OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE

Tamanho 18 Conferência de medidas NBR 12071 NBR 13077 Desbote e manchas 7 Ensaios de solidez de cor e conferência da etiquetagem NBR 10597 NBR 8431...

23 downloads 329 Views 83KB Size
III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE CAMISETAS ESCOLARES

Vanderlei Oliveira dos Santos (UFF) - [email protected] Fernando Toledo Ferraz (UFF) - [email protected]

RESUMO Neste artigo são analisados os aspectos de qualidade das camisetas escolares fornecidas aos alunos da Rede Estadual e Municipal de Ensino do País. São discutidos os aspectos inerentes à confecção de camisetas. É evidenciada a importância do estabelecimento de requisitos de qualidade mínimos, para garantir maior durabilidade e melhor aparência às camisetas adquiridas pelos Órgãos Públicos. Este trabalho apresenta recomendações para o estabelecimento de requisitos de qualidade de camisetas escolares e orienta a avaliação em laboratórios acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro das amostras entregues no processo de licitação e dos lotes fornecidos. Palavras-chaves: camiseta, produto têxtil, qualidade, especificação, avaliação da conformidade

ABSTRACT This paper is related with the control of quality and requirements for the supply of the shirts to be used as uniform by the students of the Brazilian State School System; the main important properties of the fibre and textile as well the recommendations for the proper manufacturing of those shirts were highlighted. Informing the minimum requirements to be complied by manufacturer in order to guarantee the higher durability and better appeareance for the referred shirts to be bought by the Brazilian Government, esides that, it also informs how the shirts shall be furnished and all the acceptable tolerances. Some recommendations were presented in this work, in order to stabilish the quality requirements for the uniform shirts supply. Those recommendations also works as a “guideline” for the correct analysis of the shirts samples received by the laboratories accreditated by the National Institute of Metrology, Standardization and Industrial Quality -

Inmetro during the technical

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

evaluation stage during a public bid process. Keywords: t-shirt, textile product, quality, specifications, conformity assessment

1. INTRODUÇÃO

A Divisão de Fiscalização e Verificação da Conformidade - Divec do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Inmetro recebe, diariamente, diversas consultas sobre problemas de qualidade de produtos em geral. Um desses produtos, camiseta escolar , foi escolhido como tema de estudo e, este artigo, pretende apresentar os problemas de qualidade encontrados em camisetas escolares adquiridas por 11 Secretarias de Educação Brasileiras. 1.1. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

As reclamações recebidas, geralmente, dizem respeito a problemas de todas as espécies, em linguagem popular definidos como: “o produto encolhe, torce, deforma, mancha, esgarça, puxa fio, dá bolinha, rasga, é transparente, perde a cor, a cor é diferente, amarrota, compramos uma coisa e recebemos outra” , etc... E mais algumas dezenas de relatos de insatisfação de consumidores com os produtos adquiridos. Na maioria das vezes a orientação consiste em encaminhar para um laboratório de ensaio para que possa ser feita uma análise no produto. A camiseta escolar, na maioria dos casos, único item fornecido aos alunos da Rede Pública de Ensino, é um produto têxtil que possui características que podem apresentar falhas, caso não sejam fabricadas com critérios de atendimento a requisitos de qualidade previamente estabelecidos. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, em 2005 o número de alunos de educação básica (infantil, fundamental e médio) matriculados em escolas municipais e estaduais no Brasil totalizam 49.100.307 (quarenta e nove milhões, cem mil, trezentos e sete). Isto representaria aproximadamente 100 milhões de camisetas por ano, caso todos os estabelecimentos fornecessem aos alunos duas camisetas por ano.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

Os órgãos responsáveis pela aquisição de uniformes, muitas vezes, encontram dificuldades para realizar uma avaliação da conformidade no recebimento destes produtos o que pode conduzir a aquisição de produtos com qualidade inferior.

1.2. OBJETIVOS Este trabalho visou avaliar a efetiva qualidade das camisetas escolares através de ensaios realizados em amostras coletadas e também apresentar sugestões para o estabelecimento de requisitos mínimos de qualidade para garantir melhores níveis de durabilidade e aparência às camisetas escolares.

2. METODOLOGIA

Os resultados deste trabalho foram baseados nas seguintes etapas de pesquisa: a) Pesquisa de campo; b) coleta de amostras; c) realização de ensaios nas amostras coletadas; d) levantamento e análise das referências bibliográficas referentes ao tema; (e) e) análise e discussão dos resultados.

