SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CONTROLE DE ESTOQUE EM UMA LOJA

Resumo. Este trabalho foi desenvolvido na Socopisos, empresa do ramo de materiais para construção e, apresenta o que foi feito, para a implementação d...

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FAQ - Faculdade XV de Agosto

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CONTROLE DE ESTOQUE EM UMA LOJA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Maria Isabel Lopes

SOCORRO - 2005

FAQ - Faculdade XV de Agosto

SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA CONTROLE DE ESTOQUE EM UMA LOJA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Aluna: Maria Isabel Lopes Orientador: Prof. Luiz Antonio Fernandes Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade XV de Agosto,Curso de Administração de Empresas

Socorro - 2005

SUMÁRIO AGRADECIMENTO.............................................................................................. 4 RESUMO............................................................................................................. 6 1.

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 7

1.1 A empresa................................................................................................... 8 1.2 Características da empresa analisada........................................................ 10 2.

REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................... 12 2.1 Definição de sistema de informação ................................................... 12 2.1.1 Tipos de sistema de informações.............................................. 14 2.1.2 Sistema de Informação para Gerenciamento de estoques....... 15 2.2 Gerenciamento de estoques.................................................................. 16 2.2.1 Definição e tipos de estoque................................................... 16 2.2.2 Gerenciamento de estoque..................................................... 18 2.2.3 Estoque de Comércio Varejista............................................... 19 2.2.4 Posicionamento de Estoques: acurácia de estoques.............. 19 2.2.5 Gestão de estoques por ponto de reposição........................... 21

3.

METODOLOGIA .......................................................................................... 23 3.1 Análise feita para justificar o trabalho................................................... 23

4.

RESULTADOS ........................................................................................... 27 4.1 Arrumando a “casa”............................................................................. 27

5.

ANALISE DOS RESULTADOS................................................................... 30

6.

CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. 32

Agradecimento Há exatamente quatro anos, em maio de 2001 quando resolvi prestar vestibular novamente, foi com muito medo que o fiz, pois havia terminado a faculdade de direito há oito anos e desde então tinha me dedicado, exclusivamente, a tomar conta da minha loja. Achei que não seria capaz, fiquei com medo da matemática, medo de não dar conta das provas, ficar para exames, em DP, e tudo o que era negativo. Mas a vontade foi mais forte que tudo isso e, Graças a Deus, hoje estou aqui nos últimos dias de aula, concluindo mais um curso superior, e mais um sonho realizado. E para que tudo isso fosse possível, contamos com pessoas maravilhosas ao nosso lado, pessoas que só fizeram acrescentar em nossas vidas. Primeiramente agradeço ao Rubens, diretor, pela oportunidade que me deu, pois acreditando no potencial de Socorro, trouxe para cá a Faculdade, o que me possibilitou e facilitou o fato de eu estar aqui. Agradeço aos professores: Gilberto, Décio, César, Peter, Circe, Marcos, Dércia, Noel, Roberto, Claúdia, e ao nosso amigo de classe

Elton que, às

vezes,portou-se como professor de faculdade, nos ajudando e nos dando aula de reforço de matemática. Em especial ao professor Franco e ao professor Luiz: ao primeiro por me fazer ver, em sala de aula, a importância dos controles dentro de uma empresa, a “carapuça serviu” e isso, me incentivou a fazer do meu TCC, um trabalho que está sendo muito valioso para minha loja, e ao segundo por que me acompanhou neste projeto, me orientou, me ajudou e, que me fez ver, de maneira mais clara, coisas que não percebia que seria capaz de fazer. A todos muito obrigada, pois, com o carinho de vocês, a paciência, a dedicação e, mesmo com as broncas, as “puxadas de orelhas”, tenho certeza que cabe a vocês o muito do que aprendi e do conhecimento que adquiri nesses últimos quatro anos. Agradeço aos meus colegas de classe, que estavam sempre prontos a tirar as minhas dúvidas, e souberam, com orgulho, dividir os conhecimentos e experiências que me fizeram crescer pessoal e profissionalmente. Agradeço principalmente ao meu grupo de estudo: Xanda, Bete, Débora, Raquel, Ricardo, pois

a escola nos tornou amigos de verdade, nossa amizade extrapolou os portões da faculdade, o que nos faz encontrarmos sempre, quer seja para estudar e fazer trabalhos aos sábados ou aos domingos à tarde e, depois tomar uma CUBA, ou simplesmente para conversarmos nos fins de semana. Agradeço ao meu marido Chico, que foi muito companheiro, se tornou amigo dos meus amigos, e me ajudou muito nos trabalhos de casa. Agradeço à Daniela, minha pequena que me ajudava nas horas difíceis com o computador, pois dele “apanhei muito”; ela me ensinou muito com sua calma e determinação. Enfim agradeço a todos meus familiares, que, às vezes, por ter que estudar, não podia comparecer a algumas reuniões de família. Chegar aqui só foi possível por ter toda esta estrutura ao meu lado: amigos, colegas, professores, família e Deus. Obrigada.

Resumo. Este trabalho foi desenvolvido na Socopisos, empresa do ramo de materiais para construção e, apresenta o que foi feito, para a implementação de um sistema de informação, para controle de estoques. O objetivo foi que a empresa começasse a ter controles de seus estoques, uma vez que isso não acontecia. Procurou, através dos procedimentos das rotinas diárias, a melhor maneira para desenvolver um programa específico para a empresa, que pudesse auxiliar no dia a dia, bem como nas tomadas de decisões dentro da empresa. O ponto positivo deste trabalho foi, que quando os resultados da informatização começaram a aparecer, todos perceberão o quanto isso era importante e, quanto tempo perdeu em não tomar essa atitude antes. Hoje a empresa ganhou agilidade no dia a dia, os funcionários trabalham mais seguros e, a qualidade do serviço prestada ao cliente, melhorou muito em função da rapidez das informações.

