A IMPORTÂNCIA DE UM PSICOPEDAGOGO EM UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DE UM PSICOPEDAGOGO EM UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR.

ISABELLA SANTOS DE ALMEIDA

PROFESSORA ORIENTADORA: CARLY MACHADO

RIO DE JANEIRO FEVEREIRO DE 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DE UM PSICOPEDAGOGO EM UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR.

ISABELLA SANTOS DE ALMEIDA

Trabalho apresentado como requisito parcial para o título em especialista em Psicopedagogia.

RIO DE JANEIRO FEVEREIRO/2010

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AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e sabedoria para trilhar o caminho escolhido. A minha família e amigos que sempre com uma palavra ou um gesto me encorajaram para chegar até o fim.

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Dedico a minha família, que com o seu amor incondicional, tem sido fundamental em

cada

etapa

da

minha

trajetória

profissional.

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“O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.

(Rubem Alves)

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RESUMO

A pesquisa desenvolvida tem como objetivo geral, relatar a importância da Psicopedagogia em uma instituição escolar e o espaço que a mesma tem ocupado na sociedade atual. O modelo de pesquisa adotado foi a pesquisa bibliográfica explorativa, a partir da analise critica das contribuições teóricas sobre o tema abordado. Foi elaborada, também, uma entrevista com uma profissional da área, que atua em uma escola de classe media alta, no Receio dos Bandeirantes, Zona oeste do Rio de Janeiro, com a finalidade de comparar a pratica vivenciada da teoria almejada. Dentre os resultados obtidos pode-se destacar que a psicopedagogia em uma instituição escolar, caracteriza-se por um trabalho que procurar melhorar as relações de aprendizagem em sua totalidade. É função e dever de cada escola possibilitar a melhor aprendizagem possível em cada criança, entendendo ser necessária criar uma mentalidade critica com base nas reflexões sobre os assuntos que permeiam a Educação.

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METODOLOGIA

A Metodologia utilizada foi bibliográfica explorativa, apoiada pelos conhecimentos adquiridos no decorrer do curso estudado, pelo apoio dos professores e por uma entrevista realizada com uma profissional da área, que contribuiu bastante com sua vivencia e sua vasta experiência. O presente trabalho foi embasado em muitos autores renomados como: Alicia Fernandez e Jorge Visca.

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Sumário

Introdução

Pág. 9

Capítulo I A Psicopedagogia no Brasil

Pág. 11

Capitulo II Psicopedagogia: Prevenção X Intervenção

Pág. 16

CapítuloIII Teoria X Prática

Pág. 21

Conclusão

Pág. 26

Bibliografia consultada

Pág. 27

Anexo

Pág.29

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INTRODUÇÃO

Atualmente, com o aumento significativo do fracasso escolar por diversos

motivos,

como:

sócio-cultural,

conflitos

familiares,

sistemas

pedagógicos, deficiência intelectual e inibição intelectual, as escolas e as famílias têm buscado na Psicopedagogia a resolução para problemas de alunos

com

dificuldades

de

aprendizagem

nas

diferentes

áreas

do

desenvolvimento. A Psicopedagogia que surgiu na Europa através da junção de ciências como a Psicologia e a Medicina e tinha como objetivo a reabilitação de crianças com baixo desempenho, hoje vem atuar como uma forma interdisciplinar, buscando desenvolver seu próprio campo de conhecimento e atuando sobre as dificuldades de aprendizagens e distúrbios que podem e devem ser prevenidos e remediados. Podemos encontrá-la em diversas instituições, tais como: escola, hospital e empresa. Com a necessidade e a oferta surgem também novas formas e locais de formação destes profissionais. Segundo Scoz poderão exercer a função de Psicopedagogo no Brasil os portadores de certificado de conclusão em curso de especialização em Psicopedagogia em nível de pós-graduação, expedidos por escolas ou instituições devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da legislação pertinente. A

formação

do

Psicopedagogo

deve

ser,

em

primeiro

lugar,

multidisciplinar, assentada em diversas ciências. Do ponto de vista filosófico, seu embasamento deve lhe permitir encontrar a idéia de homem e os valores implícitos em cada teoria educacional.

