Anais do IX Seminário Nacional de História da Matemática Sociedade Brasileira de História da Matemática
Manoel Jairo Bezerra e a mídia Manoel Jairo Bezerra and the media Leandro Silvio Katzer Rezende Maciel1
Resumo Esta Comunicação Científica tem por objetivo apresentar parte dos resultados de uma pesquisa acadêmica que diz respeito à História da Matemática Escolar e a mídia ao longo do século XX. Com a intenção de delimitar o escopo deste trabalho, indagou-se: de que modo o professor de Matemática Manoel Jairo Bezerra fez uso da mídia televisiva durante as décadas de 1970 e de 1980, em particular na Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa? Como se pode observar, partiu-se do princípio de que a vida profissional deste educador perpassa pela radiodifusão – fato este que pode ser verificado em artigos e pesquisas já publicadas. Neste sentido, como sugestão de leitura, recomendam-se os anais do IV e V Colóquio de História e Tecnologia no Ensino da Matemática. Sobre os resultados, observaram-se diversos usos, dentre os quais se destacam o Ensino Supletivo, bem como um com caráter de complementaridade e, ainda, outra biográfica e crítica. Cabe ressaltar que se considerou como usos as formas e os objetivos nos quais a mídia foi utilizada por Manoel Jairo Bezerra. Para melhor compreensão do termo mídia, houve a leitura e a análise do livro Uma História Social da Mídia, de Asas Briggs e Peter Burke – sobre o qual apresentamos uma breve resenha, incorporada ao texto. Nas considerações, optou-se em observar um aspecto peculiar em Educação Matemática: será que houve um profissional que, ao mesmo tempo, fosse professor de Matemática, Roteirista, Supervisor Pedagógico e Apresentador de TV? Quanto à metodologia de pesquisa, esta pode ser expressa pela palavra-chave “Operação Historiográfica” - cunhada pelo historiador Michel de Certeau em seu livro A escrita da história. Destaca-se, ainda, como ocorreu a localização dos documentos analisados neste trabalho e cuja transformação em fonte possui relação com a vida profissional do autor desta Comunicação Científica. É relevante também registrar o apoio da família de Manoel Jairo Bezerra no acesso aos documentos históricos pertencentes a este professor. Palavras-chave: Manoel Jairo Bezerra. Mídia. Teleducação. História da Matemática Escolar.
Abstract This Science Communication aims to present part of the results of academic research relating to the History of School Mathematics and the media throughout the 20th century. Aiming to delimit the scope of this work, we asked ourselves: how did Professor of Mathematics Manoel Jairo Bezerra made use of television during the 1970s and 1980s, particularly at the Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa (Brazilian Center Foundation of Educational Television)? As can be seen, we started with the principle that the professional life of this educator went through broadcasting – a fact that can be found in articles and studies already published. In this sense, as suggested reading, we recommend the Annals of the Colloquia of History and Technology in Mathematics Teaching IV and V. On the results, we observed several uses, among which we highlight Supplementary Education, as well as a use of complementary character, and another biographical and critical use. It is worth noting that the uses were considered as the forms and goals to which the media were used by Manoel Jairo Bezerra. To better understand the term media, we read and analyzed the book A Social History of the Media, by Asas Briggs and Peter Burke – about which we present a brief review, incorporated into the text. In the considerations, we decided to observe a peculiar feature in Mathematics Education: Was there a professional who, at the same time, was a Professor of Mathematics, Writer, Supervisor and 1
Universidade Bandeirante de São Paulo. Grupo de Pesquisa História na Educação Matemática. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. E-mail:
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Educational TV Presenter? The research methodology, in turn, can be expressed by the keyword “Historiographical Operation” – coined by historian Michel de Certeau in his book The Writing of History. We should also note how we located the documents analyzed in this work, whose transformation into a source is related to the professional life of the author of this Science Communication. Keywords: Manoel Jairo Bezerra. Media. Tele-Education. History of School Mathematics.
