Análise de Custos
Material Teórico Método de custeio por absorção
Responsável pelo Conteúdo: Profa. Selma Aparecida Cesarin Prof. Reinaldo Zychan Revisão Textual: Profa. Me. Rosemary Toffoli
Método de custeio por absorção
• Arte e tecnologia • Um dos desafios das indústrias brasileiras - controle e apuração dos custos de produção • O método de custeio por absorção • Esquema básico de formação do custeio por absorção • Exemplo prático: Muriaé Ltda.
O custeio por absorção é um processo imprescindível nos dias atuais. Quem o conhece sabe o quanto é valorizado no mercado. Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer mais alguns conceitos importantes para entender o método e realizar um estudo teórico-prático. Isso vai exigir esforço, mas vale a pena! Além de desenvolver o trabalho de leitura e aprofundamento proposto, comece a verificar as informações disponibilizadas.
Mesmo que a empresa adote outros métodos de custeio, ou ainda que você nem goste muito desse assunto, é importante conhecer o custeio por absorção. Como já conversarmos, estudar análise de custos requer, além de atenção aos aspectos teóricos, muita interação com a prática e um olhar multidisciplinar de como os processos produtivos são realizados. Vamos realizar um estudo panorâmico de uma importante atividade industrial brasileira, o ramo de têxtil e de confecções, para entender com propriedade esse método de custeio por absorção. Para estudar o exemplo prático (Muriaé Ltda.), a recomendação é de que você acompanhe o exercício com a ajuda de uma planilha de Excel. Adicione os mesmos dados em uma planilha e faça os mesmos cálculos conforme as explicações no livro-texto.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Contextualização Em continuidade ao e-mail anterior ocorrem novas situações acompanhe: De: Solange (Depto. de Compras Aerolinhas América do Sul) Para: Donna Isis (Estilista, Proprietária da Confecção) Prezada Donna Isis, Recebemos o seu orçamento quanto ao fornecimento de uniformes para a nossa empresa, sob o seu desenho e conceito. Porém, lamento informar que o mesmo foi rejeitado. O motivo da rejeição foi o valor de cada uniforme. Para aceitarmos a proposta, precisará ser reduzido em pelo menos 30% do valor solicitado. A partir do envio desta mensagem, a Senhora terá o prazo de 10 dias para apresentar outra proposta. Atenciosamente, Solange Compradora Aerolinhas América do Sul _________________________________________________________________________________ De: Donna Isis (Estilista, Proprietária da Confecção) Para: Georgina (Diretora de Produção)
Georgina, Olha só o e-mail que recebemos da Solange. Não podemos perder essa concorrência, querida. Convoque para amanhã de manhã uma reunião com o Edson da Contabilidade para resolvermos isso. Precisamos reduzir o custo, mas avise que eu não admito diminuir a qualidade dos tecidos e das texturas. Vai pensando no que podemos fazer, tô preocupada. Donna Isis
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Arte e Tecnologia Com que roupa você está agora? Se você estiver em casa, deve estar usando uma roupa mais descontraída e confortável, como camiseta básica, shorts e sandálias de borracha do tipo “havaianas”. Se estiver no ambiente de trabalho, deve estar usando uma roupa mais social, formal e um sapato preto de couro. Se você for homem, provavelmente está usando um terno ou uma calça social com camisa e gravata. E se for mulher, uma blusa de aparência discreta com saia e tailleur, ou algo em torno disso. Com certeza, se você for a uma festa hoje à noite (por exemplo, a uma “balada”, em uma casa noturna movimentada), irá vestido(a) com uma roupa bonita e descontraída. Na festa, o seu objetivo é o de conseguir novos amigos, ou se sentir bem com os amigos que já tem; deseja comemorar, ou impressionar. Se você não se preocupa tanto com roupas e moda, certamente é um caso particular. Afinal, uma boa parte das pessoas dá muita importância à moda e à forma de se vestir. Pezzolo (2009, p. 34), jornalista que se dedicou à cobertura de assuntos ligados à moda, comentou que as pessoas se comunicam por meio das roupas. Ela disse o seguinte: As roupas expressam a personalidade, e podem ser vistas como meio de informação. É possível afirmar que a roupa dialoga com a sociedade, ecoando as preferências de quem a veste, revelando sua sensibilidade e maneira de pensar. Existem pessoas que veem a moda como fator de consumo, uma padronização imposta por especialistas e modificada periodicamente para satisfazer a demanda de consumo. Essa gente prefere se vestir de uma maneira que respeite seu ritmo interno. A moda adotada deixa de ser uma camuflagem para expressar o que elas realmente são. No mundo fashion, os que agem dessa maneira são denominados “antimoda”, e geralmente se inspiram em roupas étnicas ou trajes do passado. Esse visual assim concebido acaba por influir nas novas criações e, assim, o antimoda se torna moda.
Figura: desenhos de moda, representando os anos 1970. Fonte: Pezzolo (2009, p. 53).
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Unidade: Método de custeio por absorção
Explore Um grupo “antimoda”, mas que, por conta disso, torna-se inspiração para moda, como nos explicou Pessolo (2009), são os “Hipsters”, que preparam um curioso ciclo da moda. Leia em: http://blogs.estadao.com.br/moda/2010/08/page/7/
Roupas, muito mais do que acessórios para proteger o corpo do frio, do calor e das variações do tempo, servem como expressões da personalidade das pessoas. Para atender às necessidades básicas e culturais ligadas ao vestuário, o universo da moda movimenta uma gigantesca cadeia de produção e negócios, da qual participam as mais diferentes empresas em diversas áreas de atuação. A cadeia produtiva/de negócios da moda, segundo Rech (2008), também é conhecida pela expressão em francês filière. Essa autora também traz a definição do IEMI (2001) sobre cadeia produtiva: A cadeia [produtiva da moda] pode ser segmentada em três grandes segmentos industriais, cada um com níveis muito distintos de escala. São o segmento fornecedor de fibras e filamentos químicos que, junto com o de fibras naturais (setor agropecuário), produz matérias primas básicas que alimentam as indústrias do setor de manufaturados têxteis (fios, tecidos e malhas) e da confecção de bens acabados (vestuário, linha lar etc).
Rech (2008) comenta que essa cadeia produtiva da moda é bastante complexa se estendendo a vários outros ramos de atuação. Euratex (2004, p. 40) montou um interessante diagrama revelando a cadeia produtiva da moda, ou filière:
Figura: complexidade da cadeia produtiva da moda. Fonte: Euratex (2004, p. 4).