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1 – Introdução. A competitividade de forma global é a palavra chave no mercado quer seja entre os setores ligados ao mesmo ramo de atividade, ou não. Todos estão, o tempo todo, buscando sua atualização no mercado, a sua eficiência (tanto nos produtos, como nos serviços oferecidos), todos buscam vender qualidade. E nesta busca constante pela satisfação do cliente e qualidade dos produtos, que as empresas começam a rever e reestruturar seus conceitos, tentando assim detectar até mesmo antecipar-se aos possíveis problemas, buscando para isso, soluções imediatas e também a longo prazo.

Toda empresa deve ter um

planejamento, gerenciamento e recursos, para poderem ser disponibilizados de acordo com sua necessidade e capacidade. Deve ter, contudo, apoio de todos os departamentos para que possa desenvolver um trabalho que permita garantir ao cliente um nível de serviço adequado ao que se propõe e ao que o cliente procura. O trabalho proposto foi desenvolvido dentro de uma loja de materiais de construção, mais precisamente, materiais para acabamento: estuda, entre outras características, um sistema adequado de controle de estoque e necessita para isso de um controle rigoroso. Para exercer bem essa função precisamos de um Sistema de Informação adequado, para que a empresa, não comprometa seu capital em estoques,

muitas

vezes

com

custo alto de armazenagem e, com isso

comprometendo sua competitividade. O estudo foi desenvolvido na empresa Socopisos e teve como propósito estudar o seguinte problema: “Quais problemas de falta de controle de estoque analisar, para a implementação de um sistema de informação de controle do mesmo para uma loja de materiais para construção?”. O objetivo principal deste trabalho é que com a informatização, com foco para o controle de estoque, a empresa possa começar a desenvolver a organização de

seus

processos,

melhorando,

com

isso,

seu

desempenho,

atuando

assertivamente: de forma que reduza o número de pedidos com itens faltantes; realize uma compra de acordo com as necessidades, pois tendo estoque em mãos evitará a compra de produtos dos quais não precise ou não tenha uma grande saída e, evitando esse procedimento, conseguirá manter sempre estoques enxutos e,

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conseqüentemente, ganhando em competitividade.

Também para que a partir

dessas informações, a empresa tenha um meio de administrar, controlar e auxiliar seus funcionários para um bom desenvolvimento nas rotinas do comércio. E ainda para que possa tomar decisões rápidas e eficientes no dia a dia, bem como adotar procedimentos que visem a adequar, reduzir e controlar seus níveis de estoque de produtos acabados. Também tem como objetivo, ganhar agilidade nos trabalhos internos, uma vez que perde-se muito tempo, para ir verificar

“in loco”, se tem no estoque o

material vendido. Um gerenciamento de estoques eficaz tem grande influência dentro de uma empresa, pois ele pode determinar a lucratividade e ainda pode aumentar as receitas da empresa. Portanto, para se alcançar melhor desempenho, o gerenciamento de estoques deve saber tomar decisões bem positivas, no que se refere a ressuprimento, pois agindo assim a empresa pode ter um melhor nível de fluxo de caixa.

1.1 A empresa. A Socopisos é uma empresa que trabalha no ramo de materiais para construção, especificamente no segmento de acabamento. Somente comercializa e nada é produzido por ela. É voltada para comércio varejista de materiais para acabamento. Os riscos que os varejistas correm em ter estoques são considerados grandes, mas não prejudicial, pois procuram dar mais atenção à rotatividade do estoque, e a lucratividade ligada diretamente ao produto. A empresa está localizada na cidade de Socorro – SP à: Avenida Quinze de Agosto, 662. Foi aberta em 12 de Junho de 1993, e apenas trabalhava com pisos e azulejos; era uma loja muito pequena e não dispunha de espaço para exposição de outros materiais A empresa foi crescendo, o número de clientes, aumentando e logo depois de um ano e meio de abertura, teve que mudar para um espaço maior, e, conseqüentemente, também aumentar o número de produtos oferecidos. A loja mudou mais uma vez de endereço antes de se instalar em um prédio próprio, a partir do dia 06 de Julho de 2002. Os produtos comercializados hoje são: Pisos, Azulejos, Metais Sanitários, Pias e Gabinetes para cozinha e banheiros, Louças Sanitárias, Blocos de Vidro,

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Acessórios para Banheiros, Banheiras de Hidromassagem, Argamassas Colantes e Rejuntes, enfim acabamentos em geral . E sempre que há algum produto que os clientes procuram e a empresa não possui, procura-se encontrar um bom fornecedor e, assim, vai aumentando o mix de produtos oferecidos, sempre dentro da área de acabamentos, para que o cliente não sinta falta de nada, e esteja sempre satisfeito. Além de satisfazer o cliente e aumentar o número de produtos oferecidos, a loja evita que o consumidor vá procurar o produto desejado em outro local, ou mesmo no concorrente. A empresa, hoje, mantém sete funcionários fixos, e proporciona ainda vários empregos indiretos, que são os “chapas” (pessoas que trabalham diretamente com serviços como carregamento e descarregamento de caminhões), também utiliza os serviços de uma transportadora da cidade, ajudando assim na economia local. Atende a uma clientela bem diversificada, de classe baixa, média e alta; muitos construtores – pessoas que trabalham exclusivamente com construções de casas e prédios -, e ainda atende uma grande parte de clientes de fora da cidade. As cidades vizinhas, Monte Sião, Águas de Lindóia, Lindóia, Pinhalzinho, Bueno Brandão, Munhoz, são algumas das cidades das quais a Socopisos tem um grande número de clientes, pode-se dizer que depois que a nova sede foi inaugurada, mais ampla e com mais diversidade, a clientela de São Paulo e grande São Paulo já representa 50% do movimento. Socorro tornou-se uma cidade quase que, essencialmente, voltada para o ramo da indústria do vestuário, mas, mesmo assim, não pode prescindir de outras atividades. Dentre estas, podemos citar a indústria da construção civil que é o setor que mais emprega trabalhadores em nosso país e, mais rapidamente responde, à oferta de serviços para a mão de obra menos qualificada. Segundo a revista Anamaco/ Março de 2005 p. 10, as vendas nas lojas de materiais de construção estão 1% superiores ao mesmo período de 2004, mostrando com isso um grande otimismo em relação às vendas, e com uma previsão de crescimento de vendas na ordem de 6% em relação ao ano passado. Em Socorro as lojas que vendem materiais de construção são em número de vinte, empregando diretamente 100 pessoas e contribuindo para o sustento de mais de 500 indivíduos. Essas lojas são de uma importância muito grande, pois, sendo esta região de alto turismo, distante mais de 140 quilômetros de São Paulo,

