Proposta
de
implantação
de
programa
de
treinamento
para
novos
colaboradores numa empresa de vestuário.
Flávia Oliveira Sousa e Silva * Adelice Jaqueline Bicalho *
RESUMO
O presente trabalho tem como tema o processo de integração de novos funcionários na organização e questiona se um treinamento direcionado as boas vindas auxiliaria numa melhor adaptação do recém chegado à equipe e à empresa. Assim, pretendese demonstrar uma visão inovadora do processo de gestão de pessoas, vinculando o mesmo não a um departamento específico, mas sim às pessoas que ocupam funções e papéis de liderança dentro de uma organização. O enfoque central do estudo consiste em embasar teoricamente a criação de um programa de treinamento de integração, também chamado de ambientação, para os novos colaboradores do grupo Ananda. Grupo este com sólida atuação no ramo de confecções e comercialização de roupa na região leste do Estado de Minas Gerais. O trabalho aborda temas recorrentes da atualidade como gestão do conhecimento, aprendizagem organizacional, a abordagem sistêmica no contexto organizacional e principalmente o treinamento como ferramenta de capacitação. Traz como conclusão que o programa de treinamento para novos colaboradores, com base na integração, é de grande valia no processo de adaptação dos recém-chegados.
Palavras-chave:
Treinamento
de
integração.
Novo
colaborador.
Psicologia
organizacional.
______________________
*Adelice Jaqueline Bicalho – Psicóloga, Pedagoga, Mestre em Educação pela UNINCOR, especialista em Psicopedagogia e Metodologia do Ensino Superior. e:mail:
[email protected] *Flávia Oliveira Sousa e Silva – acadêmica do curso de psicologia da Universidade Vale do Rio Doce, atualmente gerente da loja Ananda Gv Shoppping. e-mail:
[email protected]
1. INTRODUÇÃO
Na
atual
conjuntura,
as
empresas
necessitam
serem
competitivas,
responsáveis, capazes de se adaptarem facilmente, além de conseguirem oferecer conhecimento e aprendizagem a seus trabalhadores. Segundo Homem (2006), o que vem se presenciando é o desenvolvimento de organizações hiperflexiveis, adaptativas e inovadoras. Organizações que orientam e dão suporte a seus colaboradores estão na verdade promovendo seu sucesso. São os trabalhadores de uma organização que formam sua estrutura. Portanto, o desafio das empresas na atualidade é formar e integrar uma boa equipe de trabalho com conhecimento, capacidade e habilidades específicas para cumprirem as tarefas exigidas e para pensarem estrategicamente sobre os destinos da organização (BASSANI, 2003). O programa de treinamento de integração tem como objetivo, instruir os novos funcionários em relação a seu novo ambiente de trabalho, informando as diretrizes, bases e fluxos de tarefas e da empresa, proporcionando aos mesmos, além de boa recepção, melhor conexão e assimilação com o trabalho futuro, com a equipe e a própria organização. Rios (2008) alerta que a empresa deve evitar, por meio dos instrumentos de controle, disciplina e fragmentação das tarefas, retirar do colaborador a visão da totalidade do processo que, ao final, revela o fruto do seu trabalho. Esse estado de alienação pode contribuir para que se perca o sentido sensível do trabalho que então se torna uma atividade penosa, cujo retorno financeiro nunca será suficiente. Sendo assim, torna-se necessário formular um plano de ação com base na gestão de pessoas através de planos e estratégias, concentrando-se no desenvolvimento de capacidades e competências essenciais em longo prazo, que serão encarregadas de criar o diferencial competitivo (VERGARA, 2000). Esta concepção é uma realidade intimamente relacionada à gestão de pessoas, que no artigo em questão faz referência aos líderes, gerentes ou chefes 2
num processo de direcionamento e suporte a efetivação das tarefas e não a um departamento específico. Esta definição é corroborada por Fisher e Albuquerque (2001) que relaciona gestão de pessoas a um conceito amplo que diz respeito à maneira como os indivíduos se estruturam para orientar e gerenciar o comportamento humano no ambiente organizacional. Os procedimentos utilizados como metodologia neste artigo, apontam para um método indutivo e dedutivo, empregando técnicas de pesquisa bibliográfica, através da literatura usual em artigos, em teses, em rede mundial de computadores, em documentos internos do Grupo Ananda e observação direta participante. Motivou a escolha deste tema, o fato de que a maioria dos trabalhadores recém chegados demora tempo considerável para se adaptarem e conhecerem a empresa e seu fluxo, a noção de que é imprescindível que a equipe esteja alinhada em termos de conhecimento organizacional e a realidade do trabalho da acadêmica, que propõe diariamente desafios estratégicos.
2.GESTÃO DE PESSOAS
Estudos sobre liderança, democracia no trabalho e motivação humana iniciados na década de 40, posicionam, desde sempre, o papel de gestores de pessoas, distintos dos aspectos administrativos. Estes estudos orientam que o chefe de pessoal deveria se preocupar mais com os empregados e com a organização, mesmo porque as questões sindicais e legais começavam a surgir. Afinal falava-se em chefe de pessoal apenas para contabilizar faltas, atrasos, registros e converter demissões. Porém, como mudanças não acontecem rapidamente, apenas em 1950 os chefes de pessoal passaram a se desvincular dos padrões burocráticos e a assumir a postura e função de gerente de pessoal. (VISCAINO E ESTORK, 2004). Gradativamente a gestão de pessoas passa por uma evolução, evidenciada pelo fato de que apenas por volta da década de 1980, as empresas passaram a aceitar o fato de que profissionais que orientem e direcionem os trabalhadores são 3
fundamentais, estratégicos e não mais operacionais. O que passa a prevalecer é a intenção de otimizar a produtividade suprimindo conflitos e custos.