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Para Leal (2002), as indústrias têxteis e de vestuário juntas formam a quarta maior atividade econômica mundial, sendo superada apenas pelas atividades econômicas ligadas à agricultura, turismo e informática. Vemos ainda no trabalho de Rech (2008) que uma grande parte dessa atividade é realizada no Brasil. Segundo Lupatini (2005): O Brasil está entre os principais produtores da indústria têxtil-vestuário, destacadamente em tecidos de malha é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos outros segmentos sua posição também não fica muito abaixo, sendo: (a) o sexto maior produtor de fios e filamentos; (b) sétimo em tecidos; (c) quinto em confecção no ano de 2000.
Do início do século passado até a década de 1970, sob a influência do taylorismo e do fordismo, havia um forte movimento de verticalização das empresas. A partir da década de 1980, sob a influência do toyotismo, as empresas passaram a horizontalizar ao máximo suas operações. Especificamente na indústria têxtil e de vestuário, houve uma forte horizontalização. Hoje, no mercado brasileiro, há grandes empresas como Alpargatas Santista Têxtil, Coteminas, Karsten, entre outras, as quais são grandes, médias, pequenas ou microempresas participantes da filière. O trabalho em uma típica indústria de confecções brasileira tem o seguinte arranjo produtivo básico, segundo Sanzovo (2004): »» »» »» »» »» »»
Modelagem Encaixe Corte Costura Estamparia e, Acabamento
Esses setores são provavelmente considerados departamentos e centros de custos pela contabilidade de custos.
Um esquema sobre as fases de produção na indústria de confecções nos é apresentado por Souza (2006):
Figura: ciclo de produção de uma indústria de confecção típica. Fonte: Souza (2006).
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Unidade: Método de custeio por absorção
Atualmente, uma costureira individual, devidamente acompanhada de suas máquinas de costurar, em sua casa particular, em um pequeno quarto, pode participar legalmente e ativamente de todo esse processo, entregando seu trabalho com altíssimo grau de qualidade para um consumidor nos mais exigentes mercados do Brasil e/ou do exterior.
Glossário Segundo o estudo de Nobélia Silva (2008), com base em diversos autores, verticalização é um movimento no qual as empresas procuram produzir internamente tudo o que precisam. Na horizontalização, a empresa busca comprar o máximo possível de bens e serviços necessários à sua produção. Ambos os movimentos têm suas vantagens e desvantagens e são adotados pelas empresas de acordo com as suas decisões e arranjos estratégicos.
Serviços de acabamento sofisticados, que antes eram feitos exclusivamente nas grandes plantas industriais, podem ser realizados em pequenas e médias empresas, cooperativas de trabalho etc. Em cada uma dessas empresas, com maior ou menor sofisticação, haverá sempre um enfrentamento de critérios de qualidade e níveis de produção. Surge, então, uma necessidade de se apurar custos da produção, o que representa um grande desafio, como veremos no capítulo a seguir.
Um dos desafios das indústrias brasileiras - Controle e apuração dos custos de produção. As empresas brasileiras, tanto do setor têxtil e de confecção (que estamos usando para ilustrar o nosso estudo) como de todos os setores da economia, estão inseridas em uma economia altamente competitiva. Com a globalização, as empresas estão competindo em pé de igualdade com o mundo todo, embora existam algumas barreiras e possibilidades de política econômica que protegem a entrada de produtos e serviços a preços predatórios no país. Sabemos, no entanto, que o Brasil apresenta um dos custos de produção mais altos do planeta. Certamente, você deve ter acompanhado nos serviços de jornalismo que a mão de obra brasileira, por conta da CLT, que gera uma série de encargos trabalhistas, tem baixa qualidade porque o brasileiro não está preparado para lidar com a tecnologia da informação, imprescindível para operar as mais diversas máquinas e gerir as empresas. Além disso, nossa carga tributária é excessiva, o que onera a folha de pagamento e, consequentemente, o preço final dos nossos produtos. É o que os economistas chamam de “custo-brasil”.
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O governo brasileiro vem interferindo na economia nos últimos anos por meio de programas que reduzem momentaneamente a carga tributária de determinados produtos/segmentos de mercado e, em alguns casos, reduzindo a tributação sobre folha de pagamento e contribuição previdenciária. Essas interferências governamentais vêm surtindo bons efeitos. No entanto, entendemos que são soluções que não atendem às necessidades do país de ser mais competitivo em nível internacional.
Reflita Veja nesta matéria o que os empresários do setor têxtil e de confecções estão solicitando ao Governo. Será que essa solução ajuda a deixar o setor mais competitivo? http:// economia.estadao.com.br/noticias/economia,industria-textil-pede-ao-governo-cotas-paraimportacao-de-roupas,124288,0.htm.
Todas essas ações são importantes, porém, é necessário enfatizar que na maioria das empresas brasileiras há falta de um controle interno dos custos de produção. Com um controle de custos é possível identificar gargalos, ineficiências, desperdícios que acabam fazendo com que os custos se elevem. Mais do que isso, os exemplos da Alemanha, Estados Unidos, Japão e diversos outros países hoje considerados altamente industrializados e economicamente fortes mostram que a falta de controles de custos também comprometem o desenvolvimento tecnológico e a inovação.
Importante Sabemos que muitos dos desperdícios das empresas, sobretudo nas indústrias que utilizam matériasprimas provenientes da natureza, o desperdício acaba afetando seriamente o meio ambiente. Quando estamos tratando de controle de custos, também estamos falando de gestão ambiental!
E que controle de custo é esse? Existem várias abordagens, mas a principal no caso brasileiro é o custeio por absorção, que iremos estudar em detalhes.
O Método do Custeio por Absorção Imagine a seguinte conversa entre um investidor e o proprietário de uma empresa de tecidos de algodão:
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Unidade: Método de custeio por absorção
João Trigueiro: – Muito bom! Vejo que tem máquinas muito modernas, Sr. Marcos! (Visivelmente impressionado com a velocidade das máquinas em operação)
Seu Marcos: – Sim, todas máquinas importadas do melhor fabricante, da Áustria, meu caro amigo, todas 100% austríacas. As mais rápidas do planeta! (Todo orgulhoso, estufando o peito!)
João Trigueiro: – Mas, Sr. Marcos, me diga uma coisa: quanto custa para produzir uma bobina destas aqui? (Chegando perto de uma prateleira cheia de material e dando um forte tapa em uma das bobinas de tecido. Seu Marcos: – Sr. João Trigueiro, que pergunta mais inútil! Para quê se preocupar com os custos, meu caro amigo? Todas essas bobinas já foram vendidas, estão aguardando apenas o caminhão para levar para o cliente. Eu vendo muito, a fábrica não dá conta... (risos) (Em tom de deboche e de quem está disposto a cantar vantagem, pegando no ombro do João Trigueiro, tentando desviar de assunto a seu favor).
