTRE DA CORAGEM - O Maçom deste Grau aprende a agir com coragem, que é uma atitude consciente e firme, em face do erro. Para combatê-lo, o fazemos com a força ou energia serena e firme que nos leva a enfrentar os perigos e prover a Justiça . 9º Grau: MESTRE DA JUSTIÇA OU RETIDÃO - Em Maçonaria a Justiça é a Verdade, que dá a cada um aquilo que lhe é devido e não ofende a nenhum direito. Constituindo a Justiça o fundamento, o sustentáculo de qualquer sociedade, pois nada subsiste na desordem e na violência. Compete ao Mestre da Justiça do Rito Brasileiro, principalmente, em nosso País com tanta desigualdade e injustiça social, o dever de ser sempre fiel aos postulados morais do Grau e combater as injustiças, enfrentar os perigos e prover a Justiça 10º Grau: MESTRE DA TOLERÂNCIA - O objetivo deste Grau é o desenvolvimento de praticar a tolerância, que é a boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às próprias, e também suportar as faltas alheias. 11º Grau: MESTRE DA PRUDÊNCIA - O estudo deste Grau possibilita ao Maçom agir com prudência, que é a virtude que nos faz conhecer e evitar a tempo as inconveniências ou os perigos, nos faz conhecer e praticar o que convém na vida social, com moderação. A prudência é a disposição que permite deliberar corretamente sobre o que é bom ou mau para o Homem e, conseqüentemente, como conviver em sociedade. 12º Grau:MESTRE DA TEMPERANÇA - Praticar a temperança, agir com moderação dos nossos atos. A temperança impede a petulância, a imodéstia, a vaidade, a insolência e o orgulho do poder. O Maçom desenvolve a moderação pela qual permanece senhor de seus próprios prazeres, em vez de ser escravo. 13º Grau: :MESTRE DA PROBIDADE - O estudo deste Grau possibilita ao Maçom compreender que agir com probidade é ser íntegro de caráter, que leva à observância estrita dos deveres, quer públicos quer privados, honesto, reto e justo. 14º Grau: :MESTRE DA PERSEVERANÇA - Ela é a firmeza e constância. O Maçom perseverante é aquele que permanece firme em seus objetivos e ideais, pois cada fracasso ensina algo que devemos aprender. O não perseverante é aquele inconstante e o instável. A Perseverança nos obriga à educação da vontade. É a virtude que contribui para o êxito das nossas vidas. A Perseverança difere da obstinação, que leva o indivíduo a insistir em algo absurdo e da teimosia é que nasce a ignorância. Não é a força, mas a perseverança, que realiza grandes sonhos.
15º Grau: CAVALEIRO DA LIBERDADE - O Maçom deste Grau estuda a vitória da liberdade como conseqüência do uso das virtudes e compreende a Liberdade como bem inestimável. que deve ser reconquistado todo dia, pois trata-se de um direito Universal e de todos os cidadãos. A Liberdade é por certo um espaço invisível e somos livres na medida em que ousamos pertencer à liberdade, deixando que se cumpra em nós o fundamento de nossa origem Divina. 16º Grau: CAVALEIRO DA IGUALDADE - Estudo profundo da igualdade, a fim de garantir a igualdade entre as pessoas em virtude da qual todos são portadores dos mesmos direitos e deveres. 17º Grau: CAVALEIRO DA FRATERNIDADE - Estudo da fraternidade humana por meio de valores sociais. Também analisa e mostra formas de' combate contra vícios como a hipocrisia, ambição exagerada, a ignorância, além de propiciar a fraternidade que é o amor ao próximo, convivência como Irmãos. 18º Grau: CAVALEIRO DA ROSA-CRUZ - O Maçom deste Grau dedica-se ao estudo de meios para obter o triunfo da Luz sobre as trevas, como forma de libertação pelo amor. Grau de cunho espiritualista, consagrando a evolução espiritual do Maçom, isto é, ao culto evangélico, nos ensinamentos morais deixados por Jesus Cristo, resumidos nas três virtudes teológicas: Fé, Esperança e Caridade. Como podemos verificar ao longo do aprendizado nos Graus Maçônicos do Rito Brasileiro, é que afirmam os valores espirituais e virtudes morais da pessoa humana.
