ISF 219: PROJETO DE PASSARELA PARA PEDESTRES 1. OBJETIVO 2

ISF-219 : 1 ISF 219: PROJETO DE PASSARELA PARA PEDESTRES 1. OBJETIVO Definir e especificar os serviços constantes do Projeto de Passarela para Pedestr...

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ISF 219: PROJETO DE PASSARELA PARA PEDESTRES 1. OBJETIVO Definir e especificar os serviços constantes do Projeto de Passarela para Pedestres em Projetos de Engenharia Ferroviária. 2. FASES DO PROJETO O Projeto de passarela para pedestres será desenvolvido em duas fases: a) Fase de Projeto Básico b) Fase de Projeto Executivo 3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Os Projetos de Passarelas serão solicitados, particularmente, nos segmentos de ferrovia que atravessam extensões urbanas. As passarelas para pedestres constituem-se, essencialmente, em tipos de obras de arte especiais. Desta forma, na elaboração dos projetos de passarelas, não obstante características peculiares, obrigatoriamente deverão ser observadas as linhas gerais da Instrução de Serviço: ISF 216: Projeto de Obras de Arte Especiais. Na concepção do projeto, deverão ser considerados os seguintes pontos fundamentais: a) Localização favorável da passarela; b) Garantir aos pedestres: conforto, segurança e facilidade de acesso; c) Atendimento ao gabarito estabelecido para a via; d) Considerar as prescrições da Norma ABNT NBR 9050 - Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço Mobiliário e Equipamentos Urbanos. A determinação do local do projeto da passarela resultará de estudos preliminares, apoiados em metodologia sujeita a aprovação do DNIT. Estes estudos deverão, sobretudo, promover a realização de levantamentos topográficos e cadastrais, a aplicação de processos de análise estatística e medições ao longo do segmento ferroviário considerado. Nos levantamentos e medições indicados, imprescindíveis à caracterização das incidências de fluxo de pedestres, recomenda-se a utilização de observadores situados em pontos estratégicos do segmento, devidamente equipados com instrumentos fotográficos, cronômetros e contadores para registro dos eventos ocorridos.

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De acordo com os estudos preliminares levados a efeito para determinar o local da passarela, será definida a melhor solução alternativa e escolhido o tipo mais adequado, os elementos estruturais construtivos, os elementos de proteção ao pedestre-usuário e, ainda, a melhor opção de acesso à passarela. As passarelas para pedestres deverão ser projetadas conforme um dos tipos seguintes: a) Sobrejacentes: em nível superior à superestrutura da via permanente. As passarelas sobrejacentes poderão ser projetadas a céu aberto ou cobertas, por laje em concreto armado, ou outro material, para proteção contra intempéries; b) Subjacentes: em nível inferior à superestrutura da via permanente. No projeto de passarela para pedestres deverão ser adotados os seguintes tipos de elementos estruturais construtivos: a) Em passarelas sobrejacentes – Estrutura em concreto armado; – Estrutura metálica, em aço; – Mista, combinando os dois elementos. b) Em passarelas subjacentes. – Estruturas de sustentação do teto e contenção dos empuxos laterais executadas em concreto ou aço (no revestimento interno aplicar alvenaria com argamassa). No projeto das passarelas para pedestres deverão ser observados os seguintes dados geométricos e elementos de proteção ao pedestre: a) Nas passarelas sobrejacentes – Seção horizontal: tabuleiro com largura mínima de 2 m para permitir a passagem de pedestres, caminhando simultaneamente em sentidos contrários; – Seção vertical: guarda-corpo com altura mínima de 1 m, construído em concreto armado ou aço, fixado ao vigamento principal do tabuleiro, de forma a assegurar resistência mínima ao impacto de 80 kgf contra o corrimão (parte superior do guarda-corpo) e cerca com tela de malha de 5 cm, fixada ao guarda-corpo, até altura de 2,0 m acima do tabuleiro, na extensão da largura da superestrutura da via permanente; – Gabarito vertical: no mínimo de 6,75 m, com referência ao boleto do trilho mais alto quando em curva; 

