GIORDANA QUADROS BRANDÃO A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE

A fuga das galinhas, A ... e debatia sobre os temas abordados no filme ... para o desenvolvimento das atividades e correções das pesquisas...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO-SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GIORDANA QUADROS BRANDÃO

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO CAMPO NOVO DO PARECIS-MT

CAMPO NOVO DO PARECIS - MT 2009

GIORDANA QUADROS BRANDÃO

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE DESENHOS ANIMADOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO CAMPO NOVO DO PARECIS-MT

“Trabalho de Conclusão de Curso em forma de monografia apresentada como requisito regulamentar obrigatório para obtenção

do

Diploma

em

Educação

Ambiental, de acordo com o instituto de pós graduação á distância ‘A Vez do Mestre”. Orientadores: Celso Sanchez Vera Lúcia Vaz Agarez.

CAMPO NOVO DO PARECIS - MT 2009

AGRADECIMENTOS

Agradeço, a minha família pela a sensibilidade, o apoio e o respeito pelo meu projeto, e ainda a generosidade diante de minha longa ausência de casa. Agradeço aos orientadores: Celso Sanchez e Vera Lúcia Vaz Agarez pela constante presença, paciência, amizade e apoio nos momentos oportunos e precisos. A coordenadora de apoio de Cuiabá-MT, Rosana Dantas, pela paciência e atenção. Ao Dênis, pela amizade, generosidade e colaboração na pesquisa. A Ercina T. de Quadros pelo empréstimo de energia, amizade, paciência e por colaborações. A Rosângela Brandão pelo apoio e companhia nas viagens. Minha prima Caroline Quadros de Oliveira E a toda aquela que direta e indiretamente fez parte de minha história. Em especial, agradeço a Deus por ter enviado todas essas pessoas no meu caminho.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho: A todos os professores que, corajosa e honestamente, batalham para efetivar, as nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos, num processo de educação permanente, crítico, consciente e libertador. A toda minha família, amigos que conscientes e corajosos, se deram às mãos, num gesto de força, vontade, compreensão, atenção e respeito pela minha pessoa.

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi verificar a importância dos desenhos animados no processo de ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no município de Campo Novo do Parecis-MT. Para realização desse trabalho além do planejamento minuncioso das aulas foi realizada investigação nas locadoras presente na cidade, com a finalidade de levantar os DVDs, que tratavam das discussões sobre Educação Ambiental, e que através da leitura visual e verbal de cada filme promovia a interdisciplinaridade e a focalização para os valores humanos universais, sistemas globais de vida, dinâmica populacional e riquezas humanas e naturais. Os filmens mais locados foram: Deu a louca em Chapeuzinho Vermelho, Os Sem floresta, Madagascar, Vida de inseto, O bicho vai pegar; Irmãos ursos I e II, Monstro S/A, Espanta tubarão, A fuga das galinhas, A família do futuro, Bob esponja e sua turma, A família do futuro, Vão dar onda, Lucas no formigueiro, O mundo dos animais. Esses filmes foram assistidos e interpretados em sala de aula durante período de realização dos trabalhos. O público alvo foram alunos dos 2˚ e 3˚ Ano do Ensino Médio. A metodologia utilizada foi dividir os alunos em equipes para cumprirem as tarefas propostas durante o toda a pesquisa. A cada encontro, após assistir o filme proposto, a equipe interpretava e debatia sobre os temas abordados no filme, e planejavam como apresentar os resultados numa aula expositiva para a obtenção de maiores informações, planejamento em grupo e organização disciplinar. O lúdico foi um ponto de partida que influenciou os estudos de Educação Ambiental no processo de ensino aprendizagem no Ensino Médio. Os resultados obtidos foram computados nas entrevistas, através de um questionário estruturado, nas quais obtive os seguintes resultados: dos 36 alunos presentes, perceberam além de dinâmico e engraçado as estórias, compreenderam como nossa vida está intimamente ligada aos elementos do ambiente e aos seres que nele vivem, e notaram que tudo que existe em nosso espaço, o solo, a água, a luz e o ar, e a cadeia alimentar, constituem uma unidade cujo equilíbrio deve ser assegurado. Além do mais, o trabalho alertou da importância e o reconhecimento do ser humano como principal protagonista para determinar e garantir a manutenção do planeta, e da Sustentabilidade local.

METODOLOGIA

A pesquisa foi desenvolvida de forma qualitativa. Envolveram-se estudos baseados nos dados descritivos, houve contato direto do pesquisador com a situação estudada e a preocupação em retratar a perspectiva dos participantes (LUDKE E ANDRÉ; 1986; p.29). Trata-se de estudo que pode ser comparado como estratégia de pesquisa que retrata de forma completa e profunda a situação do problema. A pesquisa adota uma variedade de fontes de informação através de investigações das diversas áreas do conhecimento. Segundo Fazenda (1997; p.61) o estudo de caso é um recurso onde o pesquisador pode ter acesso a uma quantidade de informação metodológicas, até mesmo confidenciais, pedindo cooperação ao grupo, como também posições valorativas. No desenvolvimento do projeto foram elaborados planos de aulas incluindo os conteúdos de biologia para construção de saberes interdisciplinares, contudo contou também a classificação dos filmes (desenhos animados) que ofereceu discussão e prática sobre a Educação Ambiental. Os Filmes escolhidos (em anexo) foram apresentados aos alunos do Médio (2° e 3° Ano) e assistidos e debatidos em sala de aula com duração de 4 aula horas, três (3) vezes ao mês na escola Dorvalino Minozzo em horário oposto. As atividades tiveram as seguintes fases: Na primeira fase após análise de cada filme os alunos tiveram um tempo programado para a entrega e organização do seu trabalho relacionado ao Filme, os mesmos responderão aos questionários, com base científica, sobre o desenho analisado. Na segunda fase após discussão de cada análise, os alunos foram divididos em grupos para organizarem as atividades, na elaboração de pesquisa sobre cidadania e meio ambiente, construção de maquete referente os filmes, construção de cartazes informativos, confecções de livros, paródias e interpretando com peça de teatro e cantos relacionada ao meio ambiente. Cada filme foi planejado e trabalhado com a turma.

A terceira fase contou com a exposição final do trabalho no Evento municipal acontecido no dia 28 de Maio de 2008 realizado anualmente pela SEMEC- Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Campo Novo do Parecis - MT. Em relação a esse tema foram trabalhados também o relacionamento e construção de idéias dos alunos em relação ao meio ambiente e a cidadania, na demonstração, organização e exposição de seus direitos e deveres no qual vivemos. Os alunos tiveram auxílio das professoras de português, filosofia, sociologia e biologia, na quais, as mesmas demonstraram a atenção para o desenvolvimento das atividades e correções das pesquisas desenvolvidas durante a montagem de cada tarefa, e importante na troca de conhecimentos com educador-educador e educador-aluno. Todos os materiais didáticos construídos foram doados a escola na qual fez parte do trabalho. Como resultado final foi elaborado um questionário estruturado aos alunos sobre o projeto elaborado durante o ano de 2008.

SUM ÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9

CAPÍTULO - I 1 ASPECTOS E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ....................................... 11

CAPÍTULO - II 2 A DIDÁTICA E AS QUESTÕES TRABALHADAS EM SALA..................... 15

CAPÍTULO – III 3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO ........................................................................... 19

CAPÍTULO - IV 4 O DESENHO ANIMADO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......................... 23

CAPÍTULO - V 5 CONTEÚDOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................................................... 29

6 RESULTADO E DISCUSSÕES ................................................................................. 34 6.1 FILME DE CHAPEUZINHO: ........................................................................ 35 6.2 O FILME “OS SEM FLORESTA”: ................................................................ 40

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 43 APÊNDICE ..................................................................................................................... 46 ANEXO I ........................................................................................................................ 47 ANEXO II ....................................................................................................................... 48

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho apresenta-se os resultados de uma pesquisa a respeito da importância dos desenhos animados no processo de ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no município de Campo Novo do Parecis-MT. O professor tem se preocupado em buscar novas práticas de ensino aos alunos, principalmente quando o aluno apresenta dificuldade e desinteresse na escola. Novas propostas de ensino têm sido discutidas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), n° 9.394/96, com objetivo de proporcionar aos professores a liberdade de se infundir na diversidade de idéias, no ensino e na criatividade dentro da escola. O lúdico é uma das diferentes formas de ensino, que pode ser desenvolvida na escola, com objetivo de auxiliar o aluno e o professor no conteúdo ministrado. As atividades lúdicas podem ser aplicadas na sala de aula através de atividades recreativas como jogos, brincadeiras, desenhos, quebra-cabeças, cantigas de rodas e outras (SILVA, et al; 2005). Os professores têm sido influenciados nos novos métodos de ensino, provavelmente, essa preocupação, levam-os a desenvolver atividades que contribuem no seu conteúdo ministrado e o aluno no seu aprendizado. Partindo desse princípio, tais atividades lúdicas têm sido aplicadas pelos professores nas escolas Públicas e Particulares de Tangará da Serra-MT (Brandão, 2006) com objetivo de estimular o aluno a aprender, gostar e permanecer mais tempo em sala de aula. Contudo, essa forma lúdica proporcionou aos novos educadores presentes na educação construções de trabalhos futuros. Além disso, segundo Texeira (1995; p.23) a atividade lúdica além de importante na escola, serve como veiculo de comunicação, interação e afetividade com o professor e o aluno; na qual pode ser o ponto de partida ou uma direção para o professor induzir novos assuntos em sala de aula, como os estudos de Educação Ambiental.

