Exercícios Aquáticos NATAÇÃO - UFPR

• Natação: 1) nadar mais 2) nadar mais rápido 3) reduzir a pausa (intervalo) 4) aumentar o grau complexidade. 3 Adaptação ... • 3x 1000 / 30”...

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Exercícios Aquáticos

NATAÇÃO

• Natação • Esportes aquáticos • Hidroginástica • Deep water • Acqua jogger • Hidro bike

Hidroginástica

Deep Water Teste máximo de corrida realizado na água

PROGRAMAÇÃO •Princípios do treinamento e do exercício •Componentes da sobrecarga •Aspectos fisiológicos (bases) •Meios e métodos •Prescrição e controle

Princípios • Adaptação • Sobrecarga • Progressão • Especificidade • Individualidade • Reversibilidade

•Prática / periodização

1

Adaptação

Intensidade do treinamento e lactato sanguíneo

Estímulo: treinamento aeróbio Aumenta a demanda do metabolismo aeróbio para produzir ATP; mitocôndrias são estressada ao limite. Adaptação: aumento do tamanho e número das mitocôndrias > aumenta a oxidação de piruvato> aumenta a taxa de remoção de lactato.

Adaptação! Quanto tempo? • Aumento do volume sanguíneo; aumento da taxa de remoção de lactato > 10 – 20 dias • Modificações estruturais: enzimas; mioglobina; mitocôndrias; proteínas contráteis; capilares > 6 a 8 semanas até 04 anos de treinamento.

Estímulo ótimo ???? • Depende das características do estímulo • Do objetivo do treinamento • Do estado de treinamento • Da idade • Do sexo

Sobrecarga • Todo estímulo de treinamento deve superar um determinado limiar de esforço. • Estímulos débeis: não produzem efeitos • Estímulos ótimos : provocam adaptações • Muito fortes: provocam danos

Progressão da sobrecarga • Após ocorrer adaptação deverá haver aumento da sobrecarga, para garantir novas adaptações. • Natação: 1) nadar mais 2) nadar mais rápido 3) reduzir a pausa (intervalo) 4) aumentar o grau complexidade

2

Adaptação

ESPECIFICIDADE ADAPTAÇÕES ESPECÍFICAS AO:

ESTÍMULO

• Sistema energético empregado

RECUPERAÇÃO

SUPERCOMPENSAÇÃO ESTÍMULO + FORTE

• Grupo muscular • Tipo de movimento

Individualidade • Indivíduos respondem de forma diferente para um mesmo estímulo • Duas razões principais: 1) Nível inicial de treinamento 2) Genótipo

Reversibilidade

Reversibilidade • •



Interrupção nos treinos causam perda da adaptação. 7 %– 10% nas adaptações aeróbias e anaeróbias com 3 semanas sem treinar. Porém com redução de 1/3 a 1:1/2 no volume com manutenção da intensidade pode prolongar as adaptações por tempo maior

COMPONENTES DA SOBRECARGA Intensidade

Volume

• Importante: o ritmo da perda nas adaptações depende do tempo investido para alcançar estas adaptações.

Sobrecarga

Duração

Freqüência Densidade

3

Componentes da sobrecarga x adaptações

VOLUME

Componentes da sobrecarga x adaptações INTENSIDADE

METABÓLICO: PREDOMÍNIO AERÓBIO

INTENSIDADE

METABÓLICO: PREDOMÍNIO ANAERÓBIO

VOLUME NEUROMUSCULAR: ÊNFASE NA RESISTÊNCIA DE FORÇA

DENSIDADE

NEUROMUSCULAR: ÊNFASE NA FORÇA MÁXIMA

DENSIDADE

Escala de intensidade para força e velocidade (Bompa, 2000) Nível de intensidade

% desempenho máximo

Intensidade

1

30-50

Baixa

2

50-70

Intermediária

3

70-80

Média

4

80-90

Submáxima

5

90-100

Máxima

6

100-105

Supramáxima

Treinamento Aeróbio x Volume

Intensidade do treinamento e lactato sanguíneo

Relação volume x vo2 máx

• No treinamento as adaptações são maiores quando se utilizam uma quantidade ideal de trabalho em cada sessão ou ao longo de cada sessão. • Sugere-se: gasto calórico em torno de 5.000 a 6.000 kcal/semana; 715860/dia. • Corrida: 80 a 95 km por semana • Natação: 4.000 a 6.000 m/ sessão

Wilmore e Costill, 2001, p.194

4

Treinamento aeróbio x intensidade

Intensidade do treinamento e lactato sanguíneo

• Além do volume, a intensidade é que determinará o grau de adaptação ao treinamento. • “As adaptações musculares ao treinamento são específicas à velocidade e à duração do esforço realizado durante o treinamento.” Wilmore e Costill, 2001. p.194.