2.1. PESQUISA DE CAMPO 2.1.1. QUESTIONÁRIO

Para obter as informações necessárias nas Secretarias de Educação dos Estados e Municípios foi utilizado o questionário como ferramenta para a coleta de dados. O questionário foi elaborado com perguntas de conteúdo objetivo sobre a aquisição de camisetas pelos referidos órgãos. Na maioria das perguntas foram adotadas as respostas dicotômicas como mais adequadas para os questionamentos propostos. 2.1.2. AMOSTRAGEM

Foram efetivamente enviados 108 questionários através de correspondência registrada para as vinte e sete Secretarias Estaduais, vinte e seis Secretarias municipais das capitais e para os 55 municípios com mais de duzentos mil habitantes (estabelecidas na Instrução Normativa MARE nº 09 de 30/12/1998). Além das correspondências enviadas, foram

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

realizadas, para estas mesmas secretarias, 21 visitas, sendo 16 pelo próprio mestrando e 5 pela Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ -Inmetro. Das 108 correspondências enviadas, foram recebidos 48 questionários-resposta (44% de retorno).

2.2. COLETA DE AMOSTRAS

A solicitação de camisetas para a realização de ensaios físicos e químicos foi feita através do questionário. Quando o respondente declarava disponibilidade em ceder as amostras, imediatamente procedia-se um contato para o envio das mesmas. A maioria das secretarias não disponibilizou amostras, uma das alegações consistia em não possuir o produto nesta época do ano (entre abril a agosto de 2005). Pelo correio, foram recebidas 6 amostras, as demais foram obtidas através de coleta “in loco”, com a colaboração dos técnicos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ - Inmetro. Foram coletadas 11 amostras, sendo 5 camisetas por amostra, totalizando 55 camisetas. Essa quantidade foi necessária para a realização da bateria de ensaios físicos e químicos. Os ensaios realizados nas amostras tiveram um custo médio de R$ 500,00 (quinhentos reais) por amostra. Desta forma, não foi possível a coleta de mais amostras, por não haver disponibilidade financeira para pagamento aos laboratórios.

2.3. SELEÇÃO DOS ENSAIOS REALIZADOS

As amostras coletadas foram encaminhadas para os Laboratórios do Senai-Cetiqt, laboratórios acreditados pelo Inmetro para a realização de ensaios físicos e químicos. Para a seleção dos ensaios realizados nas amostras, foram avaliadas as reclamações das secretarias. A Tabela 1 relaciona todas as reclamações recebidas através dos questionários, sua freqüência e os ensaios que podem ser associados a cada uma das reclamações.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

Tabela 1 - Relação entre reclamações recebidas e ensaios físico/químicos

Reclamações

Frequência

Ensaio associado

recebidas Tamanho

Documentos utilizados

18

Conferência de medidas

NBR 12071 NBR 13077

Desbote e

7

manchas

Ensaios de solidez de cor e conferência da etiquetagem

Bolotinha

5

Tendência à formação de pilling

Torção das

5

costuras

NBR 10597 NBR 8431 Resolução Conmetro 02/2001

BS 5811

Torção das costuras laterais

NBR 12958

Encolhimento

3

Alteração dimensional

NBR 10320

Reclamações

Frequência

Ensaio associado

Documentos

recebidas Transparência

utilizados 2

Gramatura e título do fio

NBR 10591 NBR 13216

Modelo

2

----------

--------

A partir da análise das principais reclamações relacionadas pelas Secretarias, foram definidos os ensaios a serem realizados nas camisetas coletadas. Todas as camisetas, independentes de sua construção, foram submetidas à conferência de medidas, verificação da etiqueta e aos ensaios de composição, gramatura, título do fio, torção das costuras laterais e encolhimento. Determinadas camisetas foram encaminhadas para ensaios específicos de acordo com suas características de construção. As camisetas que apresentavam fibras de poliéster em sua composição, foram também direcionadas para o ensaio de pilling e camisetas tintas ou com componentes tintos (gola, debrum, etc..) para os ensaios de solidez da cor.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

2.4. METODOLOGIA DA INSPEÇÃO/ ENSAIOS REALIZADOS

2.4.1. CONDIÇÕES DE AMBIENTE PARA CONDICIONAMENTO E ENSAIOS DAS AMOSTRAS

As camisetas foram dispostas em uma superfície plana e condicionadas por um período de 24 horas em uma atmosfera de 65% ± 2% de umidade relativa e 20° C ± 2° C de temperatura. Os ensaios foram realizados nestas mesmas condições conforme preconiza a Norma NBR 8428 - Condicionamento de materiais têxteis para ensaios.

2.4.2. VERIFICAÇÃO DE MEDIDAS •

Norma utilizada - Norma NBR 12071- Artigos confeccionados para vestuário – Determinação das dimensões.



Aparelhagem – Régua calibrada com precisão de 0,5 mm



Resumo do método - Foi determinada a dimensão do tórax com o uso de régua calibrada.