Nesse diálogo entre um empresário e um investidor, vemos dois aspectos muito importantes: o primeiro é que o Sr. Marcos não esboça curiosidade em saber o custo de uma bobina de tecido. Ele considera inútil essa informação, totalmente desnecessária. E o segundo aspecto muito importante é que o João Trigueiro quer saber o custo dos estoques. O custo dos estoques, ou seja, a forma de valorização dos estoques, é considerado uma informação imprescindível principalmente para os usuários externos da contabilidade. Deveria ser imprescindível também para os usuários internos, mas muitos empresários o ignoram. Temos, então, um claro conflito de interesses e de valores. Enquanto uns valorizam intensamente as informações de custos, outros não veem nenhuma importância. Há dois grupos de usuários básicos da contabilidade: o usuário interno e o usuário externo.
Auditores, contadores, os Governos nacionais e autoridades tributárias brasileiras (e de outros países) foram tomando consciência e aceitando de forma genérica que o valor a ser atribuído aos estoques deveria ser formado por todos os esforços necessários para a produção de um bem ou serviço. Dentro desses esforços de produção, entenderam que deveriam ser alocados apenas os gastos relacionados com a produção, excluindo os custos de despesas administrativas ou de vendas que não são originadas do esforço de produção. 12
Explore Na Legislação Tributária Brasileira, encontra-se matéria relativa ao custeio dos produtos no RIR/99 – Regulamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e no Parecer Normativo do Coordenador do Sistema de Tributação (PN CST nº 6/79).
Ao longo do tempo, o custeio por absorção passou a ser considerado como básico ou imprescindível na formação das demonstrações contábeis/financeiras e na apuração do valor dos estoques. Nos dias atuais, se não for usado (ou melhor, se evidências do uso do custeio por absorção não forem encontradas pelos auditores), as demonstrações contábeis/financeiras certamente serão rejeitadas.
Trocando Ideias Nos próximos capítulos, iremos estudar outros métodos de apuração do custo, sobretudo, o custeio padrão e o custeio ABC. Esses métodos não podem ser considerados aceitos para a elaboração da contabilidade financeira atualmente. Mas... Não poderiam por quê?
Por que tanta preocupação e preferência pelo custeio por absorção? Martins (2003) esclarece essa pergunta ao dizer que o custeio por absorção é um método derivado dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, especificamente dos princípios da competência e da prudência aplicados a situações de custos. Ou seja, é um método em que os princípios contábeis são aplicados de forma responsável. Um balanço patrimonial que traga informações de custos por absorção pode ser publicado aos usuários externos da contabilidade sem risco dos números e procedimentos serem questionados.
Leia o CPC 16 (R1) – Estoques, que faz correlação com as normas internacionais IAS 1. Disponível em: http://www.cpc.org.br/mostraOrientacao.php?id=31
Martins (2003, p. 37) representa graficamente o custeio por absorção da seguinte forma:
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Unidade: Método de custeio por absorção
Figura: esquema gráfico do custeio por absorção para empresas manufatureiras. Fonte: Martins (2003, p. 37).
Martins (2003, p. 37, 38), na realidade, preparou dois esquemas de Custeio por Absorção, um para empresas manufatureiras e outro para empresas de serviços, mas a única diferença está na nomenclatura do custo. Nas empresas manufatureiras, o custo é conhecido como CPV – Custo dos Produtos Vendidos. E nas empresas de serviços, como CSV – Custo dos Serviços Vendidos. Há, ainda, uma terceira nomenclatura para empresas comerciais, o CMV – Custo das Mercadorias Vendidas.
Esquema básico da informação do custeio por absorção Como é formado o custeio por absorção? Martins (2003, p. 37) nos apresenta o significado de custeio como “apropriação de custos”. Assim, quando se fala de “custeio”, é um ato ou procedimento de se apropriar dos custos aos produtos e ao estoque. Como o resultado da aceitação, ao longo do tempo, do custeio por processo no Brasil, conforme discutimos no capítulo anterior, surgiram dois procedimentos para a elaboração dessa apropriação de custos: o esquema básico e o esquema completo da Contabilidade de Custos. O esquema básico basicamente divide-se em três passos: 1° passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido em determinado período); 2° passo: apropriação dos custos diretos aos produtos; 3° passo: apropriação dos custos indiretos aos produtos (por meio de rateio). 14
Apresentamos a seguir o esquema básico, conforme Martins (2003, p. 57):
Figura: esquema básico da Contabilidade de Custos. Fonte: Martins (2003, p. 57).
Nas empresas onde a departamentalização é adotada, é necessário realizar um procedimento de alocação dos gastos dos departamentos auxiliares nos departamentos de produção. Assim, surge outro procedimento com mais alguns passos como vemos a seguir: 1° passo: separação entre custos e despesas (partindo de uma relação de gasto incorrido em determinado período); 2° passo: apropriação dos custos diretos aos produtos; 3° passo: apropriação dos custos indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos, agrupando, à parte, os consumos; 4° passo: rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, quer de produção, quer de serviços; 5° passo: escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços e sua distribuição aos demais departamentos; 6° passo: atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção aos produtos, segundo critérios fixados; Apresentamos a seguir o esquema completo de contabilidade de custos, conforme Martins (2003, p. 74):
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Unidade: Método de custeio por absorção
Figura: esquema completo da Contabilidade de Custos. Fonte: Martins (2003, p. 74).
Ao longo desses dois procedimentos, que são necessários para o cálculo dos custeios por absorção, surgem algumas expressões técnicas próprias da engenharia da produção e que refletem cada fase de produção. Então, uma matéria prima adicionada no começo da produção terá uma expressão técnica, já uma peça praticamente pronta, mas que falta ser pintada, ou alguma etapa a ser concluída, terá outra expressão técnica e irá acumulando (ou melhor, absorvendo) custos ao longo do processo produtivo. Essas expressões técnicas são normalmente dispostas por siglas e há fórmulas intermediárias. Berbel (2003, p. 36) mostra com muita clareza essas expressões técnicas, siglas e fórmulas: Custo do Material Utilizado na Produção - compreende os gastos com matéria-prima, material secundário e material de embalagem utilizado na produção. MT (EI + C - EF). Custo Primário - compreende os gastos com matéria-prima mais os gastos com mão de obra direta. CP = (MP + MOD). Custo de Transformação - compreende a soma dos gastos com mão de obra e gastos gerais de fabricação (esforço despendido) que a empresa teve com a produção. CT (MO + GGF). Custo de Produção do Período - compreende todos os gastos incorridos no período dentro da fábrica. CPP = (MT + MO + GGF). Custo da Produção Acabada no Período - compreende o estoque inicial de produtos em elaboração, mais o custo de produção do período, menos o estoque final de produtos em elaboração. CPA = (EIPE + CPP - EFPE). Custo dos Produtos Vendidos - compreende o estoque inicial de produtos acabados, mais o custo da produção acabada, menos o estoque final de produtos acabados. CPV = (EIPA + CPA - EFPA). Resultado com Venda de Produtos - compreende o valor das vendas de produtos, menos o custo dos produtos vendidos. RVP (VP- CPV).