10 Educação Ambiental, de acordo com Aziz ab Saber é um processo que envolve um vigoroso esforço de recuperação de realidades e que garante um compromisso com o futuro. “Trata-se de um novo ideário comportamental, tanto no âmbito individual e como coletivo”. A análise de trabalhos que tratam deste assunto leva a entender que a realidade educativa não se transforma apenas na transmissão de conhecimento, mas na interação, afetividade e ludicidade dos professores no desenvolvimento das aulas, o que torna interessante investigar e discutir. Partindo dessa discussão, pareceu pertinente entender a Educação Ambiental assistindo e interpretando com os alunos do Ensino Médio os desenhos animados encontrados nas locadoras de Campo Novo do Parecis - MT.

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CAPÍTULO - I 1 ASPECTOS E FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

Desde que a sociedade é percebida como grupo humano organizado, com uma certa história de vida, consegue-se identificar uma maneira de criar e ensinar diferente, constituindo uma prática social universalmente caracterizada como educação. A educação é conhecida como campo de produção de conhecimentos sistematizados e está presente em todo lugar (CURY, 2000, p.42). Não só na escola, pode haver redes e estruturas sociais de trocas de saberes de uma geração a outra que possibilita a interação, pois mesmo onde não há escola, cada tipo de grupo humano consegue desenvolver recursos e métodos para ensinar crianças e adultos, o saber, a crença e os gestos. Frente a esta realidade, a educação nos acompanha durante a vida, pois sempre estamos aprendendo coisas novas e, portanto, nos educando. Num mundo repleto de transformação, a escola se insere como elemento essencial aos processos de percepção e assimilação da herança cultural acumulada pela humanidade ao longo de sua evolutiva trajetória. É inegável que a escola enquanto tempo espaço cotidiano possui importante função social e, ainda, o quanto há para transformar, melhorar e fazer. A experiência de vida de um indivíduo conta muito, pois são instrumentos necessários para seu sustento na vida, segundo Cury (2000; p.42-43), os grupos que guardam essa continuidade histórica, conserva uma riqueza de conhecimento, nas quais, são informações importantes para construção de idéias e valores culturais que podem ser transmitidos de geração a geração. E essa capacidade de conservar e refletir sobre as experiências vividas, nos auxilia para o nosso aprimoramento e para o desenvolvimento de nossa competência e habilidades de pensar e saber pensar e fazer.

12 A educação vem sofrendo constantes mudanças ao longo do tempo, e não é a mesma em toda à parte, isto pode ser justificado se considerarmos várias sociedades e várias épocas históricas, nota-se que há diferentes tipos de educação e as diferentes idéias educativas. Em Atenas a educação de seu povo procurava formar espíritos delicados, prudentes, sutis, embebidos de harmonias, capazes gozar do belo e os prazeres das as artes literárias; Em Roma, na educação de sua sociedade, desejava-se que os pais ensinassem seus filhos desde crianças se tornassem aprendizes de homens de ação, apaixonados pela glória militar, e indiferentes no que tocasse às letras e às artes. Já na Idade Média, a educação de seu povo era cristã, antes de tudo; na Renascença, toma caráter mais leigo, mais literário. Somente no século XIX, enfatizam-se a relação entre educação e bem-estar social, estabilidade, progresso e capacidade de transformação. A tecnologia foi um dos momentos que possibilitou aos homens a buscarem alternativas para aprimorar seu trabalho. Pois as novas máquinas, experiências, chegavam no mercado de trabalho (CATANI, et al; 2001: p.22). Com os avanços tecnológicos, a escola também não pôde ficar atrás. Procurou caminhar junto, buscando novos métodos, novos conhecimentos, aprimorar os recursos didático-pedagógicos, novos equipamentos, oferecer um espaço adequado e mais saudável, onde o aluno possa sentir o prazer de estudar. E o professor está preocupado em buscar novos conhecimentos, para melhorar o ensino, a qualificação e reconstrução dos valores sociais. Justifica-se então o bom desempenho do educador na prática, além do ensino acadêmico, teve sua formação enriquecida com relações de qualidade, práticas e vivências capazes de prepará-lo para os embates da vida adulta (COSTA; 2000. p.32). A idéia de mudança na educação implica aspectos históricos, culturais, sócioeconômicos, tecnológicos e biológicos na construção dos saberes. A necessidade e vontade de mudança estão relacionadas à constatação das lacunas ocasionadas entre o que a sociedade está pedindo da formação dos indivíduos e o que o espaço escolar está oferecendo para dar conta disso, ou seja, ao perceber-se ineficaz, despreparada e desatualizada a instituição entende esse vão e busca recuperar-se e criar novos meios de interagir e aprender para então desempenhar sua função social de fato.

13 Hoje, com as novas perspectivas de ensino, discutindo, sobretudo, a diversificação de atividade para preparação do aluno na educação básica, o professor pode ter sido influenciado pela transformação, e sua a ação como pessoa e como profissional, é fundamental para a formação pessoal e intelectual do cidadão, no entanto, segundo (XAVIER, et al; 1994), “o professor não é o único responsável pelo sucesso ou insucesso do processo educativo”. Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais freqüentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas. Todo este enfoque só adquire seu verdadeiro significado numa perspectiva histórico-sociológica. De fato, sem sociedade não haveria sequer conhecimento. Quanto maior e mais diversificado for o contato dos pais com a realidade, mais se abrem os horizontes e os interesses pelo conhecimento. É evidente que, através do conhecimento, o mundo adquire outra dimensão, garantindo-se desta forma a dinâmica dialética entre ciência e realidade, entre sociedade e cidadania. Em outras palavras, precisa funcionar a partir de um projeto capaz de envolver à todos de maneira reflexiva e significativa. A articulação de todos em torno de objetivos comuns, de forma a integrar todas as atividades escolares, sejam elas de cunho pedagógico ou administrativo. A prática administrativa e pedagógica dos sistemas de ensino são elementos essenciais nos aspectos e fundamentos da educação, portanto, tem sido discutida na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de n° 9394/96 (1997), com finalidades de estabelecer as formas de convivência no ambiente escolar, os mecanismos de formulação, implementação de políticas, a organização do currículo, das situações e aprendizagem. Esses fundamentos constatados pela LDB deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos de suas instituições”, e ressalta ainda que se a estética.

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[...] da sensibilidade substituir a da repetição e padronização, estimulará a criatividade, o espírito inventivo, à curiosidade pelo inusitado, à afetividade,e conseqüentemente, o imprevisível e o diferente.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs. 1997; p. 50-51), a estética da sensibilidade não é um princípio inspirador apenas do ensino de conteúdos ou atividades expressivas, mas uma atitude diante de todas as formas de expressão, que deve estar presente no desenvolvimento do currículo e na gestão escolar. Ela não se dissocia das dimensões éticas e políticas da educação, porque quer promover a crítica à vulgarização da pessoa; às formas estereotipadas e reducionistas de expressar a realidade; às manifestações que banalizam os afetos e brutalizam as relações pessoais. Sem um fio condutor, o conteúdo e a aproximação do professor e aluno em sala e as questões ambientais e biológicas perde-se no labirinto dos mecanismos institucionais e disciplinares. Por isso, que os profissionais de forma integral, os professores teriam de construir e atualizar as competências necessárias para o exercício, pessoais e coletivas, da autonomia e da responsabilidade. A autonomia e a responsabilidade de um profissional dependem de uma grande capacidade de refletir em e sobre sua ação. Essa capacidade está no âmago do desenvolvimento permanente, em função da experiência de competências e dos saberes profissionais (PERRENOUD; 2002). Neste mesmo contexto, a autonomia é outra palavra que precisa estar no dicionário da escola. Ela representa algo que não se ganha, mas se constrói. Assim, por exemplo, a escola consegue, paulatinamente, tomar decisões sobre temas que podem ser resolvidos dentro da própria comunidade escolar, e conforme sua realidade. Em todos os casos, pode-se ressaltar que a autonomia nos disponibiliza a liberdade de reflexão e criatividade para novos projetos com intuito de contribuir com ensino aprendizagem no âmbito escolar.