Introdução Este artigo fornece um panorama sobre o uso da mídia pelo professor de Matemática Manoel Jairo Bezerra, falecido em março de 2010 (MACIEL, 2010). Neste sentido, optou-se por um estudo mais abrangente a fim de permitir uma compreensão global sobre a temática anunciada. Isto significa que diversos documentos localizados, e suas respectivas análises, não estão presentes neste trabalho e deverão ser publicados a posteriori em revista especializada. No que diz respeito à metodologia utilizada, esta pode ser expressa pela palavra-chave “Operação Historiográfica” (CERTEAU, 2002), pois leva em consideração o lugar social cujas variantes definem as questões de pesquisa, o objeto de interesse e as análises. Sobre este aspecto, há o Educador Matemático cuja experiência profissional também advém do labor na extinta Televisão Educativa do Governo Federal do Brasil – TVE Brasil. Nesta posição, além do acesso à Gerência de Documentação e Pesquisa, o apoio de Alzira Napoleão, sobrinha de Manoel Jairo Bezerra, foi fundamental. Considera-se, ainda, a opinião de Certeau (2002, p. 78): “fazer história é uma prática”. A matéria-prima são os documentos: ofícios, memorandos e roteiros, manuscritos armazenados, em parte, no escritório de Manoel Jairo Bezerra. Situação similar ocorreu quando de visita ao acervo da TVE Brasil: materiais catalogados precariamente “tomam forma” ao passarem por uma seleção e um ajuste arquivístico. Por fim, há a prática da escrita. Ou seja, a interpretação das fontes e a sua materialização em uma narrativa verificável. Portanto, as afirmações, as interpretações existentes neste trabalho podem ser ratificadas por meio de referências, à disposição da comunidade acadêmica quando assim ensejar. Manoel Jairo Bezerra: uma síntese sobre sua vida e obra Manoel Jairo Bezerra nasceu no dia 2 de fevereiro de 1920, em Macau, no Rio Grande do Norte. Faleceu em 11 de março de 2010, aos 90 anos, no Rio de Janeiro. Aos 10 anos de idade, tudo indicava que ele seguiria os passos do pai e se tornaria comerciante, mas a falência do Banco Rural de Macau, onde guardava suas economias, o fez mudar de rumo. Cursou o ginásio no Colégio Santo Antônio, em Natal, aonde chegou a pensar em se tornar padre. Teve como colega de turma o Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro
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Dom Eugênio de Araújo Salles, que na época pensava em ser agrônomo. Em 1936, aos 15 anos de idade, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro e passou por dificuldades financeiras. No ano de 1937 conheceu um advogado que o ajudou a entrar no Curso Complementar para Engenharia da Escola Politécnica. O início de sua trajetória acadêmica foi no Colégio Metropolitano, localizado no Rio de Janeiro, onde trabalhava na secretaria da escola e começou a substituir professores, bem como a dar aulas particulares para estudantes. Na década de 1950 tornou-se diretor do Metropolitano. Em 1939 ingressa na Faculdade Nacional de Filosofia e conclui o bacharelado de Matemática no ano de 1943. Em 1948 decidiu criar um curso preparatório – o Curso PréNormal Jairo Bezerra. Ele também trabalhou no Colégio Pedro II, Instituto de Educação do Estado da Guanabara, na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, no Curso de Técnica de Ensino do Exército, Colégio Naval, Colégio Andrews, no Curso Universidade de Cultura Popular, na Rádio MEC e na Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa. Jairo produziu obras destinadas a Cursos Preparatórios, bem como às séries iniciais e finais do 1º e 2º graus. Seu livro mais conhecido é o Curso de Matemática para o primeiro, segundo e terceiro anos dos cursos Clássico e Científico, editado pela Companhia Editora Nacional. Ao todo escreveu 51 livros, dentre eles: Aritmética (1977), Cadernos do MEC Aritmética (1966) e Cadernos MEC Geometria (1965). Porém, o que mais se orgulhou foi Didática Especial da Matemática premiado em 1956 pela Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário – CADES. A partir da década de 1960, Manoel Jairo Bezerra participou do Movimento da Matemática Moderna - MMM e começou a escrever livros relacionados a esta temática: Recreações e Material Didático de Matemática, destinado ao antigo ensino primário e publicado em 1962; Moderno Curso de Matemática, publicado em 1968 e, Iniciando a Matemática Moderna, de 1969. Sua percepção sobre o MMM era de que esta renovação educacional teve como objetivo facilitar o ensino e a aprendizagem da disciplina de Matemática Em 1967 Jairo Bezerra, ao lado dos educadores Gilson Amado e Alfredina de Paiva e Souza, criou a Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa – um centro produtor de programas didáticos que viria posteriormente conseguir a outorga da TVE Brasil. A mídia e a matemática A mídia é um termo em voga na sociedade atual. Meios como internet e televisão podem ser associados a esta palavra. Contudo, ela é muito mais abrangente. Asas Briggs e