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Em Contabilidade de Custos empregamos largamente as expressões GGF e CIF. Segundo Berbel (2003, p. 95), os GGF (Gastos Gerais de Fabricação) compreendem: Gastos Gerais Diretos: São os gastos que incidem diretamente na fabricação, quando forem identificados em relação aos produtos. Ex. energia elétrica consumida por uma máquina quando exista medidor que permita identificar o consumo em relação a cada produto fabricado. Gastos Gerais Indiretos: sempre que não houver meios seguros que permitam identificação do gasto em relação ao produto, esse gasto é considerado indireto. Há casos em que os controles para consideração dos Gastos gerais de fabricação como Diretos são tão onerosos para a empresa que é preferível considera-los como Indiretos. Assim, em grande parte dos casos, praticamente não há (ou não há como se medir, apurar) Gastos Gerais Diretos, sendo usados como GGF apenas os Gastos Gerais Indiretos. Assim, a expressão CIF, Custos Indiretos de Fabricação, é considerada na maioria dos casos um sinônimo de GGF – Gastos Gerais de Fabricação. No entanto, com a introdução de medidores eletrônicos, cada vez mais é possível apurar com exatidão Gastos Gerais de Fabricação. Na área de Engenharia Industrial/ Produção e Eletrônica, artefatos de medição ou sensores são conhecidos como instrumentação. Assim, na definição de GGF ou CIF, é necessário conhecer o nível de automatização e informatização da empresa. O mesmo ocorre com a expressão inglesa overhead (pelas cabeças) que é usada em muitos casos como sinônimo de GGF e CIF.
Abaixo, apresentamos uma representação gráfica com uma visão de todo o processo:
Figura: Processo de Contabilidade de Custos com expressões técnicas. Fonte: Berbel (2003, p. 37).
A seguir, torna-se imprescindível observarmos um exemplo prático de aplicação do custeio por absorção.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Exemplo Prático: Muriaé Ltda. Para entender com clareza como o custeio por absorção é aplicado em empresa industrial e em empresas de serviços e comerciais, é importante demonstrar um exercício completo resolvido.
Explore A sugestão para você estudar é a de levar esses mesmos dados a uma planilha de Excel e ir acompanhando as explicações ao mesmo tempo em que você realiza as ações na planilha. É útil para você treinar o uso do Excel e para proporcionar condições de entender o procedimento do custeio por absorção. Não há necessidade de adicionar tantos detalhes como neste exemplo didático.
A empresa Muriaé Siderurgia Ltda. fabrica equipamentos de uso siderúrgico para uso em equipamentos gráficos e têxteis. Sua linha de produtos é composta de panelas, tambores e caçambas. Os departamentos de produção são: pintura, montagem, usinagem e caldeiraria; e os departamentos de serviços são: administração, almoxarifado, manutenção e controle de qualidade. No mês de agosto, a produção e os tempos apontados foram: Tempos unitários (horas)
Produtos
Quantidade unidade
Caldeira
Usinagem
Montagem
Panela
12
35
17,5
15
Tambor
8
60
30
20
Caçamba
25
28
6
14,8
Pintura
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Os custos indiretos de fabricação, bem como as informações e os rateios, são discriminados no quadro a seguir: Quadro: Informações sobre os custos indiretos de fabricação
Departamentos de Produção - DP
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Departamento de Serviços - DS Total
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Nº de funcionários
22
23
12
25
8
3
5
6
104
Área ocupada
70
150
90
100
75
60
30
25
600
Nº de requisições
212
382
295
320
5
2
18
23
1.257
Potência em KW
400
500
1.300
850
70
50
120
30
3.320
Horas de manutenção
50
130
200
150
12
8
20
570
Horas C. Qualidade
100
230
180
210
Mão de obra indireta
10%
15%
20%
22%
10%
5%
8%
10%
$ 250.000
Depreciação
7%
15%
40%
15%
5%
5%
4%
5%
$ 12.00
Mat. auxiliar
10%
25%
40%
15%
2%
1%
20%
3%
$ 63.00
Comb. lubrificantes
10%
20%
20%
20%
10%
720
8%
$ 8.000
Telefone
100%
$ 2.000
Água
100%
$ 500
Aluguel
$ 120.000
Energia elétrica
$ 149.400
Seguros
$ 23.000
Outros custos
$ 52.000
Seguem as informações para a distribuição dos custos indiretos de fabricação dos produtos: »» »» »» »» »»
O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada. A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada. O seguro é rateado conforme o custo da depreciação. Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta. A administração geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número de funcionários. »» O almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de requisições de materiais atendido. »» A manutenção e o controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas. »» Os departamentos produtivos são rateados aos produtos conforme os tempos apontados. Pedimos: determinar o custo indireto de fabricação de cada produto. Fonte do exercício: adaptado de Megliorini (2002, p. 90, 91). Resolução: Como em todo processo de custeio, para a formação do custo de produção, devemos seguir os seguintes passos: 1° Separação entre custos e despesas. 2° Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando como base o seu gasto efetivo. 3° Apropriação dos custos indiretos de fabricação aos produtos, utilizando de um critério de rateio escolhido pela própria empresa para distribuí-los. E seguir a seguinte equação: Custo de Produção por Produto = CD + CIF. Nesse sentido, temos os seguintes passos no custeio departamentalizado: 1° Separação entre custos e despesas. No enunciado do exercício, podemos observar que essa etapa já foi realizada, são apresentados apenas os custos. 2º Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos, tomando como base o seu gasto efetivo. No enunciado do exercício, podemos observar que não há menção a custos diretos, apenas a custos indiretos. Não são aplicados então nessa etapa. 19
Unidade: Método de custeio por absorção
3º Apropriação dos custos indiretos que pertencem aos departamentos, agrupando, à parte, os comuns. Aqui, começaremos a trabalhar de acordo com os dados fornecidos no enunciado e as tabelas. Departamentos de Produção - DP Pintura
Material Auxiliar Material Auxiliar ratea
Montagem
Usinagem
Departamento de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Contr. Qual.
Manut.
Total
10%
25%
40%
15%
2%
1%
4%
3%
$ 63.000
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
1.260,00
630,00
2.520,00
1.890,00
63.000,00
Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamento de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Contr. Qual.