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CAPÍTULO - II 2 A DIDÁTICA E AS QUESTÕES TRABALHADAS EM SALA

A complexidade da problemática das relações entre escola e cultura e as diferentes formas dos professores situarem-se em relação a ela têm mobilizado interesse durante os últimos anos, no sentido de orientar nosso olhar, nossa reflexão e pesquisa para as formas concretas através das quais os professores tentam trabalhar esta relação no cotidiano escolar. É cada vez mais evidente a necessidade de reconhecimento do caráter polissêmico da educação escolar. Sendo assim, “não podemos considerá-la como um dado universal, com um sentido único, principalmente quando este é definido previamente pelo sistema ou pelos professores”. Dizer que a escola é polissêmica implica levar em conta que seu espaço, seus tempos, suas relações podem estar sendo significados de forma diferenciada, tanto pelos alunos, quanto pelos professores, dependendo da cultura e projeto dos diferentes grupos sociais nela existentes. Também entre nós vem crescendo, principalmente nos anos 80 e 90, uma nova consciência das diferentes culturas presentes no tecido social brasileiro e um forte questionamento do mito da “democracia racial”. Diferentes movimentos sociais- grupos indígenas, de cultura popular, movimentos feministas, dos “Sem Terra”, etc- têm reivindicado um reconhecimento e valorização mais efetivos das respectivas identidades culturais, de suas particularidades e contribuições específicas á construção social. Neste contexto, a desnaturalização da cultura escolar dominante nos sistemas de ensino se faz urgente, buscando-se caminhos de incorporar positivamente a diversidade cultural no cotidiano escolar. Na primeira metade da década de 70 havia uma visão funcionalista da educação no Brasil, a didática trabalhada nesse tempo era positivista, na qual, aplicava estudos para seus elementos (professores, alunos, objetivo e planejamento) centrados nos aspectos instrumentais, neutros e técnicos. Já a partir da década de 80, registra-se uma

16 nova didática no currículo de formação do professor, iniciando a sistematização, desenvolvimento na didática Fundamental, baseada na pedagogia crítico-social (OLIVEIRA; 1992: p.29). Essa mudança na didática, provavelmente, expressou diferentes implantações de práticas de ensino na educação. Hoje, no processo educativo cada área possui finalidade, a didática e a prática de ensino, deve-se se comprometer com a democratização e a construção do saber, no sentido de possibilitar às classes populares não só o acesso à escola, e a permanência nela o maior tempo possível. A didática aborda maneiras indispensáveis para a área de atuação, as práticas pedagógicas e valores sócio-culturais, são elementos essências para trabalhar o desenvolvimento do aluno e organização do profissional. O Ensino de Ciências Naturais tem se orientado por diferentes tendências nas práticas pedagógicas, que ainda hoje se expressam nas salas de aula como ressalta os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997; p.20).

As propostas para o ensino de Ciências debatidas para a confecção da lei de Diretrizes e Bases da lei n. 4.024/61 orientavam-se pela necessidade de o currículo responder ao avanço do conhecimento científico e às demandas geradas por influências da escola nova. Essa tendência deslocou o eixo da questão pedagógica, dos aspectos lógicos para aspectos psicológicos, valorizando a participação ativa do aluno no processo de aprendizagem.

Hoje quando se trabalha com de Ciências Naturais nas escolas, por exemplo, com uma certa dose de descontração e práticas, pode ser que os alunos tende a buscar soluções e sanar dúvidas, provavelmente a partir das observações sobre o fato em sala de aula possibilita o aluno levantar hipóteses, testá-la, de forma a tirar conclusões sozinho. Com essa perspectiva que se buscou ocasião à democratização do conhecimento científico, reconhecendo-se a importância científica. Pode ser dizer, quando se depara com uma crise ambiental que coloca em risco a vida do planeta, o ensino de Ciências Naturais pode contribuir para uma reconstrução da relação homem-meio em outros termos. São exemplos dessas questões como a manipulação gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfera de produtos resultantes

17 da combustão, o destino dado ao lixo hospitalar, industrial e doméstico que contribui para a formação da integridade pessoal. Nesse sentido, quando alia-se os alunos aos novos horizontes para que façam ligações e comparações com sua realidade, possivelmente o saber, o gosto pela matéria pode ser tornar atrativa. Segundo winnicott (1975) “É importante que o professor saiba usar a sala de aula como espaço transicional no qual a interação se realiza, pois o conhecimento só se torna saber quando é desejado”. Em outro aspecto, a sala de aula possibilite “espaço de criação” como possibilidade para metodologia de pesquisa a autobiografia educativa. O Espaço de criação propriamente dito visa possibilitar ao professor um elemento estratégico, para que ele possa lidar com a diversidade cultural em sala de aula. Um processo direcionado a cada aluno em suas características e competências singulares. Um processo em que alunos e professores possam se tornar sujeitos de seu aprender e da construção de saberes nos dá abertura para a ampliação de nossos objetivos, estendendo o processo de apoio psicopedagógico aos educadores para uma visão de acompanhamento de autoformação numa proposta transdisciplinar. Abarca o exercício sistemático da observação e reflexão da experiência do educador na relação com os outros (alunos, colegas, ambiente) e consigo mesmo, de seu trajeto pessoal e profissional, sua história de vida e de uma produção pessoal de sentido e de saberaprender. SILVA (1993) em sua concepção sobre os métodos e práticas pedagógicas e as responsabilidades na preparação e formação de alunos, demonstra-se que,

[...]..recuperando os métodos, até agora censurados, conseguiremos dar mais dignidade ao ensino [...]. Trazendo para a sala os textos até agora censurados, conseguiremos tornar o trabalho docente mais produtivo [...] Propondo os conteúdos que foram e são censurados pelos autores os programas e manuais escolares, faremos que a educação atenda as reais necessidades das crianças [...]. Restaurando os propósitos primeiros do ato de educar, conseguiremos dar mais vitalidade e coerência as nossas ações pedagógicas e políticas [...]”. Deixando de agir como pequenas autoridades (reprodutores inocentes da moral capitalista), os professores vão libertar-se da parafernália autoritária, que há muito tempo vem lhes fazendo a cabeça.

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Hoje, a escola se insere como instituição social relevante aos processos de percepção e assimilação da herança cultural acumulada pela humanidade ao longo de sua evolutiva trajetória. Possui função social e, por se dinâmica e viva, deve sempre se propor nos movimentos de transformação, de mudança e melhoria. Por fim, vale ressaltar também, é os avanços educativos, visando atender as expectativas atuais, por isso os professores estão sempre buscando o seu aperfeiçoamento visando à melhoria do ensino.

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CAPÍTULO – III 3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO

A palavra: lúdico vem do latim ludus, e significa brincar. Neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimentos e é relativa também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte (TEXEIRA; 1995: p.14). Desde que nascemos temos a necessidade de nos deslocarmos em algum sentido. No início, somos desajeitados, sem muita coordenação e com um gasto grande de energia. À medida que vamos crescendo, também vamos melhorando a capacidade de deslocar. E adquirimos uma performance, tal, que os movimentos serão realizados com maior precisão, gastará menos energia. O ser humano constrói seu mundo, adquirindo, pois, noções de espaço, tempo e conhecimento do seu próprio corpo, desenvolvimento adquirido social e afetivamente. Os conhecimentos devem ser trabalhados na escola, contribuindo com o aluno nas maneiras de interpretar suas curiosidades e idéias em forma de jogos, brincadeiras, teatros, etc. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. Percebemos hoje nas escolas, a ausência de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo de trabalho. Essa realidade do brincar nas escolas levanos a perceber a inexistência de espaço para um bom desenvolvimento dos alunos. Esse resultado, apesar de apontar na direção das ações do professor, não devemos atribuir-lhe a culpa. Ao contrário, trata-se de evidenciar o tipo de formação profissional do professor que não contempla informações nem vivências a respeito do brincar e do desenvolvimento infantil em uma perspectiva social, afetiva, cultural, histórica e criativa. Um dos grandes pesquisadores sobre a inteligência infantil Jean Piaget, criador da teoria psicomotora, relata que existem dois processos básicos de adaptação do ser