2.4.3. CONFERÊNCIA DE ETIQUETAGEM •

Documentos e Norma utilizada – Resolução Conmetro nº 02/2001 - que dispõe sobre a etiquetagem de produtos têxteis e Portaria Inmetro nº 172/2003 - que regulamenta o uso dos símbolos de conservação de produtos têxteis e NBR 8719 – Símbolos de cuidados para conservação de artigos têxteis.



Aparelhagem - Régua calibrada com precisão de 0,5 mm



Resumo do método - As informações constantes nas etiquetas da peça foram confrontadas com os documentos e norma acima referenciados.

2.4.4. ENSAIO DE COMPOSIÇÃO •

Normas utilizadas – NBR 13538 e NBR 11914



Aparelhagem – Microscópio, balança com precisão de 0,0001g, estufa, reagentes

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

químicos e aparelhagem de laboratório químico. •

Resumo do método - O ensaio de composição é realizado através da análise qualitativa das fibras e de seu teor quantitativo. São utilizados três métodos, o microscópico, o de combustão e o método da solubilidade.

2.4.5. ENSAIO DE GRAMATURA •

Norma utilizada – NBR 10591 – Materiais têxteis – Determinação da gramatura de tecidos



Aparelhagem – régua calibrada com precisão de 1 mm e balança com precisão de 0,001g



Resumo do método -O ensaio de gramatura consiste no corte de cinco corpos de prova com área de um decímetro quadrado, coletados em pontos diferentes da amostra e pesados com precisão de 0,01g. A média das pesagens é multiplicada por 100, para a determinação da massa por unidade de área em gramas por metro quadrado (g/m2).

2.4.6. ENSAIO DE TÍTULO DO FIO •

Norma utilizada – NBR 13216 – Materiais têxteis – Determinação do título de fios em amostras de comprimento reduzido



Aparelhagem – Torcímetro e balança com precisão de 0,001g

Resumo do método - O método consiste em retirar 10 pedaços de fio de 25 cm, determinar a sua massa e calcular o título do fio.

2.4.7. ENSAIO DE SOLIDEZ DA COR À LAVAGEM •

Norma utilizada – NBR 10597 – Materiais têxteis – Ensaio de solidez de cor à lavagem - método acelerado



Aparelhagem – Testador de Solidez da cor à lavagem



Resumo do método - Corpos de prova do tecido a ser testado e de tecido testemunha (tecidos multifibra com características específicas para avaliação da

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

transferência de cor) são colocados em um equipamento específico para produzir uma lavagem com condições controlados. A avaliação de alteração e de transferência da cor é feita através da comparação do corpo de prova lavado e de um corpo de prova original com uma escala de cinza . O corpo de prova que receber grau 5 em alteração é aquele que não apresentou nenhuma diferença entre a amostra lavada e a amostra original . O valor 1 é dado para aquele corpo de prova que apresentar a maior alteração de cor. Quando os tecidos não apresentam nenhum manchamento é dado o valor 5 para transferência de cor, quando o tecido apresenta o mais alto manchamento recebe o valor 1. 2.4.8. ENSAIO DE SOLIDEZ DA COR AO SUOR •

Norma utilizada – NBR 8431 – Materiais têxteis – Determinação da solidez de cor ao suor



Aparelhagem – Perspirômetro e Estufa



Resumo do método - Corpos de prova do tecido a ser testado e de tecido testemunha (tecido multifibra com características específicas para avaliação da alteração e de transferência de cor) são submetidos a duas soluções, uma ácida e outra alcalina, por 30 minutos. Após este tempo os corpos de prova são retirados, é eliminado o excesso de líquido e cada corpo de prova junto com o tecido testemunha é introduzido entre duas placas de vidro no Perspirômetro. O conjunto é colocado na estufa a 37 ± 2° C durante 4 horas. Os corpos de prova e os tecidos testemunhas são avaliados com a escala de cinza, a avaliação é realizada da mesma forma que no item 2.4.7 para solidez da cor à lavagem.

2.4.9. ENSAIO DE TORÇÃO DAS COSTURAS APÓS A LAVAGEM •

Norma utilizada – NBR 12958 - Confecções de tecidos de malha – Determinação de torção



Aparelhagem



Lavadora doméstica automática e lavadora doméstica com

tambor rotativo •

Resumo do método – As peças confeccionadas são lavadas à temperatura de (40 ± 2)º C, secas em temperatura de (65 ± 2)º C .O comprimento da costura lateral e a

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

medida do deslocamento lateral da costura são medidas e o percentual de torção é calculado.