A fase estratégica da gestão de pessoas teve seu início no meio da década de 1980, foi marcada pela colocação dos primeiros programas de planejamento estratégico ligados ao planejamento estratégico central das organizações. Nesse período o Gerente de Recursos Humanos foi reconhecido por diversas organizações como diretoria, em nível estratégico, e não mais como um funcionário de terceiro escalão. (VISCAINO E ESTORK, 2004)
Nos Estados Unidos da América, já é realidade um novo tipo de gestão de pessoas. Batizado de business-to-employee, é uma modalidade de marketing voltado para dentro das organizações, onde o advento Internet e Intranet dão aos colaboradores a mesma agilidade de acesso à informação que dá aos compradores. O que se propõe aqui não é a ferramenta em questão, mas em acordo com Borges (2002), a busca constante por processos de gestao de pessoas faz parte da organização que visa cada vez mais à satisfação de seus colaboradores para que, motivados, executem suas tarefas com eficiência e eficácia. Gerenciar pessoas, ter seus objetivos atingidos, ter um grupo eficaz e motivado liderado por um gestor que encare desafios estratégicos nesta atividade é preocupação de muitas empresas para que seu alvo seja atingido. Segundo Fisher e Albuquerque (2001), os desafios estratégicos de quem gerencia e direciona pessoas dentro de uma organização estão vinculados a estas premissas:
Atrair, capacitar e reter talentos; Gerir competências; Gerir conhecimento; Formar novo perfil do profissional demandado pelo setor; Gerir novas relações trabalhistas; Manter motivação/clima organizacional; Desenvolver uma cultura gerencial voltada para a excelência; Ser reconhecido como contributivo para o negócio; Ser reconhecido como estratégico;
4
Conciliar redução de custo e desempenho humano de qualidade; Proporcionar qualidade de vida no trabalho; Descentralizar gestão de pessoas.
A consistência de um procedimento bem estruturado de recepção a novos colaboradores, a preocupação em desenvolver talentos e a possibilidade de absorção e transferência de conhecimentos por parte da empresa, tornam este trabalho importante na organização. Ressalta-se, conforme já dito, que o modelo de gestão de pessoas é um conceito amplo que diz respeito à maneira como os indivíduos se estruturam para orientar e gerenciar o comportamento humano no ambiente organizacional (FISHER E ALBUQUERQUE, 2001). Esse conceito incorpora aspectos políticos, ideológicos, sociais e comportamentais, portanto o trabalho enriquece o conhecimento acadêmico ao ajudar na percepção do universo empresarial e a importância da gestão de pessoas como uma ferramenta de desenvolvimento e valorização das pessoas. Afinal, cada vez mais enxerga-se a seriedade necessária em se perceber as pessoas como seres humanos e não apenas como recursos. Muitas empresas alinham suas práticas gerenciais com abordagens teóricas que se posicionam na fronteira do conhecimento administrativo ou burocrático e então incorporam e expressam conceitos, princípios e técnicas oriundos destas abordagens (NETTO, 2005). Porém, muitas outras se alinham a abordagens contemporâneas, que apontam o treinamento como fonte de vantagem competitiva sustentável (INOCENTE 2006). Este referencial parte do estudo
a
respeito
de
como o indivíduo adulto aprende suas relações com o saber e com sistemas de incorporação de novos conteúdos ao seu conjunto de conhecimentos. A revisão de literatura discute aqui, como estes conhecimentos são trocados com a realidade e como eles passam a se incorporar em suas capacidades para o trabalho. Paralelamente à compreensão de como se dá o aprendizado no nível individual, a revisão pontua como se dá a aprendizagem no nível organizacional, em que sentido a soma dos aprendizados dos trabalhadores de uma empresa pode ser constituída em aprendizado para a organização. A discussão passa pela forma de sistematização da aprendizagem na empresa e quais suas fontes de alimentação (INOCENTE, 2006). Aborda também a importância das pessoas no contexto 5
organizacional, e o impacto que as ações do treinamento de integração geram nos colaboradores, identificando o treinamento como uma ferramenta de capacitação, contribuindo assim para o alcance dos objetivos das empresas. A prática do treinamento de integração prevê o repasse por parte dos trabalhadores antigos da empresa, como conceitos, idéias, processos e produtos, que na visão de Nonaka e Takeuchi (1997) fazem parte do conhecimento tácito. Através de interações planejadas são transformados em conhecimento explícito. Conhecimento explícito é aquele formal, exteriorizado por práticas e declarado pela empresa. Conforme os autores, transformar conhecimento tácito em explicito, é trabalhar a gestão do conhecimento. Segundo Neto (2005), considerando que a preocupação com a gestão do conhecimento nas empresas é recente, observa-se a existência de pelo menos três situações possíveis:
a) Empresas que recentemente institucionalizaram a gestão do conhecimento, o que significa que utilizam regularmente um conjunto de práticas gerenciais específicas para gerenciamento contínuo deste ativo. b) Empresas que estão em processo de institucionalização desta função gerencial, tendo incorporado pelo menos parte do processo e das técnicas utilizadas no gerenciamento deste ativo, ou com abrangência restrita ou localizada em área específica da empresa; c) Empresas ainda não iniciadas e que ainda não institucionalizaram a gestão do conhecimento nem no todo nem em partes, podendo estar ou não interessadas em fazê-lo em futuro próximo.
