OS SENTIDOS DA ESCOLA: O COTIDIANO ESCOLAR E A

estudo é necessário para compreender como a escola desempenha seu papel socializador. Esse processo de sociabilidade é um processo contraditório, pois...

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OS SENTIDOS DA ESCOLA: O COTIDIANO ESCOLAR E A SOCIABILIDADE JUVENIL Iasmin Dantas Sá Saenz1 O objetivo deste trabalho é investigar os significados atribuídos pelos jovens às ações práticas e relações que são estabelecidas no cotidiano escolar, compreender como a escola desempenha seu papel socializador e as relações sociais que caracterizam o cotidiano da experiência escolar. Quer-se perceber como os sujeitos se organizam, estabelecem relações e reagem de formas particulares diante das normas do sistema educativo e os desafios enfrentados no dia a dia, pois para o interior da escola os jovens trazem consigo conflitos e contradições da nossa estrutura social excludente. Observamos que esses conflitos e contradições acabam interferindo em suas trajetórias escolares e colocam-se novos desafios. Desse modo, para a discussão proposta no artigo serão problematizados alguns dados do estudo exploratório realizado a partir de questionários aplicados pelo LENPES (Laboratório de Ensino Pesquisa e Extensão de Sociologia), em uma escola pública da zona oeste de Londrina com alunos do Ensino Médio, onde se pretendeu identificar, dentro deste recorte, qual o sentido da escola para esses estudantes. Através do estágio observamos que interior da escola os jovens trazem consigo conflitos e contradições da nossa estrutura social excludente. Esses conflitos e contradições acabam interferindo em suas trajetórias escolares e colocam-se novos desafios. O cotidiano escolar é um espaço complexo de interações, com demarcação de identidades e estilos, sendo assim, esses sujeitos tendem a transformar os espaços físicos em espaços sociais e culturais. A partir disso, qual o sentido da escola para esses estudantes do Ensino Médio? Um dos sentidos da escola centra-se na sociabilidade, materializada pelo encontro com os amigos? Notamos que investigar as especificidades do cotidiano escolar é tarefa de suma importância, pois o sujeito é o centro da vida cotidiana, é um sujeito ativo, dotado de razão e de vontade, é um sujeito histórico. Por isso, esse 1

Graduanda em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Londrina. Colaboradora do LENPES. Contato: [email protected]

estudo é necessário para compreender como a escola desempenha seu papel socializador. Esse processo de sociabilidade é um processo contraditório, pois na escola podemos encontrar muitas diferenças sociais trazidas por todos os sujeitos envolvidos para dentro do cotidiano escolar. Segundo André (2003), é captando o movimento que configura essa dinâmica de trocas, de relações entre os sujeitos, que por sua vez reflete os valores, símbolos e significados oriundos das diferentes instâncias socializadoras, que se pode visualizar melhor como a escola participa do processo de socialização dos sujeitos que são, ao mesmo tempo, determinados e determinantes. A escola é o espaço de socialização e sociabilidade entre jovens e adolescentes, com múltiplas realidades e pensamentos diferentes, onde participam grupos distintos. Investigar o cotidiano escolar consiste em buscar os significados atribuídos pelos sujeitos participantes desse ambiente aos movimentos de interação encontrados dentro da escola, como eles vêm esse espaço, quais as perspectivas e angústias trazidas para dentro da instituição, como esse espaço é utilizado, não apenas como lugar de aquisição de conhecimento, relação essa dada entre professor e aluno dentro da sala de aula, mas também os outros espaços fora da sala de aula. Portanto, o objetivo do artigo é investigar e debater os significados atribuídos pelos sujeitos às ações e relações que são estabelecidas no cotidiano escolar, compreender como a escola desempenha seu papel socializador e as relações sociais que caracterizam o cotidiano da experiência escolar. Desse

modo,

para

a

discussão

proposta

no

artigo,

serão

problematizados alguns dados do estudo exploratório realizado a partir de questionários aplicados pelo LENPES (Laboratório de Ensino Pesquisa e Extensão de Sociologia), em uma escola pública da Zona Oeste de Londrina, entre 2009 e 2012, com alunos do Ensino Médio, onde se pretendeu identificar, dentro deste recorte, qual o sentido da escola para esses estudantes.