2.4.10. ENSAIO DE ESTABILIDADE DIMENSIONAL •

Norma utilizada – NBR 10320 – Materiais têxteis – Determinação das alterações dimensionais de tecidos planos e malhas - Lavagem em máquina doméstica automática



Aparelhagem



Lavadora doméstica automática e secadora doméstica com

tambor rotativo •

Resumo do método – As peças confeccionadas são condicionadas, medidas no comprimento e na largura e lavadas em condições controladas de temperatura e tempo. As amostras são secas em secadora, passadas a ferro, para eliminar as rugas e condicionadas em atmosfera padrão para ensaios. São efetuadas novas medidas no mesmo ponto das iniciais. A alteração dimensional é obtida através de cálculo.

2.4.11. ENSAIO DE TENDÊNCIA À FORMAÇÃO DE PILLING •

Norma utilizada –

BS 5811 - Determination of fabric propensity to surface

fuzzing and pilling •

Aparelhagem – Testador de Pilling



Resumo do método –

Quatro corpos de prova são coletados da amostra de

camiseta, são cortados e costurados em uma das extremidades para assumirem um formato cilíndrico. Através de um dispositivo especial são montados em tubos de borracha e presos com fita isolante nas extremidades. Os quatro tubos são colocados em uma mesma caixa em um equipamento composto por caixas forradas internamente por cortiça. O equipamento é programado para fazer girar as caixas por 5 horas.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

3. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

3.1. CODIFICAÇÃO DAS SECRETARIAS

Para preservar a identidade das Secretarias que enviaram informações para este trabalho, aplicou-se uma codificação seqüencial em ordem numérica a partir da chegada das respostas do questionário. A primeira Secretaria que enviou informações foi chamada de Secretaria 1 e assim, sucessivamente.

3.2. AQUISIÇÃO DE CAMISETAS PELAS SECRETARIAS

Foi apurado que 30 secretarias, 62% (± 13,7% a uma confiança de 95% - n = 48) do total de questionários, responderam afirmativamente quanto à aquisição de camisetas escolares e forneceram as informações necessárias para esta pesquisa. O gráfico 1 apresenta esta distribuição. AQUISIÇÃO DE CAMISETAS PELAS SECRETARIAS

38% não comprador

62% comprador

Gráfico 1 – Aquisição de camisetas pelas secretarias – Brasil, 2005

3.3. RECLAMAÇÕES DOS USUÁRIOS

As secretarias que admitiram ter tido reclamações dos usuários do uniforme representaram 60% (± 17,5% a uma confiança de 95%, n = 30) do total de respostas. Os problemas mais comuns estão relacionados na tabela 2. Tabela 2 – Principais problemas relatados nas camisetas adquiridas pelas 30 secretarias avaliadas – Brasil

Principais problemas relatados

% de ocorrência

Tamanho Torção nas costuras

38 17

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

Desbote Pilling Encolhimento Transparência Defeitos no fio Manchas

13 13 10 3 3 3

3.4. REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO/ENSAIOS EM AMOSTRAS ANTES DA COMPRA

A realização de inspeção/ensaios antes da compra, em amostras apresentadas pelos fornecedores, é uma prática adotada por 42% (± 17,7% a uma confiança de 95%, n = 30) das secretarias pesquisadas. Tal procedimento visa verificar se o produto ofertado atende às exigências do comprador, que geralmente, estão expressas em uma especificação.

REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO/ENSAIOS EM AMOSTRAS ANTES DA COMPRA

58%

42% não ensaia a amostra

ensaia a amostra

Gráfico 2 – Realização de inspeção/ensaios em amostras – Brasil, 2005

3.5. REALIZAÇÃO DE INSPEÇÃO/ENSAIOS EM LOTES FORNECIDOS

O levantamento permitiu identificar que 88% (± 11,6% a uma confiança de 95%, n = 30) das secretarias não realizam controle de qualidade no recebimento das camisetas. Desta forma não é possível garantir, que o produto adquirido, possua as características especificadas ou, que o mesmo apresente as mesmas qualificações da amostra recebida. O gráfico 3 ilustra esta informação.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

REALIZAÇÃO DE ENSAIOS EM LOTES FORNECIDOS não ensaia o lote

88%

12%

ensaia o lote

Gráfico 3 – Realização de inspeção/ensaios em lotes fornecidos – Brasil, 2005

3.6. QUALIDADE DAS CAMISETAS - PERCEPÇÃO DAS SECRETARIAS

O gráfico 4 apresenta a distribuição da avaliação realizada pelas secretarias com relação a qualidade percebida das camisetas adquiridas. O produto foi avaliado em 81% (± 14,0% a uma confiança de 95%, n = 30) dos casos como bom e ótimo.