Extensão: as passarelas sobrejacentes estender-se-ão em direção transversal e posição superposta ao eixo longitudinal da plataforma do corpo estradal, prolongando-se por 10 m a partir dos bordos externos da faixa de domínio até as interseções com os respectivos acessos. ISF-219 : 2

b) Nas passarelas subjacentes – Seção horizontal: largura mínima de 3 m; – Seção vertical: pé-direito mínimo de 3 m; – Extensão: as passarelas subjacentes estender-se-ão em direção transversal e posição subterrânea ao eixo longitudinal da plataforma do corpo estradal, prolongando-se por um mínimo de 10 m a partir dos bordos externos da faixa de domínio e até as interseções com os respectivos acessos. Para os acessos às passarelas, serão, preferencialmente, adotadas soluções que utilizem rampas com inclinação suave, solicitando pouco esforço do pedestre. Será admitida em determinadas situações, embora não seja recomendável, acesso por escada. É recomendável iluminar as passarelas, particularmente as subjacentes, como importante elemento de prevenção de acidentes. Os pisos das passarelas serão projetados, obrigatoriamente, em material anti-derrapante. Os encontros da superestrutura das passarelas sobrejacentes com as rampas ou escadas de acesso deverão ocorrer sempre com um espaçamento (recuo) mínimo de 10 m, a partir dos bordos externos da faixa de domínio, nos lados da plataforma do corpo estradal. Da mesma forma, os encontros dos acessos com as passarelas subjacentes ocorrerão sempre com o mesmo espaçamento (recuo) mínimo de 10 m, a partir dos bordos externos da faixa de domínio, em ambos os lados da plataforma do corpo estradal. A área adjacente ao local do projeto, deverá estar bloqueada por dispositivo, com altura mínima de 2 m, fixado junto aos bordos externos da faixa de domínio, com extensão de pelo menos 50 m para cada lado do eixo longitudinal da obra, induzindo o pedestre à travessia pela passarela. A superestrutura deverá ser preferencialmente projetada em balanço, com os pilares cravados em pontos do terreno afastados de, pelo menos, 1 m dos bordos externos da faixa de domínio. A distância mínima a adotar entre duas passarelas para pedestres deverá ser de 200 m. A área contígua à passarela deverá ser sinalizada, através de sinalização vertical, com utilização de placas indicativas e advertência aos pedestres. O projeto da passarela deverá ser constituído, desde que técnica e economicamente viável, por formas que confiram esbeltez e leveza a estrutura. 4. ESPECIFICAÇÕES Os materiais, serviços e equipamentos necessários à construção das passarelas para pedestres deverão seguir as Especificações Gerais para Obras Rodoviárias do DNIT e na falta destas deverão ser elaboradas Especificações Complementares e Particulares. ISF-219 : 3

5. ELABORAÇÃO DO PROJETO 5.1. FASE DE PROJETO BÁSICO Esta fase compreende a concepção do projeto, desenvolvida através de memória justificativa e de desenhos, plantas, perfis e ainda seções transversais e típicas, de modo a garantir perfeita visualização da solução estrutural do projeto da passarela para pedestres. 5.2. FASE DE PROJETO EXECUTIVO Desta fase, deverá constar o projeto detalhado em planta e perfil, as seções transversais, incluindo dimensionamento e tratamento de todos os elementos geométricos, os elementos estruturais construtivos, os elementos de proteção ao pedestre-usuário, os elementos referentes a canteiros, meios-fios, sarjetas, bueiros, drenos, cercas, alambrados de bloqueio, os elementos de iluminação e sinalização, e ainda as seções típicas dos acessos dos pedestres à passarela. O projeto geométrico, de terraplenagem, de drenagem, de obras de arte correntes, de pavimentação, de sinalização, de paisagismo e preservação do meio ambiente nas áreas previstas à implantação de passarelas para pedestres deverá atender ao preconizado nos itens do escopo correspondente. O projeto de cálculo estrutural de passarelas para pedestres deverá obedecer obrigatoriamente às normas técnicas brasileiras para obras de arte especiais da ABNT, as Especificações Gerais para Obras Ferroviárias do DNIT, eventualmente outras Normas de Especificação Particulares ou Complementares fixadas pelo DNIT a respeito do assunto. Deverão, ainda, ser observadas, onde couberem, as recomendações da ISF-216: Projetos de Obras de Arte Especiais e o Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais do extinto DNER. Fazem parte também do Projeto Executivo: - Memória descritiva e justificativa das soluções adotadas; - Quadro de quantidades de materiais, serviços e equipamentos e respectivas especificações, por obra.