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um grande centro comercial, os chacareiros que aqui chegam, encontram facilidade para a construção de suas casas, chácaras, chalés, etc., uma vez que, hoje, lojas especializadas já se instalaram nesta cidade. Socorro tem também, uma importância geográfica excelente já que se localiza no circuito das águas junto com Amparo, Lindóia, Águas de Lindóia, Serra Negra, Monte Alegre do Sul, etc., e algumas cidades do sul de Minas Gerais, tais como Bueno Brandão, Monte Sião, Munhoz e outras, que se abastecem de materiais aqui vendidos. Socorro é o maior produtor regional de tijolos de barro e telhas. Também tem uma grande produção de produtos de cimento: blocos, bloquetes, tubos, anéis de poços, tijolos furados, lajes pré e trelissa. A procura por esses materiais incentivou os empresários a diversificarem seus comércios, especializando-se no varejo de todo tipo de materiais para construção, ex: elétrica, hidráulica, revestimento, acabamento, básico (tijolos, areia, pedra britada, ferro e aço, cal, cimento, etc.). Essa diversificação proporciona maior comodidade àqueles que aqui desejam construir ou reformar, já que, 100% de suas necessidades são satisfeitas em nosso comércio. Devido à concorrência, hoje bastante grande, os preços são, muitas vezes, menores que em outras cidades do Estado. Até 10 ou 15 anos atrás o construtor precisava dirigir-se a São Paulo ou outra cidade de maior porte para suas compras; hoje já não necessita. No ramo de materiais para construção, não existe muita sazonalidade, é comum o segmento manter as vendas bem estáveis durante o ano, e no segmento acabamento, tem-se um pico nos meses de janeiro, fevereiro e março, período este que coincide com as chuvas e, por não poder trabalhar na parte externa da casa, normalmente nesta época os pedreiros têm que fazer acabamentos ou seja, colocar pisos e azulejos e então a demanda de materiais para acabamento tem uma reação positiva muita grande.

1.2 Características da empresa analisada. Uma das características da empresa analisada é que 60% das vendas efetuadas por ela, são vendas das quais não precisam ser entregues imediatamente, ou seja as chamadas vendas para entrega futura, pois os clientes não querem que as mercadorias sejam entregues de imediato ou, ainda, os clientes querem que as entregas sejam parciais, porque eles não possuem local disponível para armazenar e guardar.

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E com todos esses tipos de vendas, tendo que guardar o material para o cliente, em alguns casos por vários meses, a empresa tem um grande problema que é armazenagem de estoque, pois os pisos são passíveis de mudança de tonalidade, isso quer dizer que de um lote para outro os pisos poderão ser de cores diferentes e, esse cuidado é fundamental quando o cliente compra e tem que deixar guardado; na maioria das vezes estes lotes não podem ser mexidos, pois se isso acontecer, a responsabilidade é da loja. A preocupação ainda é que se, por um descuido ou mesmo

sem

intenção,

um

funcionário

quando

estiver

carregando

e

ou

descarregando, esbarrar num lote desses e ocorrer a quebra de uma caixa, o restante do material já estará comprometido e a loja terá que providenciar um outro lote total para o cliente. E com todos esses tipos de adversidade, o gerenciamento de estoques da empresa tem que ficar atento, contornando a situação, controlando tudo no “ficar de olho”, para verificar se nada se quebrou ou, mesmo, não ter as mercadorias quando delas o cliente necessitar.

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2. Referencial Teórico. Nesta seção serão apresentadas algumas definições do tema estudado, por autores das áreas específicas.

2.1 Definição de sistema de informação. Conforme O´Brien (2004 p.6) “sistemas de informação é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, rede de comunicação e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”. O sistema recebe recursos de dados como entrada e os processa em produtos, como saída. Ainda para O´Brien (2004), houve uma mudança significativa nas empresas, com a expansão dos sistemas de informação e, esse aumento, trouxe ao novo gerente as informações, que antes eram simples relatórios de departamentos, tornando-se relatórios pré-definidos das quais ele necessitaria para a tomada de decisões. A importância e a necessidade dos Sistemas de Informações dentro das empresas está redefinindo os fundamentos dos negócios, que servem para garantir o bom desempenho da empresa, bem como avaliar, manter ou alterar suas estratégias de metas e ajudam a receber de volta informações para que se possa fazer avaliações: se o pretendido está sendo colocado em prática. Para que tenha um sistema de informação eficiente é necessário que todas as informações sejam adequadas, só assim, então, poderá ter um controle e tomada de decisões eficientes para o qual se propôs a trabalhar. Já para Oliveira (1999, p. 23), “Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função”. Ainda para Oliveira (1999), sistema procura desenvolver algumas técnicas para viabilizar e lidar com a grandeza das empresas; procura ter uma visão do todo, para a qual não se permite ver em separado, ou seja, uma depende da outra; e ainda o estudos dos relacionamentos entre os elementos, que mudam de acordo com seus arranjos estruturais e da sua dinâmica. Ainda para Oliveira (1999, p. 36), “a informação é um dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões”, a informação como um todo, é de extrema importância dentro da empresa, pois quando usada corretamente integra os diversos