Conceituando a categoria juventude(s)

Para uma discussão em âmbito escolar é necessário inicialmente conhecermos quem são os sujeitos/estudantes que ocupam o Ensino Médio brasileiro, partindo dos apontamentos levantados dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2011). Segundo as DCN (2011, p.12), “os estudantes do Ensino Médio são predominantemente adolescentes e jovens”, e, de acordo com o Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), serão considerados jovens, a partir de uma demarcação etária, os sujeitos com idades entre os 15 e aos 29 anos, mesmo que essa noção não possa ser reduzida a um simples recorte etário. Nessa proposta das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2011), a juventude será concebida para além de um recorte etário, onde: concebe a juventude como condição sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos que necessita ser considerada em suas múltiplas dimensões, com especificidades próprias que não estão restritas às dimensões biológica e etária, mas que se encontram articuladas com uma multiplicidade de atravessamentos sociais e culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes. Entender o jovem do Ensino Médio dessa forma significa superar uma noção homogeneizante e naturalizada desse estudante, passando a percebê-lo como sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares (BRASIL, 2011, p. 12-13).

Partindo dessa concepção de juventudes, levantada pelo documento nacional, traremos para a discussão, através da contribuição de autores contemporâneos, essa dificuldade relacionada em definir juventude, esta tratada como paradoxal, onde suas definições irão passear por dois critérios principais: o critério etário e o critério sócio-cultural. Segundo Groppo (2000), a juventude pode ser definida como uma categoria social, indo além de uma de uma faixa etária com limites demarcados e restritos, sendo assim, ela irá tornar-se uma representação sócio-cultural e uma situação social, “juventude será uma concepção, representação ou criação simbólica, fabricada pelos grupos sociais ou pelos próprios indivíduos tidos como jovens, para significar uma série de comportamentos e atitudes a ela atribuídos” (GROPPO, 2000, p. 8). Mais além da discussão, Groppo (2000), também aponta a dificuldade da Sociologia em definir o objeto que ajudou a

criar, a categoria juventude, onde suas tentativas irão combinar o critério etário não relativista e o critério sócio-cultural. De acordo com Dayrell (2003), “construir uma definição da categoria juventude não é fácil, principalmente porque os critérios que a constituem são históricos e culturais” (p. 41), e utilizando a definição apresentada por Peralva (1997), a juventude é, ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. Devemos construir uma noção de juventude a partir da perspectiva da diversidade, tanto com base nas condições sociais, culturais, de gênero, regiões geográficas, etc., por esse motivo também devemos tratá-la no plural, para dar conta de toda essa diversidade. Outro aspecto importante abordado por Dayrell (2003), quanto a juventude, está relacionada à sua imagem, onde acaba interferindo na maneira como os jovens são vistos, há uma dificuldade na compreensão desses sujeitos em sua totalidade. Segundo ele, existem modelos de jovens socialmente construídos e devemos questionar essas imagens para não cairmos em uma análise negativa dessa categoria.

Uma das mais arraigadas é a juventude vista na sua condição de transitoriedade, na qual o jovem é um “vir a ser”, tendo no futuro, na passagem para a vida adulta, o sentido das suas ações no presente. [...] Essa concepção está muito presente na escola: em nome do “vir a ser” do aluno, traduzido no diploma e nos possíveis projetos de futuro, tende-se a negar o presente vivido do jovem como espaço válido de formação, assim como as questões existenciais que eles expõem, bem mais amplo do que apenas o futuro (DAYRELL, 2003, p. 41).

Além dessa etapa marcada pela transitoriedade, Dayrell (2003) aponta outras imagens relacionadas à juventude. Outra é a visão romântica que foi cristalizada a partir dos anos de 1960, encarada como um tempo de liberdade, de prazer, de expressão de comportamentos exóticos, marcado por experimentações e irresponsabilidade. Posteriormente, o jovem é reduzido apenas ao campo da cultura. E ainda convive com outra imagem, “a juventude vista como um momento de crise, uma fase difícil, dominada por conflitos com a autoestima e/ou com a personalidade” (DAYRELL, 2003, p. 41). Levando em consideração esses modelos do que é “ser jovem”, “não conseguimos

apreender os modos pelos quais os jovens, principalmente se forem das camadas populares, constroem as suas experiências” (DAYRELL, 2003, p. 41).

Dessa discussão, entendemos a juventude como parte de um processo mais amplo de constituição de sujeitos, mas que tem especificidades que marcam a vida de cada um. A juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume importância em si mesma. Todo esse processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade de trocas que este proporciona (DAYRELL, 2003, p. 42).

Portanto, para uma pesquisa relacionada a juventudes dentro do Ensino Médio, se faz necessário o conhecimento de como esses jovens pesquisados constroem seu “modo de ser jovem”, onde, esses modos possuem suas especificidades, tratadas a partir de sua diversidade, compreendendo esses jovens como sujeitos sociais.