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Devida a expansão da Psicopedagogia surgiram inúmeras dúvidas sobre esta área, e a partir daí, a Associação Brasileira de Psicopedagogia elaborou um documento sobre a Identidade Profissional do Psicopedagogo e os objetivos da Psicopedagogia , que será relatado neste estudo. Esta Associação elabora, também constantemente congressos e palestras sobre esta nova área. Por ser ainda um campo novo e recém regulamentado no Brasil, o psicopedagogo ainda encontra desafios e dúvidas com relação a sua prática no dia-a dia e o espaço que deve ocupar em uma instituição escolar. Este estudo tem como objetivo delimitar e sanar através de estudos, teorias e uma entrevista com uma profissional experiente da área, algumas questões da Psicopedagogia Institucional.

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CAPÍTULO 1 A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL Na década de 40 surgiram os primeiros Centros Psicopedagógicos na Europa com direção pedagógica e médica. A Psicopedagogia era a junção de ciências como: Psicologia, Medicina e Pedagogia e tinha como finalidade a reabilitação de crianças com comportamentos inadequados na escola ou em casa. Estas crianças eram definidas como aquelas que obtinham doenças crônicas como cegueira, problemas motores, diabetes, tuberculose e outros. Devido ao trabalho cooperativo entre o pedagogo e o médico, a denominação “Psicopedagógico” foi escolhida em detrimento de “médico pedagógico”, pois com isso acreditava-se em uma menor resistência a este trabalho pelas famílias. Nesta época existia uma enorme preocupação em diferenciar crianças que obtinham alguma deficiência mental, das crianças que apesar de serem inteligentes, não apresentavam um bom desempenho na escola. Posterior a Argentina, na década de 70, a Psicopedagogia chega ao Brasil com o dever de atender a crianças com dificuldades de aprendizagem nas diferentes áreas do desenvolvimento. Durante muito tempo, o problema da aprendizagem era entendido como conseqüência somente de problemas orgânicos. Esta afirmação era embasada por muitos estudos de teóricos como: de Doris J. Johson que ligava os problemas de aprendizagem a alguma disfunção neurológica. Com isso, muitos deles que eram de ordem sociopedagógicos acabavam sendo camuflados. No Brasil, a Psicopedagogia foi introduzida com base em modelos médicos, e por isso a partir de 1970 foram inaugurados cursos de formação de

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especialistas em Psicopedagogia com duração de dois anos na Clínica MédicoPedagógica de Porto Alegre. Segundo Visca a Psicopedagogia no inicio foi sustentada pela Psicologia e pela Medicina e posteriormente transformando-se em um conhecimento complementar e independente, possuindo como objeto de estudo o processo de aprendizagem e utilizando recursos diagnósticos preventivos e corretores próprios. A Psicopedagogia brasileira passou por um processo demorado e árduo de regulamentação. O verdadeiro papel desta nova ciência foi bastante questionado e indagado quanto a sua consistência e autonomia. Os primeiros psicopedagogos eram profissionais da área da Educação que tinham como objetivo ajudar as crianças que estavam à margem, eram discriminadas e por isso sofriam. Visto que as dificuldades eram atribuídas a uma inaptidão, o aprendiz deveria ser portador de algum distúrbio que o impedia de aprender. A culpa estava totalmente depositada neste pequeno aprendiz. De acordo com Bossa O Psicopedagogo, profissional pós-graduado, deve ser um multi-especialista em aprendizagem humana, agregando conhecimentos de diferentes áreas cientificas e técnicas , obtendo o papel de intervir nesse processo, tanto com o objetivo de potencializá-lo, quanto de cuidar de dificuldades, apoiando-se em instrumentos próprios para este objetivo. Em 1979 foi inaugurado o primeiro curso regular em Psicopedagogia em São Paulo, no Instituto Sedes Sapientiae pela Pedagoga e Psicodramaticista Maria Alice Vassimon e Madre Cristina Sodré Dória, diretora do Instituto. Com a preocupação de um homem global, Maria Alice propôs ao Instituto um curso que valorizasse a visão do educador, visto que o mesmo era só ocupado por psicanalistas e psicólogos. A Psicopedagogia na década de 80 mostrou-se bastante eficiente na área clínica e com isso foi estruturada como corpo teórico multidisciplinar.