PERCEPÇÃO DA QUALIDADE 60 50 40

51%

30%

30

13%

20

3%

3%

10 0 ótimo

bom

regular

ruim

péssimo

Gráfico 4 – Percepção das secretarias da qualidade das camisetas adquiridas – Brasil, 2005

3.7. INSPEÇÃO/ENSAIOS REALIZADOS NAS CAMISETAS

Foram analisadas 55 peças referentes a 11 amostras de camisetas escolares (5 camisetas por amostra), a inspeção/ensaios, realizados nos Laboratórios do Senai-Cetiqt, geraram a emissão dos relatórios de ensaio de número 1401 a 1408/05, 1513 e 1530/05 da Unidade de Negócios de Estudos e Ensaios Físicos - Uneef e os de número 969 a 978/05 e 986/05 da Unidade Negócios de Estudos e Ensaios Químicos – Uneeq (APÊNDICE).

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

A análise dos resultados permitiu identificar que apenas 1 amostra apresentou conformidade (9% do total), conforme é mostrado no gráfico 5. A tabela 3 apresenta o desempenho em laboratório do produto, a percepção de qualidade da secretaria, suas principais reclamações, a utilização de especificações e a realização de inspeção/ensaios nas amostras e no lote. AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE Ensaios nas amostras 10 8 6 4 2 0

Não Conforme

Conforme

Gráfico 5 – Conformidade das amostras de camiseta ensaiadas – 2005 Tabela 3 – Resumo da avaliação realizada nas secretarias que forneceram amostras para inspeção e ensaios - Brasil

Secretaria Percepção da Qualidade

Problemas Problemas Especificação Ensaios alegados pela apresentados na na Secretaria inspeção/ensaios amostra

2

ÓTIMO



nenhum problema



6

BOM

• •

pilling tamanho





nenhum problema



7

BOM



• •



etiqueta não Possui especificação conforme com aspectos de construção e de qualidade, não apresenta tabela de medidas. Não apresenta tolerâncias para os valores especificados. Possui especipilling ficação com asexcessivo tamanho menor pectos de consque o previsto trução e tabela medidas. na NBR 13377 de Apresenta tolerância para os valores especificados. Possui especificomposição cação com aserrada pectos de consgramatura trução. Não menor tamanho menor apresenta tabela do valor refe- de medidas e rencial da NBR não fornece tolerâncias para 13377 etiqueta não os valores especificados.

Ensaios no lote

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

conforme 8

BOM





tamanhos



9

BOM

• • •

encolhimento • desbote tamanho

10

RUIM

• •

encolhimento • torção na costura • defeitos no fio manchas

• •

Possui especificação com aspectos de construção. Não apresenta tabela de medidas. Apresenta tolerâncias para os valores especificados. torção na cos- Possui especificação, porém tura não disponibilizou para o trabalho torcão na cos- Não possui especificação tura etiqueta não comforme torção na costura tamanho menor que o previsto na NBR 13377

SIM

NÃO

SIM

SIM

NÃO

NÃO

continuação

Secretaria

Percepção da Qualidade

13

ÓTIMO

Problemas alegados pela Secretaria •

nenhuma

Problemas apresentados no ensaio • • •

15

BOM



tamanho

• •

• 18

BOM

• •

pilling tamanho

• • • • •

torção na costura encolhimento excessivo gramatura menor

pilling excessivo tamanhos menores que os padronizados na especificação e que o valor referencial da NBR 13377 etiqueta não conforme Pilling excessivo composição errada torção na costura alteração de cor (desbote) não apresenta

Especificação

Ensaios Ensaios na no lote amostra

Possui especificação com aspectos de construção. Não apresenta tabela de medidas e não fornece tolerância para os valores especificados. Possui especificação com aspectos de construção e tabela de medidas. Não apresenta tolerâncias para as medidas.

NÃO

NÃO

SIM

SIM

Possui especificação da composição do tecido. Não apresenta tabela de medidas ou tolerâncias para os valores.

NÃO

NÃO

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

21

BOM



nenhum problema



27

ÓTIMO



tamanho



• •

etiqueta nenhum problema

título do fio diferente (24/1 cardado ao invés de30/1 (penteado) torção na costura apresenta pequena tendência a formação de pilling

Possui especificação contemplando aspectos de construção e de qualidade. Apresenta tabela de medidas e expressa as tolerâncias para todos os valores especificados Possui especificação com aspectos de construção e tabela de medidas. Não apresenta tolerância para as medidas.