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subsistemas e as funções de vários setores organizacionais da empresa. Portanto, tão importante quanto ter uma informação é saber usá-la, pois uma informação produzida que não seja distribuída em tempo hábil, perde a sua eficiência. Para O´Brien (2004) investir em tecnologia da informação é inerente a qualquer empresa que queira ter um excelente atendimento a cliente, operações, estratégias de produto e de marketing de distribuição. Cada vez mais as empresas necessitam de controles de suas atividades, com informações ágeis, completas e precisas. Um sistema de informação pode ser a solução ideal para estas necessidades. Para Laudon e Laudon (2004, p. 4), “Hoje, todos admitem que conhecer sistemas de informação é essencial para os administradores, porque a maioria das organizações precisa deles para sobreviver e prosperar”. Com os sistemas, as empresas podem aumentar o seu grau e alcance de participação no mercado, oferecer novos produtos, adequar-se internamente e, muitas vezes, transformar radicalmente o modo como conduzem seus negócios. Ainda, para Laudon e Laudon (2004), conforme poderá ser observado na figura 1, um sistema de informação pode ser definido como um conjunto de componentes que se interagem para coletar dados ou recuperá-los, processar, armazenar e distribuir informações; informações essas que serão utilizadas para apoiar em uma tomada de decisão, à coordenação e ao controle de uma organização, além, ainda, de poder auxiliar os gerentes e trabalhadores a analisar e visualizar problemas e assuntos complexos e criar novos produtos. É importante salientar que os sistemas de informações necessitam do feedback, para que sejam analisadas os desenvolvimento das metas e ou objetivos planejados e, se necessário fazer ajustes e correções das entradas.

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Figura 1 - Funções de um sistema de informação Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 8).

2.1.1 Tipos de sistemas de informações. Segundo O´Brien (2004), os tipos de sistema de informação se classificam em diferentes maneiras e se dividem em varias categorias, vamos citar dois deles: SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES - esses sistemas processam dados gerados por operações empresariais. Dentro desse sistema as principais categorias são: os sistemas de processamento de transações processam dados resultantes de transações empresariais, atualizam banco de dados operacionais e produzem documentos empresariais. Os sistemas de controle de processo monitoram e controlam processos industriais. Os sistemas colaborativos apóiam equipes, grupos de trabalho bem como comunicações e colaboração nas e entre empresas.

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SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL - fornecem informações e apoio necessários para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes. As principais categorias são: os sistemas de informação gerencial, que fornecem informações na forma de relatórios e demonstrativos pré-estipulados para os gerentes. Os sistemas de apoio à decisão, que fornecem apoio interativo ad hoc para o processo de decisão dos gerentes. Os sistemas de informação executiva, que fornecem informações críticas elaboradas especificamente para as necessidades de informações dos executivos. Para o sucesso da implantação de um sistema de informação temos que ser capazes de reconhecer e identificar todos os componentes fundamentais dos sistemas de informação. (O´BRIEN, 2004). Para Laudon e Laudon (2004), existem diferentes tipos de sistemas, isso porque há diferentes interesses, especialidades e níveis dentro de uma organização, para ele nenhum sistema sozinho poderá oferecer e fornecer todas as informações das quais uma empresa precisa. Um dos sistemas de informação utilizado pelas empresas é o de controle de estoque; neste sistema constam todas as informações do produto, código de identificação, descrição, número de quantidades existentes e saídas dos produtos; deve constar também o nível de estoque mínimo, para que seja alertado da necessidade de fazer reposição, para que seja evitada a falta do produto em estoque. Esse sistema ainda produz relatórios com todas as informações de entradas, saídas e devoluções de cada produto.

2.1.2 Sistema de Informação para Gerenciamento de Estoques. Conforme O´Brien, (2004), os sistemas de controles de estoques, processam dados, que refletem em mudanças nos artigos em estoque. Depois que os dados sobre os pedidos dos clientes são recebidos do sistema de processamento de pedidos, o sistema de controle de estoque registra mudanças nos níveis de estoque e, prepara os devidos documentos de expedição. Com esses dados processados e o sistema informatizado este pode informar, a quem possa interessar, a situação dos materiais que precisam ser comprados pela empresa, e ainda ganha em alta qualidade prestada ao cliente, minimizando, ao mesmo tempo, o investimento e os custos de manutenção de estoque. A seguir figura 2:

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Dados de expedição e pedido

sistema de controle de estoque

Elementos digitais do arquivo-mestre de estoque

relátorios gerenciais

Relatório de situação do estoque Data do relatório: 14/01/2002

Consultas on-line

código do item Descrição Unidades existentes Unidades no pedido Estoque Mínimo Renovação de pedido de compra

Código do item 6361 4466 9313 8808

Descrição

Unidades Unidades existentes do pedido

Correira do ventilador 10.211 0 Fio de tomada de força 55.710 88.660 Condensador 663 10.200 Spray de tinta 11.242 0

Figura 2 – Representação esquemática de um sistema de controle de estoque Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 49).

2.2. Gerenciamento de estoques. Nesta seção serão apresentadas as definições, tipos, gerenciamento de estoques e, algumas ferramentas para esse gerenciamento, segundo alguns autores.

2.2.1 Definição e tipos de estoque. Para Slack et al (1999, p. 278) “Estoque é definido como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação”. Para ele existem vários tipos de estoques ex: um banco mantém “estoque” de pessoal, um “estoque” de caixas eletrônicos; um escritório de assessoria tributária mantém “estoque” de informações. No nosso caso, em questão, vamos falar de estoque de produtos acabados, prontos para serem comercializados. Quase todo tipo de operações produtivas mantém estoques, mas há diferenças entre os seus tipos e

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depende muito da produção em questão. As diferenças entre as operações estão nos valores dos estoques mantidos pela empresa. Em alguns casos, os estoques são pequenos e, em outros, os seus valores são altos, principalmente se, neste caso, eles precisarem de armazenagem. A necessidade de estoque existe porque sempre há um desequilíbrio entre o fornecimento e a demanda. (SLACK et al,1999). Para Dias (1993), estoque de produtos acabados consiste em itens que já foram produzidos, mas que ainda não foram vendidos. No caso em questão ainda não foram comercializados. Os níveis de produtos em estoque, acabam sendo determinados, na maioria das vezes, pela previsão de vendas. Ainda para Dias (1993), a função da administração de estoque é o de poder

otimizar

o

investimento

em

estoque.