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A

luta

pelo

reconhecimento

da

profissão

foi

liderada

pelos

psicopedegogos e pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, que foi fundada em 1985. Na década de 90 houve importantes constatações, onde a experiência clínica mostrou claramente, que a relação psicopedagógica não se estabelecia entre o psicopedagogo e o processo de aprendizagem, mas entre o psicopedagogo e o sujeito deste processo. O objeto de estudo, então, da psicopedagogia, neste momento era o ser cognoscente. Todo ser humano é um ser cognoscente que constrói seu próprio conhecimento, sendo um ser pluridimensional constituído por três dimensões: dimensão racional, dimensão afetiva e dimensão relacional. Dimensão racional: diz respeito ao conhecimento, à cognição. Explicada pela Psicogênese- Piaget. Dimensão afetiva: diz respeito ao saber inconsciente, ao desejo. Explicada pela teoria Psicanalista- Freud. Dimensão relacional: diz respeito ao saber como produto das interrelações, mediatizadas pela comunicação entre os sujeitos. Explicada por Vygotsky e Pichon (teoria do vínculo). Nesta década, ainda, os cursos de Psicopedagogia foram ministrados em Faculdades de Educação de São Paulo. Hoje ela se ampliou e recebe contribuições

de

diversas

ciências

como:

Sociologia,

Lingüística,

Psicolingüística, Antropologia, Medicina, Fonoaudiologia, Neuro-Psicologia, Psicologia e Pedagogia. Segundo Bossa, a psicopedagogia ainda não constituiu-se como saber cientifico. Porém como área de conhecimento tem procurado buscar definir o seu objeto, seu corpo teórico e delimitar seu campo de atuação. Junto com a expansão desta nova área, surgiram inúmeras duvidas com relação ao campo de atuação e a prática no dia-a dia. A associação Brasileira elaborou diversos documentos sobre a identidade e os objetivos do psicopedagogo, como o Código de ética de Psicopedagogia.

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Como cita o Código de ética da Psicopedagogia, é responsabilidade do psicopedagogo: a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o fenômeno de aprendizagem humana; b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude critica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo; c) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedgogica; d) Coloborar com o progresso da Psicopedagogia; e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível; f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico; g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnostico do cliente de relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos; h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes; i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser convincente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público. De acordo com Scoz, a identidade do psicopedagogo, relacionada a sua atuação, refere-se ora à identidade clínica, ora à institucional, porém explica que ambas estão vinculadas ao processo de aprendizagem. Encontra-se então o Psicopedagogo como sendo um profissional ligado estritamente a educação. Para Moojen, ao conceituarmos a Psicopedagogia, deveremos proceder com cautela, pois um conceito teórico deve atender a determinadas características, devendo ser: dinâmico, histórico, flexível e contextualizado.

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Diferentemente do que ocorre na conceitualização apresentada pelo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. , visto que, segundo o dicionário, A Psicopedagogia é “a aplicação da psicologia experimental à Pedagogia”. De acordo com a autora, esta definição é restrita para a ação Psicopedagógica, porém foi originada como um reflexo das concepções iniciais da Psicopedagogia na década de 1950 e de 1960. A autora esclarece também que mesmo com a falta de clareza conceitual e de identificação do corpo teórico da Psicopedagogia, encontra-se no Brasil, uma prática psicopedagógica bastante eficaz.

