Jean Piaget Aula baseada no livro Seis
estudos de psicologia
Jean Piaget (1894-1980)
Nascido em Neuchâtel (Suíça) em 9 de Agosto de 1896. Faleceu em Genebra em 16 de Setembro de 1980. Filho mais velho de Arthur Piaget, professor universitário de literatura medieval e de Rebecca Jackson. Estudou ciências naturais na Universidade de Neuchâtel, onde obteve seu PhD.
O desenvolvimento mental da criança
O desenvolvimento é uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior.
O desenvolvimento mental da criança
Toda ação, exterior ou mesmo inteiramente interior - isto é, todo movimento, pensamento ou sentimentocorresponde a uma necessidade Æ uma necessidade é sempre a manifestação de um desequilíbrio. Inversamente, a ação se finda desde que haja satisfação das necessidades, isto é, logo que o equilíbrio é restabelecido.
Assimilação e acomodação
Toda necessidade tende: 1o: a incorporar as coisas e pessoas à atividade própria do sujeito, isto é, “assimilar” o mundo exterior às estruturas já construídas, e 2o, a reajustar estas últimas em função das transformações ocorridas, ou seja, “acomodá-las” aos objetos externos.
Assimilação e acomodação
Assimilando assim os objetos, a ação e o pensamento são compelidos a se acomodarem a estes, isto é, a se reajustarem por ocasião de cada variação exterior. Pode-se chamar “adaptação” ao equilíbrio destas assimilações e acomodações.
Período sensório-motor (0 a 2 anos)
Três estágios entre o nascimento e o fim desse período: o dos reflexos; o da organização das percepções e hábitos; e o da inteligência senso-motora propriamente dita. A inteligência aparece bem antes da linguagem. Mas é uma inteligência totalmente prática.
Diferenciação eu-mundo
No ponto de partida da evolução mental, não existe nenhuma diferenciação entre o eu e o mundo exterior Æ indissociação primitiva Æ tudo que é percebido é centralizado sobre a própria atividade Æ o eu está no centro da realidade. A consciência começa por um egocentrismo inconsciente e integral, até que os progressos da inteligência senso-motora levem à construção de um universo objetivo.
Permanência do objeto
Nos primeiros meses, o bebê não percebe objetos propriamente ditos. Reconhece certos quadros sensoriais familiares. Por volta do fim do primeiro ano: os objetos são procurados depois que saem do campo da percepção Æ pode-se reconhecer um começo de exteriorização do mundo material (permanência do objeto).
Causalidade mágica
A causalidade é, primeiramente, ligada à atividade em seu egocentrismo Æ é a ligação que fica muito tempo fortuita para o sujeito, entre um resultado empírico e uma ação qualquer. No segundo ano: a criança reconhece as relações de causalidade dos objetos entre si, objetivando e espacializando as causas.
Afetividade
Existe um paralelo constante entre a vida afetiva e a intelectual. Afetividade e inteligência são, assim, indissociáveis e constituem os dois aspectos complementares de toda conduta humana.
Último estágio do sensório-motor
Com o desenvolvimento da inteligência e com a conseqüente elaboração de um universo exterior, e principalmente com a construção do esquema do “objeto”, aparece um terceiro nível de afetividade Æ este é caracterizado pela objetivação dos sentimentos e pela sua projeção sobre outras atividades que não apenas a do eu.