É, portanto, interesse das empresas conhecerem a experiência e o processo realizado por organizações que dizem ter institucionalizado, no todo ou em parte a gestão do conhecimento, isto se esta gestão for um passo importante no processo de gestão de pessoas.
6
2.1.APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E VISÃO SISTÊMICA
A aprendizagem organizacional apresenta-se como uma política de desenvolvimento organizacional vinculada à estratégia da organização e utilizada como instrumento de assimilação do aprendizado das pessoas (BORGES, 2002). O termo representa como ideia central à forma como a empresa aprende como a organização se relaciona com o meio e dele extrai observações que incorpora com o objetivo de manter-se em constante desenvolvimento. Também é exemplificado através da maneira como as firmas constroem, suplementam e organizam conhecimentos e rotinas em torno de suas atividades e dentro de suas culturas, e adaptam e desenvolvem a eficiência por meio da melhoria da utilização das amplas capacidades de sua força de trabalho. (DOGSON, 1993) A aprendizagem organizacional também é identificada como processo que permite a melhoria e o desenvolvimento das ações organizacionais, através da aquisição de novos conhecimentos e melhores compreensões. (FIOL e LYLES, 1985). Os autores inferem que não se trata apenas da questão da aquisição, mas também da utilização do conhecimento. Já Senge (1990) prefere tratar de organizações que aprendem, destacando ser um lugar onde as pessoas continuamente expandem suas capacidades no sentido de criar resultados desejados, onde são gerados novos sistemas, onde se libera a aspiração coletiva e principalmente onde as pessoas fazem continuamente uma aprendizagem de como aprender em conjunto. Vale ressaltar que os autores direcionam e citam a importância da utilização do
conhecimento
como
uma
perspectiva
que
oficializa
a
aprendizagem
organizacional. Pode-se definir aprendizagem como o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes e valores, a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas. Esta visão torna o aprendiz interdependente do meio que o cerca, trocando com ele suas impressões, influenciando-o e sendo por ele influenciado (NETTO, 2005). O processo de aprendizagem se apresenta dinâmico, pois na medida em que novas realidades são
7
observadas,
as
mesmas
se
relacionam
produzindo
novos
repertórios
de
conhecimentos. De acordo com Farnsworth (1976), a teoria construtivista entende a aprendizagem como processo ativo por meio do qual os aprendizes constroem novas idéias ou conceitos baseados nos seus conhecimentos antigos ou atuais. Ao se colocar organização e as pessoas lado a lado, pode-se verificar um processo contínuo de troca de competências. A organização transfere seu patrimônio de conhecimentos para as pessoas, enriquecendo-as e preparando-as para enfrentar novas situações profissionais e pessoais, quer na organização ou fora dela. As pessoas, ao desenvolverem sua capacidade individual, transferem para a organização seu aprendizado capacitando a organização para enfrentar novos desafios (DUTRA, 1999). Organizações não existem sem as pessoas. O capital humano é um bem valioso, que movimenta, sustenta, administra e espelha a empresa, portanto em hipótese alguma pode ser deixado de lado. Não é por acaso que obter êxito na gestão de pessoas é preocupação constante em grande parte das organizações. Vergara (2000) infere que pessoas não são recursos, não são máquinas, são parceiros. A importância das pessoas na organização se faz crescente, refletido nos muitos estudos e teorias desenvolvidos abordando este tema. Em especial, o trabalho aproxima-se da administração de pessoal baseado em uma abordagem sistêmica, defendida por Gil (2001), que realiza um melhor ambiente de trabalho e a filosofia de valorização, treinamento e desenvolvimento do funcionário acarretando em maior satisfação e motivação para o seu trabalho. Referencial que muito auxilia nos motivos práticos para implantação de um movimento de integração dos novatos. De acordo com o autor, muitas mudanças vêm acontecendo na maneira de se perceber as pessoas nas organizações. E assinala que enfoques sistêmicos apontam empresas com características precisas, como: Partes interdependentes: as partes apresentam autonomia tendo ciência de uma dependência mutua; 8
Ênfase nos processos: a empresa não é entendida como algo estático e sim um organismo em constante mudança; Probalismo: certezas absolutas não é uma realidade vivida, mas sim probabilidades; Multidisciplinidade: busca constante de contribuições nos diversos tipos de conhecimento; Concepção Multicausal: múltiplos fatores são analisados e não fatos isolados. Caráter Descritivo: objetivos e procedimentos são definidos e escolhidos por indivíduos que vivenciam os fenômenos; Caráter Multimotivacional: a motivação dos funcionários ocorre de acordo com as necessidades individuais e não generalizada. Participação: decisões levam em consideração todos os setores da organização; Ênfase nos papéis: indivíduos assumem papéis distintos dentro da organização e serão avaliados nesta perspectiva e precisam ser informados a respeito do que se espera deles em relação ao cargo.
Diante do exposto, ressalta-se a importância do programa de treinamento de integração para divulgar aos novos colaboradores o seu papel dentro da organização. A visão sistêmica corrobora com a linha de raciocínio do trabalho que sustenta a importância das partes para que se entenda o todo da organização, assim como a percepção do todo para que se entenda a parte da qual se faz membro.