Conselhos de Kadosch (do 19º ao 30º grau) 19º Grau: MISSIONÁRIO DA AGRICULTURA E DA PECUÁRIA - é consagrado ao estudo das origens da civilização, do momento histórico em que o homem social transmuda-se do bando para o clã e deste para a comunidade urbana - a cidade. Esse longo caminho é balizado pelo Rito Brasileiro através de marcos fundamentais da economia, sempre dominante nos movimentos humanos mais profundos. Pecuária e Agricultura, mais do que conceitos econômicos, são conceitos globalizantes, os quais, a uma atividade econômica dominante, num certo tempo; agregam toda riqueza dos instantes significativos da linha evolucional da espécie humana. 20º Grau: MISSIONÁRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO - São atividades indispensáveis à vida e ao progresso social. As duas faixas usadas, na Maçonaria tradicional, indicam que a Indústria e o Comércio têm interesses
conexos e interligados. As quatro esquadrias do Sinal exigem que haja retidão nessas atividades. E mais: a Jóia, que é um triângulo de ouro, tem nele gravado a letra R, lembrando ainda a necessidade da retidão também recriar (indústria) e redistribuir (comércio). 21º Grau: MISSIONÁRIO DO TRABALHO - O cunho do Grau é, realmente, o trabalho do Grau está ligado a Noé (construção da arca) e a Faleg (construção da Torre de Babel). No Sinal de Ordem volta-se o rosto para o Oriente, onde nascem o Sol e a lua, indicando que o trabalho pode executar-se de dia e de noite: “o homem nasceu para o trabalho como o pássaro para voar. A Palavra de passe é o nome do arquiteto da Torre de Babel. O tradicional brasão d’armas do Grau 21 tem, além da lua cheia (de prata), um triângulo eqüilátero de ouro, em campo branco; atravessado por uma flecha de prata, de cima para baixo, símbolo do trabalho reto e digno. O eqüilátero simboliza o justo pagamento do trabalho. 22º Grau: MISSIONÁRIO DA ECONOMIA - Esse Grau é uma seqüência dos Graus; 19 - Missionário da Agricultura e da Pecuária; 20 - Missionário da Indústria e do Comércio; e 21 Missionário do Trabalho. O Grau 22, brasileiro, mantém o espírito tradicional do Grau. Na Maçonaria Tradicional, quando batem à porta, se diz que são "os patriarcas noaquitas, que cortaram as árvores do Líbano e com elas construíram a nau". E com o cedro do Líbano e o machado se faziam as naus, para o intercâmbio comercial entre os povos antigos, atendendo à produção, à circulação e à repartição das riquezas. Os tírios e os sidônios foram os iniciadores da navegação marítima: rasgaram rotas para o mundo então conhecido. Alegoricamente, o machado é o instrumento para se pôr abaixo as discriminações econômicas; e o cordão do Grau, com as cores do arco-íris, significa a bonança, que resultaria de uma Economia mundial equilibrada, isto é supletiva e não competitiva. 23º Grau: MISSIONÁRIO DA EDUCAÇÃO - Essa denominação deriva do conteúdo, tradicional do Grau: Os 7 degraus do trono, no Oriente, lembrando o, trivium e o quadrivium: a gramática, a retórica e a dialética (lógica) a aritmética, a geometria, a música e a astronomia. 24º Grau: MISSIONÁRIO DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL – 25º Grau: MISSIONÁRIO DA JUSTIÇA SOCIAL – 26º Grau: MISSIONÁRIO DA PAZ - Na Maçonaria tradicional este Grau tem várias denominações, como Maçom do Segredo (Rito Primitivo de Namur) e Companheiro Perfeito Arquiteto (Misraim). No Rito Escocês Antigo Aceito é o Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário. É um Grau templário A decoração da Loja é verde, com nove colunas vermelhas e brancas alternadas e em cada coluna um candelabro com nove luzes. O dossel, sob o qual se acha o trono, é verde, vermelho e branco e a mesa, frente ao trono, é coberta com as mesmas cores. Em vez de malhete, o presidente se serve de uma flecha, cujas plumas são verdes e vermelhas e a haste é branca com a ponta dourada. No altar há uma estátua que representa a verdade coberta com um véu verde, vermelho e branco; esta estátua é o paládio do Grau.