NÃO

NÃO (prevê realizaçã o de auditoria s no processo )

SIM

SIM

3.8. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS A análise dos resultados apresentados na Tabela 3 permite as seguintes constatações:

SECRETARIA 2 - PRODUTO NÃO CONFORME. A secretaria 2 não apresentou nenhum problema em relação aos resultados de ensaios, porém o produto não apresenta etiqueta com informações para a conservação do produto, o que poderia gerar processos de lavagem, secagem ou passadoria inadequados. A secretaria possui especificações com requisitos de construção e de qualidade e realiza ensaios na amostra e no lote. SECRETARIA 6 - PRODUTO NÃO CONFORME. Os problemas alegados pela secretaria 6 foram semelhantes aos apresentados no ensaio. A camiseta apresentou um alto teor de formação de pilling,. Outro problema foi o tamanho, a especificação apresenta uma tabela que estabelece valores de largura da camiseta menores que a circunferência do corpo humano, estabelecidos na NBR 13377ASSOCIAÇÃO..., 1995b). Desta forma os problemas apresentados são conseqüências de uma especificação incompleta e com valores incoerentes de medida. Não realiza ensaios na amostra ou no lote SECRETARIA 7 PRODUTO NÃO CONFORME. A secretaria 7 não relacionou nenhum problema com o produto. Os ensaios apresentaram a composição diferente da especificação (100% algodão ao invés de 67% poliéster 33% viscose), gramatura 10% menor e tamanho

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

menor que o estabelecido na NBR 13377. A especificação apresenta requisitos de construção, não apresenta tabela de medidas e não fornece tolerâncias para os valores. Não realiza ensaios na amostra ou no lote. SECRETARIA 8 - PRODUTO NÃO CONFORME. A secretaria 8 manifestou dificuldades com os tamanhos, cabe ressaltar que sua especificação não estabelece uma tabela de medidas para a peça. Ao confrontar os resultados da peça com a NBR 13377, esta apresentou tamanho menor que a mínima circunferência de tórax estabelecida pela referida norma. Também foi identificada torção nas costuras laterais. A secretaria realiza ensaios na amostra, porém não faz ensaios no lote recebido. SECRETARIA 9 - PRODUTO NÃO CONFORME. O ensaio da camiseta referente a secretaria 9 apresentou valores excessivos de torção nas costuras laterais. A secretaria não disponibilizou a especificação, o que inviabiliza uma análise em relação aos quesitos apontados como problema pela pesquisada. A secretaria realiza ensaios na amostra e no lote. SECRETARIA 10 - PRODUTO NÃO CONFORME. A secretaria 10 apresentou grande insatisfação com o produto e classificou como ruim, relacionou problemas de encolhimento, torção, defeitos no fio e manchas. A secretaria não possui especificação de produto. No ensaio, a camiseta apresentou problemas de torção nas costuras laterais e, por não apresentar etiqueta com os cuidados para conservação da peça, está sujeita a apresentar diversos danos devido a procedimentos impróprios de lavagem, secagem e passadoria. Não realiza ensaios na amostra ou no lote. SECRETARIA 13 - PRODUTO NÃO CONFORME. Nenhum problema foi relacionado pela Secretaria 13, que classificou seu produto como ótimo. Os ensaios apresentaram gramatura 13% menor, torção nas costuras laterais e encolhimento excessivo. A especificação do produto limita-se a estabelecer os requisitos de construção, sem tolerâncias para os valores. Não realiza ensaios na amostra ou no lote. SECRETARIA 15 - PRODUTO NÃO CONFORME. A secretaria 15 manifestou problemas com o tamanho das peças. No ensaio a camiseta apresentou elevada formação de pilling e não conformidade com os tamanhos. A peça apresenta medidas menores que as estabelecidas pela especificação e menores que a circunferência do corpo humano, estabelecidos na NBR 13377. A especificação não fornece tolerâncias para os valores. Realiza ensaios na amostra e no lote. SECRETARIA 18 - PRODUTO NÃO CONFORME. A especificação da Secretaria 18 estabelece apenas que o tecido da camiseta deve ser composto de 67% Poliéster 33% viscose,

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

o ensaio atestou que o único item especificado não atendia a especificação. Além de apresentar elevado teor de pilling, torção nas costuras laterais, baixa solidez à lavagem e não apresentar etiqueta. Não realiza ensaios na amostra ou no lote. SECRETARIA 21 - PRODUTO CONFORME. A secretaria 21 não relacionou nenhum problema com a camiseta, e também não apresentou nenhum problema em relação aos resultados de ensaios. Possui uma especificação bem abrangente com requisitos de construção e de qualidade, fornece tolerâncias para os valores especificados. Não realiza ensaios na amostra ou no lote, porém em sua especificação prevê auditorias no processo de fabricação. SECRETARIA 27 - PRODUTO NÃO CONFORME. A camiseta escolar da secretaria 27 foi classificada como ótima, mas essa avaliação não condiz com os resultados de ensaio. O produto apresentou título de fio diferente do especificado (24/1 cardado ao invés de 30/1 penteado), torção nas costuras laterais e moderada formação de pilling. A especificação do produto estabelece apenas requisitos de construção, fornece tabela de medidas e não apresenta tolerância para os valores. Realiza ensaios nas amostras e no lote.