20 humano ao meio ambiente, sendo eles: assimilação (incorporação de novos objetos aos esquemas já construídos), e acomodação (tentativa de se ajustar a uma nova situação). Para ele, no jogo infantil, há prevalência de assimilação sobre acomodação porque a criança tende a satisfazer no jogo seus próprios interesses. O ser humano passa por diferentes períodos ou etapas cognitivas até chegar à maturação, e o jogo ocorre de forma peculiar conforme cada período. De acordo com a discussão sobre desenvolvimento humano, há quatro fases de desenvolvimento: Cada criança brinca de acordo com a etapa em que se encontra. Assim, uma criança de 0 a 2 anos está na fase sensório- motora, realiza brincadeiras denominadas “jogos de exercícios”: ela encontra satisfação em manipular objetos, experimentá-los em seu corpo. Na fase pré-operatória de 2 a 6-7 anos a criança está no auge do egocentrismo, ou seja, mais centrada em si. Costuma ficar falando e brincando sozinha. Já na fase operacional concreto de 6-7 a 11-12 anos ela está disposta a brincar em grupo, participando de jogos coletivos e aceitando as regras. Quando chega ao estágio operacional formal a partir dos 12 anos é capaz de jogar com regras complexas, como jogos de interpretações, relata ainda que “o pensamento lógico está semelhante ao do adulto (PIAGET ,1998; p.23). Vygostsky (1998), outro pesquisador, compreende que essas fases são importantes, mas que o papel do professor é justamente auxiliar o aluno na passagem de uma fase a outra. Noutras palavras, podemos iniciar o desenvolvimento de uma fase já no estágio anterior, explica ainda, que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e as funções psicológicas são constituídas ao longo dela. Para ele “o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo”. São poucas as escolas que investem neste aprendizado. A escola simplesmente esqueceu a brincadeira, na sala de aula ou ela é utilizada com um papel didático, ou é considerada uma perda de tempo. E até no recreio, a criança precisa conviver com um monte de proibições. Podemos dizer que a brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade dotada de um significado social que necessita de aprendizagem. Tudo gira em torno da cultura lúdica, pois a brincadeira torna-se possível quando apodera elementos da cultura para internalizá-los e criar uma situação imaginária de reprodução da realidade.

21 A aprendizagem envolve o uso e o desenvolvimento de todos os saberes, capacidades, potencialidades do homem, tanto físicas, quanto mentais e afetivas, conforme explica Campos (1991 p.14).

Dispor de uma cultura lúdica é dispor de um certo número de referências que permitem interpretar como jogo atividade que poderiam não ser vistas como tais por outras pessoas. O desenvolvimento de uma pessoa é determinado pelas experiências possíveis, mas não produz por si mesmo a cultura lúdica. Esta se origina das interações sociais, do contato direto ou indireto. A cultura lúdica como toda cultura é o produto da interação social.

Sendo assim, as atividades lúdicas integram as várias dimensões da personalidade afetiva, motora e cognitiva. Vê-se que a ludicidade é capaz de facilitar além do progresso da personalidade integral do aluno, como o progresso de cada uma das funções psicológicas, intelectuais e morais. Quando se afirma que o lúdico é um meio de interação, o ato de criar permite uma pedagogia do afeto, amor, sentimentos na escola, portanto, isso se justifica quando há uma relação educativa do educador e educando, pois a disponibilidade do envolvimento afetivo, cognitivo surgem no decorrer das aulas, estimulando o respeito e a criatividade do sujeito. A afetividade é estimulada por meio da vivência, a qual o educador estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em parceria, um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no processo do aprender (KISHIMOTO; 2002). A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico pode facilitar a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento, Kishimoto (2002) expõe que quando damos ênfase à formação lúdica.

22 [...] envolve o aspecto geral teórico-prático do acadêmico em sua prática pedagógica, envolve alunos e os professores que já atuam na Educação Infantil e se encontram na realidade-escolar, bem como os aspectos metodológicos que envolvem a criança-sujeito, do conhecimento em construção [...]

A formação do sujeito não é um quebra-cabeça com recortes definidos, entendo que essa formação depende da concepção que cada profissional tem sobre a criança, homem, sociedade, educação, escola, conteúdo e currículo. A formação lúdica interdisciplinar se assenta em propostas que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais que se utilizam à ação do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora (KISHIMOTO, 2002). Pensando nesse sentido, quanto mais o adulto aceitar a ludicidade, pode ser que maior será a chance deste profissional trabalhar com o aluno de forma prazerosa.Tal formação permite o educador saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida de um indivíduo

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CAPÍTULO - IV 4 O DESENHO ANIMADO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A composição dos desenhos animados dos episódios infantis e não infantil hoje na TV– reproduz e perpassa temas geradores de discussões sobre meio ambiente. A poluição urbana, desmatamento, caça ilegal, água, povos nativos, urbanismo, e consumismo caracterizam temas transversais, que inspirados nos estudos ambientais, provocam abordagem criticas dos personagens e cenas. O sucesso dos desenhos animados em DVDs tem o propósito de explorar, por meio de um recurso audiovisual, uma forma de comunicação educativa que sirva como apoio para inserção da dimensão ambiental. Antes de entrarmos em discussão da importância dos recursos áudio-visual, vale comentar que no currículo da escola Dorvalino Minozzo em Campo Novo do Parecis MT, os meios de comunicação não eram bons e nem ruins em si mesmos. Mesmo assim servia de técnicas para construção de resultados e criatividade para os alunos e professores, quando disponível. Os materiais educativos de certa forma fazem parte da cultura educacional. O vídeo, os DVDs, quando conveniente, são instrumentos importantes e suplemento para a prática docente dos professores e para a aprendizagem dos alunos. O sucesso dos desenhos animados entre as crianças não é um fenômeno recente. Desde a década de 60, numa entrevista dada na MultiRio (TV educativa, no ano de 2007), são programas favoritos da garotada. Esse sucesso se deve ao fato dos desenhos terem como uma de suas principais características a linguagem lúdica. E ainda mais, são convites às crianças para o jogo. Mais do que um entretenimento televisivo, eles carregam discursos, seja por meio dos personagens ou de suas aventuras que podem ser traduzidas em jogos e brincadeiras. O desenho é uma habilidade de expressão gráfica natural do ser humano, ocorrendo o seu aparecimento ainda na infância. É por isso que as crianças ao

24 empunharem qualquer instrumento que lhes permitem rabiscar, imediatamente sentemse impulsionadas a representar linhas ou formas. Elas constroem o seu imaginário num ato espontâneo e mágico deixando sua marca no mundo. São capazes disso muito antes de aprenderem a escrever. Enquanto habilidade natural, o desenho da criança e pela criança, passa por varias fases de desenvolvimento desde os primeiros rabiscos até sua estagnação com o realismo visual por volta dos dez anos de idade. A partir da representação de formas feitas por jovens ou adultos de qualquer idade tendem a regredir ou permanecem inalteradas, mantendo as mesmas características do desenho infantil. Para superar a estagnação do seu desenho e avançar para além do realismo visual, a criança precisaria da participação direta da escola. Seriam indispensáveis aulas mesmo básicas sobre a habilidade de ver e representar graficamente a forma dos motivos visualizados. Mas essa realidade não existe. O desenho não é considerado como parte integrante da formação comum do educando. Não é visto como uma necessidade que deva prosseguir da pura expressão rumo ao conhecimento. É deixada a margem do ensino, em vez de acompanhar a evolução cognitiva da criança, como ocorre com os demais conteúdos ministrados na sala de aula. Devido à inexistência de preparo escolar na área da visualidade e representação de imagens temos adolescentes e adultos inseguros quanto ao seu desenho. A maioria acha que não tem potencial para o mesmo. Se verificarmos sobre o nível de desenvolvimento do desenho entre as pessoas, identificaremos basicamente três categorias. Na primeira delas estão os indivíduos que constroem suas imagens eventualmente, num fazer espontâneo sem preocupar-se com o aperfeiçoamento dessa habilidade. Na segunda categoria fazem parte os que superam os seus próprios limites e mesmo sem o apoio da escola conquistam o domínio do traço pela observação e dedicação ou ainda com a ajuda dos livros e a insistência da prática diária. Alguns, destes, tornam-se exímios desenhistas. Na terceira categoria encontram-se os que fizeram cursos, oficinas ou são profissionais na arte do desenho mediante formação acadêmica. Uma parte, dentre estes, exercem essa prática como um modo de vida.