9
2.2.TREINAMENTO COMO FERRAMENTA DE CAPACITAÇÃO
No grupo Ananda¹, percebe-se que a capacitação dos profissionais se dá no dia a dia, de maneira empírica. O contato com as outras áreas e departamentos, assim como usualidades de loja e procedimentos acontece durante a rotina dos procedimentos. Em muitos momentos, os colaboradores acabam por atrapalhar o andamento de outros setores ou mesmo de colegas de trabalho por não entenderem a dinâmica existente e ou mesmo não saber de sua existência. O treinamento inicial pode contribuir para resolução destas questões. De acordo com Gil (2001) o ambiente dinâmico das organizações requer o desenvolvimento de ações voltadas à constante capacitação das pessoas com vista em torná-las mais eficazes naquilo que fazem. Carvalho e Nascimento (2002) entendem que o grande objetivo dos treinamentos é desenvolver o espírito de integração na equipe de trabalho. Baungatner (2001) aborda um assunto importante ao aludir que há um grande número de pessoas com pouca formação acadêmica nas organizações, e este fato é um inquestionável indicador de oportunidades para os profissionais de treinamento contribuir com a empresa. Boog (2001) complementa esta idéia orientando que nestes casos, o treinamento seria também, uma forma de ampliar a visão destas pessoas que não apresentam formação acadêmica satisfatória. Treinamentos tanto podem visar resolução de problemas, atendendo necessidades
vigentes,
como
podem
ter
orientações
mais
estratégicas
(BAUNGATNER 2001). Nessa
direção,
o
objeto
deste
estudo,
apresenta
uma
orientação,
basicamente estratégica, pois proporciona em curto espaço de tempo a compreensão do funcionamento da empresa e possibilita preparação para o que será enfrentado na realidade do trabalho.
_____________ 1 – Sobre o grupo Ananda, haverá maiores esclarecimentos no item 3.3 deste trabalho, quando se trata de Análise do Ambiente.
10
O atendimento ao cliente, de acordo com o grupo Ananda deve ser impecável em todos os sentidos, a empresa prega este conceito e avalia desempenho, principalmente de trabalhadores das lojas, baseado nesta premissa. Colaboradores divergentes desta concepção, seja por desaviso ou não entendimento , correm riscos de não corresponderem as expectativas da empresa. Portanto, não conhecer e entender esta premissa antes do acesso direto ao cargo a ser exercido é retirar do trabalhador oportunidade de desenvolvimento e crescimento na empresa. De acordo com Milkovich e Boudreau (2000), treinamento é um processo sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em melhoria da adequação dos empregados às exigências dos papéis funcionais. Como se pode observar, o treinamento apresenta-se como tática poderosa para preparação dos colaboradores principalmente ao entrarem na empresa, afinal tudo que é novo e desconhecido pode se tornar um tanto assustador.
O treinamento é apenas um dos componentes do processo de desenvolvimento que incluem todas as experiências que fortalecem e consolidam as características desejáveis em termos de seus papéis funcionais. (MILKOVICH e BOURDREAU, 2000, v.1, P.61)
O treinamento pode ser enfatizado como processo de acolhimento dos trabalhadores recém chegados e como maneira de repassar informações importantes tanto para o desenvolvimento organizacional quanto profissional, ampliando as capacidades dos indivíduos assim como proporcionar um clima de interação e exposição da preocupação da empresa para com o colaborador.
3. PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO NOVO PROCESSO DE GESTÃO DE PESSOAS. GRUPO ANANDA.
No processo de implantação do programa de gestão de pessoas defendido neste trabalho, o termo treinamento será destinado à indicação das atividades que uma empresa realiza, visando oferecer conteúdos de formação aos seus funcionários, esperando obter como retorno a ampliação de suas capacidades para o trabalho, auxiliando a melhoria dos indicadores da empresa. 11
A visão de treinamento no contexto das organizações remete à idéia de que o treinamento deve atender à demanda interna de desenvolvimento (BORGES, 2002). Os objetivos de desenvolvimento estratégico da empresa devem estar sempre alinhados aos objetivos do treinamento no contexto de uma organização, gestores devem nortear o treinamento de seus empregados de acordo com as metas e estratégias da empresa, se atendo sempre a elas. Faz-se importante compreender o significado do termo treinamento no contexto das organizações sugerido pelo trabalho, que está em conformidade com Borges-Andrade (2000), Silva (2002) e Nóbrega Jr (2003) referindo-se ao mesmo como aprendizagem relacionada ao trabalho do individuo, apontando educação e desenvolvimento como preparação do empregado para ocupar diferente posto de trabalho.
3.1 LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES
Sem dúvida o passo primeiro a ser adotado para o bom emprego de um treinamento dentro da empresa é o levantamento das reais necessidades da organização. Para Gil (2001) o levantamento de necessidades de treinamento – LNT- pode ser definido como um processo de identificação de carências de indivíduos e grupos para execução de tarefas necessárias para alcançar os objetivos organizacionais. No grupo Ananda as necessidades de treinamento de integração são confirmadas, sobretudo pelo modo como alguns colaboradores se comportam ao iniciar as atividades, apresentando dúvidas, por exemplo, em relação aos procedimentos para conserto de peças com algum tipo de anormalidade. Essas dúvidas aparecem em função de deficiência de conhecimento técnico e inexperiência com o trabalho a ser executado. O levantamento de necessidades envolve um diagnóstico de problemas a serem sanados em três níveis: pessoas, operações e tarefas. (Chiavenato, 2002). O objetivo do treinamento de integração, na empresa, é justamente repassar a todos os recém chegados à empresa uma gama de conhecimento relacionado a toda
estrutura
organizacional,
normas, 12
procedimentos,
ética
e
políticas,
independente do setor em que vá atuar afinal os departamentos, todos eles, são interdependentes.