Treinamento anaeróbio • Ao contrário do treinamento aeróbio, no treinamento anaeróbio depende muito mais da intensidade do que do volume de treinamento. • Adaptações dependem da melhoria dos sistemas ATP-CP; do sistema glicolítico; e principalmente do aumento da força.

SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA

Outras adaptações anaeróbias

• Eficiência de movimento • Energética aeróbia • Capacidade de tamponamento

CONTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS SISTEMAS DE ENERGIA

• ATP - CP • Glicólise anaeróbica • Oxidativo

(McARDLE, 1998)

5

PERCENTUAL DE RENDIMENTO ENERGÉTICO

ATP - CP • Liberação de energia a partir da ruptura de ligações de fosfato • Ressíntese de ATP a partir de CP • Energia suficiente para 3” a 15” de esforço máximo • Natação: sprints de 10 - 25 metros

(McARDLE, 1998)

OXIDATIVO

GLICÓLISE ANAERÓBICA

• É o mais complexo dos sistemas de energia • Glicólise / Ciclo de Krebs / STE • Oxidação de hidratos de carbono; gorduras e proteínas • Requer aporte suficiente de oxigênio • Principal sistema nos estímulos de duração superior a 3’ aproximadamente • Natação: < 300 metros

• Liberação relativamente rápida de energia • Requer uma série de reações bioquímicas complexas • Reguladas por enzimas glicolíticas • Formação e acúmulo de Ácido Lático • Fundamental nos estímulos de 30” a 2’ de duração • Natação: 50 - 200 metros

Zonas de Intensidade

MÉTODOS DE TREINAMENTO Nº Zonas

Fc (min)

• Treinamento por áreas funcionais

Critérios fisiológicos % Vo2 Lactato Duração (mml/l)

I

Aeróbia

II

Aeróbia (limiar) 140 – 160

Até 140

40 – 60

Até 2

Horas

60 – 85

Até 4

< 2 horas

4–6 6-8

30’-2hs 10 – 30’

III Mista

160 – 180

70 – 95

IV Glicolítica

> 180

95 – 100 > 8

2 – 5’

V

-

95 - 90

10 – 15”

Alática

-

Gomes (2002)

6

PROPOSTAS METODOLÓGICAS DE TREINAMENTO

PROPOS TAS METODOLÓGICAS

PROPOSTA SEGUNDO FERNADO NAVARRO ( FEN) ZONAS DE INTENSIDA DE (FEN) VOLUME

AEL

AEM

15’/ 60’

MODELO DA ESCOLA RUSSA DE TREINAMENTO

AEI

12’ / 60’

DE TREINAMENTO

LA

10’/ 30’

ALA

4’/ 15’

2’/ 5’

TEMPO/REP

1’ / 60’

1’/ 20’

1’/ 5’

30”/ 2’

< 30”

INTERVALO

5”/ 10”

10”/ 1’

1 / 0,5

1/ 2 - 3

1 / 6 - 10

LACTATO mml

2-3

2,0 - 5,0

3-7

6- 12 8 - 20

DESCONSIDE RAR

ZONAS DE INTENSIDADE (RUSSIA)

I

II

III

IV

V

VOLUME

15’/ 60’

12’ / 60’

10’/ 30’

4’/ 15’

2’/ 5’

TEMPO/REP

1’ / 60’

1’/ 20’

1’/ 5’

30”/ 2’

< 30”

INTERVALO

5” / 10”

10”/ 1’

1 / 0,5

1/ 2 - 3

1 / 6 - 10

LACTATO mml

2-3

3,5 - 4,5

7-9

MÁXIMA

DESCONSIDERAR

MÉTODOS DE TREINAMENTO

PROPOS TAS METODOLÓGICAS

PROPOSTA SEGUNDO ARGENTINA )

DR.

JUAN C.

MAZZA.