25 Como resultado dessas observações sobre as habilidades e importância dos desenhos, concluímos que não importa o nível de conhecimento e experiência, no fundo todos desenham e necessitam dos desenhos. Atualmente, essa relação entre o desenho animado, o jogo e a brincadeira da criança está cada vez mais visível. Na verdade, o desenho animado traz uma visão do que é ser criança no mundo em que vivemos e de como o adulto vê a criança, a brincadeira e o jogo infantil. No entanto, essas visões não são definitivas. E, essa visão ganha vida no momento em que a criança as interpreta o seu modo e, com elas e a partir delas, constitui seus valores e formas de se inserir na vida social. É muito comum os adultos definirem o que é importante e bom para a criança ver na TV. Em geral, os critérios se baseiam em concepções pedagógicas orientadas por princípios psicológicos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem. Em relação à produção dos desenhos animados, não saberia dizer se esta preocupação existe entre os produtores. A perspectiva da criança como consumidora exigente e ícone da nova geração, é o que se coloca como critério no campo da produção de mídia. Muito mais do que educar a criança, os produtores de desenhos animados parecem estar interessados em propor desafios aos pequenos e desconstruir papéis estabelecidos. Para falar a verdade, não há uma técnica especial para a disseminação da Educação Ambiental, no entanto, como analisa SATO (2004; 41) são recomendáveis, que os profissionais da educação, tenham e a praticam “a coerência e a boa seleção dos materiais didáticos, particularmente dos livros didáticos, a promoção de alternativas aos problemas ambientais, discutindo um gerenciamento adequado e a utilização de jogos, simulações, teatros e outras novas metodologias que auxiliam na familiarização dos estudantes com os problemas ambientais”. Para entender melhor o valor da temática ambiental é importante compreender o valor de cada vida que integra esse grande ecossistema vital que denominamos de Gaia, como ressalta. [...] é a denominação da terra na mitologia grega onde esta é personificada como elemento gerador das raças divinas: urano (céu), as montanhas e ponto (mar), etc. Mais tarde, a idéia de Gaia como geradora de Deuses foi sendo substituída pela idéia de fertilidade da terra. Hoje ao nos referimos à teoria de Lovelock que vê o planeta

26 terra como um grande ser vivo, ou melhor, como um grande superorganismo auto-regulador.

Falar de Educação Ambiental independe da estratégia a ser utilizada ou âmbito onde esta será desenvolvida, significa acima de qualquer coisa, falar de vida em plenitude. Isso é das vidas presente em micro ecossistema celular até as vidas que garantem a sustentabilidade de um macroecossistema como uma grande floresta. Ao contrario do que se possa pensar para tratar dessas questões é comum enfocarmos uma série de temas que extrapolam as discussões biológicas sobre natureza e meio ambiente em seus aspectos físicos e bioquímicos. Se quisermos compreender e defender a vida através da Educação Ambiental faz-se necessário discutimos diversos temas de relevância social como a valorização do patrimônio histórico. Essas questões só recentemente foram introduzidas de modo oficial no sistema escolar. Em termos legais, somente em 1999 foi transformada em lei (9795/99) devendo assim ser mais difundida e reconhecida oficialmente como um componente urgente da educação (COSTA, 2000). Através de diferentes estratégias a Educação Ambiental quer promover uma ampla conscientização ecológica que leve o homem a repensar sua postura, enquanto ser racional, diante da vida, promovendo assim um processo de responsabilização individual e coletiva da sociedade frente ao meio ambiente do qual integra. Esse certamente não é um trabalho fácil. Contudo é importante e necessário que não nos deixemos levar por discursos de lamentação ou derrota, mantendo-nos firmes na luta por um mundo melhor não apenas para nós, mas para as futuras gerações que não devem ser penalizadas por nossas escolhas (COSTA, 2000). E mais, como chama atenção o texto de Costa (2002), “Educação perde parte de sua essência e pouco pode contribuir para a continuidade da vida humana” em outras palavras, ela perde sentido e torna-se no mínimo inútil. A educação apenas reforça uma da modalidade da mesma dentre tantas outras que a mesma encerra, como profissionalizante ou permanente e de que, portanto, não existe uma modalidade de educação especifica ou singular, diferenciada de uma educação geral, denominada Educação Ambiental, não ignoramos o fato de como a Educação foi e continua sendo pensada pelas políticas municipais e estaduais de ensino,

27 onde mal se consegue preparar o cidadão para o pleno exercício de sua cidadania, quanto mais permitir que esse exercício seja acompanhado de uma consciência ambiental. Tanta a Educação Ambiental, como a Educação Popular, são formas educativas que surgiram justamente pelos inúmeros vazios deixados pelo sistema educacional clássico em não conseguir cumprir esse papel básico que lhe cabia. Desde os tempos mais primitivos onde a escola era a aldeia e a educação era confiada a toda comunidade em função da vida e para a vida (GADOTTI, 1993). Da mesma forma, entendemos que ao se insistir nos referidos complementos, não se está inventando ou criando dimensões novas para a Educação, mas sim desvelando, dimensões próprias da mesma, que passaram a ser mais valorizadas não somente em função da crise ambiental, mas própria crise da modernidade, onde o homem num processo de individualismo, cada vez mais intenso foi se isolando do meio a sua volta, mantendo-se indiferente frente a situações de extrema marginalidade e corrupção (CARVALHO, 2003). A Educação e, por conseguinte a Educação Ambiental está sempre ligada intimamente ao processo social através do qual o homem adquire costumes, conhecimentos e valores vigentes em seu grupo e em sua época, aos quais ele pode simplesmente se adaptar ou intervir, modificando o curso de sua historia. Por isso Paulo Freire defende que não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados.

[...] O homem é um ser de raízes espaços-temporais. A instrumentação da educação. [...] depende da harmonia que se consiga entre a vocação ontológica deste ser situado e temporalizado e as condições especiais desta temporalidade e desta situacionalidade (FREIRE, 1997).

Além do mais a educação pode ser entendida como um processo crítico transformador capaz de promover um questionamento mais profundo sobre a realidade ambiental na qual o homem se integra, levando-o a assumir uma nova mentalidade ecológica, pautada no respeito mútuo para com o meio ambiente e os que dele fazem parte. Por fim, a educação em geral é um processo de conscientização ambiental amplo que se concretiza através de projetos e programas realizáveis de educação visando

28 aproximar o homem do meio ambiente em busca de melhores condições de vida. Seu destino sim é grande e complexo, por encarar um conjunto de problemas ambientais, que como ressalta SERRES (1991), “foram causados por uma civilização que já está ai há mais de um século, geradas pelas longas culturas que a precedem, infligindo danos a um sistema físico de milhões de anos,” (SERRES, 1991); e por promover um esforço constante de reflexão sobre o destino do homem e futuro do planeta envolvendo uma nova filosofia de vida e um novo ideário comportamental, tanto em âmbito individual, quanto em escala coletiva.

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CAPÍTULO - V

5 CONTEÚDOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Nos últimos anos, diante das muitas transformações pelas quais vem passando o pensamento e a prática da pedagogia nos pais e no mundo seja no âmbito das escolas particulares ou do aparelho institucional educacional de Estado, alguns pensadores tem assumido um papel de destaque no meio, tanto pela influencia de seus trabalhos entre os que se dedicam a formação dos profissionais de educação quanto pela apropriação de suas idéias pelos responsáveis pela formulação das políticas educacionais do estado em nível federal, estadual ou municipal. Quando o assunto é meio ambiente, os prognósticos para os próximos cem anos são alarmantes. Como meio ambiente entende-se o “conjunto dos elementos que, na complexidade das suas relações, constituem o quadro, o meio e as condições de vida do homem, tal como são, ou tal como são sentidos” (CANOTILHO, 1995). Não se trata apenas de exagero dos ambientalistas. Ao mesmo tempo em que a humanidade vira o milênio usufruindo de suas novas conquistas, vários são os desafios e problemas a serem enfrentados, principalmente no que diz respeito à conservação do meio ambiente e à conseqüente melhoria da qualidade de vida. Uma recente pesquisa divulgada pela WWF (World Wide Foundation) publicada no Informativo n° 34 - novembro / dezembro de 2000 de Jaqueline B. Ramos, demonstra a necessidade da busca por mudanças de padrões, hábitos e comportamentos insustentáveis, danosos ao meio ambiente. Atualmente, as organizações não governamentais de meio ambiente não falam somente em desenvolvimento sustentável, mas também defendem a adoção da “econologia”, que combina princípios da economia, sociologia e ecologia. A econologia é defendida por ambientalistas como a forma de

