Anti-histamínicos 2015 IMP - UFJF

Histidina descarboxilase quanto receptores de histamina estão expressos no hipotálamo. □ manutenção do estado de vigília. □ supressor do apetite. Rece...

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Objetivos ■

Anti-Histamínicos Marcos Moreira



Autacoides: definição Anti-histamínicos (AHs) ■ ■ ■ ■ ■ ■

Autacoides

História Síntese e Liberação MOA Indicações Clínicas Efeitos Adversos Perspectivas

História dos Anti-Histamínicos 1910



Mediadores endógenos de curta duração que fazem parte da resposta inflamatória. ■ ■ ■ ■ ■

Histamina. Bradicinina. Eicosanoides (PGs, TXs, leucotrienos). Fator ativador de plaquetas (PAF). 5-Hidroxitriptamina.

Descoberta da Histamina

1937

Primeiro anti-histamínico (AH) sintetizado

1942

Anti-histamínicos introduzidos para uso clínico

1943

Primeiros efeitos sobre SNC são relatados

1955

Efeitos antialérgicos dos AHs são descritos

1981

2ª geração de AHs é introduzida

1986

Efeitos cardiotóxicos dos AHs são relatados

1991

Receptor H2 humano é clonado

1993

Receptor H1 humano é clonado

1998 Modified from Simons FER. Antihistamines, Chapter 51, in Middleton's Allergy: Principles and Practice, Mosby, 6th Edition, 2003

Polimorfismo do receptor H1 é descrito

1999 2000

Receptor H3 humano é clonado Receptor H4 humano é clonado

1910-11: Histamina

1937: Modelos Animais

Henry Dale & Patrick Laidlaw

Etienne Fourneau

identificaram as propriedades da histamina (histos = tecido, com uma amina constituinte).

sintetizou o 1º AH (timo-etildietilamina); Era muito fracamente ativo e muito tóxico para uso clínico.

1942: Aplicações Clínicas

Histamina

Bernard N. Halpern





introduz o AH na medicina humana: Fenbenzamina (Antergan). Indicações: rinite alérgica & asma; urticária; conservação de sangue.

Amina biogênica encontrada em tecidos. ■

sintetizada a partir do aminoácido histidina.

Síntese da histamina ■

Ocorre nos mastócitos e basófilos do sistema imune, nas células enterocromafimsímile (ECL) da mucosa gástrica e em neurônios histaminérgicos.

Ações Fisiológicas da Histamina ■

↓ resistência vascular periférica mediada por receptores H1 e H2 (eritema, cefaleia!). ■ ■ ■

Ações Fisiológicas da Histamina ■

↑ permeabilidade vascular, especialmente pós-capilar - edema local (H1). ■

Contração e separação das células endoteliais.

Dilatação das vênulas pós-capilares. Dilatação das arteríolas terminais. Venoconstrição.

Efeito da Histamina IV na PA

• Amplo espectro depor ações envolvendo numerosos Mediado receptores H1 no endotélio órgãos e sistemas orgânicos

Mediado receptoresvascular, H2
 – Ações sobre o músculo liso,por o endotélio as no músculo liso vascular terminações nervosas aferentes, o coração, o TGI e o SNC

Ações Fisiológicas da Histamina ■ ■ ■ ■

Estimulação de terminações nervosas aferentes (dor!). Taquicardia, direta (H2) e reflexa. ↑ secreção de ácido gástrico (H2) e motilidade GI (H1). Broncoconstrição (H1).

Receptores de Histamina

Ações da Histamina no SNC ■ ■

Atua como neurotransmissor no SNC. Histidina descarboxilase quanto receptores de histamina estão expressos no hipotálamo ■ ■

Receptores H1 ■

Expressos primariamente nas células endoteliais vasculares e musculares lisas. ■

Golan D e cols. Princípios de farmacologia, 2009.

manutenção do estado de vigília. supressor do apetite.

medeiam reações inflamatórias e alérgicas.

Receptores H1 ■

Respostas teciduais específicas incluem: edema, broncoconstrição e sensibilização da terminações nervosas aferentes primárias.