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CAPÍTULO 2 PSICOPEDAGOGIA: PREVENÇÃO X INTERVENÇÃO A Psicopedagogia possui como objeto de estudo o sujeito e a aprendizagem e suas dificuldades, com um caráter preventivo e terapêutico. Esta ciência não só atua no ambiente escolar, mas também com a família e a comunidade, explicando e mostrando as diferentes etapas do desenvolvimento de uma criança, para que possam entender e respeitar as características das mesmas. A psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, estudando as particularidades, tais como: como se aprende, como a aprendizagem transforma-se, como criam-se as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las , preveni-las e tratá-las. Durante muito tempo a Psicopedagogia era direcionada a reeducação em função das dificuldades de aprendizagem nas diferentes áreas do desenvolvimento. E obtinha o sujeito que não possuía um bom desempenho na escola, como objeto de estudo. A Psicopedagogia trabalha, hoje, a aprendizagem com formação de idéias, no qual o sujeito participa com o seu meio e sua bagagem cultural, sendo ele o sujeito do processo de construção da aprendizagem. “Para o Psicopedagogo, aprender é um processo que implica pôr em ação diferentes sistemas que intervêm em todo o sujeito: a rede de relações e códigos culturais e de linguagem que, desde antes do nascimento, têm lugar em casa ser humano à medida que ele se incorpora a sociedade.” (BOSSA, 1994, pág 51) As escolas, hoje, estão cada vez mais preocupadas com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. E muitas vezes não sabem qual

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procedimento tomar, visto que não possuem uma política de intervenção capaz de contribuir para a superação destes problemas. É necessário, então, que o psicopedagogo ganhe seu espaço em uma instituição escolar e desenvolva de maneira eficaz o seu trabalho, com o foco também na prevenção dos problemas de aprendizagem. É fundamental que ele ofereça assistência e trabalhe também com os professores e outros profissionais da escola, para a melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem. O Psicopedagogo obtém a função de junto com o a equipe fortalecer a identidade da instituição escolar, procurando sintonizá-la com a realidade que está sendo vivenciada no momento histórico atual e buscando adequar esta escola às reais demandas da sociedade. Durante o processo educativo a ação psicopedagógica procura investir numa concepção de ensino-aprendizagem que fomente interações pessoais, estimule a postura transformadora de toda a comunidade educativa e busque inovar a prática escolar contextualizando-a e enfatize o essencial: conteúdos e conceitos estruturados, com significado relevante. É dever do Psicopedagogo orientar e interagir com o corpo docente no sentido desenvolver mais o raciocínio do aluno, ajudando-o a aprender a pensar e a estabelecer relações entre os diversos conteúdos trabalhados. Segundo João Beauclair, entre as principais habilidades e competências do psicopedagogo em uma instituição escolar, está a capacidade de usar a liberdade e amorosidade na relação do “aprender-ensinar”. Essa relação deve ser envolvida de zelo, cuidado e afeto. Que para Prandini o amor é a emoção que funda as relações entre os seres humanos. Com isto esta relação tão árdua tornar-se-ia mais prazerosa e fácil. Com o objetivo de amenizar o medo e ampliar a esperança no mundo atual, é fundamental que a Psicopedagogia através da educação humanize o ser humano, fazendo valer princípios básicos, porém perdidos como a justiça, solidariedade, cooperação e originalidade.

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Assim, a Psicopedagogia é importante e contribui para a sociedade, pois sua reflexão está relacionada a vencer o medo, nutrir a esperança, cuidar da vida e construir a paz onde os educadores forem capazes de se influenciar. Vencer o medo é fundamental para que o ser humano construa com o seu tijolo todos os dias um novo tempo permeado de carinho e sensibilidade, onde seja possível resgatar o Cuidar da Vida, da Ética do humano e a criação da Paz. O olhar do Psicopedagogo se constrói na busca pela reflexão teórica, vivências e pesquisas cotidianas. Mas reconhece-se as dificuldades e embates encontrados na trajetória profissional dos psicopedagogos, principalmente em relação à inserção e reconhecimento destes. É papel fundamental da Psicopedagogia humanizar o seu humano, ou seja, despertar nele o interesse pelo outro, perceber que ele faz parte de um grupo, e sua interação e bem estar com todos é necessário para sua vivência, desfrutando do amor e carinho pelo próximo. O Psicopedagogo também atua na relação da escola com a família fortificando e mostrando o valor desta parceria. Na instituição escolar podem ser detectadas duas naturezas de trabalhos psicopedagógicos: preventiva e curativa. A

psicopedagogia

preventiva

refere-se

a

assessoria

e

o

acompanhamento junto a pedagogos, orientadores e professores. Sua função é trabalhar todas as questões ligadas a relação professor - aluno e redefinir procedimentos pedagógicos, integrando sempre o cognitivo e o afetivo. Ela tem como meta desenvolver projetos pedagógicos educacionais, enriquecendo os processos de sala de aula, como: metodologia, planejamento, avaliação. “Há

diferentes

níveis

de

prevenção.