O

valor

varia

conforme

o

armazenamento, onde os produtos com giro menor apresentam custo maior, sendo que as empresas que possuem grandes estoques, comprometem seus recursos de giro. A empresa precisa ter políticas de estoques, isto é, estabelecer certos padrões que sirvam de guias aos controladores, para que esses tenham parâmetros para compra e venda. Ainda deverá saber e controlar até que ponto deve ter e o que ter em estoque, para que este não prejudique seus recursos, mas também que em conseqüência de não tê-lo, ou o mesmo for inadequado para a demanda, não comprometa sua imagem junto aos clientes, perdendo fatia de participação no mercado. Para Ballou, (2001) algumas das razões para que as empresas estoquem materiais são: redução de custos de transporte; coordenação entre oferta e demanda; auxilio no processo de produção e ajuda no processo de marketing. Para ele é impossível conhecer com certeza a demanda de um produto de uma empresa, e como ficaria difícil satisfazê-la imediatamente, então a necessidade do estoque. A armazenagem de estoque pode conduzir a custos de transportes mais baixos através do embarque de quantidades maiores e, portanto, mais econômicos. Ainda para Ballou (2001), o marketing está sempre preocupado com o quão prontamente um produto está disponível no mercado. Pois um produto armazenado agrega valor a este, e quanto mais perto do cliente esse produto esteja, mais rápido poderá ser entregue e, em conseqüência, poderá aumentar suas vendas.

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Segundo Dias (1993, p. 24-31), alguns princípios e funções básicas para o controle de estoques são: Determinar ‘’o que “, ‘’quando” e ‘’quanto’’ será necessário de estoque; Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; Controlar os estoques em termos de quantidades, valores e fornecer informações sobre a posição do estoque; Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados e; Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. Para Corrêa (2001), o conceito de estoque é um elemento gerencial essencial na administração das empresas. Depois de um tempo buscando a todo custo baixarem seus estoques a níveis zero, as empresas tiveram vários problemas, e, entenderam que a estratégia é chegar a um consenso de que realmente precisase de estoque para trabalhar, sem comprometer os seus processos. Ainda segundo Corrêa (2001), existem vários tipos de estoques: estoques de matérias primas, estoque de material semi-acabado e estoque de produtos acabados. No caso estudado trata-se somente de materiais acabados prontos para serem comercializados.

2.2.2 Gerenciamento de estoque. Para Ballou (2001), os tipos de estoques são: estoque de canal; estoque mantido para especulação; estoque de natureza regular ou cíclica e, ainda estoque de segurança. E diante disso os problemas de gerenciamento devem ser abordados de várias maneiras, pois para cada um dos tipos de estoques citados acima, se presume que o nível de demanda e sua variabilidade, o tempo de entrega e os custos são conhecidos e, portanto, podemos fazer a melhor gestão de estoques, por essas condições. Em contrapartida, o just-in-time, procura trabalhar com estoques que reduzam a variabilidade na demanda e no ciclo de reposição, fracionando as compras, reforçando relacionamento com um pequeno número de fornecedores, assegurando produtos de qualidades e pedidos cuidadosos.

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Segundo Bowersox (2001), o gerenciamento de estoques é a ligação que a empresa dita como processos da política da empresa em relação aos estoques. Este gerenciamento serve para melhor fazer o planejamento quanto às reais necessidades de estoques, e ajudam concentrar os recursos de estoques nas áreas que oferecem reais oportunidades de negócio. Ainda segundo Bowersox (2001), controle de estoque deve ser uma rotina necessária dentro da empresa para realmente ser cumprida uma política de estoques. Este controle atinge toda quantidade disponível de um determinado produto e acompanha suas entradas e saídas por um longo tempo. Para a implementação do controle e um gerenciamento de estoques, é necessário que a empresa tenha procedimentos que acompanhem a evolução dos níveis de estoques, para que sejam determinados os prazos e quantidades de ressuprimento. Essas funções podem ser feitas manualmente e ou por sistema de informação de controle de estoque. As principais diferenças entre os dois procedimentos são a velocidade das informações, a precisão e o custo. Em alguns casos, as empresas mantém, tão alto seus estoques, que muitas vezes representam seu maior valor do ativo. (BOWERSOX, 2001).

2.2.3 Estoque de Comércio Varejista. Como comércio varejista considera-se a atividade comercial estabelecida com 51%, ou mais, das vendas destinadas a consumidor final e com 51% ou mais, de pessoas físicas e que tenham no mínimo um empregado registrado no estabelecimento.

2.2.4 Posicionamento de Estoques: acurácia de estoques. Martins (apud Fernandes, 2004, p. 42), que afirma que o inventario físico consiste nas contagens físicas dos itens de estoque, nas quais, caso haja diferenças devem ser feitos os ajustes conforme as recomendações contábeis e tributárias, também divide os modos de inventário em período feito uma ou duas vezes por ano em um sistema de força tarefa com a contagem de todos os itens, e o rotativo que é realizado permanentemente de forma amostral, onde todos os itens são contados pelo menos uma vez dentro do período fiscal (um ano).