3.2 PLANEJAR, EXECUTAR E AVALIAR
Após o levantamento das necessidades reais de treinamento é que um treinamento deve ser implementado. É importante que se defina métodos de treinamento, o local a ser realizado, se no ambiente de trabalho ou fora dele, e não menos importante, definir se o objeto do treinamento é o desenvolvimento gerencial ou se atém ao nível operacional. Gil (2001) percebe a escolha do local como técnica ou recurso que deve ser muito bem pensado. Para que um treinamento tenha êxito é necessário que se responda algumas perguntas traçando um sério planejamento, para que então o treinamento alcance seu objetivo. De acordo com Chiavenato (2002) a programação visa a planejar de acordo com as necessidades diagnosticadas. Deverão ser atendidas as seguintes questões, o que treinar? Quem treinar? Quando treinar? Onde treinar? Como treinar? A percepção é que se trata de uma ferramenta complexa que requer dedicação, estudo e organização. Para execução das idéias é preciso e necessário que o objetivo da tarefa esteja resolvido e em acordo com os objetivos da empresa. A aplicação prática se trata da execução em si daquilo que foi planejado e devidamente programado para suprir as necessidades detectadas na organização, necessidades estas, que em grande maioria se trata de necessidades de aprendizagem. (MARRAS, 2000) Gil (2001) complementa ao inferir que o instrutor do treinamento vai utilizar de técnicas e estratégias de ensino como exposição, discussão em grupo, estudo de caso, jogos, dramatização, workshop, leituras e demonstrações. Após a execução é necessário avaliar, para conferir se os resultados foram alcançados. Essa fase final do processo de treinamento requer uma criteriosa avaliação de suas dimensões: a reação, o aprendizado, o comportamento e os resultados que o treinamento gerou. A reação, por exemplo, identifica se o treinando gostou do treinamento e se sua operacionalização transcorreu bem. 13
A avaliação de aprendizado pondera justamente o quanto o participante aprendeu, tendo como objetivo identificar essa premissa. Seguindo-se a avaliação deve-se observar o comportamento do colaborador, e, sobretudo, se houve as alterações comportamentais desejáveis. É importante que a avaliação dos resultados produzidos pelo programa seja confrontada com os resultados do levantamento de necessidades. Implementar ferramentas estratégicas realizando o processo de gestão de pessoas de maneira inovadora, promover desenvolvimento e crescimento da equipe de trabalho, auxiliar a organização a atingir seus objetivos e aprofundar os conhecimentos a respeito de elaboração de treinamento é de grande interesse por parte da acadêmica e, portanto, a melhor justificativa da realização deste esforço de pesquisa.
3.3 AMBIENTE EM ANÁLISE – O GRUPO ANANDA
O grupo Ananda surgiu no início da década de 80, quando Ceci Sendas e Paulo César Sendas decidem investir no setor de confecção, em Governador Valadares no Estado de Minas Gerais. Utilizando a intuição, trabalho e coragem de assumir riscos, transformaram uma pequena confecção em uma indústria reconhecida pelo mercado. Os primeiros anos foram de trabalho duro para que a indiferença do mercado a uma marca desconhecida fosse vencida e a qualidade do produto fosse por ele reconhecida. A empresa foi desacreditada inicialmente, afinal produzir moda em uma cidade do interior de Minas Gerais, era considerado, um provável insucesso. Contrariando expectativas, a produção de 100 peças em 1981 triplicou em 1982. Em 1983 a empresa foi registrada, mas continuou suas atividades dentro da residência dos fundadores. Os produtos eram revendidos a lojas locais multimarcas. Em 1986 adquiriu um galpão de 300 m² que depois reformado passou a ser sede da empresa. Em 1987 a primeira loja varejo monomarca Ananda é inaugurada.
14
Em 1990 a matriz se transfere para o Centro Comercial Wilson Vaz, ponto central e estratégico. Em 1992 a fabrica passa por uma expansão e a empresa passa a operar em uma sede de 600m² em função da necessidade para acompanhar as exigências do mercado. É construindo um segundo pavimento, além de investimento em modernização de maquinário e aperfeiçoamento de profissionais. Em 1993 a marca Ananda se encontra fortalecida na região Leste de Minas Gerais inaugurando a segundo loja (Fancris) concomitante com o desenvolvimento de um modelo de franquia Ananda com padrões internacionais. Em 1994 foi implantado programa de Qualidade total na empresa permitindo um crescimento de 23%. Neste momento o quadro apresentava 70 funcionários (diretos e indiretos), um CPD, uma equipe de treinamento e orientação de moda, uma agência de publicidade para cuidar da programação visual e da publicidade da empresa e dois administradores. Todos trabalhavam com o “Sistema de Qualidade Total”, orientados pelo SEBRAE Minas. É criada primeira comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA). Em 1995 a empresa foi merecedora do prêmio “Excelência Empresarial” do Estado de Minas Gerais, concedido pelo SEBRAE e apresenta índices extremamente positivos em visão empresarial do empreendedor, relacionamento com fornecedores, cumprimento de prazos de entregas e garantia dada ao cliente. Foi inaugurada a loja multimarca Criska. Confecção atingindo produção de 4,5 mil e 5 mil peças. Em 1997 conquistou o prêmio “Mérito Industrial” outorgado pela FIEMG. Em 1998 sentiu-se a necessidade de investimento em capacitação e profissionalização dos funcionários, havendo contratação do Grupo Friedman, referencia em consultoria e treinamento em varejo, e apoio do SEBRAE Minas, incorpora definitivamente a cultura da qualidade, procedimentos operacionais, saúde, segurança e treinamento contínuo. Transformando-os em princípios básicos para conquista de níveis competitivos de eficiência e produtividade. 15
Em 1999 juntamente com a inauguração do GV Shopping abre-se a loja Ananda Gv Shopping e outra Criska multimarcas. Em 2003 visando aumentar a participação de mercado, sem abrir lojas novas,
começou
a
exportar
para
Espanha
e
Estados
Unidos,
preenchendo a baixa sazonalidade de janeiro a fevereiro. Atualmente, com 05 lojas próprias, sendo uma delas direcionada a atendimento de atacado e também varejo, uma ponta de estoque, empregando 73 funcionários, distribuindo uma produção mensal de cerca de 5.000 peças. A empresa conta com cerca de 08 representantes que levam a marca Ananda para todo o Brasil. Tendo o público feminino como alvo. O esforço e, principalmente, muita persistência e otimismo, garantem a longevidade da empresa no mercado. O resultado tem sido o reconhecimento, o fortalecimento e a consolidação da Ananda.