No

primeiro

nível,

o

psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a freqüência dos problemas de aprendizagem. Seu trabalho incide nas questões didático-metológicas, bem como a formação e

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orientação dos professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível, o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagem já instalados. Para tanto, cria-se um plano diagnóstico da realidade institucional e elabora-se planos de intervenção baseados neste diagnóstico, a partir do qual procura-se avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros.” (BOSSA, 1994,pag 102) Com o educador, o Psicopedagogo tem a função de instrumentalizar e sistematizar sua atuação profissional. Propiciando melhorias em suas condições de trabalho, levando sempre, em consideração, as características do educando. O profissional da psicopedagogia junto com o professor procura dinamizar as atividades escolares, tornando a aprendizagem cada vez mais prazerosa. Ele deve capacitar os professores, para que estes profissionais compreendam com mais clareza o processo ensino-aprendizagem e suas interfaces, possibilitando a intervenção e o discernimento entre dificuldades nascidas e desenvolvidas na escola, daquelas que já vem com a criança na sua trajetória escolar. O Psicopedagogo deve instrumentalizar a criança para o conteúdo que ela irá aprender, ou seja, a criança precisa receber preventivamente as condições para a aprendizagem de específicos conteúdos. O Psicopedagogo é o suporte para os professores lidarem com as diversas diferenças encontradas em uma sala de aula. A Psicopedagogia curativa em uma instituição escolar ocupa-se em atender crianças encaminhadas por professores, que apresentam baixo rendimento escolar e dificuldade de aprendizagem. Alunos com déficit de aprendizagem incluem problemas mais localizados nos campos da conduta e da aprendizagem, dos seguintes tipos: - Atividade motora: hiperatividade ou hipoatividade; dificuldade de coordenação.

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- Atenção: dispersão; baixo nível de concentração. - Área matemática: problemas em seriações;inversão de números; reiterados erros de cálculos. - Área verbal: problemas na codificação/decodificação simbólica; irregularidades na lectoescrita; disgrafias. - Emoções: desajustes emocionais leves; baixa auto-estima. - Memória: dificuldades de fixação. - Percepção: reprodução inadequadas de formas geométricas; confusão entre figuras e fundos; inversão de letras. -

Sociabilidade:

inibição

participativa;

pouca

habilidade

social;

agressividade. Diante das dificuldades de aprendizagem é importante que o Psicopedagogo assuma os princípios da normalização e individualização do ensino, optando pela compreensão ao invés da exclusão. Colocar o acento no próprio processo de interação ensino/aprendizagem, entendendo que todas as dificuldades de aprendizagem são em si mesmas contextuais e relativas. A aprendizagem do aluno não depende somente dele, e sim do grau em que a ajuda do professor esteja ajustada ao nível que a criança apresenta em casa tarefa de aprendizagem. Neste vasto e complexo cenário a Psicopedagogia curativa obtém como objetivo reinterar o aluno portador de dificuldades de aprendizagem ao processo de construção de conhecimento. Ela procura identificar, analisar e elaborar uma metodologia de diagnóstico e tratamento destas dificuldades. O trabalho curativo se dá na relação entre o sujeito com sua história pessoal e seu modo peculiar de aprendizagem, procurando abranger a mensagem do outro sujeito, que está envolvido no não aprender. Neste método onde o investigador é objeto-sujeito de estudo interage constantemente, a própria alteração e torna-se alvo de estudo da psicopedagogia.