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6. APRESENTAÇÃO 6.1. FASE DE PROJETO BÁSICO A apresentação do Projeto, nesta fase de Projeto Básico, fase far-se-á através do Relatório Básico/Final do Projeto Executivo/Básico de Engenharia a que corresponde, constituído dos volumes:

RELATÓRIO BÁSICO/FINAL Volume

Espécie

1

Relatório do Projeto Básico

3

2

4

Memória Justificativa

Produtos

Formato

- Texto descritivo da concepção do projeto e dos estudos preliminares para escolha do local e viabilidade da implantação.

A4

- Desenhos e plantas relativas a concepção estrutural da obra, aos levantamentos topográficos, cadastrais e geotécnicos da fase preliminar; Projeto Básico de Execução - Quadro-resumo contendo os quantitativos estimados de materiais, serviços e equipamentos e respectivas especificações.

Orçamento

- Relação dos materiais, serviços e equipamentos, inclusive respectivas especificações; - Custos unitários dos materiais, serviços e equipamentos; - Cronogramas Físicos; - Relação do equipamento mínimo.

A3 ou A1

A4

6.2. FASE DE PROJETO EXECUTIVO Nesta fase, a apresentação do projeto far-se-á através do Relatório Final do Projeto ISF-219 : 5

Executivo de Engenharia correspondente, constituído dos seguintes volumes: RELATÓRIO FINAL Formato Volume

Discriminação / Matéria

Minuta

Impressão Definitiva

1

Relatório do Projeto e Documentos para a Licitação - Texto – resumo da solução estrutural adotada dos seguintes elementos: proteção ao pedestre-usuário, tipo de passarela adotada, acessos, faixa de segurança em torno da passarela, elementos de iluminação, pisos e alambrado de bloqueio ao acesso de pedestres, elementos geométricos intervenientes.

A4

A4

2

Projeto de Execução - Desenhos, plantas, perfis e seções transversais e típicas, para fins de visualização e esclarecimento, da solução estrutural da passarela, dos elementos de proteção ao pedestre-usuário, dos acessos, dos pisos, da faixa de segurança em torno da passarela, do alambrado de bloqueio ao acesso de pedestres, dos elementos geométricos intervenientes e dos elementos eventuais para a iluminação; - Quadro-resumo contendo os quantitativos de materiais, serviços e equipamentos e respectivas especificações; - Arquivos digitais das plantas, perfis e seções transversais compatíveis com “Software” de CAD.

A1

A3

3

Memória Justificativa - Memorial do projeto elaborado.

A4

A4

A4

A4

A4

A4

Anexo Memória de Cálculo das Estruturas 3C - Memória de Cálculo das soluções estruturais.

4

Orçamento das Obras - Relação dos materiais, serviços e equipamentos, inclusive respectivas especificações; - Custos unitários dos materiais, serviços e equipamentos; - Cronograma físico; - Relação do equipamento mínimo.

Cumpre observar que na Minuta do Volume 2 – Projeto de Execução, os projetos devem ser apresentados em formato de tamanho A1, dobrados em formato A3.

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