DE TREINAMENTO

BIOSISTEM

• Contínuo • constante ou variativo • Fracionado • intervalado ou de repetição

(

ÁREAS FUNCIONAIS J. C. MAZZA

SUB - AER

SUPER - AER

VO2 MÁX

POT / TOL

VEL

VOLUME

50’/ 60’

30’/ 50’

12’/ 25’

200 / 600 M

150 / 300 M

TEMPO/REP

2’30 / 60’

1’/ 5’

30” / 5’

30”/ 2’

< 12”

INTERVALO

20” / 40”

40”/ 1’

1’/ 1’15

micro- 2’- 5’ macro - 4’- 7’

micro - 30” / 1’30 mac ro - 2’ / 3’- 5’

LACTATO mml

2-4

4-7

7 - 10

pot 14- 20 tol 14 - 25

DESCONSIDERAR

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE TREINAMENTO

• Deve considerar o nível de condicionamento • Volume de treinamento • Freqüência semanal • Objetivo do programa

Treinamento Contínuo • • • • •

Duração superior aos 20 minutos Sem intervalos F.C. abaixo de 150 bpm lactato: 2 - 3 mM/l variação de estilos e formas de propulsão (braços / pernas / técnica) • 1 x 2000 alternando ( 150 Li / 50 Est) • 45’ ( 200 p / 200 br / 200 nad)

7

Contínuo Variativo (Fartlek) • Duração superior aos 20 minutos • Velocidade variada, alternando distâncias e ritmos • Variação da F.C (150 bpm / 120 bpm) • 1x2000 (150 moderado / 100 forte) • 30 minutos (200 moderado / 100 forte)

INTERVALADO OU REPETIÇÃO • Depende do volume total • da intensidade • do duração da pausa de recuperação • do objetivo da sessão de treinamento • do sistema energético predominante

Intervalado Extensivo

Intervalado de dist.longas • Nadar grandes distâncias (800 - 2000 m) • Com intervalos curtos (30 segundos) • Intensidade de 85% - 90% do melhor marca • Volume total de 2000 a 4000 metros • 3x 1000 / 30” - 5x 800 / 20” • Lactato: 2 - 3 mM/l • Ênfase: adaptações centrais

• Nadar repetidamente distâncias médias (200 - 400 metros) • Volume total: 2000 - 4000 metros • Lactato: 3 - 5 mM/l • F.C. (150 - 170 bpm) • intervalos curtos ( 20” - 40”) de acordo com a distância • 12 - 15 x 200/ 30” - 6 - 8 x 400 / 40”

Intervalado Intensivo • Distâncias longas ( 3’ - 6’ / 300 - 800 m) • Intervalos : T/Pausa 1/0,5 - 2-5 minutos • 3 a 6 repetições • Volume total: 1000 - 2000 metros • Lactato: 5 - 6 mM/l • Intensidade: 90% do máximo • 5 x 400/3’ - 3x 800 / 5’ • Ênfase nas adaptações locais

Intervalado Intensivo • • • • • • • •

Distâncias curtas ( < 3’ / 25 - 200 m) Intervalos : T/Pausa 1/0,25 - 15’- 60”) 5-12 repetições Volume total: 1000 - 2000 metros Lactato: 5 - 6 mM/l Intensidade: 85% do máximo 3x 6x100/30”/3’- 2 a 3 x 4x200/30”/5’ Ênfase nas adaptações locais

8

Treinamento de repetições • Caracteriza-se pela repetição de distâncias tipicamente anaeróbias (50,75,100,150 m) • Volume total: 300 a 600 metros • Intensidade mais elevada possível, podendo ser superior a velocidade de

Treinamento de repetições • relação trabalho / pausa pode ser 1:5 até 1:10 • 8 -12 x 50 - pausa 2´- 3´ • 6 - 8 x 75 - pausa 3 - 5´ • 4 - 6 x 100 - pausa 5 - 8´ • 2 - 3 x 150 - pausa 8 - 10´

competição • Valores máximos de lactato no sangue

Treinamento “quebrado” • Distâncias de 50 - 200 metros • Fracionados em distâncias menores com intervalos muito breves • Volume total 400 - 1200 metros • 50 - 2x25 5” - 3´na série • 100 - 4x25 5” - 5’ na série • 200 - 4x50 10” - 3’ a 6’ na série

Resumo

Aeróbio

Misto

Anaeróbio

20x100 15”

10x100 1’

5x100 5’

2.000 75%

1.000 85%

500 95%

20 rep.

10 rep.

5 rep.

1 / 0,25

1/1

1/5

30 min

12 min

4 – 5 min

Intensidade – Métodos - Objetivos

9