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Neste caso o profissional deve compreender o quê a criança aprende, como aprende e porquê, compreendendo a importância da relação entre o psicopedagogo e a criança, favorecendo sempre a aprendizagem.

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CAPÍTULO 3 TEORIA X PRÁTICA Com base nas reflexões desenvolvidas nesta pesquisa, foi feito uma entrevista com uma profissional da área de Psicopedagogia, que atua em uma escola particular de classe média alta, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio de Janeiro. Esta profissional começou sua estrada na educação como professora de Educação Infantil e hoje desenvolve este vasto e importante trabalho. Esta entrevista oferecerá uma relação entre a prática realizada e a teoria almejada por tantos profissionais que permeiam a Educação. É com objetivo de comparar a pratica e a teoria que a entrevista acontece.

Entrevista com uma Psicopedagoga. 1) Como psicopedagoga, qual a função que você exerce na escola? Resposta: Como psicopedagoga desenvolvo um trabalho junto a equipe pedagógica, mas principalmente acompanhando crianças encaminhadas por algum déficit na aprendizagem ou por algum distúrbio emocional encaminhadas por professores e até mesmo pelos pais. Atendo também as famílias com duvidas e questionamentos sobre a aprendizagem de seus filhos.

2) Quais são as principais dificuldades encontradas em seu cotidiano? Resposta: Com a correria do dia-a-dia não tenho oportunidade para trabalhar diretamente com as professoras e isso, na minha opinião, frustra metade do meu trabalho, visto que muitas vezes a criança reflete o que esta acontecendo dentro de sala de aula, seja no cognitivo ou mesmo no emocional. O trabalho de prevenção com as crianças, então, não acontece.

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3) Você

encontra

resistência

pela

comunidade

escolar

(direção,

professores e pais) para desenvolver seu trabalho? Resposta: Já encontrei muita resistência pela direção e pelos pais, quando o “problema” da criança não era aceito por ambos. Neste caso, em especifico, fui orientada a dar mais um tempo para a criança e principalmente para a família.

4 ) É feito algum trabalho de prevenção junto às crianças? Resposta: Como já foi respondido na pergunta anterior, não é feito efetivamente um trabalho de prevenção, já que toda a minha carga horária dentro da instituição é ocupada no acompanhamento de crianças que já mostram algum comprometimento. Atendo também muitas famílias com duvidas no que diz respeito ao cognitivo dos alunos, principalmente nas classes de alfabetização.

5) Como é realizado o diagnóstico e o encaminhamento para outros profissionais? Resposta: O diagnóstico é feito após muitos encontros com a criança, a família e a professora. Fechado então o diagnóstico indico para a família três profissionais da área necessitada para que a própria família escolha. Escolhido então o profissional, encontro-me com ele para observamos o caminhar e o progresso da criança.

6) Já houve algum caso em que a família não aceitou o diagnóstico? Resposta: Já houve mais de um caso em que a família não aceitou o diagnóstico. Um exemplo disto, foi uma criança diagnosticada autista, onde a mãe que apresentava muitos problemas psicológicos não aceitou o

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diagnostico, e até ameaçou tira-lo da escola. Ela alegou que o menino com 3 anos de idade era muito pequeno e que naquele momento ela não tinha como ajuda-lo, pois era ela quem estava precisando de ajuda. Neste caso a escola não pode interferir muito, pois na situação em que a aquela família encontrava-se, era lá, nesta instituição que o pequeno menino encontrava o mínimo. Este foi um caso, onde que mesmo com toda a minha teoria e vivência, infelizmente fiquei de mãos atadas, pois o trabalho que era desenvolvido por mim lá na escola era necessário que fosse se estendido em sua casa também. A parceria com a família é primordial nestes casos.

7) Você participa da elaboração de currículos e planejamentos da escola em que atua? Resposta: Já fui convidada para a reunião de elaboração, mas efetivamente nunca elaborei nenhum currículo ou planejamento com os professores. Isso pra mim seria fundamental, pois os ajudariam a instrumentalizarem, ou seja, dariam condições aos seus alunos para novos conteúdos, diminuindo então o baixo desempenho escolar.