Socialização e sociabilidade

Outra discussão proposta sobre a qual nos deteremos será quanto as noções de socialização e sociabilidade que é um dos focos principais da pesquisa, definindo esses dois conceitos para ficar explícito o motivo da escolha do termo sociabilidade. A formulação clássica de socialização será dada por Émile Durkheim (1952), que compreende a educação como meio de socialização, onde educação é o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade, esse aprender a ser membro da sociedade é o meio de socialização dos indivíduos, concebendo a socialização como uma das mediações maiores da integração coletiva. Como contraposição para essa definição dada por Émile Durkheim (1952) temos a contribuição do sociólogo George Simmel (1983) ,onde mostra-se contrário as afirmações do autor quanto a proeminência do social sobre o individual, segundo ele a sociedade não é composta apenas por indivíduos, e sim por indivíduos em interação. De acordo com Dayrell (2005),

Na sociologia simmeliana, o conceito de interação é central. O ponto de partida de cada formação social é dado pelas

interações entre pessoa e pessoa, do encontro e das relações entre os vários átomos da sociedade. A sociedade é interação, aparecendo como um conjunto de retículos interativos por meio dos quais os indivíduos entram em comunicação. Simmel compreende a sociabilidade com uma forma, dentre outras possíveis de sociação. Mas tem uma especificidade que a torna peculiar: apresenta-se emancipada dos conteúdos, apenas como forma de convivência com o outro e para o outro [...] No campo da sociabilidade, os indivíduos se satisfazem em estabelecer laços, e esses laços têm em si mesmos sua razão de ser (DAYRELL, 2005, p. 183-184).

Revisando a literatura sobre as definições dadas ao termo sociabilidade, encontraremos

muitos

significados

e

algumas

controvérsias.

Porém

adotaremos a definição clássica dada por George Simmel (1983) em seu trabalho a respeito da sociabilidade, publicado no livro Questões Fundamentais da Sociologia de 1917. Segundo Villas (2009), Para Simmel, as formas de sociação entre os homens constituem as sociedades, ou seja, é na interação com o outro que construímos e formamos aquilo que se denomina sociedade. O autor define algumas características que seriam inerentes a essas relações: relação desinteressada com fim em si mesma, despersonificação social de quem se socializa, natureza democrática de uma relação entre iguais (VILLAS, 2009, p. 23).

Através

da

definição

dada

por

Simmel

(1983)

pretendemos

compreender em que medida a escola atua como instância fundamental das redes de sociabilidades dos jovens, pois o contexto escolar faz parte do processo de socialização e é um espaço de sociabilidade entre os jovens, onde encontraremos várias relações grupais, apresentadas como um lugar de encontro nos vários ambientes possíveis dentro da escola, as interações sociais ocorrem a todo o momento e entre diferentes categorias. Em suma, a escola é o espaço de socialização e sociabilidade entre jovens e adolescentes, com múltiplas realidades e pensamentos diferentes, onde participam grupos distintos. Investigar o cotidiano escolar consiste em buscar os significados atribuídos pelos sujeitos participantes desse ambiente aos movimentos de interação encontrados dentro da escola, como eles vêm esse espaço, quais as perspectivas e angústias trazidas para dentro da instituição, como esse espaço é utilizado, não apenas como lugar de aquisição

de conhecimento, relação essa dada entre professor e aluno dentro da sala de aula, mas também os outros espaços fora da sala de aula.

O cotidiano escolar: uma análise sócio-cultural A partir da década de 1980 será desenvolvido um novo eixo de análise da instituição escolar, segundo Dayrell (1996) esta passa a ser pensada para além de análises deterministas, onde as macroestruturas pesam na determinação da instituição escolar. As pessoas dentro dessa perspectiva são tratadas enquanto autores e sujeitos do mundo, estando no centro do conhecimento. Essas análises irão privilegiar a ação dos sujeitos, juntamente na sua relação com as estruturas sociais, sendo a instituição escolar resultado de um confronto de interesses. A escola será entendida como um espaço sócio-cultural. Analisar a escola como espaço sócio-cultural significa compreendê-la na ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes, enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como espaço sociocultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que a constitui, enquanto instituição (DAYRELL, 1996, p. 136).