Receptores H1 ■

Expressos em receptores histaminérgicos pré-sinápticos no núcleo túbero-mamilar do hipotálamo. ■ ■

Mecanismo de Ação

controle dos ritmos circadianos. estado de vigília.

Receptores H2 ■

Expresso nas células parietais da mucosa gástrica. ■ ■

medeiam secreção de ácido gástrico. histamina atua de modo sinérgico com a gastrina e a acetilcolina regulando a secreção ácida.

Receptores H3 ■

Receptores H4

Localizados em neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estômago.



nas terminações nervosas, receptores H3 ativados suprimem descarga neural e liberação da histamina.





Urticária

Encontrados nas células de origem hematopoiéticas, principalmente mastócitos, eosinófilos e basófilos. Compartilham homologia de 40% com receptores H3.

Manifestações Clínicas

1. Circunscritas 2. Coalescentes 3. Halo de eritema inicial 4. Progressão para coloração uniforme com edema central

angioedema

angioedema de pálpebras

Kaplan, A. Urticaria and Angioedema. Middleton's Allergy: Principles and Practice, [S.I.], 2003

Agentes Farmacológicos ■

Primeira estratégia: ■

Agentes Farmacológicos ■

Administrar anti-histamínicos, que tipicamente são agonistas inversos ou antagonistas competitivos seletivos de receptores.

Segunda estratégia: ■

consiste em impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos. ■

Agentes Farmacológicos ■

Terceira estratégia: ■

consiste em administrar um fármaco capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina. ■

adrenalina como agonista adrenérgico induz broncodilatação (β2) e vasoconstrição (α1).

Cromoglicato dissódico na asma.

Histamina e Anafilaxia ■

Condição potencialmente fatal, causada pela desgranulação maciça de mastócitos sistêmicos.

Manifestações Clínicas

Anti-Histamínicos ■

AH de 1ª e de 2ª gerações.



Podem ser denominados clássicos ou sedantes e não-clássicos ou não-sedantes.

Efeito imediato da adrenalina Kaplan A. Urticaria and Angioedema. Middleton's Allergy: Principles and Practice, [S.I.], 2003

AH H1 de Primeira Geração

AH H1 de Segunda Geração

Etilenodiaminas

Etanolaminas

 Alquilaminas

Talazinonas

Piperazinas

 Alquilaminas

Pirilamina (mepiramina) Tripelenamina

Difenidramina Clemastina Carbinoxamina Dimenidrinato

Bronfeniramina Dexclorferniramina Clorfeniramina

Azelastina

Cetirizina Levocetirizina

Acrivastina

Fenotiazinas

Piperazinas

Piperidinas

Prometazina

Ciclizina Hidroxizina Meclizina

Ciproeptadina Fenindamina

Piperidinas Loratadina Desloratadina Levocabastina Ebastina Mizolastina Fexofenadina Rupatadina

Desenvolvimento Tendência Geral: melhorar tolerabilidade e segurança (menor sedação; reduzir efeitos colinérgicos) Classe

Moléculas alvos para aperfeiçoamento

Piperidina

Loratadina

Desloratadina

Piperazina

Hidroxizina

Cetirizina

Piperidina

Terfenadina

Fexofenadina

Piperidina

Astemizole



Altamente lipofílicos. ■

Objetivo

Tipo de Aperfeiçoamento Metabólito ativo

AH H1 de Primeira Geração

Purificação isômero



PK, menores interações

Levocetirizina

atravessam BHE ligando-se facilmente aos receptores H1 cerebrais causando SEDAÇÃO. são rapidamente absorvidos e metabolizados exigindo 3-4 tomadas diárias.

afinidade e seletividade, eficácia + seguro, menor cardiotoxicidade

Nenhuma melhoria possível

Nem mesmo concebido como AH; descoberto em pesquisas de antagonistas de canais de cálcio

AH H1 de Segunda Geração ■

Alta afinidade e seletividade pelo H1R. ■



após administração oral nas doses habituais, ação se inicia em 1-2 horas. efeito mantido por 24h (dose única diária).

AH H1 de Segunda Geração ■

Loratadina (Claritin®).



Cetirizina (Zyrtec®).



Desloratadina (Desalex®).



Levocetirizina (Zyxem®; Zina®).