30 viabilizar o desenvolvimento sustentado e seu conceito prevê a “reinvenção da economia” principalmente com a adoção de energia renovável. No Brasil, as discussões sobre desenvolvimento sustentável e sustentabilidade são coordenadas oficialmente pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS). A Agenda 21 foi o compromisso firmado pelos países signatários da Rio 92 de incluir o desenvolvimento sustentável nas pautas de discussão de suas políticas internas e externas de desenvolvimento. Em 1999, a CPDS desencadeou um processo de planejamento participativo para analisar a situação atual do país. A idéia era identificar suas potencialidades e fragilidades de forma a conceber um plano de desenvolvimento sustentável. O resultado foi à elaboração do documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão, que contou com a participação de, aproximadamente, 800 representantes de diferentes setores da sociedade de diversas regiões do país. O objetivo deste documento é ampliar a divulgação de informações e o envolvimento da sociedade na discussão das propostas até agora formuladas, tendo assim mais subsídios para a formulação da Agenda 21 Nacional e das suas versões locais (para as cidades). A preocupação com o desenvolvimento sustentado ganhou espaço em universidades, governos e grandes empresas. Finalmente percebeu-se que, se há um limite para o crescimento das atividades do homem na Terra, essa linha divisória é justamente o modo como o ser humano interage com a natureza. Ruschmann (1999) afirma que “a inter-relação entre produção e meio ambiente é incontestável, uma vez que este último constitui a matéria prima da atividade. Atividade esta que deve ser avaliada e seus efeitos negativos, evitados, antes que esse valioso patrimônio se degrade irremediavelmente.” Apenas na década de 70 é que, pela primeira vez, depois do modelo de desenvolvimento gerado a partir da revolução industrial as questões ambientais passaram a ser oficialmente encaradas como questões globais, e de governos. A Conferência de Estocolmo em 1972 marca o início do processo de compromissos mundiais intergovernamentais e interinstitucionais acerca da minimização dos impactos da ocupação humana sobre o meio ambiente. Desde os primeiros movimentos ambientalistas a educação foi considerada um instrumento fundamental de sensibilização, conscientização, comunicação, informação e

31 formação das pessoas como processos fundamentais para a promoção do desenvolvimento sustentável, da consciência ambiental e da ética, de mudança de valores, de comportamento e da efetiva participação nas tomadas de decisões no ensino formal e informal. Na Constituição Brasileira de 1988, o artigo 225 enfatiza: “todos têm direito ao Meio Ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. No parágrafo 1º, inciso VI determina: “Promover a Educação Ambiental (EA) em todos os níveis de ensino e conscientização pública para a preservação do Meio Ambiente”. Já a promulgação da lei 9795/99 instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), oferecendo amparo legal à EA, responsabilizando e envolvendo todos os setores da sociedade, e incorporando oficialmente a EA nos sistemas de ensino. Os Parâmetros Curriculares Nacionais são documentos apresentados como resultado do trabalho que contou com a participação de muitos educadores brasileiros e têm a marca de suas experiências e de seus estudos, permitindo assim que fossem produzidos no contexto das discussões pedagógicas atuais. Inicialmente foram elaborados documentos, em versões preliminares, para serem analisados e debatidos por professores que atuam em diferentes graus de ensino, por especialistas da educação e de outras áreas, além de instituições governamentais e não - governamentais. As críticas e sugestões apresentadas contribuíram para a elaboração da atual versão, que deverá ser revista periodicamente, com base no acompanhamento e na avaliação de sua implementação. A inserção dos temas transversais, sem abrir mão dos conteúdos curriculares tradicionais, é uma tentativa de se influir no processo de transformação social; e não podemos negar o papel institucional da escola e seu potencial de influir significativamente na transformação da sociedade. Mas, para tal a realidade escolar precisa passar por uma mudança de perspectiva, em que os conteúdos tradicionais deixem de ser encarados como “fim” da Educação. Eles devem ser encarados com “meio” para a construção da cidadania e de uma sociedade mais justa, como evoca Moreno, Montserrat (2001).

32 O país que mais aprofundou a proposta dos temas transversais até o momento foi à Espanha. A inclusão de temas transversais sistematizados em um conjunto de conteúdos considerados fundamentais para a sociedade surgiu na reestruturação do sistema escolar espanhol em 1989, com o objetivo de tentar diminuir o fosso existente entre o progresso tecnológico e a cidadania. Neste aspecto, a abordagem a partir dos temas transversais pode significar um salto de qualidade tanto no processo de formação dos alunos, que passariam a entender o significado do que estudam como dos professores, estimulados a enfrentar o conhecimento de forma mais criativa e dinâmica. Vale comentar que a Educação Ambiental é importante em todas as áreas de ensino, não somente nas ciências ecológicas, mas em todas as áreas sociais, naturais e de educação, porque as relações entre natureza, tecnologia e sociedade marcam e determinam o desenvolvimento de qualquer sociedade. Os alunos devem ser familiarizados com os problemas ambientais complexos, sempre na perspectiva interdisciplinar, conduzindo-os ao dialogo e a verificação da relação entre os diversos componentes do currículo. O estudo com os temas transversais tem gerado nas últimas décadas discussões que envolvem todos os segmentos sociais. E neste contexto, a escola, e até mesmo a Universidade não pode negligenciar que o levantamento de causas, conseqüências e soluções para o problema ambiental são de suma importância para uma sociedade que se preocupa com a construção de um espaço saudável. A Biologia, Geografia como ciência que estuda o espaço de construção dessa sociedade, cabe, portanto diagnosticar, monitorar os problemas ambientais, apontando alternativas que viabilizem o uso do espaço de forma mais racional e menos degradante. Como impacto sobre o meio ambiente se deve também atentar sobre os diversos ângulos da agricultura que tem gerado novas demandas por ambiente. Nesse contexto a educação caminha no sentido de alerta, denunciar os problemas ambientais e contribuir para uma possível solução por intermédio de uma Educação Ambiental séria e comprometida com a realidade social. Nesta direção, a preocupação com a diversidade étnica, cultural e de gênero complementam as diretrizes reflexivas propostas pelo grupo. O estudo regional, no contexto da história, visa buscar o estudo de agentes sociais em suas múltiplas interpretações da realidade, compreendida a partir de suas experiências, vivências e

33 memórias. A história regional visa estudar o contexto histórico de determinado espaço, tomando-o como delimitação para o objeto de estudo. É somente estimulando a participação coletiva e de uma forma articulada que um PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL atingirá seus objetivos. Para tanto, ele deve propiciar os conhecimentos necessários à compreensão do meio ambiente (em Anexo 2), de modo a fomentar uma consciência social que produza atitudes e afete comportamentos (SATO, 2004). Assim, para ser efetivo, um PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL deve simultaneamente: cultivar a valores positivos acerca da preservação da natureza, despertar o interesse pela aquisição de conhecimentos, fomentarem a reflexão sobre as práticas materiais e desenvolver atitudes positivas e habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental.

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6 RESULTADO E DISCUSSÕES

Considerando o espaço de trabalho encontrado e o contato direto com as instituições educacionais no município de Campo Novo do Parecis-MT, trouxeram experiências positivas e inspirações para mais uma nova pesquisa na área educacional. Através da troca de experiências vivenciadas na escola em 2006, 2007 e 2008 na escola Estadual Madre Tarcila de Campo Novo do Parecis-MT, percebeu-se no decorrer das tarefas em sala de aula sobre os conteúdos de biologia, grandes dificuldades pelo professor em atrair a atenção e a sanar as dificuldades dos alunos. E esta dificuldade, tornou difícil o trabalho em equipe e o acompanhamento pedagógico. Sabendo que a qualidade do ensino só pode ser avaliada sob o enfoque da aprendizagem, para atender o contexto social e a diversidade sócia cultural e étnica racial, teve-se a necessidade de estar pensando e agindo com métodos inovadores. E para seguir esse direcionamento fez-se necessário a busca de recursos didáticos audiovisuais que a escola disponibilizava. Avaliando o caminho reflexivo percorrido, compreendeu-se então a necessidade de redimensionar as atividades para o ano de 2008 e trabalhar com os desenhos animados com finalidade de estudar os conteúdos curriculares e os estudos de educação ambiental durante o ano. Observando que com a implantação do tema transversal “Educação Ambiental” pode se fazer ponte de avaliação entre as disciplinas ou área do conhecimento, abrindo o espaço para leitura dos diversos gêneros textuais e assim pontuando o incentivo no processo do ensino aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento. Pode-se constatar durante o desenvolvimento do projeto, que a pesquisa significou um produto concreto e localizado, como é a feitura do projeto pedagógico, ou de material didático próprio, ou de um texto com marcas cientificas. Portanto, percebeu-se também que o professor precisa cultivar ambas as dimensões, ou seja, além de representar o cidadão permanentemente critico e participativo, necessita alimentar processo constante de produção própria, para