Dando

continuidade

no

pensamento

de

Dayrell

(1996),

para

apreendermos a escola como construção social devemos compreendê-la no seu fazer cotidiano, através de sua organização oficial enquanto sistema escolar, como a ação de seus sujeitos. A escola enquanto espaço sociocultural deve ser analisado através dos seus diferentes aspectos, levando em consideração a diversidade de seus atores e sujeitos, como também os sentidos e objetivos atribuídos a ela, sendo esses múltiplos. Segundo Ezpeleta e Rockwell (1986), citado por Dayrell (1996),

A escola, como espaço sócio-cultural, é entendida, portanto, como um espaço social próprio, ordenado em dupla dimensão. Institucionalmente, por um conjunto de normas e regras, que

buscam unificar e delimitar a ação dos seus sujeitos. Cotidianamente, por uma complexa trama de relações sociais entre os sujeitos envolvidos, que incluem alianças e conflitos, imposição de normas e estratégias individuais, ou coletivas, de transgressão e de acordos. Um processo de apropriação constante dos espaços, das normas, das práticas e dos saberes que dão forma à vida escolar. Fruto da ação recíproca entre o sujeito e a instituição, esse processo, como tal, é heterogêneo. Nessa perspectiva, a realidade escolar aparece mediada, no cotidiano, pela apropriação, elaboração reelaboração ou repulsa expressas pelos sujeitos sociais (DAYRELL, 1996, p.137).

Esse tipo de perspectiva pretende e permite a ampliação da análise educacional, pois os olhares lançados tanto para a instituição como para alunos e professores serão diferenciados. Devemos primeiramente entender quem são esses alunos que chegam à escola, enxergá-los a partir de uma olhar heterogeinizante, pois dentro da escola temos uma enorme diversidade cultural, múltiplos significados atribuídos pelos alunos para a instituição escolar, diferentes projetos de vida e, não levando em conta essa gama de possibilidades não estaremos extraindo do cotidiano escolar sua verdadeira essência.

Como os jovens percebem a escola?

No tópico que se segue serão problematizados alguns dados obtidos através de uma pesquisa exploratória realizada entre os anos de 2009 e 2012 pelo LENPES (Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de Sociologia). Os pesquisados são estudantes do Ensino Médio de um colégio da Zona Oeste de Londrina. Neste mesmo colégio, durante o segundo semestre de 2013, realizei a disciplina de Estágio Supervisionado III, onde foi possível observar o cotidiano escolar dos alunos. Para a análise e discussão do artigo foram selecionadas duas questões do questionário aplicado, sendo elas: 1) o que você acha da escola? a) muito ruim; b) ruim; c) regular; d) boa; e) muito boa. 2) Pensando na vida escolar, dê sua opinião em relação aos elementos a seguir: a) os amigos/colegas; b) as aulas teóricas; c) as festas; d) os professores; e) as aulas práticas; f) a

merenda e g) localização da escola. A partir dessas questões pretendo discutir os sentidos atribuídos pelos jovens à escola, inicialmente mostrando como esses estudantes do Ensino médio avaliam a instituição de ensino que estão inseridos e posteriormente tendo como foco principal à opinião sobre os amigos/colegas, debater o espaço escolar como um espaço de sociabilidade entre esses jovens estudantes.

Considerações Finais

Este estudo teve a intenção de elucidar a importância de estudos relacionados à juventude e escola, mostrando que dentro do contexto escolar temos várias interações ocorrendo cotidianamente e os estudos destas interações pode nos revelar muitas questões e inquietações, pois as relações estabelecidas dentro da escola envolvem seus sujeitos e atores, onde abrange uma enorme diversidade cultural. A escola é dotada de vários sentidos, vai além de um espaço de transmissão de conhecimento de professores para alunos. Um de seus sentidos, o que foi discutido no artigo, centra-se no encontro com os amigos, é um espaço onde os jovens/estudantes ocupam das mais variadas maneiras. Os espaços ocupados fora da sala de aula e os encontros estabelecidos fazem parte da sociabilidade juvenil, que constitui momentos de grande relevância para os estudantes, como também para estudos.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação e Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio. Brasília, 2011. DAYRELL, J. T. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 – Especial, p. 1105 – 1128, out. 2007. ______. A escola como espaço sócio-cultural. In: Dayrell, J. (Org.). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1996. ______. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

______. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, 2003. DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1952. GROPPO, Luís Antonio. Juventude: ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000. MARLI, André. O cotidiano escolar, um campo de estudo. In: O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola. Edições Loyola, 2003. PERALVA, Angelina. O jovem como modelo cultural. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, 1997. SIMMEL, G. Sociologia. Organizador [da coletânea] Evaristo de Moraes Filho. São Paulo: Ática, 1983.