Manut.
Total
Comb. lubrificantes
10%
20%
20%
20%
10%
20%
$ 8.000
Comb. lubrificantes
800,00
1.600,00
1.600,00
1.6000,00
800,00
1.600,00
8.000,00
Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamento de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Total
Telefone
100%
$ 2.000
Telefone
2.000,00
2.000,00
Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamento de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Total
Água
100%
$ 500
Água
500,00
500,00
Rateio por porcentagem (regra de três)
4º Rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, tanto de produção quanto de serviços. Aqui, continuamos a trabalhar, de acordo com os dados fornecidos no enunciado e as tabelas. ··O aluguel é rateado aos departamentos conforme a área ocupada. Departamentos de Produção - DP
Departamento de Serviços - DS
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
70
150
90
100
75
60
30
25
Área ocupada Aluguel
Total 600 $ 120.000
Com os dados disponíveis: Gasto com aluguel
120.000,00
Área ocupada total
600
aluguel por m2 de área ocupada
(gasto com aluguel) área ocupada total
200,00 m2
Então:
Aluguel
20
(70x200,00)
(150x200,00)
(90x200,00)
(100x200,00)
(75x200,00)
(60x200,00)
(30x200,00)
(25x200,00)
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
15.000,00
12.000,00
6.000,00
5.000,00
120.000,00
A energia elétrica é rateada conforme a potência instalada. Departamentos de Produção - DP Pintura
Potência em KW
Departamento de Serviços - DS
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
500
1.300
850
400
Adm.
Almoxarif.
Manut.
50
120
70
Total
Contr. Qual.
30
3.320
Energia elétrica
$ 149.400
Com os dados disponíveis: Gasto com energia elétrica
149.400,00
Potência em KW
3.320
Energia elétrica por KW consumido (gasto com energia elétrica) potência instalada
Aluguel
45,00 por KW
(400x45,00)
(500x45,00)
(1.300x45,00)
(850x45,00)
(70x450,00)
(120x45,00)
(30x45,00)
(25x200,00)
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
15.000,00
12.000,00
6.000,00
5.000,00
120.000,00
O seguro é rateado conforme o custo da depreciação.Calculamos também a própria depreciação: Departamentos de Produção - DP Pintura
Depreciação Depreciação rateada
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
7%
15%
40%
15%
0,84
1,80
4,80
1,80
Departamento de Serviços - DS Adm.
Seguros
Total
Manut.
5%
5%
8%
5%
$ 12,00
0,60
0,60
0,96
0,60
12,00
Departamentos de Produção - DP
Depreciação
Contr. Qual.
Almoxarif.
Departamento de Serviços - DS
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Total
7%
15%
40%
15%
5%
5%
8%
5%
100%
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
1.150,00
1.150,00
1.840,00
1.150,00
23.000
··Os outros custos são rateados conforme o custo da mão de obra indireta. Departamentos de Produção - DP Pintura
Mão de obra indireta MOL rateada
Montagem
Usinagem
Departamento de Serviços - DS
Caldeiraria
Manut.
Contr. Qual.
Total
10%
15%
20%
22%
10%
5%
8%
10%
$ 250.000
37.500,00
50.000,00
55.000,00
25.000,00
12.500,00
20.000,00
25.000,00
250.000,00
Pintura
Outros custos
Almoxarif.
25.000,00
Departamentos de Produção - DP
Mão de obra indireta
Adm.
Departamento de Serviços - DS Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Total
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
10%
15%
20%
22%
10%
5%
8%
10%
100%
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
5.200,00
2.600,00
4.160,00
5.200,00
52.000,00
Rateio por porcentagem (regra de três)
Finalizamos de ratear os custos indiretos aos departamentos. Temos, neste momento, a seguinte posição:
21
Unidade: Método de custeio por absorção Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamentos de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarifado
Manutenção
Controle de Qualidade
Total
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
55.000,00
25.000,00
12.500,00
20.000,00
25.000,00
250.000,00
Depreciação
0,84
1,80
4,80
1,80
0,60
0,60
0,96
0,60
12,00
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
1.260,00
630,00
2.520,00
1.890,00
63.000,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
800,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes Telefone
1.600,00
8.000,00
2.000,00
2.000,00
500,00
500,00
Água Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
15.000,00
12.000,00
6.000,00
5.000,00
120.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
3.150,00
2.250,00
5.400,00
1.350,00
149.400,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
1.150,00
1.150,0
1.840,00
1.150,00
23.000,00
11.440,00
Outros custos TOTAIS
5.200,00
7.800,00
10.400,00
70.910,84
118.601,80
172.904,80
5.200,00
2.600,00
54.060,60
31.130,60
4.160,00 41.520,96
5.200,00 39.590,60
52.000,00 667.912,00
··A Administração Geral da fábrica é rateada aos demais departamentos pelo número de funcionários. Nesta etapa, começamos a ratear os valores dos departamentos se serviços aos outros departamentos. Note que alguns departamentos de serviços também prestam serviços a outros departamentos de serviços e não só aos produtivos. Temos então que organizar quais serão os primeiros departamentos a serem rateados, para facilitar esse trabalho. No enunciado, a sequência pede para que rateemos a Administração Geral da Fábrica. Portanto, vamos seguir essa sugestão. Não necessariamente precisaríamos começar por esse departamento. Temos o seguinte rateio para o departamento de administração geral: Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
22
23
12
25
Nº de funcionários Administração
Departamento de Serviços - DS Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
8
3
5
6
54.060,60
Total
104 54.060,60
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Administração
54.060,60
Quantidade de funcionários por depto. Rateio do depto. de Administração geral
104 (custos rateados) Quantidade de funcionários por depto
519,81 por funcionário
Rateio Adm.
(22x591,81)
(23x519,81)
(12x519,81)
(25x519,81)
(8x519,81)
(3x519,81)
(5x519,81)
Administração
11.435,82
11.955,63
6.237,72
12.995,25
4.158,48
1.559,43
2.599,05
{(6x519,81) + (0,36 p/ arredondar)}
3.119,22
54.060,60
Após esse rateio, transportamos os dados para a planilha que ficará com o seguinte panorama:
22
Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamentos de Serviços - DS
Caldeiraria
Adm.