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Do estudo até aqui apresentado foi comprovada a necessidade da implementação de um programa de ensaios nas amostras recebidas antes do processo de licitação e de um sistema eficiente de inspeção nos lotes recebidos para garantir a qualidade do produto utilizado pelos alunos da Rede Pública de Ensino. Os critérios de construção básicos: composição, título do fio, gramatura e processo de fabricação do fio devem ser relacionados na especificação com as suas respectivas tolerâncias de medidas, para garantir que o produto tenha sempre o mesmo aspecto. Não admitindo variações que possam produzir transparências, aspecto irregular ou desconforto ao uso. A utilização de uma etiqueta com as informações de composição e de conservação da peça atendendo as exigências da Resolução Conmetro nº 02/2001 e da Portaria Inmetro nº 172/2003, permitirá informar corretamente ao usuário do uniforme, os cuidados para proceder a lavagem, secagem e passadoria. As tabelas de medidas devem ser desenvolvidas por especialistas em modelagem, podem ser utilizados os serviços de consultoria de Institutos têxteis do País, para que as Secretarias possam, ao fazer a compra, efetivamente receber tamanhos coerentes com os padrões de mercado, e não pagar por um tamanho maior e, na verdade, receber um menor.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

Esta padronização permitirá às Secretarias, sobretudo, a possibilidade de realizar uma programação da grade de tamanhos para a compra, baseada em uma estatística do universo escolar, quando houver esta informação. Baixos valores de torção nas costuras laterais e de estabilidade dimensional devem ser exigidos para evitar deformações permanentes na camiseta após a primeira lavagem. Para tecidos coloridos, índices mínimos devem ser padronizados para a solidez da cor, principalmente os de lavagem doméstica e suor, mais exigidos em uma camiseta escolar. Para o estabelecimento de critérios mais rigorosos, a resistência da cor a outros agentes, também podem ser especificados, tais como: luz solar, ação do ferro de passar à quente, fricção e lavagem com cloro. Para camisetas escolares confeccionadas com tecidos mistos que utilizam fibras de poliéster em suas misturas, é indicada a adoção de um padrão mínimo de tendência à formação de pilling, para garantir uma boa aparência no produto após diversas lavagens. A utilização de laboratórios acreditados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio deve ser fomentada, tanto para a verificação das características físicas e químicas das amostras entregues no processo inicial de aquisição, quanto na inspeção/ensaios dos lotes de fabricação. (para consulta aos laboratórios acreditados acessar www.inmetro.gov.br) A pesquisa demonstrou que, para a obtenção de um controle efetivo da qualidade de camisetas escolares, é necessária uma ação integrada, com a elaboração de uma especificação eficiente e de um processo de verificação pré e pós compra. As comissões de licitação devem exigir que sejam inicialmente atendidos os critérios técnicos (atendimento a especificação) e, só então, avaliar a questão preço. Os custos, para a verificação das características físicas e químicas das camisetas, podem ser repassados para os próprios fabricantes, desde que seja exigido como requisito para participar da licitação, relatório de ensaio de laboratório acreditado atestando que a amostra atende aos requisitos especificados. No contrato de fornecimento com o licitante vencedor pode estar definido que, no recebimento do lote, amostras aleatoriamente coletadas sejam encaminhadas para os laboratórios acreditados e os custos com ensaios corram por conta do fabricante. Outra opção é criar uma comissão para realizar uma auditoria no processo de fabricação do produto. O Anexo A apresenta sugestões para alguns requisitos que podem ser utilizados para camisetas escolares.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

5. REFERÊNCIAS AMERICAN ASSOCIATION OF TEXTILE CHEMISTS AND COLORISTS. AATCC 20: fiber analysis: qualitative. USA: AATCC, 2002 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR 8431 – Materiais têxteis – Determinação da solidez de cor ao suor, Rio de Janeiro, 1984a ______. NBR 8428: Condicionamento de materiais têxteis para ensaios, Rio de Janeiro, 1984b. ______. NBR 8432: Materiais têxteis: Determinação da solidez de cor à fricção, Rio de Janeiro, 1988a. ______.NBR 8719: símbolos de cuidados para conservação de artigos têxteis, Rio de Janeiro, 1994.c ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9398: materiais têxteis: determinação da solidez de cor à lavagem a seco, Rio de Janeiro, 2004. ______, NBR 10188: materiais têxteis: determinação da solidez de cor à ação do ferro de passar à quente, Rio de Janeiro, 1988b. ______. NBR 10320: materiais têxteis: determinação das alterações dimensionais de tecidos planos e malhas: lavagem em máquina doméstica automática, Rio de Janeiro, 1988c. ______. NBR 10591: Materiais têxteis: Determinação da gramatura de tecidos, Rio de Janeiro, 1988d. ______. NBR 10597: materiais têxteis: ensaio de solidez de cor à lavagem: método acelerado, Rio de Janeiro, 1988e. ______.NBR 11914: análise quantitativa de materiais têxteis, Rio de Janeiro, 1995a. ______. NBR 12071: artigos confeccionados para vestuário: determinação das dimensões, Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 12720: artigo confeccionado em tecido de malha: tolerância de medidas, rio de janeiro, 1995b. ______. NBR 12744: Fibras têxteis, Rio de Janeiro, 1992. ______. NBR 12958: confecções de tecidos de malha: determinação de torção, Rio de Janeiro, 1993a.