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Peter Burke (2006) apresentam uma cronologia e uma análise na qual incluem a invenção da escrita, em 5.000 a.C, a invenção do alfabeto, em 2.000 a.C, a imprensa, o rádio e a televisão como elementos midiáticos. Ou seja, embora o termo mídia tenha sido cunhado somente no início do século XX, ela está presente desde os primórdios da humanidade (Briggs & Burke, 2006). Sua concepção base está na intenção (e necessidade) do homem em se comunicar. Análise semelhante pode-se também fazer da Educação Matemática. Talvez, um dos primeiros elementos midiáticos relacionados à matemática podem ser os bastões africanos com idade mínima de 20.000 anos (HUYLERBROUCK, [2009 ou 2010]). Entretanto, a disciplina escolar Matemática é relativamente recente no Brasil e sua constituição diz respeito à unificação das disciplinas Álgebra, Aritmética e Geometria nos anos de 1920 (PITOMBEIRA DE CARVALHO, 2004). Observa-se que a própria acepção do termo Brasil implica nos seguintes aspectos: a produção de uma história sob uma ótica ocidentalizada, tendo em vista que este país foi “forjado” a partir das grandes navegações e sua origem está relacionada com o fato de ter sido colônia portuguesa; o encontro secular entre culturas: o índio, o negro, o português, o holandês. Ou seja, um país cujo cerne está na miscigenação e a cultura letrada é fortemente europeia. D‟Ambrosio (2008) afirma que esta dinâmica de encontros culturais é um dos desafios do historiador. Portanto, necessariamente, este trabalho, por pautar-se na escrita, na imprensa e, sobretudo, na televisão, implicitamente também diz respeito à dinâmica desses encontros culturais. Afinal, a escrita do país Brasil foi uma “importação” e uma adaptação da língua de Portugal. Do mesmo modo, a imprensa e a televisão também têm origem em outros sítios. Subjacente a esta complexidade, há os usos e os significados da mídia. Neste sentido indaga-se: como Manoel Jairo Bezerra utilizou a mídia televisiva? Os usos Compreendem-se por usos, no caso específico deste trabalho, as formas e os objetivos nos quais a mídia foi utilizada pelo professor de Matemática Manoel Jairo Bezerra. Tal posição pode indicar uma tentativa de padronização ou de classificações no que diz respeito a estas utilizações. Entretanto, este não é a intenção. Embora seja difícil evitar o estabelecimento de nomenclaturas, estas, quando necessárias, podem ser mutáveis no que diz respeito ao processo de produção histórica e ao objetivo de cada pesquisa. Toma-se como um dos exemplos para os usos, o Telecurso “João da Silva” que teve
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como objetivo atender uma demanda de caráter supletivo: alunos que não concluíram seus estudos em tempo adequado assistiam às aulas, de 1ª a 4ª série do 1º Grau, pela televisão. Após a realização de provas obtinham um certificado de conclusão homologado pelo Governo (MACIEL, 2008). Este primeiro programa foi idealizada pelo o professor de Matemática Manoel Jairo Bezerra (MEMÓRIAS da teleducação, 2008) no início da década de 1970 (MACIEL, 2008). A continuidade deste projeto, em nível de 5ª a 8ª série do 1º Grau, ocorreu através do Telecurso “A Conquista” – veiculado no final da década de 1970. Jairo foi o Supervisor Pedagógico e um dos idealizadores (MACIEL, 2009). Outro uso que Manoel Jairo Bezerra fez da televisão diz respeito a programas televisivos de caráter complementar: o objetivo era ensinar, relembrar ou auxiliar o telespectador no cálculo das operações matemáticas de soma, subtração, divisão e multiplicação. Estes não fornecem certificados de conclusão e não tem por objetivo a preparação para Exames Supletivos oferecidos, à época, pelo Governo (MACIEL, 2009). Com estas características localizou-se o programa Vamos Gostar da Matemática (BEZERRA, [1970-1980]). Segundo Jairo Bezerra este programa foi veiculado na Televisão Educativa do Rio de Janeiro (SEM censura, [ca. 1980]). Isto também denota outra utilização da mídia por este professor: na entrevista concedida ao Programa Sem Censura ele conta um pouco de sua história, ministra uma breve aula de matemática e tece comentários sobre a situação do Ensino da Matemática no Brasil. Ou seja, há um uso com caráter biográfico, lúdico e crítico ao mesmo tempo. “Os personagens da Geometria”: diz respeito a roteiros de um programa televisivo. São manuscritos que remetem à intenção da realização de um trabalho midiático de caráter paradidático e interdisciplinar: “Os personagens da geometria que eu vou lhes apresentar hoje é o paralelepípedo. Não pense que são „os paralelepípedos de Boca do Mato‟ dos quais o escritor Nelson Rodrigues fala em suas crônicas...” (BEZERRA, [198-?]) [grifo e aspas do autor]