Almoxarifado
Manutenção
Controle de Qualidade
Total
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
55.000,00
12.500,00
20.000,00
25.000,00
250.000,00
Depreciação
0,84
1,80
4,80
1,80
0,60
0,96
0,60
11,40
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
630,00
2.520,00
1.890,00
61.740,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes
1.600,00
7.200,00
Telefone
-
Água
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
12.000,00
6.000,00
5.000,00
105.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
2.250,00
5.400,00
1.350,00
146.250,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
1.150,0
1.840,00
1.150,00
21.850,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
2.600,00
4.160,00
5.200,00
46.800,00
Depto. de Adm. Geral
11.435,82
11.955,63
6.237,72
12.995,25
1.559,43
2.599,05
3.119,22
54.060,60
82.346,66
130.557,43
179.142,52
152.187,05
TOTAIS
4.158,48 4.158,48
32.690,03
44.120,01
42.709,82
667.912,00
Observe que os totais de cada despesa foram alterados e os gastos da administração também, que ainda está com um resíduo de $ 4.158,48. Vamos passar agora para a próxima fase: •O almoxarifado é rateado aos demais departamentos, conforme o número de requisições de materiais atendido. Departamentos de Produção - DP
Departamento de Serviços - DS
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
212
382
295
320
5
2
18
23
Nº de requisições Almoxarifado
Total 1.257
32.690,03
32.690,03
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Administração 32.690,03 Quantidade de funcionários por depto. 1.257 Rateio do depto. de Almoxarifado (custos rateados) 26,01 por requisição Quantidade de requisições por depto
Almoxarif.
(212x26,01)
(382x26,01)
(295x26,01)
(320x26,01)
(5x26,01)
(2x26,01)
(18x26,01)
5.513,35
9.934,44
7.671,88
8.322,04
130,03
52,01
468,11
(23x26,01)
598,15
32.690,03
Vamos observar agora qual será a consequência na planilha de custos: Departamentos de Produção - DP
Manutenção
Controle de Qualidade
Total
55.000,00
22.000,00
25.000,00
212.500,00
4,80
1,80
0,96
0,60
10,80
25.200,00
9.450,00
2.520,00
1.890,00
61.110,00
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
Depreciação
0,84
1,80
6.300,00
15.750,00
Material auxiliar
Departamentos de Serviços - DS Adm.
Almoxarifado
23
Unidade: Método de custeio por absorção Comb. lubrificantes
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
7.200,00
Telefone
-
Água
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
6.000,00
5.000,00
93.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
5.400,00
1.350,00
144.000,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
1.840,00
1.150,00
20.700,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
4.160,00
5.200,00
44.220,00
Depto. de Adm. Geral
11.435,82
11.955,63
6.237,72
12.995,25
4.158,48
2.599,05
3.119,22
52.501,17
Depto. de Almoxarifado
5.513,35
9.934,44
7.671,88
8.322,04
130,03
52,01
468,11
598,15
32.690,03
87.860,01
140.491,87
186.814,40
160.509,09
4.288,51
52,01
44.588,12
43.307,97
667.912,00
TOTAIS
E passemos aos outros departamentos de serviços: • A manutenção e o controle de qualidade são rateados conforme suas horas apontadas. Iremos distribuir agora os custos da manutenção: Departamentos de Produção - DP
Departamento de Serviços - DS
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarif.
50
130
200
150
12
8
Horas de manutenção Manutenção
Manut.
Contr. Qual.
Total
20
570
44.588,12
44.588,12
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Manutenção
44.588,12
Horas de Manutenção
570
Rateio do depto. de Manutenção
(50x78,22)
Manutenção
(custos rateados) Horas de manutenção
(130x78,22)
3.911,24
10.169,22
78,22 por requisição
(200x78,22)
(150x78,22)
15.644,95
11.733,72
(12x78,22)
938,70
(8x78,22)
(Não rateia)
625,80
(20x78,22)
1.564,50
44.588,12
E esta é a consequência na planilha de custos: Departamentos de Produção - DP
Departamentos de Serviços - DS Controle de Qualidade
Total
55.000,00
25.000,00
192.500,00
4,80
1,80
0,60
9,84
15.750,00
25.200,00
9.450,00
1.890,00
58.590,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
Pintura
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
Depreciação
0,84
1,80
6.300,00 800,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes
Adm.
Almoxarifado
Manutenção
5.600,00
Telefone
-
Água
24
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
5.000,00
87.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
1.350,00
138.600,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
1.150,00
18.860,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
5.200,00
40.040,00
Depto. de Adm. Geral
11.435,82
11.955,63
6.237,72
12.995,25
4.158,48
Depto. de Almoxarifado
5.513,35
9.934,44
7.671,88
8.322,04
130,03
Depto. de Manutenção
3.911,24
10.169,22
15.644,95
11.733,72
938,70
91.771,25
150.661,09
202.459,36
172.242,81
TOTAIS
5.227,21
3.119,22
49.902,12
52,01
598,15
32.221,92
625,80
1.564,50
44.588,12
677,81
-
44.872,46
667.912,00
Vamos agora distribuir os custos do Controle de Qualidade: Departamentos de Produção - DP Montagem
Pintura Horas C. Qualidade
100
Departamento de Serviços - DS
Usinagem
Caldeiraria
180
210
230
Adm.
Almoxarif.
Manut.
Contr. Qual.
Total 720
Controle de Qualidade
44.872,46
44.872,46
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Controle de Qualidade
44.872,46
Horas de Manutenção
720
Rateio do depto. de Controle de Qualidade
(custos rateados) Horas de Controle de Qualidade
62,32 por hora de controle de qualidade
(100x62,32)
(100x62,32)
(100x62,32)
(100x62,32)
(Não rateia)
6.232,29
14.334,26
11.218,12
13.087,80
-
Controle de qualidade
(Não rateia)
(Não rateia)
(Não rateia)
44.872,46
E esta é a consequência na planilha de custos: Departamentos de Produção - DP
Departamentos de Serviços - DS
Usinagem
Caldeiraria
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
55.000,00
167.500,00
Depreciação
0,84
1,80
4,80
1,80
9,24
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
56.700,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
5.600,00
Comb. lubrificantes
Almoxarifado
Manutenção
Total
Montagem
Material auxiliar
Adm.
Controle de Qualidade
Pintura
Telefone
-
Água
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
82.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
137.250,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
17.710,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
34.840,00
Depto. de Adm. Geral
11.435,82
11.955,63
6.237,72
12.995,25
4.158,48
Depto. de Almoxarifado
5.513,35
9.934,44
7.671,88
8.322,04
130,03
52,01
31.623,77
Depto. de Manutenção
3.911,24
10.169,22
15.644,95
11.733,72
938,70
625,80
43.023,62
Depto. Cont. Qualidade
6.232,29
14.334,26
11.218,12
13.087,80
98.003,54
164.995,35
213.677,47
185.330,61
TOTAIS
46.782,90
44.872,46 5.227,21
677,81
-
-
667.912,00
25
Unidade: Método de custeio por absorção
Observe que os custos dos departamentos de serviços estão praticamente todos rateados. No entanto, permanecem valores nos departamentos de administração e almoxarifado. Devemos proceder a uma segunda rodada de rateio para distribuição dos gastos aos departamentos produtivos e ao almoxarifado, ou seja, não ratearemos mais os departamentos que já tiveram seus saldos zerados, apenas os que terão rateios (o almoxarifado).
