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Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no dia 19 de Abril em Recife, filho ... Libertinagem (1930); Estrela da Manhã (1936); Crônicas da...

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ANO 3 QUINZENA 2

RESPOSTA A VINÍCIUS Poeta sou; pai, pouco; irmão, mais. Lúcido, sim; eleito, não. E bem triste de tantos ais Que me enchem a imaginação. Com que sonho? Não sei bem não. Talvez com me bastar, feliz - Ah feliz como jamais fui! - , Arrancando do coração - Arrancando pela raiz – Este anseio infinito e vão De possuir o que me possui. In Obras Poéticas

MANUEL BANDEIRA

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NOVEMBRO 2009_10

MANUEL CARNEIRO DE SOUZA BANDEIRA FILHO-1886 -1968

BIOGRAFIA

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no dia 19 de Abril em Recife, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1903 a família mudou-se para São Paulo onde Bandeira se matriculou na Escola Politécnica. Começou a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário. No ano seguinte abandonou a faculdade por ter contraído tuberculose. Escreveu os primeiros versos livres em 1912. Em 1917 publicou seu primeiro livro, “A cinza das horas", numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. Foi com o seu segundo livro, “Carnaval” que despertou o entusiasmo entre os modernistas paulistas. Escreveu cronicas semanais para o Diário Nacional e para várias rádios, além de traduções e biografias. Recebeu o Prémio da Sociedade Felipe de Oliveira. Em 1940 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e em 1943 foi nomeado professor de literatura Hispano-Americana da Faculdade Nacional de Filosofia. Em 1950, a pedido de amigos, candidatou-se a deputado pelo Partido Socialista Brasileiro sabendo que não teria quaisquer hipótese de ser eleito. A Editora José Olympio realizou na sua sede uma festa de homenagem pelos seus 80 anos, na qual participaram mais de mil pessoas e na qual foi lançado Estrela da Vida Inteira, sua antologia de poemas. Faleceu no dia 13 de Outubro.

OBRA Cinza das Horas (1917); Carnaval (1919); O Ritmo Dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da Manhã (1936); Crônicas da Província do Brasil (1936); Lira dos Cinquent’anos (1940); Mafuá do Malungo e Itinerário de Pasárgada (Memórias) e De Poetas e de Poesia (crítica) (1949); Publica as crônicas Flauta de Papel (1957); Estrela da Tarde (1960); Estrela da Vida Inteira (poesias) e Andorinha Andorinha (crônicas organizadas por Carlos Drummond de Andrade) (1966).

BE/CRE

Escola Secundária Alexandre Herculano