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Figura 1. Os personagens da Geometria. Ao observar esta figura, cuja grafia é de Manoel Jairo Bezerra, pode-se ainda perceber duas características da vida profissional de Manoel Jairo Bezerra: 1) A sua atuação como roteirista. 2) A sua percepção quanto às Tendências em Educação Matemática, ao definir que uma das imagens a serem exibidas no programa eram partes dos blocos lógicos de Dienés. Contudo, embora haja outros roteiros com o mesmo título, não é possível afirmar que houve um programa televisivo “Os personagens da Geometria”. Há indícios, mas até o momento não foram localizados documentos que comprovassem sua veiculação. Considerações Neste trabalho foi possível verificar os usos da mídia por um Educador Matemático – provavelmente de modo inédito e único. Após revisão bibliográfica, localizaram-se outros
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profissionais que se envolveram com a televisão – como Osvaldo Sangiorgi. Mas será que foram ao mesmo tempo Supervisores Pedagógicos em emissoras de televisão educativa, roteiristas e apresentadores? Esta é uma face pouco conhecida de Manoel Jairo Bezerra, cuja carreira ficou marcada pela autoria de livros didáticos. Neste sentido, em outros trabalhos se analisará esta multiplicidade profissional. Salienta-se que não houve a pretensão de se desenvolver classificações estáticas. Como a mídia, em particular a televisiva, tem um caráter dinâmico é possível que outras interpretações sejam realizadas. Sobre a Vida e a Obra de Manoel Jairo Bezerra, uma biografia está em fase inicial de desenvolvimento. Pretende-se realizar um trabalho que permita expor, de modo mais detalhado, as diversas faces deste Educador Matemático. Ressalta-se, ainda, que o tópico que diz respeito à síntese da vida e obra de Manoel Jairo Bezerra foi publicado originariamente no site da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, unidade Rio de Janeiro – SBEM-RJ, como nota de falecimento de Manoel Jairo Bezerra (MACIEL, 2010) - complementada por elementos de homenagem elaborada pela pesquisadora Flavia Soares (SOARES, 2011). Referências BEZERRA, M. J. Vamos Gostar da Matemática nº 30. Rio de Janeiro. [1970-1980]. Documento Manuscrito. Localização provisória: caixa 2. BEZERRA, M. J. Os Personagens da Geometria: 13º programa - o parelelepípedo. Rio de Janeiro: [s.n.], [198-?]. Documento manuscrito. Localização provisória: caixa 2. BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à Internet. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006. CERTEAU, M. “A Operação Historiográfica”. In:______________. A escrita da história. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2002. Cap. II, p. 65-119 D‟AMBROSIO, U. Uma História Concisa da Matemática no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2008. HISTÓRIA
da
TV.
Microfone.
Disponivel
em:
http://www.microfone.jor.br/historiadaTV.htm. Acesso em: 1 dez. 2010. Este site é apenas um indicativo. Jornais e periódicos da época contém informações mais detalhadas sobre o assunto. HUYLERBROUCK, D. “África, berço da Matemática”. Scientific American, n. 35, p. 36-41. [2009 ou 2010]. 2ª Edição.
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MACIEL, L.S.K.R. “Adeus Manoel Jairo Bezerra”. Disponível em: http://www.sbem.com.br /files/jairo.pdf. Acesso em: 7 dez. 2010. MACIEL, L. S. K. R. O Curso Supletivo "João da Silva" e o Ensino da Matemática: pioneirismo em teleducação. Rio de Janeiro: Monografia (Graduação em Matemática) Universidade Estácio de Sá, 2008. Orientador: Prof. Dr. Bruno Alves Dassie. MACIEL, L. S. K. R. ‘A Conquista’: uma história da educação à distância pela televisão e o Movimento da Matemática Moderna no Brasil. São Paulo: Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Universidade Bandeirante de São Paulo, 2009. Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP. MEMÓRIAS da teleducação. Produção: Leandro Silvio Katzer Rezende Maciel. [S.l.]: Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto. 2008. Edição: Adriana Maynard. PITOMBEIRA DE CARVALHO, J. B. “Euclides Roxo e as polêmicas sobre a modernização do ensino da matemática”. In: VALENTE, W. R. Euclides Roxo e a modernização do ensino da matemática no Brasil. Brasília: ditora Universidade de Brasília, 2004. p. 84-149. SEM censura. Rio de Janeiro: Televisão Educativa do Rio de Janeiro - TVE. [ca. 1980]. SOARES, F. “Nota de Falecimento”. Disponível em: http://www.sbemrj.com.br/uploads/O%20 professor%20Jairo%20Bezerra%20-%20Fl%C3%A1via.pdf. Acesso em: 21 fev. 2011.