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Segundo Corrêa (2001), acurácia de estoque é o nível de tolerância entre os estoques físicos e os estoques que constam no sistema de controle. É uma medida de avaliação do posicionamento dos estoques. A medida de tolerância para a acurácia de controle de estoques pode ser de no máximo +- 5%, uma vez que não é possível conseguir um índice de acurácia de 100%. Como não é possível atingir a perfeição, devemos admitir a tolerância com pequenos erros ou diferenças, desde que essas falhas não comprometam a credibilidade dos dados. Ainda para Corrêa (2001), a tolerância de erros entre o estoques físico e o controle pode variar de acordo com a freqüência do levantamento, do valor monetário e o tempo de reposição dos estoques. É necessário que exista uma coerência entre os valores físicos de posição dos estoques e os correspondentes registros destes valores no sistema. A necessidade de se medir a acurácia, é que muitas vezes as empresas preferem trabalhar com dados/informações não corretas e isso faz com que normalmente os sistemas de informação para controle de estoques sofrem fracasso. Os dados incorretos fazem com que os pedidos de compra de materiais, não condizam com a realidade. Existem várias maneiras de definir um intervalo de acurácia de estoques, pois poderá variar para itens diferentes. Pode-se observar isso na tabela 1, a seguir: Item

Contagem Física

Registro do Sistema

Tolerância

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Total

94 96 96 96 98 99 110 104 97 103 104 105 106 1.300

102 97 100 99 96 97 110 105 100 100 102 100 100 1.300

+/-2 5 +/-5 +/-2 +/-2 +/-2 +/-0 +/-0 +/-5 +/-2 +/-5 +/-5 +/-0

Tabela 1 - Cálculo da acurácia de estoques Fonte: Corrêa (2001, p. 418).

Aceito

Não aceito

x x X X X X X X X X X X 8

X 5

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Para Ballou (2001), é necessário que a empresa faça auditorias periódicas no sistema de controle de estoque, isso porque, muitos problemas ocorrem, e é necessário que sejam feitos alguns ajustes nos registros de estoques.

Esses

problemas ocorrem devido ao esgotamento da demanda, ao reabastecimento, às devoluções e à obsolescência dos produtos ( no trabalho analisado, os pisos podem sair fora de linha), entre outros problemas que podem divergir os registros de estoques no sistema, dos estoques reais ainda estão: produtos danificados; erros de relatórios, erros de lançamentos. Além de conseguir um estoque mais confiável, pode-se evitar, com a contagem periódica, os roubos dentro da empresa, também podendo identificar os motivos dos erros e dos problemas mais rapidamente.

2.2.5 Gestão de estoques por ponto de reposição.

Segundo Corrêa (2001, p. 57), é considerado ponto de reposição, quando determinado produto é retirado do estoque e, após essa retirada, verificam-se a quantidade restante; se essa quantidade for inferior a uma quantidade previamente determinada (chamada de “ponto de reposição”), o sistema faz um alerta, para que seja comprado e ou produzido o produto; a essa compra e ou produção, chamamos de lote de ressuprimento. O tempo de espera para ressuprir os estoques é o chamado lead time. Para que o ponto de reposição seja utilizado como ferramenta gerencial, a empresa deve definir alguns parâmetros: o ponto de reposição e o tamanho do lote a ser comprado. Para Ballou (2001), a idéia de ponto de pedido, é a quantidade até a qual é permitido que o estoque caia antes que um pedido de reposição seja feito. Como normalmente ocorre uma diferença de tempo entre os pedidos vendidos e produtos disponíveis no estoque, é necessário que a demanda que ocorre durante esse tempo seja antecipada, então a necessidade do ressuprimento. Segundo Slack et al (1999), para a empresa tomar a decisão de quanto deve comprar para repor a quantidade de um determinado item, deve levar em

- 22 -

consideração a abordagem do lote econômico, e tentar encontrar um equilíbrio entre as vantagens e as desvantagens de se manter estoque. Será mostrado na figura a seguir, a maneira de como levar em consideração as compras através da ferramenta ponto de reposição. Figura 1 - Modelo básico de Ponto de Reposição. Quantidade do pedido -

Nível de estoue máximo - Emáx

Q Curva de demanda do item. Colocar Pedido Ponto de Pedido - PP

Receber Pedido Lead Time - LT Intervalo entre Pedidos- IT

Figura 3 – Modelo básico de ponto de reposição Fonte: Ballou (2001 p. 262)

- 23 -

3. Metodologia. Neste capítulo será apresentado a maneira como foi desenvolvida a pesquisa e o porquê da necessidade que originou o motivo deste trabalho.

3.1 Análise feita para justificar o trabalho. A pesquisa feita para executar este trabalho foi uma pesquisa exploratória. Conforme Oliveira (1999, p.134), pesquisa exploratória: “É a ênfase dada à descoberta de praticas ou diretrizes que precisam modificar-se na elaboração de alternativas que possam ser substituídas”. A pesquisa teve como objetivo, proporcionar maior familiaridade com o problema, para com isso torná-lo mais evidente, aprofundou-se em uma realidade especifica, e procurou captar as explicações e interpretações do que ocorre na realidade da empresa. Antes de iniciar o trabalho, para colocar em prática o procedimento de um sistema de informação para controle de estoques, foi feito uma pesquisa para saber os problemas: A empresa não tinha uma pessoa responsável para o controle, e nem uma data correta para contagem do estoque e, não tinha um controle das entradas e saídas de mercadorias. E isso só era feito quando alguém tivesse tempo. Na pesquisa foi constatado, que todos os controles eram feito manualmente, e não tinham uma freqüência certa para essas conferências. Os erros eram constantes uma vez que esses controles eram feitos manualmente e sem regularidade. As entradas e saídas eram feitas somente na hora que tinha o estoque em mãos, e no primeiro dia tudo dava certo, já no segundo dia, em todos os pedidos faltavam algum item. A partir do mês de Março de 2004, foi contratado um funcionário para que este além de ajudar no carregamento e descarregamento de caminhões,

fizesse

toda a contagem de estoque, conferência de entrada e saída, além de dar entrada e saída de cada item comprado e ou vendido. Esse controle era feito ainda no processo de fichas, com a descrição de cada produto e diariamente eram feitas as baixas através das ordens de carregamento, bem como as entradas pelas notas fiscais e ou pedido de compras. Outra providência tomada, para ajudar no controle de estoque, foi dar uma data limite para os clientes que queriam efetuar suas compras e não queriam a entrega dos materiais. Esta data limite foi fixada em três meses, passou-se a