8) Como é desenvolvida a intervenção com crianças com dificuldades de aprendizagens? Resposta: Eu acompanho as crianças com encontros realizados uma vez por semana e sempre troco informações com os professores da mesma. Não trabalho com conteúdos e sim com diversas formas de aprendizagem. Ou seja, a criança que apresenta dificuldade em matemática, eu não ensino a contar e sim ofereço diferentes meios para que esta aprendizagem de fato aconteça.

9) Na sua opinião, na instituição em que atua, a Psicopedagogia já encontrou

seu espaço.

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Resposta: É uma caminhada árdua e lenta, porém com resultados bastante expressivos. Professores já relataram o quanto o meu trabalho os tem ajudado e os sustendado no dia-a-dia. Quero conseguir ajuda-los com respeito ao trabalho de prevenção, que pra mim é quase inexistente.

Após o relato, através da entrevista realaizada, desta profissional de Psicopedagogia, constatei que prática tem tentado andar muito próxima da teoria, mas que infelizmente em muitos casos a mesma ainda encontra-se longe. Nesta escola, especificamente, somente uma parte da Psicopedagogia é desenvolvida: a Psicopedagogia curativa. A psicopedagoga ocupa-se somente com crianças que já manifestam algum comprometimento, esquecendo-se das outras que com o trabalho preventivo, podem sanar “problemas” que ainda aparecerão. Isto parece contraditório pois espera-se aparecer o sintoma para que a criança seja olhada e observada. Segundo Bossa é dever do Psicopedagogo trabalhar de forma que venha minimizar os problemas de aprendizagem, ao invés de somente tratalos. O trabalho inexistente com os professores, como exemplo na construção de planejamentos e currículos, também frustra o trabalho da Psicopedagoga citada, visto que, as crianças refletem o que acontecem na sala de aula. A psicopedagogia é fundamental para orientar aos professores formas e meios de ensinar os conteúdos programados, sem gerar danos e fracassos. O psicopedagogo preocupa-se principalmente, com que as experiências de aprendizagem sejam prazerosas para o indivíduo, e sobretudo, que promovam o desenvolvimento das capacidades do Ego para lidar com o meio ambiente, numa linha de evolução o mais natural possível. O trabalho nesta escola parece-me clínico porem camuflado em uma rede de ensino. O atendimento é individual tanto para as crianças como para 25

os pais. Em nenhum momento foi citado trabalhos coletivos, e sim somente encontros e acompanhamentos de crianças com baixo rendimento escolar e famílias. Concluo que o trabalho pela Psicopedagoga relatado nesta escola na zona oeste do Rio de Janeiro, mostra uma grande distancia da teoria com a pratica vivida. Apesar da profissional ter noção da importância deste trabalho em uma escola, ela encontra muitas dificuldades para realiza-lo, porém ressalta que já foi dado um grande passo em nossas escolas. Hoje é comum em encontramos nas escolas um profissional da Psicopedagogia. O que conforta e tranqüiliza os pais e toda a equipe de profissionais.

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CONCLUSÃO O grande objetivo que permeou todo este trabalho foi refletir sobre o papel da Psicopedagogia dentro de uma escola e de que forma a mesma acontece. Esta área que vem crescendo a cada dia, com a finalidade de sanar problemas de aprendizagem dentro das instituições escolares tem despertado muitas dividas e questionamentos com relação a sua pratica no dia-a-dia. A Psicopedagogia tem seu papel principal dentro da Escola ocupando-se da aprendizagem humana, estudando as particularidades, tais como: como se aprende, como a aprendizagem transforma-se, como criam-se as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las , preveni-las e tratá-las. A Psicopedagogia trabalha, hoje, a aprendizagem com formação de idéias, no qual o sujeito participa com o seu meio e sua bagagem cultural, sendo ele o sujeito do processo de construção da aprendizagem. O olhar do Psicopedagogo se constrói na busca pela reflexão teórica, vivências e pesquisas cotidianas. Mas reconhece-se as dificuldades e embates encontrados na trajetória profissional dos psicopedagogos, principalmente em relação à inserção e reconhecimento destes. Acredito que depois de toda a discussão provocada ao longo desta pesquisa, fica clara a importância da Psicopedagogia dentro de uma instituição escolar. Vale ressaltar que a Psicopedagogia tem seu estudo e pesquisa centrados nos fenômenos que ocorrem na dinâmica de uma sala de aula, sendo esta o pano de fundo que fornece os indicadores para a ação psicopedagógica compromissada com o processo de integração do ser cognoscente no seu desenvolvimento do saber.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artes Médias, 1994.