Trocando Ideias Alguns contadores costumam simplesmente não ratear gastos de departamentos de serviços a outros departamentos de serviços para evitar essa segunda rodada. Porém, o cálculo com duas (ou mais) rodadas traz ainda mais acurácia, que é justamente o que estamos perseguindo!
Vamos lá, vamos distribuir o resíduo do departamento de Administração Geral ( $ 5.227,21): Departamentos de Produção - DP Pintura Nº de funcionários
Departamento de Serviços - DS
Montagem
Usinagem
Caldeiraria
23
12
25
22
Administração
Adm.
Almoxarif. 8
Manut.
3
5
Total
Contr. Qual. 6
5.227,21
104 5.227,21
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Administração
5.227,21 85 (104-19 = funcionários deptos de Adm, Manutenção e Cont. Qdade)
Quantidade de funcionários por depto. Rateio do depto. de Administração geral
(custos rateados) Quantidade de funcionários por depto
Rateio Adm.
(22x61,50)
(23x61,50)
(12x61,50)
(25x61,50)
Adm. Geral
1.352,92
1.414,42
737,96
1.537,41
(Não rateia)
61,50 por funcionário
(3x61,50)
(Não rateia)
(Não rateia)
184,49
5.227,21
E esta é a consequência na planilha de custos: (Somamos os valores da segunda rodada de cálculo na linha do departamento de Administração Geral.) Departamentos de Produção - DP Pintura
Usinagem
Caldeiraria
Adm.
Almoxarifado
Manutenção
Controle de Qualidade
Total
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
55.000,00
167.500,00
Depreciação
0,84
1,80
4,80
1,80
9,24
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
56,700,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
5.600,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes
26
Montagem
Departamentos de Serviços - DS
Telefone
-
Água
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
82.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
137.250,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
17.710,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
34.840,00
Depto. de Adm. Geral
12.788,74
13.370,05
6.975,68
14.532,66
184,49
47.851,63
Depto. de Almoxarifado
5.513,35
9.934,44
7.671,88
8.322,04
52,01
31.493,74
Depto. de Manutenção
3.911,24
10.169,22
15.644,95
11.733,72
625,80
42.084,93
Depto. Cont. Qualidade
6.232,29
14.334,26
11.218,12
13.087,80
166.409,77
214.415,43
186.868,03
TOTAIS
99.356,46
44.872,46 -
862,30
-
-
667.912,00
Vamos partir agora para o último departamento que tem saldo nesta segunda rodada, o departamento de almoxarifado: Departamentos de Produção - DP Pintura Nº de funcionários
Montagem
212
Departamento de Serviços - DS
Usinagem
Caldeiraria
295
320
382
Adm.
Almoxarif. 5
Almoxarifado
2
Total
Contr. Qual.
Manut. 18
23
1.257
862,30
862,30
Com os dados apurados: Custos rateados do depto. de Administração
862,30 1.209 (1.257-48 = requisições dos departamentos de serviços)
Quantidade de funcionários por depto. Rateio do depto. de Almoxarifado
Almoxarifado
(custos rateados) Quantidade de requisições por depto
(222x0,71)
(382x0,71)
(295x0,71)
(320x0,71)
151,21
272,46
210,40
228,23
0,71 por funcionário
(Não rateia)
(Não rateia)
(Não rateia)
(Não rateia)
862,30
E esta é a consequência na planilha de custos: (Somamos os valores da segunda rodada de cálculo na linha do departamento de almoxarifado.) Departamentos de Produção - DP Pintura
Montagem
Usinagem
Departamentos de Serviços - DS Caldeiraria
Adm.
Almoxarifado
Manutenção
Controle de Qualidade
Total
Mão de obra indireta
25.000,00
37.500,00
50.000,00
55.000,00
167.500,00
Depreciação
0,84
1,80
4,80
1,80
9,24
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
56.700,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
5.600,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes Telefone
-
Água
-
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
82.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
137.250,00
Seguros
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
17.710,00
Outros custos
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
34.840,00
Depto. de Adm. Geral
12.788,74
13.370,05
6.975,68
14.532,66
47.667,14
Depto. de Almoxarifado
5.664,56
10.206,90
7.882,29
8.550,28
32.304,02
Depto. de Manutenção
3.911,24
10.169,22
15.644,95
11.733,72
41.459,13
Depto. Cont. Qualidade
6.232,29
14.334,26
11.218,12
13.087,80
44.872,46
99.356,46
166.409,77
214.415,43
186.868,03
TOTAIS
-
-
-
-
667.912,00
27
Unidade: Método de custeio por absorção
Ou seja, agora nós temos os custos dos departamentos de serviços devidamente rateados aos departamentos de produção. Observe também na seguinte planilha: Departamentos de Produção - DP Pintura Mão de obra indireta
Montagem
25.000,00
Depreciação
37.500,00
Usinagem
Caldeiraria
50.000,00
55.000,00
Total 167.500,00
0,84
1,80
4,80
1,80
9,24
6.300,00
15.750,00
25.200,00
9.450,00
56.700,00
800,00
1.600,00
1.600,00
1.600,00
5.600,00
Aluguel
14.000,00
30.000,00
18.000,00
20.000,00
82.000,00
Energia Elétrica
18.000,00
22.500,00
58.500,00
38.250,00
137.250,00
1.610,00
3.450,00
9.200,00
3.450,00
17.710,00
Material auxiliar Comb. lubrificantes
Seguros Outros custos Total de Custos Indiretos ligados aos deptos. produtivos
Depto. de Adm. Geral
5.200,00
7.800,00
10.400,00
11.440,00
34.840,00
70.910,84
118.601,80
172.904,80
139.191,80
501.609,24
12.788,74
13.370,05
6.975,68
14.532,66
47.667,14
Depto. de Almoxarifado
5.664,56
10.206,90
7.882,29
8.550,28
32.304,02
Depto. de Manutenção
3.911,24
10.169,22
15.644,95
11.733,72
41.459,13
Depto. Cont. Qualidade
6.232,29
14.334,26
11.218,12
13.087,80
44.872,46
Total de Custos dos Deptos de Serviços Rateados
25.596,83
48.080,43
41.721,04
47.904,46
166.302,75
TOTAIS GERAL
99.507,67
166.682,23
214.625,84
187.096,26
667.912,00
Podemos nos preparar para passar à distribuição aos produtos! • Os departamentos produtivos são rateados aos produtos conforme os tempos apontados. Sabemos que nos foram fornecidos no enunciado os seguintes dados: Produtos
Quantidade unidade
Panela Tambor Caçamba
12 8 25
Caldeira 35 60 28
