HABILIDADES E REDES SOCIAIS: O LUGAR DO IDOSO

Os dados obtidos mediante aplicações do Inventário de Habilidades Sociais e ... Vicente E. Manual de Avaliação e ... de aplicação, apuração e interpre...

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HABILIDADES E REDES SOCIAIS: O LUGAR DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO Autoras: Ênia Campos Miranda; PUC Minas/Arcos; [email protected] Luciana Rita da Silva; PUC Minas/Arcos Maria dos Anjos Lara e Lanna; PUC Minas/Arcos Adriana Guimarães Rodrigues; UFSJ Eixo temático: Direitos Humanos O presente trabalhopropõe uma reflexãoacerca de uma pesquisa em interface com a extensão realizada com idosos institucionalizados e embasada nas análises de dados que evidenciam o aumento da longevidade da população mundial. Tal aumento leva ao surgimento de dificuldades de adaptação, principalmente para países como o Brasil, os quais ainda não conseguem atender à demanda de serviços especializados para os idosos. Estas dificuldades de atendimento aos idosos refletem-se no aumento crescente da procura por institucionalizálos e das precárias condições de assistência de algumas Instituições de Longa Permanência para Idosos. A pesquisa objetivou avaliar a relação entre habilidades sociais e redes sociais de apoio de um grupo de idosos institucionalizados e intervir no sentido de promover o desenvolvimento da sua competência social. O estudo orientou-se pelos referenciais teóricos sobre habilidades sociais, redes sociais do indivíduo, competência social, além de revisão de literatura que aponta que o impacto das limitações e perdas na velhice pode ser amenizado pelo desenvolvimento e pela manutenção constantes de uma rede social de apoio ao idoso. Os estudos referentes ao Treinamento de Habilidades Sociais mostram que boas relações interpessoais contribuem para a melhoria da qualidade de vida do idoso, na medida em que o levam a se sentir mais querido, acolhido e valorizado, além de funcionarem como fonte de apoio social, por meio de ajuda física e financeira, de trocas afetivas e de interação social. A pesquisa também se fundamentou nos estudos de Goffman sobre os impactos ocasionados pelo processo de institucionalização. O método utilizado na pesquisa consistiu no desenvolvimento de um delineamento quase experimental de pesquisa a partir do qual foi verificada a relação entre habilidades sociais e a rede social de apoio de idosos institucionalizados. O delineamento proposto também pôde ser considerado como uma pesquisa extensionista, uma vez que previa intervenções em habilidades a fim de promover melhoras nas habilidades sociais desses idosos de se relacionarem entre si, com as demais pessoas da instituição e da comunidade. Os dados obtidos mediante aplicações do Inventário de Habilidades Sociais e Diagrama de Escolta, subsidiaram o treinamento em habilidades

sociais dos idosos. A amostra contou com 14 participantes, dos quais seis permaneceram até o final. Os resultados mostraram que os participantes obtiveram uma melhora em seu repertório em habilidades sociais, sendo que 90% deles aumentaram sua rede social de apoio. Entretanto, a média de componentes de suas redes de apoio foi considerada insatisfatória, uma vez que a maioria deles se refere a funcionários da instituição, o que limita os vínculos ao contexto da institucionalização. Diante dos resultados, justificam-se investimentos em outras pesquisas, práticas extensionistas e políticas públicas voltadas para a promoção da heterogeneidade dos vínculos dessa população, que garantam seus direitos humanos, uma vez que, de acordo com uma visão sistêmica, reconhece-se que as interações sociais vão além dos microgrupos e incluem os grupos mais amplos originados pelas interações culturais, econômicas, políticas e sociais, dos quais todos fazem parte. Palavras-chave: idosos; institucionalização; cidadania. REFERÊNCIAS CABALLO, Vicente E. Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. São Paulo: Santos, 2003. 408 p. DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Inventário de habilidades sociais (HIS-DelPrette): manual de aplicação, apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. 53 p. GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1996. SLUSKI, Carlos E. A rede social na prática sistêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.