27º Grau: MISSIONÁRIO DA ARTE - O Grau 27 do Rito Brasileiro é consagrado à Arte. A Arte é livre, nobre e gloriosa. Não admite escravizações. O artista nasce artista e traz consigo a sensibilidade da percepção e originalidade criadora. Por isso se define a Arte como uma livre atividade espiritual, criadora de beleza. 28º Grau: MISSIONÁRIO DA CIÊNCIA - O Grau 28 do Rito Brasileiro é o Missionário da Ciência, Porque: 1º - O real objetivo desse Grau, na antiga Maçonaria, era fazê-lo uma escola de ciências, interpretando a Natureza e devassando-lhe as leis, em procura da Verdade. Assim pensava o criador desse grau, o monge Pernetti, em 1766, fundador da Ordem dos Iluminados de Avinhão. 29º Grau: MISSIONÁRIO DA RELIGIÃO - No Rito Primitivo de Namur, de 1770, denominava-se Grande Eleito da Verdade. Mais tarde tomou as denominações de Grande Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos cruzados, ou Cavaleiro do Sol ou GrãoMestre da Luz. O símbolo do Grau é um touro negro em fundo de ouro com a legenda: "Omnio Tempus Attlngit." Há um grande quadro, representando a Jerusalém Celeste, de 12 caminhos, 12 habitações; e uma praça central; nesta a Árvore de 12 frutos e o Cordeiro Imaculado, de cujo coração partem cinco rios de amor: o paternal, o conjugal, o filial, o fraternal e o social. Em algumas Lojas há dois Vigilantes, denominados Grande Sacerdote e Grande Senescal. Qual a tua religião? Nenhuma! É ateu? Não! Como pode não ter religião nenhuma e não ser ATEU? Não ter religião não significa que a pessoa não tenha religiosidade, porque acredita que tudo que existe tem um criador. Mas não há a “humanização” de Deus, aliás, quem poderia definir Deus. Deus a gente sente! Assim como a frase de René Descartes: - Penso, Logo existo! - Sem Deus, como pensaríamos? As religiões estão aí, se existem é porque são procuradas, alimentadas pela fé das pessoas. Alguns precisam delas, outros não. Alguns carregam a igreja dentro de si. Respira Deus, ora com Ele na respiração, canta para Ele nas batidas do coração. As pessoas que acreditam que sem religião não poderão entrar no céu, geralmente tem mais medo do diabo do que de Deus. Não se deve passar por esse tipo de atribulação emocional, porque acreditar em demônios externos seria demasia enquanto os internos (demônios) que temos já são o suficiente para passarmos a vida inteira nos degladiando. A distinção do ateu ao cético. O ateu não crê em Deus, o cético apenas duvida, Cristo tinha um cético entre seus apóstolos, São Thomé. A espiritualidade não está vinculada a religiões, mas sim na religiosidade. Etmologicamente a palavra religião (do latim "religio" usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar"), usada como sinônimo para fé, crença, mas a palavra tem variantes múltiplas de definições dentro dos estudos teológicos. O religioso é um crente, um seguidor de uma doutrina religiosa, como cristianismo, hinduismo, maometismo, etc. Já a religiosidade em sí, é a qualidade de que o indivíduo tem de crer e aceitar a existencia de um criador espiritual, a crença interna da sua eternidade e de que algo existe além do seu corpo físico. Temos então coisas parecidas, mas diferentes: Um cético não é necessariamente um ateu; uma pessoa com religiosidade não necessariamente tenha que ser um religioso; nem um espiritualista necessariamente tenha que ser um espírita. Os espiritas, cultuam o ESPIRITISMO, que é a doutrina que estuda e usa o mediunismo como meio de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual. Portanto um Espirita é um espiritualista, mas nem todo o espiritualista é um espírita.
30º Grau: MISSIONÁRIO DA FILOSOFIA - é a cúpula dos Graus culturais do Rito. O Maçom, desde o Grau 19 ao 29, passou por todos os departamentos da atividade e da cultura humana e está apto a adquirir o superior espírito filosófico, numa compreensão da Vida, da Sociedade e do Universo, pela apreensão dos Princípios e das Causas.
Altos Colégios (31º e 32º graus) 31º Grau: GUARDIÃO DO BEM PÚBLICO - O detentor do Grau 31 precisa ter uma consciência esclarecida de julgamento, capaz de distinguir entre o Bem e o Mal, o justo e o injusto. No Rito Brasileiro, o Grau 31 é o complemento superior do Grau 9, o Mestre da Justiça. O Maçom tem o dever fundamental de contribuir para o Bem Público, porque se a Maçonaria não tem Pátria, os Maçons a têm.
32º Grau: GUARDIÃO DO CIVISMO - O Guardião do Civismo, nesse particular não usa a força pela força, no serviço da Comunidade. Um homem forte é aquele que se conforma com as Verdades espirituais, oriundas da Religião que professe ou da Filosofia que cultive e em cada Pátria procura seguir o exemplo de seus maiores paradigmas do Bem e da Honra. Um Maçom, assim estruturado, é inexpugnável e serve efetivamente a Pátria através dela, à Humanidade.
Supremo Conclave (33º grau) 33º Grau: SERVIDOR DA ORDEM, DA PÁTRIA E DA HUMANIDADE - é título conferido ao Iniciado do Grau 33, do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. Cabe-lhe o exercício de sui generis sacerdócio não-religioso e não profissional: trabalhar com destemor na propagação dos princípios da Maçonaria; identificar, como ser individual ativo, as polaridades opostas, a fim de neutralizá-las, freando o jogo espontâneo e instável do pensamento, para transformá-lo, de corrente tormentosa de reflexos do mundo, na quietude harmoniosa da disciplina interior.
OBS.: O objetivo do presente RESUMO é o de dar uma visão geral de cada um dos graus. Evidentemente cada grau tem muito mais conteúdo do que foi comentado. Os livros de Maçonaria dedicados ao assunto podem, certamente, subsidiar de forma mais apropriada àquele que pretenda saber mais. Há livros que comentam quase tudo sobre a Maçonaria. Os verdadeiros segredos, contudo, permanecem exclusivos: palavras, toques e sinais.