Tempos unitários (horas) Usinagem Montagem 17,5 15 30 20 6 14,8
Pintura
10
Adicionemos um total a cada um dos departamentos, adicionando também os custos que acabamos de calcular: Produtos
Quantidade unidade
Panela 12 Tambor 8 Caçamba 25 TOTAL TOTAL DE CUSTOS
28
Caldeira 35 60 28 123 99.507,67
Tempos unitários (horas) Usinagem Montagem 17,5 15 30 20 6 14,8 53,5 49,8 166.682,23 214.625,84
Pintura
10 10 187.096,26
Total
236,30 667.912,00
Para cada um dos departamentos produtivos, iremos realizar um rateio da seguinte forma:
Portanto: Produtos
Quantidade unidade
Panela 12 Tambor 8 Caçamba 25 TOTAL TOTAL DE CUSTOS Custo médio por hora:
Caldeira 35 60 28 123 99.507,67 809,01
Tempos unitários (horas) Usinagem Montagem 17,5 15 30 20 6 14,8 53,5 49,8 166.682,23 214.625,84 3.115,56 4.309,76
Total
Pintura
10 10 187.096,26 18.709,63
236,30 667.912,00
Esses custos médios serão multiplicados, para cada um dos produtos, em cada departamento produtivo. Abaixo, apresentamos como são realizadas essas multiplicações: Produtos
Quantidade unidade
Panela Tambor Caçamba
Tempos unitários (horas) Caldeira Usinagem Montagem 35 x 809,01 17,5 x 3.115,56 15 x 4.309,76 60 x 809,01 30 x 3.115,56 20 x 4.309,76 28 x 809,01 6 x 3.115,56 14,8 x 4.309,76
Pintura
10x18.709,63
E, agora, os valores rateados: Produtos Panela Tambor Caçamba
Quantidade unidade
Tempos unitários (horas) Total Caldeira Usinagem Montagem Pintura 28.315,35 54.522,30 64.646,40 147.484,05 48.540,60 93.466,80 86.195,20 228.202,60 22.651,72 18.693,13 63.784,24 187.096,26 292.225,35 99.507,67 166.682,23 214.625,84 187.096,26 667.912,00
Após todos esses cálculos, já temos os custos para cada um dos produtos. Agora, concluindo, iremos demonstrar o custo unitário para cada um dos produtos: Produtos Panela Tambor Caçamba
Quantidade unidade 12 8 25
Total
Total Unitário
147.484,050 228.202,60 292.225,35 667.912,00
12.290,34 28.525,33 11.689,01
29
Unidade: Método de custeio por absorção
Material Complementar Veja este material que irá lhe ajudar no aprofundamento de seus estudos:
ABCustos - Associação Brasileira de Custos - Vol. V, n° 1 - jan/abr 2010. Sistema de Gestão de Custos Associado à Cadeia de Valor (Cícero Marciano Silva Santos, Antonio Cezar Bornia, Maria Silene Alexandre Leite)
Resumo Atualmente, as empresas buscam não apenas custear seus produtos, mas a eficiência na utilização de recursos para obter os menores custos de produção. Neste sentido, o sistema de gestão de custos deve ser integrado à estrutura organizacional da empresa para se obter uma gestão mais eficiente. A análise da cadeia de valor é importante para a definição dos objetivos estratégicos da empresa e, consequentemente, da própria estrutura organizacional. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é demonstrar como a gestão de custos pode se beneficiar da análise da cadeia de valor da empresa. Para isso, realizou-se um estudo de caso partindo da análise da cadeia de valor de uma empresa, para mostrar os benefícios dessa integração. Como resultados alcançados a partir deste estudo, pode-se destacar um aumento considerável na margem de lucro da empresa e uma redução na margem de segurança, em virtude da otimização do processo produtivo alcançado pela reestruturação da estrutura organizacional da empresa, a partir da análise da cadeia de valor, o que corrobora o pressuposto de que o sistema de gestão de custos associado à cadeia de valor gera resultados positivos em comparação à implementação de sistemas de custeio dissociados da cadeia de valor da empresa. Arquivo disponível em: http://www.unisinos.br/abcustos/_pdf/172.pdf
30
Referências BERBEL, J. D. S. Introdução à Contabilidade e Análise de Custos: Simples & Prático. São Paulo: STS, 2003. EURATEX. European Technology Plataform: for the future of textiles and clothing . a vision for 2020. Brussels, Bélgica: European Apparel and Textile Organization, 2004. IEMI. Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira. São Paulo: Instituto de Estudos e Marketing Industrial, Brasil Têxtil, 2001. LEAL, J.J. Um Olhar sobre o Design Brasileiro. São Paulo: Joice Joppert Leal, 2002. LUPATINI, M. P. As Transformações Produtivas na Indústria Têxtil-Vestuário e seus Impactos sobre a Distribuição Territorial da Produção e a Divisão do Trabalho Industrial (Dissertação de Mestrado). Instituto de Economia. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP: IEUNICAMP, 2004. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas. 2003. MEGLIORINI E. Custos. São Paulo: Makron, 2002. Silva, N. Um estudo sobre estratégias de produção e aspectos históricos no processo de horizontalização de uma empresa do agreste pernambucano: o caso da empresa rótulo do corpo. 2008. 81 f. TCC (Graduação) - Curso de Administração Com Habilitação em Gestão de Negócios. Departamento de Administração, Sociedade de Educação do Vale do Ipojuca, Caruaru, 2008. Disponível em: . Acesso em: 01 dez. 2013. PEZZOLO, D. B. Por dentro da moda: definições e experiências. São Paulo: Senac, 2009. RECH, S. R. Estrutura da Cadeia Produtiva da Moda. Moda Palavra E-periódico: Universidade do Estado de Santa Catarina. Centro de Artes. Departamento de Moda Udesc/ceart. Florianópolis, v. 1, n. 1, p.7-20, 01 jul. 2008. Semestral. Disponível em: . Acesso em: 01 dez. 2013. SANZOVO, S. Um Estudo sobre a Inovação Tecnológica em Uniformes Escolares. 2004. 63 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Tecnologia do Vestuário), União de Ensino do Sudoeste do Paraná, Dois Vizinhos, 2005. SOUZA, E. Comportamento Empreendedor e Crescimento de Empresas Cearenses de Confecção. Fortaleza, 2006. 95 p. Monografia (Graduação) – Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade – Universidade Federal do Ceará.
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Unidade: Método de custeio por absorção
Anotações
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