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

______. NBR 12997: materiais têxteis: determinação da solidez de cor à luz: iluminação com arco de xenônio , Rio de Janeiro, 1993b. ______. NBR 13216: materiais têxteis: determinação do título de fios em amostras de comprimento reduzido, Rio de Janeiro, 1994. ______. NBR 13377: medidas do corpo humano para vestuário: padrões referenciais , Rio de Janeiro, 1995c. ______. NBR 13460: tecido de malha por trama: determinação da estrutura, Rio de Janeiro, 1995d. ______. NBR 13462: tecido de malha por trama: estruturas fundamentais, Rio de Janeiro, 1995e. ______. NBR 13538: material têxtil: análise qualitativa, Rio de Janeiro, 1995f. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13586: tecidos de malha por trama: tolerâncias na gramatura, Rio de Janeiro, 1996. ______. ABNT ISO/IEC Guia 2: normalização e atividades relacionadas: vocabulário geral, Rio de Janeiro, 1998. BRASIL. RESOLUÇÃO NO. 02 Regulamentação sobre o uso de etiquetagem de produtos têxteis, de 26 de dezembro de 2001, Brasília Conmetro, , 2001. BRASIL. RESOLUÇÃO NO. 06 Regulamentação sobre o uso de etiquetagem de produtos têxteis, de 26 de dezembro de 2005, Brasília Conmetro, , 2005. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO. Disponível em: http://www.firjan.org.br/notas/media/ paper3_04.pdf . Acesso em 23 jul, 2005. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. GROVER , Elliot B.; HAMBY, D.S. Handbook of Textile Testing and Quality Control. 2. ed. New York: Intercience, 1966. HEARLE, J.W.S.; MORTON, W. E. Physical properties of textiles fibres. 3. ed. Manchester: The Textile Institute, 1997. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS - INEP. Disponível em . Acesso em: 22 fev. 2006

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL. Diretoria da Qualidade. Avaliação da conformidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Inmetro, 2005. INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL. Portaria nº 172, 2003. Tendo em vista o disposto no artigo 3º da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999, bem como o que consta no Capítulo V do Regulamento Técnico de Etiquetagem de Produtos Têxteis, aprovado pela Resolução nº 2, de 13 de dezembro de 2001, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Rio de Janeiro, 2003.

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL. Nota técnica Dqual nº 001, 2006. Procedimento para as ações de fiscalização de produtos têxteis em nível nacional, objetivando a harmonização, Rio de Janeiro, 2006.

MUNICÍPIO EM DADOS- Banco Federativo - BNDES. Disponível em . Acesso em: 12 jul. 2005 SMITH, GARY W. Controle de qualidade na indústria de malhas. Rio de Janeiro: Senai Cetiqt, 1989. TEIXEIRA, Maria Emília Peluso; BRASIL, Andréa. Guia do Latec/UFF para formatação de Monografias e dissertações baseado nas Normas da ABNT. Universidade Federal Fluminense: Falcão. Niterói, 2005

III CNEG – Niterói, RJ, Brasil, 17, 18 e 19 de agosto de 2006

ANEXO A - Requisitos de construção, qualidade e tolerâncias de medidas usuais que podem ser utilizados em especificações de camisetas escolares REQUISITOS DE CONSTRUÇÃO

VALORES/TOLERÂNCIAS SUGERIDAS

Composição

Conforme Resolução Conmetro

Título do fio

± 5%

Gramatura

Valor mínimo ou ± 5% (NBR 13586)

Processo de fabricação dos fios (no caso de

Penteado

camisetas de algodão) REQUISITOS DE QUALIDADE

VALORES/TOLERÂNCIAS SUGERIDAS

Tabela de medidas

± 2% para as medidas básicas de construção

Alteração dimensional

± 5% para camisetas de algodão

Torção das costuras laterais

Máximo de 3%

Solidez de cor (camisetas tintas)

Mínimo de 4 (leve alteração de cor)

Tendência à formação de pilling

Mínimo de 4 (leve formação de pilling)

Fonte: Síntese do autor baseada em normas, resoluções, especificações de produtos similares e de valores praticados normalmente na indústria de malhas.