35 demonstrar, entre outras coisas, projetos, mas que capacidade sempre renovada de ocupar espaço e solidário. Como dizia Demo (2002), “o conhecimento só pode ser inovador, se, antes de qualquer coisa, souber inovar-se”. Consta pela analise, durante o desenvolvimento do projeto que transformar a sala de aula em local de trabalho conjunto e não de aula, é uma empreitada desafiadora porque significa, desde logo, não privilegiar o professor, mas o aluno, como alias, quer as teorias modernas. É de suma importância que o aluno precisa ser motivado a, partindo dos primeiros passos imitativos, avançarem na autonomia da expressão própria. Isto não se reduz a texto, por mais importante que seja. Inclui também a capacidade de se expressar, de tomar iniciativa, de construir espaços próprios, de fazer-se sempre presente e participativo, e assim por diante. Essa pesquisa teve com foco o estudo de educação ambiental no complexo temático dos desenhos animados, como estratégia metodológica. A pesquisa sobre o desenho animado resultou na participação dos alunos e professores no desenvolvimento das aulas e materiais para construção de equipamentos didáticos. Vejamos as analises dos desenhos abaixo: Dos 15 DVDs selecionados no desenvolvimento da pesquisa, foram enfocados para apresentação final 2 filmes: “DEU A LOUCA EM CHAPEUZINHO VERMELHO” e “OS SEM FLORESTA”. As atividades do projeto foram divididas das seguintes maneiras: Os alunos do 2° Ano interpretaram a estória de “chapeuzinho vermelho” e os alunos do 3°Ano do Ensino Médio, a estória de “os sem floresta”.

6.1 Filme de Chapeuzinho: O filme “deu a louca em chapeuzinho vermelho” é uma sátira que ridiculariza os personagens principais como “chapeuzinho vermelho e o lobo mal” como sendo a menina má e o lobo o bondoso e certo da estória.

36 Em nossa infância, ou melhor, nas estórias em quadrinhos que os professores (as) e as vovós (os) contavam no dia dia, é que a chapeuzinho vermelho era menina mais bondosa, atenciosa, inocente, voluntária, cultural, branca, menor idade e educada que existia nessa estória. Pois Chapeuzinho tinha toda atenção e os cuidados para que sua mãe pudesse acreditar em sua capacidade. Assim, recebia como estimulo levar os doces para a vovó na floresta. Vovó morava numa floresta sozinha, nas quais, tinha pouca vizinhança. Assim todos os dias, esperava a netinha trazer os doces para alegrar o dia e a sensibilizar pela segurança e atenção dos familiares. Quanto tempo se passou e até hoje a estória de chapeuzinho vermelho, continua a mesma, contadas pelos avós, pais e professores. Essa estória quando recebida pela primeira vez, pode influenciar a imaginação da criança na busca de instigar a valorização da presença de pais, amigos, saber fazer bem, e os cuidados, que deverão tomar ao sair de casa. Porém, hoje, as discussões nas escolas, nas praças, e até dentro de casa, as observações sobre o meio ambiente, as questões socioeconômico e cultural estão mais específicas. “A descrença, o compromisso, desvalorização do patrimônio, extinção e o desrespeito estão sendo cada vez mais valorizados”. Vale ressaltar que não precisamos colocar quem foi o autor dessa arte escrita acima, pois a educação informal e formal de cada dia nos submete a colocar-la as amostras para que ninguém a esqueça. Os desenhos animados que tanto foram apreciados durante tempos, estão sendo satirizados, porque a leitura visual e verbal mudou. Como diz Raquel Salgado, “Muito mais do que educar a criança, os produtores de desenhos animados hoje estão interessados em propor desafios aos pequenos e desconstruir papéis estabelecidos.” Ou seja, influenciar a pesquisa e a observação de cada pessoa para aquela produção. Quando trabalhados essa estória de “chapeuzinho vermelho” com alunos do Ensino Médio, nesse projeto, após a leitura visual do desenho animado, foram entregues 5 versões da mesma, para as equipes, discutir e apresentar. Essas apresentações contaram com apoio de todas as equipes para a montagem do local que se transformou em floresta.

37 Das versões entregues, os alunos não necessariamente eram obrigados a seguirem a cópia, pois era papel de auxilio para cada. Das propostas de atividades desenvolvidas pelos alunos foram enfocadas as seguintes estórias e apresentadas sobre cantigas e formas teatrais. “Chapeuzinho vermelho e seus contos antigos” Chapeuzinho a menina do bem e o lobo o mal da estória “Chapeuzinho vermelho de forma moderna” Chapeuzinho a menina do mal maltratando os animais e jogando lixos na floresta. “A vovó radical e o caçador o mal da estória” Vovó moderna com roupas curtas e roqueira estimulando a bebida e toda forma de liberdade e o caçador a proteção da floresta contra o lobo “Chapeuzinho vermelho como prostituta e o lobo inocente da estória” Chapeuzinho na busca de couros para a venda no comercio “A mãe de chapeuzinho a vilã da estória e o lobo e a vovó isolados, alheios de qualquer contato” A mãe de chapeuzinho vermelho era matriarca, porém agressiva. Seus ensinamentos eram para acabar com os bichos da natureza que as atrapalha e despreocupar com as pessoas idosas. Em relação à estória de chapeuzinho vermelho, vários pontos chamaram atenção nas discussões sociais e ambientais. Como exemplo a família, perca cultural e a extinção das espécies. A influência da cultura na adaptação individual tem sido uma questão de considerável importância na psicologia, antropologia e em outras ciências sociais; no

38 entanto, dificuldades teóricas e metodológicas têm limitado a possibilidade de investigar diretamente esses processos. A investigação de modelos da vida familiar faz-se importante devido ao papel estrutural da família na sociedade brasileira e sua relação com a saúde mental e desenvolvimento dos indivíduos. A configuração familiar vem sendo afetada por transformações sociais, relacionadas principalmente à evolução tecnológica, ao desejo por um novo estilo de vida e a entrada da mulher no mercado de trabalho. E quando se trata das questões em contos de fadas, a estória de chapeuzinho já teve seu lado bom, alias conto que não deveria perder pelos avanços das tecnologias. A maioria das pessoas que entram em contato com um livro de magia evocatória é levada, por vários meios, a colocar em prática o procedimento recomendado sem que tenham alcançado o grau necessário de desenvolvimento mágico. Elas acham que algumas poucas preparações incompletas recomendadas nas instruções são suficientes. Os motivos que levam a esta operação precipitada são vários. Para uma pessoa pode ser mera curiosidade que a faz questionar se outras esferas realmente existem. Outros podem ter a vontade de ver espíritos, seres e demônios, outros ainda, tem a esperança de obter certas vantagens através de operações mágicas. Uma quarta pessoa talvez queira evocar seres para adquirir certos poderes e faculdades, para se tornar famoso, respeitado, etc. Outras pessoas possivelmente queiram certas influências de alguns seres ou prejudicar pessoas de quem não gostam. Podem ser listados aqui inumeráveis motivos que levam pessoas à prática da evocação mágica. Se alguém sem a devida preparação ousa se aproximar da prática da evocação, ele pode estar certo de que ou não conseguirá nenhum resultado, o que provavelmente o fará desistir da questão, ou terá resultados incompletos que podem torná-lo um descrente. Ressentido com isso, ele irá dizer que tudo é ilusão sem procurar as causas do fracasso em sua própria pessoa e sem saber que existe a necessidade de ir mais fundo no conhecimento da ciência mágica se quer ter algum sucesso. Hoje com as mudanças e diante da eclosão da crise ambiental, esse inesperado obstáculo que interrompeu a trajetória do rumo civilizatório moderno, os variados