3.4 ETAPAS DO NOVO PROCESSO
Baseado na revisão de literatura realizada, o programa sugere então que os novos colaboradores passem por um treinamento inicial de integração como forma de conhecimento de toda a estrutura e processos da empresa de acordo com cronograma e especificações. O ponto inicial tem como marca a entrega dos documentos para o processo admissional. O responsável pelo processo de admissão de pessoal esclarecerá todo o procedimento de forma de pagamento, como datas, contas bancárias aproveitando para apresentar o setor administrativo financeiro informando um pouco do seu funcionamento. O processo pode incluir apresentação ao presidente e diretores da empresa. Ao término dessa etapa o novo colaborador será encaminhando ao setor de criação e marketing para percepção do movimento criativo da empresa e conhecimento das ultimas coleções. O colaborador do departamento de criação também informará um pouco do funcionamento do setor in loco, assim como os
16
processos de divulgação e marketing da empresa. É o momento de fortalecer a marca ao novo colaborador. Após essa etapa o próximo departamento a ser visitado será o de produção. Onde o novo colaborador poderá visualizar as etapas da produção e receber informações a respeito do funcionamento deste setor. Na seqüência é importante que o novo colaborador perceba como as peças produzidas são direcionadas a expedição, representantes e lojas. É importante que o novo colaborador, caso não seja contratação para loja, conheça pelo menos uma do grupo e entenda como é feita a recepção das peças e como se dá seu funcionamento de maneira geral. Vale ressaltar que cada departamento deverá indicar um colaborador para recepção e apresentação do setor aos novatos. O colaborador se apresentará para início das atividades e tarefas somente após conhecer todos os setores e departamentos especificados. O treinamento, até este ponto, é proposto independente do cargo a ser assumido na empresa. Em caso de cargo específico das lojas Ananda, vendedor, caixa e ou Office-boy, é interessante que haja disponibilidade dos gerentes para apresentação direta do Manual de Normas e Procedimentos Ananda, manual já existente em cada filial, assim como exposição de especificidades características da loja, complementando com a apresentação da equipe. É necessário que temas como motivação e ética profissional seja trabalhados com o novo colaborador e para tanto, sugere-se a atuação de um psicólogo organizacional. Em caso de cargo gerente, a supervisora assume esta função. O programa sugere que cada etapa ocorrida na fábrica, ou seja, administrativo, criação, produção e expedição sejam realizadas no dia da entrega dos documentos. Já o treinamento direto com gerente de loja ou supervisor, deve ocorrer no segundo dia de trabalho, onde ele receberá todas as instruções do manual já citado, assim como as especificidades da loja em questão, ocorrendo durante todo o expediente de trabalho do segundo dia.
17
Cronograma Sugerido de Treinamento de Integração Grupo Ananda
Cronograma Treinamento Integração
Cronograma Treinamento Integração
1º dia
2º dia
Processo Admissional – entrega de documentos
Início atividades
Administrativo Financeiro
Cargos específicos de Loja
Criação e Marketing
Loja – exposição do Manual.
Produção – Fábrica
Loja – especificidades.
Expedição / Atacado e Varejo
Loja – apresentação da equipe.
Loja Ananda
Motivação
e
Ética
Profissional
–
Psicólogo Organizacional.