- 24 -

explicar para os clientes o porquê dessa atitude na empresa, e foi adotado procedimento de anotar no

o

corpo do pedido de compras o prazo limite para a

entrega, e quando esse prazo limite está perto de vencer e o cliente ainda não pediu para que a mercadoria seja entregue, um funcionário liga para ele e lembra-o de que a empresa precisa fazer a entrega e pede que por favor seja providenciado um local para que os produtos sejam armazenados. Existem as exceções, mas, estas estão sendo estudadas caso a caso. Também passamos a conversar com os clientes sobre as entregas parciais: aquelas em que são entregues primeiro: pisos, azulejos, argamassas e rejuntes somente depois que os pedreiros fizerem uso de todos esses materiais e, que essa primeira etapa estiver pronta, ai então serão entregues os materiais restantes que, seriam os gabinetes, as pias, os acessórios e outros itens. Ainda na busca por soluções para o problema da empresa foi contratado um profissional para que fosse feito um programa de sistema de informação que contivesse a rotina de uma loja de materiais para construção. Na parte de controle de estoques foi pedido para que o programa contivesse o cadastro completo de produtos com todas as informações a eles pertinentes como: qualidade, lote, unidade, tamanho, descrição, fornecedores, data de fabricação. Também foi pedido que a entrada de materiais no estoque fosse feita através de notas fiscais, com opção de vínculo com pedido de compra; opção de movimentação de estoque através de pedidos, e baixas através de ordens de carregamento; consulta de produtos e relatórios diários e ou mensais para todas as informações tais como: estoque diário de todos os produtos, vendas mensais por fornecedores, quantidade vendida por item; O processo pelo qual será trabalhado é, a integração entre estoque, cadastro dos pedidos vendidos e respectiva ordem de carregamento, para que seja feita a baixa automática no estoque ex: sempre que uma venda for efetuada serão cadastrados os pedidos com todos os itens vendidos; se tiver o produto no estoque, automaticamente os itens serão reservados, caso o produto não tenha em estoque aparecerá no local da reserva uma quantidade em negativo, para que seja providenciada a compra. Quando este pedido estiver para ser entregue para o cliente, será gerada uma ordem de carregamento através do número do pedido

- 25 -

anteriormente cadastrado e esta ordem, automaticamente, baixará o produto do estoque. Foram necessários: a compra de um programa de sistema de informação (software); hardware (computador com processador Pentium 2.4, para fazer dele o banco de dados) e mais dois computadores Seprom 2.4 para serem usados como terminais de consulta. A partir do banco de dados é que serão distribuídas, em rede, as informações necessárias para consultas de estoques, cadastramento de pedidos e, posteriormente, em uma próxima fase do trabalho, serão emitidas as ordens de carregamento a partir do número do pedido. Também se fez necessário a compra de uma impressora matricial Epson-LX 300. Em função do uso de uma impressora matricial Epson, teve-se que reprogramar todo o sistema anteriormente funcionando em XP, para Windows 98, pois a impressora matricial não reconhece o comando para impressão em XP. Foi definido ainda, a necessidade do cadastramento de todos os produtos, e que o mesmo seria feito apenas por um funcionário, para que não houvesse interferência no procedimento e também para que tivesse apenas uma pessoa como responsável pelo processo. Para implantação do sistema de controle de estoques da SOCOPISOS, inicialmente,

foi

preciso

efetuar

levantamento

detalhado

dos

produtos

comercializados visando separar o estoque por GRUPOS de produtos. Desse levantamento foram criados os seguintes grupos de produtos: 1 - PISOS E AZULEJOS. 2 - ARGAMASSAS E REJUNTES. 3 - LOUÇAS SANITÁRIAS E CUBAS. 4 - TORNEIRAS, ACESSÓRIOS E METAIS. 5 - GABINETES E PIAS. 6 - FAIXAS DECORATIVAS. 7 - PLÁSTICOS E ASSENTOS. 8 - CANTONEIRAS E ESPAÇADORES. 9 – DIVERSOS. Após a montagem dos grupos de produtos por classes ou utilização, foram feitos levantamentos de todos os fornecedores daqueles materiais, os quais foram codificados numa seqüência, dentro dos grupos a que pertencem, atribuindo a cada

- 26 -

fornecedor uma numeração seqüencial própria, visando uma identificação rápida de material, fornecedor e grupo. Depois do cadastro de fornecedores foram cadastrados todos os produtos comercializados pela empresa. Este trabalho requer muito cuidado. A empresa possui um número muito grande de itens e todos devem ser separados por tipos, tamanhos, cores, modelos,

qualidade, unidade, bem como nome de seu

fornecedores. Foi utilizada a ferramenta de inventário rotativo: acurácia de estoque, através de uma planilha de Excel para que fossem periodicamente verificados, se os números de estoques físicos batiam com os estoques encontrados no sistema. Para o cálculo da acurácia de estoque, foi determinado um intervalo de tolerância

de, no máximo 5%, igual para todos os itens estocados, isto porque,

dentro da tabela montada, esses itens contribuem igualmente, com pouquíssimas variações, para o total do estoque. Para a ferramenta ponto de reposição, a colocação ainda é para verificação e não implementação, essa ferramenta será implementada numa próxima etapa do projeto.

- 27 -

4. Resultados. Esta etapa do trabalho, visa mostrar os resultados de todo o procedimento adotado.

4.1 Arrumando a “casa”. A partir do momento em que um funcionário começou a fazer o controle de estoque, mesmo sendo através das fichas, este melhorou muito e a margem de erros com materiais vendidos sem ter no estoque caiu para: em cada 10 pedidos 2 pedidos não tinham algum item no estoque e antes este número era na ordem de: para cada 10 pedidos, 5 não tinham algum item no estoque. A freqüência com que esses dados estiveram em observação foi quinzenalmente pelo tempo de três meses. A proporção de erros caiu para 30% dos 60% que tinham. Para os casos de entregas com datas determinadas, a empresa não teve nenhum descontentamento por parte dos clientes, que entenderam prontamente as razões da loja. Já com as entregas parciais houve grande resistência, e a empresa teve várias reclamações.