39 sistemas sociais – ciência, tecnologia, economia, política, direito, educação –, foram desafiados a reagir e apresentar propostas de conversão de rumo, para que encontrassem dentro de suas especificidades, meios de enfrentar o cenário da insustentabilidade dos estilos de desenvolvimento. Em variados tempos e espaços, foi possível assistir ao nascimento de uma economia ‘ecológica’, de uma política ‘verde’, de um direito ‘ambiental’, de uma tecnologia ‘limpa’, de uma ciência ‘complexa’, todas as traduções da incorporação da dimensão ambiental em suas lógicas. Essa reformulação ocorreu majoritariamente assentada no sentido do ensino da estrutura e funcionamento dos sistemas ecológicos, de modo transversal ao currículo escolar, para que a aquisição desse novo conhecimento relativo ao limite e fragilidade da dinâmica ecossistêmica diante da ação antrópica pudesse ser aplicada nos futuros processos interativa entre o humano e a natureza. Nesse sentido, o que parece despontar como a contribuição tendência da educação face à crise ambiental, é a criação de novas habilidades para uma intervenção humana ecologicamente prudente na natureza, evitando ou minimizando a geração de riscos e danos ambientais. Embora essa perspectiva educativa biologicista esteja em forte sintonia com os demais sistemas sociais, na medida em que promove ações sinérgicas com a ciência, tecnologia, economia, política e direito, a criação de novas habilidades humanas ainda não se configura exatamente como a especificidade singular da educação. Se do ponto de vista sinérgico entre os sistemas sociais, a contribuição da educação ‘ambiental’ para o enfrentamento da crise ambiental se situa na criação de cidadãos que em última instância possuem habilidades necessárias para uma intervenção prudente no ambiente, isso quer dizer, provavelmente, que o sistema educativo se encontra subordinado aos demais sistemas sociais que demandam um novo perfil profissional no mercado ‘verde’, baseado em tecnologias ‘limpas’; mas que não exigem reformulações profundas nem no processo de produção do conhecimento, nem nas perversas condições sociais. Por envolver essas características distintas, entre todos os demais sistemas sociais, a educação é o único que permite a realização da discussão aprofundada a respeito das raízes e das causas da crise ambiental, para além do mero enfrentamento

40 corretivo dos sintomas da problemática ambiental, na perspectiva de criação de novas habilidades na interação humana com a natureza. Em especial, permite repensar a própria complexidade da crise civilizacional e da crise do conhecimento. Assim, por sua especificidade preventiva, podemos considerar a educação como o sistema social que comporta a maior radicalidade na crítica ecologista.

6.2 O Filme “Os sem floresta”: O filme “Os Sem floresta” ridiculariza as personagens principais: “a cidade como a fundamental construtora de conhecimento e a floresta como a barreira para a modernidade”. O filme “Os Sem floresta” foi assistido pelos alunos do 3° Ano, os quais passaram pelos mesmos procedimentos do filme de Chapeuzinho Vermelho. O estudo foi apresentado através de maquete, cartazes, e algumas amostras de filmes em televisão inventadas por eles. O foco da discussão da estória era que a cidade e a floresta estavam divididas por um grande e consistente muro envolvido por uma cerca viva. A cidade era enorme tomada por casas, asfaltos e prédios. Todos os avanços tecnológicos propícios a população que ali viviam contribuíam para que os espaços naturais ficassem menores. A partir do momento em que os animais começaram a não ter mais o que comer, o local passou a ficar competitivo, e os mesmos, começaram a ficar apreensivos do outro lado do muro, sabendo que havia as tantas guloseimas e atrativos para se beneficiar de forma tão fácil e sem competição. A discussão que chama a atenção dos visitantes era o tema “os sem floresta” na qual, os animais estavam chegando à cidade e se adaptando ao meio urbano das pessoas, assim aumentando a competição e os ciclos de vida de cada ser vivo. Os alimentos passaram a ser roubados pelos animais e levados para sua pequena floresta. Assim, alguns animais passaram a ser percebidos pela população de pessoas que influenciaram todos os investigadores nas buscas a fim de extinguirem os animais que estavam na cidade.

Muitos dos animais foram mortos e outros que conseguiram

sobreviver, sensibilizavam-nos da importância de se agruparem e cuidarem da área em

41 que estavam, pois a cultura que existia na floresta poderia ser retomada pela construção e cuidados de suas práticas e familiares. Quão importante a preservação dos animais para que desenvolvam seu ciclo de vida e retomem sua comunidade é o homem que como principal fator da modernidade e respeitado pelos avanços na medicina tenha sensibilidade da importância da cadeia e todo ciclo de vida presente.

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CONCLUSÃO

Ao final desse trabalho de investigação no qual buscou-se apresentar os resultados de uma pesquisa sobre a importância dos desenhos animados no processo de ensino aprendizagem sobre Educação Ambiental na escola Dorvalino Minozzo no município de Campo Novo do Parecis-MT. Vale ressaltar que o lúdico foi o ponto de partida que contribuiu para influenciar e programar os estudos de Educação Ambiental no processo de ensino aprendizagem no Ensino Médio. Os resultados obtidos sobre o projeto foram computados nas entrevistas, através de um questionário estruturado, para os alunos, nas quais obtive os seguintes resultados: dos 36 alunos presentes tanto do 2˚ e 3˚ ano , 100% dos mesmos, perceberam como nossa vida está intimamente ligada aos elementos do ambiente e aos seres que nele vivem, e notaram que tudo que existe em nosso planeta constitui uma unidade cujo equilíbrio deve ser assegurado. Além do mais, o projeto promoveu a sensibilização sobre as questões Ambientais, alertando da importância do conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem o sistema natural, o reconhecimento do ser humano como principal protagonista para determinar e garantir a manutenção do planeta, e como também, a Cidadania Ambiental, que por principio, promove uma nova ética capaz de conciliar a natureza e a sociedade. Partindo do princípio desta investigação, surgiram idéias para novas realizações futuras, que poderá contribuir para os futuros educadores que possivelmente anseiam trabalhar com atividades lúdicas, que de alguma forma poderá influenciar na carreira, atitude e ações como docentes no dia a dia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO Projeto de pesquisa: Giordana Quadros Brandão

O seguinte questionário tem como objetivo investigar os participantes do projeto “Desenho animado e a Educação Ambiental” realizado na escola municipal Dorvalino Minozzo.

QUESTIONÁRIO Nome da escola:- -----------------------------------------Série:......................................................................

1)- Na sua opinião, a atividade lúdica contribuiu para o seu ensino aprendizado durante a participação nesse projeto didático? (

) Sim

(

) Não

2)- Dê uma nota a professora em relação ao planejamento e desenvolvimento do projeto junto com os alunos “Educação Ambiental e desenho animado” (

) 0

(

)5

( ) 7

(

)8

(

) 10

3)- Na sua opinião, a atividade lúdica contribuiu para o seu ensino aprendizado sobre Educação Ambiental? (

) Sim

(

) Não

4)- Educação Ambiental pode ser entendida sem a “educação” e “sem o meio ambiente”? (

) Sim

(

) Não

5)- Teve algum momento das atividades ou tarefas propostas pela professora no dia que te desmotivou? (

) Sim

(

) Não

ANEXO I

PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLA MUNICIPAL DORVALINO MINOZZO

ESTÓRIA: Deu a louca em Chapeuzinho Vermelho ESTÓRIA: Os Sem floresta ESTÓRIA: Madagascar ESTÓRIA: Vida de inseto ESTÓRIA: O bicho vai pegar ESTÓRIA: Irmãos ursos I e II ESTÓRIA: Monstro S/A ESTÓRIA: Espanta tubarão ESTÓRIA: A fuga das galinhas ESTÓRIA: A família do futuro ESTÓRIA: Bob esponja e sua turma ESTÓRIA: A família do futuro ESTÓRIA: Vai dar onda ESTÓRIA: Lucas no formigueiro ESTÓRIA: O mundo dos animais

ANEXO II

A)- Sistemas Humanos: Sociedade e Ambiente= ações antrópicas no ambiente e legislação Sistemas Tecnológicas= agricultura, pasto, indústria e manunfaturas Sistemas Sociais= sistemas sócio-econômicos e políticos Sensibilidade Ambiental e Gerenciamento= filosofia, valores, ética, moral, educação, religião, cultura, participação e comunicação. B)- Sistemas Naturais Gerais= ambiente, terra e biosfera Componentes Abióticos= energia, atmosfera, água e solo Componentes Bióticos= Monera, Protozoa, Fungi, Metaphyta e Metazoa Processos= ciclos biogeoquimicos, clima, evolução e extinção Sistemas Ecológicos= ecossistemas, teias, alimentares, comunidades, populações, habitat e nicho ecológico. C)- Recursos Recursos Naturais= distribuição gerenciamento e conservação

e

consumo,

desenvolvimento

sustentável,

Recursos Abióticos= energia, minerais, água, solo e ar Recursos Bióticos= biodiversidade Degradação dos Recursos= impactos ambiental

(SATO, 2004)