O trabalho será realizado em dias específicos da semana, que deverão ser escolhidos e registrados, para que os responsáveis por compartilhar as informações com os novatos consigam administrar a agenda. Os possíveis entraves podem ser superados através do esforço em conjunto. Nogueira (1980), de maneira objetiva, indica que as necessidades de treinamento podem ser determinadas pelo confronto do que está acontecendo presentemente e do que deveria estar acontecendo no futuro; o autor aborda o fato, que a diferença, se existir, oferecerá elementos para a escolha da categoria de necessidades de treinamento. Antes mesmo do levantamento de necessidades, há de se observar se o ambiente e as condições de trabalho são suficientes para o desenvolvimento do pleno potencial do trabalhador. É preciso considerar que o desempenho que motiva o levantamento de necessidades pode apresentar indicadores deficitários porque os equipamentos de trabalho disponíveis não são os adequados para a função, ou porque falta material para a realização completa do trabalho. (DESSLER 2003) Há situações em que o ambiente de trabalho obstrui o desenvolvimento do funcionário ou mesmo que haja sobre ele uma sobrecarga que o impeça de ter um 18
desempenho favorável. Pode ser ainda que o problema de desempenho seja oriundo da motivação do colaborador. Conforme Dessler (2003), quando os problemas de desempenho do colaborador acontecem em razão dos motivos apresentados, ações de treinamento não serão capazes de sanar o problema. Desta forma, os possíveis investimentos para a viabilidade desta proposta é a atualização do Manual de Regras e Procedimentos Ananda, atuação de psicólogo organizacional após as contratações e a estruturação de uma rede de informações sobre os setores da empresa para que sejam disponibilizados de forma prática aos “tutores” responsáveis por receber os novos colaboradores. A atuação do psicólogo organizacional, que utilizará de seu conhecimento e dos parâmetros da empresa para treinar este novo colaborador a respeito da ética profissional auxiliará intensamente na mudança de hábitos e na transmissão de conhecimentos e valores da empresa. O trabalho referente ao tema motivação enlaçará o novo colaborador explicitando além da preocupação da organização com a saúde mental do indivíduo, também o interesse da empresa em estreitar os laços. Conclui-se que o processo de gestão de pessoas é uma das ações do psicólogo
organizacional
que,
ao
trabalhar
com
a
integração
de
novos
colaboradores, assessora no desenvolvimento das competências necessárias, auxiliando a empresa a atingir seus objetivos.
19
4.Conclusão
O desenvolvimento do trabalho permite concluir que é fundamental que os programas de treinamento estejam voltados para a valorização pessoal de cada trabalhador. O processo treinamento de integração certamente oferece melhorias para a equipe na qual o novo colaborador se enquadrará, favorecendo o equilíbrio entre o trabalho e o relacionamento, e principalmente ajudando a otimizar os resultados a partir do momento em que o recém chegado se insere na empresa detendo conhecimentos importantes para sua nova função. Declaração em conformidade com Vasconcelos (2004) que infere que os processos de aprendizagem formal nas organizações são fundamentais para o desenvolvimento de competências e estão associados às ações de treinamento e de desenvolvimento. Aprender implica desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes. A experiência forneceu embasamento para aperfeiçoamento intelectual e também organizacional, assim
considerado os
objetivos levantados
foram
alcançados uma vez que a base teórica pesquisada mostrou a importância de programas de desenvolvimento e capacitação de pessoas dentro da organização para um melhor alcance dos objetivos organizacionais. O estudo trouxe benefícios antes mesmo do seu término considerando que a empresa em questão tem interesse em avaliar e ponderar a proposta do pesquisador. Para acadêmicos com interesse na área de gestão de pessoas, o estudo possibilitou a percepção de vertentes interessantes que podem ser pesquisadas para complementar os interesses como seleção de perfil, capacitação e desenvolvimento na área comercial e de produção, assim como grau de estresse no trabalho. Vale ressaltar que o trabalho realizado permitiu à acadêmica um enriquecimento teórico sobre gestão de pessoas , bem como uma visão diferente de ambiente organizacional, trazendo um melhor conhecimento a respeito da própria empresa em que trabalha e pertinentemente crescimento pessoal.
20
Conclui-se então que um treinamento direcionado as boas vindas, ou seja, treinamento de integração é de grande valia na adaptação do novo colaborador à equipe e a organização.
21
Proposal of implantation of program of training for new collaborators in a clothes company.
ABSTRACT
This present work is about the process of integrating new employees in the organization, and questions whether a targeted training welcome would assist in better adaptation of the newcomer to team and the company. We intend to demonstrate an innovative view the process of managing people, not linking it to a specific department, but to those who has leadership roles in the organization. The central focus of study is to explain theoretically the creation of a program integration training, also called the atmosphere, for Ananda group of new employees. Group with solid performance in this line of apparel and clothing trade in eastern state of Minas Gerais. The project is about the recurring themes today as knowledge management, organizational learning, the systemic approach in the organizational context and especially training as a tool of empowerment. Brings the conclusion that the training program for new employees, based on integration, has great value in the process of adapting newcomers.
Keywords: Integration training. New collaborator. Organizational Psychology.
22
ANEXO
23
ANEXO A – IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO ANANDA
Razão Social: CRIAÇÕES ANANDA LTDA. Endereço: Av. Rio Bahia, n° 527 – Vila Rica Cidade: Governador Valadares – MG CEP: 35.051.430
Inscrições CGC ·: 18090.373/0001-66 Inscrição Estadual: 277.406.210.0012 Tele Fax: (33) 3221-6193 Responsável: Christian Sendas.
Unidade da Acadêmica Razão Social: SENDAS E AVELAR COMERCIO LTDA. Endereço: R. Sete de Setembro, nº 1.213 Ljs. 186 e 187 – Centro Cidade: Governador Valadares – MG CEP: 35010-000 Inscrições CGC
·: 03.473.228/0001-97
Inscrição Estadual: 277.049.166.0083 Tele Fax: (33) 3272-4141 Responsável: Flávia Oliveira
24
REFERENCIAS
BASSANI, Denise T. Lisboa; NIKITIUK, Sonia e QUELHAS, Osvaldo. A empresa como sede do conhecimento. Scielo Brasil. São Paulo. vol. 13, no. 2, pp. 4256, 2003.Disponível em< http://www.scielo.br/scielo.br.php?script=sci_arttext&pid =S0103-65132003000200005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 30.10.2010.
BAUMGARTNER, Marcos A. in BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um guia de operações. São Paulo: Makron Books, 2001.
BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: um guia de operações. 1º ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
BORGES, Adriana Paula. Instrumentação virtual aplicada a um laboratório com acesso pela internet. 95p. Dissertação (Mestrado) (Sistemas Eletrônicos) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.São Paulo, 2002. Disponível em< www.teses.usp.br/teses/20052002>. Acesso em 29.10.2010.
BORGES-ANDRADE, J.E. Desenvolvimento de Medidas de Avaliação de Treinamento. ENANPAD, Florianópolis, V.6, n.23, 2000. 1 CD-ROM.
CARVALHO, Antônio Vieira de, e NASCIMENTO, Luiz Paulo do .Administração de Recursos Humanos, 1º ed. São Paulo: Pioneira, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. 7º ed. São Paulo: Atlas, 2002.
DESSLER, G. Administração de Recursos Humanos. Tradução de Cecília Leitão Oderich. 2º ed. São Paulo: Pearson, 2003.
DOGSON, M. Aprendizagem Organizacional: Uma revisão de algumas literaturas. Academia de Revisão Gerencial vol 14, 1993. Disponível em
. Acesso em 25.10.2010. DUTRA, J. S. Desenhando Programas de Desenvolvimento a partir da identificação de competências essenciais. In EBOLI, M. Coletânea Universidades Corporativas: Educação para as Empresas do Século XXI. 1º ed. São Paulo: Schmukler, 1999. p 136-147. 25
FARNSWORTH, T. Formação e Treinamento de Executivos na Empresa: Soluções práticas para o autodesenvolvimento e treinamento de executivos eficazes. Tradução de Gert Meyer, revisão técnica de Darci Garçon, 1º ed. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1976.
FIOL, C. & LYLES, M. Organização que Aprende. Academia de Revisão Gerencial, vol 11, 1985. Disponível em Acesso em 26.10.2010. FISCHER, A. L.; ALBUQUERQUE, L. G. de. Relatório de pesquisa, tendências de mudanças na gestão de pessoas das empresas brasileiras. Scielo Brasil. São Paulo. Vol 12, no.3, 18 p, 2001. Disponível em. Acesso em 27.10.2010.
GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos papéis profissionais. 1º ed. São Paulo: Atlas, 2001.
HOMEM, Ivana Dolejal e DELLAGNELO, Eloise Helena Livramento. Novas formas organizacionais e os desafios para os expatriados. Scielo Brasil. São Paulo. vol.5 no.1, pp.53, 2006.Disponível em . Acesso em 28.10.2010.
INOCENTE, David Forli. Análise de um programa de treinamento e de seus resultados: Um estudo de caso do MBA Gestão Pública – Banco do Brasil. 268p. Dissertação (Mestrado) (Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeiro Preto. Ribeirão Preto, 2006. Disponível em Acesso em 29.10.2010.
MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 3º ed. São Paulo: Futura, 2000. MILKOVICH, George T. E BOUDREAU, John W. – Administração de Recursos Humanos, tradução de Reynaldo C. Marcondes. 2º ed. São Paulo: Atlas, 2000.
NETTO, João Paulo dos Santos. Institucionalização da gestão do conhecimento nas empresas: estudos de casos múltiplos. xxx p. Tese (Doutorado) (Administração e Contabilidade) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005. Disponível em http://www.inei.org.br/inovateca/dissertacoes/tesejo aopaulodossantosnetto.pdf/view>. Acesso em 30.10.2010.
26
NOBREGA JUNIOR, F. O impacto de Cursos Comportamentais no fator Liderança da pesquisa de Clima e da Avaliação de Desempenho de uma Instituição Financeira. Dissertação (Mestrado) (Administração) - Universidade de Brasília. Brasília, 2003. Disponível em . Acesso em 27.10.2010.
NOGUEIRA, P.R. Identificação das Necessidades de Treinamento: Um estudo sobre os efeitos da posição hierárquica. 132p. Dissertação (Mestrado) (Psicoligia) - Universidade de Brasília. Brasília, 1980. Disponível em www.teses.df.br/teses/2 0082001>. Acesso em 25.10.2010
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. 1º ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
RIOS, Izabel Cristina. Humanização e ambiente de trabalho na visão de profissionais da saúde. Scielo Brasil. Vvvv. vol. 17, no. 4, pp. 151-160, 2008. Disponível em Acesso em 01.11.2010.
SENGE, Peter M. A quinta disciplina. 2º ed. São Paulo: Best Seller, 1990.
SILVA, M.E. Relações Entre Impacto do Treinamento e Estratégia Empresarial: O Caso Eletronorte. 148 p. Dissertação (Mestrado) (Administração) – Universidade de Brasília. Brasília, 2002. Disponível em. Acesso em 25.10.2010.
VASCONCELOS, Isabella; MASCARENHAS, André Ofenhejm e VASCONCELOS, Flávio Carvalho. Paradoxos organizacionais, gestão de pessoas e tecnologia na Souza Cruz. Scielo Brasil. São Paulo, vol. 3, no. 2, 2004. Disponível em www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=s1415655 52003000100009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em 23/10/2010.
VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 2º ed. São Paulo : Atlas, 2000.
27
VISCAINO, Cassiana L. E ESTORK, Leandro A. Gestão de Pessoas: Um olhar sobre a evolução histórica do principal ativo das organizações empresariais. Revista Científica Eletrônica de Ciências Contábeis, Ano II, Nº 03, maio de 2004. Disponível em . Acesso em 02.11.2010.
28