Fexofenadina (Allegra®).



Ebastina (Ebastel®)



Rupatadina (Rupafin®).

Efeitos Anti-Inflamatórios ■

Expressão e/ou liberação de citocinas, quimiocinas, moléculas de adesão e mediadores inflamatórios.

Efeitos Antialérgicos ■

Relacionados à sua atividade em mastócitos e basófilos. ■

inibe liberação de mediadores pré-formados, como a histamina, triptase, leucotrienos ...

Usos Clínicos ■

Distúrbios alérgicos para aliviar sintomas de RA, conjuntivite, urticária e prurido. ■

Bloqueiam fortemente a aumento da permeabilidade capilar necessária para formação de edemas e pápulas

Usos Clínicos ■

Os anti-H1, são ineficazes como medicação única na asma, na anafilaxia ou angioedema grave com edema de laringe.

Usos Clínicos ■

Pizotifeno: fármaco baseado em benzocicloepteno. ■



Usos Clínicos ■

Os anti-histamínicos H1 podem ser usados no tratamento de cinetose, vertigem, náusea e vômitos associados à quimioterapia, parkinsonismo e insônia.

efeito inibitório polivalente sobre aminas biogênicas, como histamina e 5-HT. profilaxia da enxaqueca.

Usos Clínicos ■

Ao inibir sinais histaminérgicos para o centro do vômito, mostram-se úteis como agentes antieméticos. ■

hidroxizina, dimenidrinato, difenidramina, meclizina e prometazina.

Efeitos Adversos ■ ■ ■

Toxicidade do SNC. Toxicidade cardíaca. Efeitos anticolinérgicos. ■



Efeitos sedativos. ■

Anti-H1 de primeira geração antagonizam efeitos neurotransmissores da histamina sobre receptores H1 no SNC (hipotálamo) e na periferia.

Não há estudos de segurança de longo prazo dos AH H1 de primeira geração a despeito de seu uso por mais de 60 anos.

Efeitos Adversos no SNC ■

Efeitos Adversos no SNC

Risco de toxicidade: baixa massa corporal; disfunção hepática ou renal graves e uso concomitante de drogas, como álcool, que comprometem a ação do SNC.

Efeitos Adversos no SNC ■

Devido aos efeitos sedativos limitados, antiH1 de segunda geração são preferidos para uso prolongado. ■

Loratadina, desloratadina e fexofenadina são os únicos aprovados para uso por pilotos de aeronaves.

Efeitos Adversos Anticolinérgicos ■

Praticamente todos AH H1 de 1ª geração se ligam também a receptores muscarínicos. ■



taquicardia, dilatação da pupila, xeroftalmia, xerostomia e retenção e hesitação urinária.

Antagonistas dos Receptores H2 ■

Antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas. ■

reduzem secreção de ácido gástrico.

AH H1 de 2ª geração parecem isentos.

Estimulação & Secreção da Célula Parietal

Antagonistas dos Receptores H2 ■

Histamina

Glândula Gástrica

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Indicações clínicas: doença do refluxo gástrico (pirose) e a doença ulcerosa péptica. ■

disponíveis para venda livre no tratamento sintomático da pirose.

Anti-H2

Gas

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Illustrations from LifeART, MediClip, © Williams & Wilkins, a Waverly Company.

Antagonistas dos Receptores H2 ■

Cimetidina e a ranitidina são antagonistas H2 mais comumente utilizados. ■

Clonagem do gene para a codificação do receptor H1 aprimorou o conhecimento sobre as interações do ligante com o receptor em nível molecular. ■



famotidina e nizatidina: mais recentes.

Perspectivas ■

Antagonistas dos Receptores H2

desenvolvimento de novos AH H1 com maior potência, segurança e seletividade.

EA significativo da cimetidina envolve inibição do sistema citocromo P450. ■

elevações indesejáveis dos níveis plasmáticos de certos fármacos: anticoagulantes orais, fenitoína, carbamazepina, quinidina, nifedipina, teofilina e ADTs.

Perspectivas ■

Antagonistas H3 têm potencial para aumentar estado de vigília e melhorar atenção e aprendizagem.

Até a próxima semana! [email protected]