BOSSA, Nádia Aparecida. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 2. Ed. – Porto Alegre, Artes Médias Sul, 2000.

MERY, Janine. Pedagogia Curativa, Escolar e Psicanálise. Porto Alegre, Artes Médias, 1985. SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia- contextualização, formação e atualização profissional. Porto Alegre, Artes Médias, 1992.

SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e Realidade Escolar. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1994.

BARBOSA, Laura Mont Serrat. O projeto de trabalho – uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba, Paraná: Gráfica Arins, 1999.

FAGALI, Eloísa Quadros e VALE, Zélia Del Rio do. Psicopedagogia institucional aplicada:aprendizagem escolar dinâmica e construção na sala de aula. Petrópolis, Vozes, 1993.

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SCOZ, Beatriz e Mendes, Mônica H. A A Psicopedagogia no Brasil : evolução histórica, In Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ano 6, nº13, São Paulo, junho de 1987.

WEISS, Maria Lucia Lemme. “Reflexões sobre a psicopedagogia na escola”. Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Vol.10, nº 21, p.6-9, 1991.

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ANEXO

Código de Ética de Psicopedagogia Capitulo I - Dos Princípios

Artigo 1º A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio—família, escola e sociedade—no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia. Parágrafo Único A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem. Artigo 2º A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprias. Artigo 3° O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo. Artigo 4° Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados em 3° grau, portadores de certificados de curse de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.

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Artigo 5º O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia. Capitulo II - Das Responsabilidades dos Psicopedagogos Artigo 6° São deveres fundamentais dos psicopedagogos: a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem do fenômeno da aprendizagem humana; b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões de mundo; c) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica; d) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia; e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações e classe sempre que possível; f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico; g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos; h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes; i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público. Capitulo III- Das Relações com Outras Profissões Artigo 7° O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este

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fim, o seguinte: a) Trabalhar nos estritos limites das atividades que Ihe são reservadas; b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento. Capítulo IV- Do Sigilo Artigo 8° O Psicopedagogo está obrigado a guardar sigilo sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade. Parágrafo Único Não se entende como quebra de sigilo informar sobre o cliente a especialistas comprometidos com o atendimento. Artigo 9° O Psicopedagogo não revelará, como o testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente. Artigo 10° Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal. Artigo 11º Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e não será franquiado o acesso a pessoas estranhas ao caso. Capitulo V- Das Publicações Científicas Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes normas: a) As discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à matéria em discussão e não ao autor; b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores aquele que mais contribuiu para a realização do trabalho; c) Em nenhum caso o Psicopedagogo se prevalecerá da posição hierárquica

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para fazer publicar, em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação; d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor. Capitulo Vl - Da Publicidade Profissional Artigo 13° O Psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá fazê-lo com exatidão e honestidade. Artigo 14° O Psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos. Capitulo VII - Dos Honorários Artigo 15° Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim de que representem justa retribuição aos serviços prestados e devem ser contratados previamente. Capitulo Vlll - Das Relações com Educação e Saúde Artigo 16° O Psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridade competentes sobre a organização, a implantação e a execução de projetos de Educação e Saúde Pública relativas a questões psicopedagógicas. Capítulo IX- Da Observância e Cumprimento do Código de Ética Artigo 17° Cabe ao Psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código. Artigo 18° Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos da classe.

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Artigo 19° O presente código poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral. Capitulo X- Das Disposições Gerais Artigo 20° O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96 sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, da ABPp, da qual resultou a presente redação.

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