- 28 -

A seguir serão apresentadas as planilhas desenvolvidas para verificar a eficiência da ferramenta de inventário rotativo: acurácia de estoque:

Controle físico de estoque N

Cod

Descrição do Produto

Prod

05/05/2005 Contagem

Registro

Un

Fisica

Sistema

Tolerância

Margem

Aceito

Erro

1

1 REVEST 21x21 - REF 2515

M2

57,38

57,38

5%

0,%

X

2

21 REVEST.31X31- REF. 3002

M2

81

81

5%

0%

X

3

32 REVEST.31X41- REF. 5010

M2

163

163

5%

0%

X X

4

M2

12

12

5%

0%

5

221 REVEST.35X35 - TEXAS

M2

84

92

5%

10%

6

241 REVEST.42X42 - ARTICO

M2

250,5

252

5%

1%

X

M2

180

180

5%

0%

X

M2

26

26

5%

0%

X

11

601 REVEST.30X40 - BIZOTÊ REVEST.24X35 -CARAVELA 1401 BEGE REVEST.25X35 -ALPES 1601 BRANCO

M2

225

240

5%

7%

12

2171 REVEST.20X20 -AZUL PISCINA

M2

124

124

5%

0%

X

13

2172 REVEST.20X20- AZUL MARINHO

7 10

54 REVEST.41X41- REF. 4053

Não Aceito

X

X

M2

48

48

5%

0%

X

14

102 REVEST.24X35- REF.2446

M2

15

15

5%

0%

X

15

221 REVEST. 35X35 - TEXAS

M2

63

63

5%

0%

X

16

243 REVEST.35X35 - DECABE

M2

168

178

5%

6%

X

17

M2

320

340

5%

6%

X

18

804 REVEST.24X35 - BIANCO REVEST 25X35 - CLASSIC 1603 WHITE

M2

216

210

5%

0%

X

20

1901 REVEST 20X30 - ARTICO

M2

328

328

5%

0%

X

21

1907 REVEST 20X30 -L.C.30

M2

180

160,5

5%

12%

22

1957 REVEST 32X32 - MARROCOS

M2

216

216

5%

0%

23

1953 REVEST 32X32 - CELTA

M2

48

48

5%

0%

24

2001 REVEST 43X43 - REF. 4365

M2

238

238

5%

0%

2004 REVEST 43X43 - REF. 43112

M2

78

78

5%

0%

3063,5

3092,5

25

Total

Tabela 1: Tabela de acurácia Fonte: dados da pesquisa

X X X X 20

5

- 29 -

Controle fisico de estoque N

Cod

12/05/2005

Descrição do Produto

Prod

Contagem

Registro

Un

Fisica

Sistema

Tolerância

Margem

Aceito

Aceito X

1

3704 LAVAT.SABARÁ-IL32-AREIA



5

6

5%

20%

2

3740 CUBA EMB.IL6-BRANCO



6

8

5%

33.%

3

3741 CUBA SOBR.IL66-AREIA



9

9

5%

0%

X

4



3

3

5%

0%

X

5

3746 TANQUE 20 LITROS-IT52- BR TOALHEIRO DE METAL 3872 58903



12

12

5%

0%

X

6

6501 GABINETE CHARME - 56



3

3

5%

0%

X

7

6502 GABINETE REQUINTE - 76



4

4

5%

0%

X

8

6503 GABINETE ELEGANCE - 96



2

2

5%

0%

X

9

6508 GABINETE DUBLE - BRANCO



2

2

5%

0%

X

10

6701 GABINETE COZINHA - 1,20M



6

6

5%

0%

X

11

6702 GABINETE COZINHA - 1,50M



7

8

5%

0%

X

12

6703 GABINETE COZINHA - 1,80M



4

4

5%

0%

X

13

6704 GABINETE COZINHA - 2,00M



6

6

5%

0%

X

14

6801 PIA RORALIT LISA - 1,00M



3

3

5%

0%

X

15

6802 PIA RORALIT LISA - 1,20M



8

8

5%

0%

X

16

6853 TANQUE DUPLO - 1,12M



4

4

5%

0%

X

X

17

7132 LAVABO TOPÁZIO - 981



3

3

5%

0%

X

18

7501 PIA GRANITO - 1,20M



5

6

5%

0%

X

19

7504 PIA GRANITO - 2,00M



8

8

5%

0%

X

20

7521 SOLEIRA GRANITO - 0,72M



8

8

5%

0%

X

21

7522 SOLEIRA GRANITO - 0,82M



22

24

5%

9%

22

8301



360

360

5%

0%

X

23

8311 FAIXA UNIVERSAL - F-004



98

98

5%

0%

X

24

8313 FAIXA UNIVERSAL - F-210



110

110

5%

0%

698

705

Total

FILETE 2X30 - D-021

Não

Erro

X

22

3

Tabela 2: acurácia de estoque Fonte: dados da pesquisa

Analisando os indicadores de acurácia de estoques pode-se observar que: na tabela 1, referente a primeira semana que foi feito o controle, os erros ainda eram em vários produtos, numa amostra de 25 itens, tivemos 5 itens em desacordo, na semana seguinte este número caiu para 3 itens dos 5 anteriores. Em contrapartida, no número geral da quantidade o limite da tolerância ficou bem abaixo. Observou-se também que em alguns casos, na tabela 2, a porcentagem determinada para ser tolerável na acurácia de estoque, pode comprometer o estoque de um determinado item. Devem-se estabelecer números de tolerância de acordo com a importância que o produto representa dentro do quadro de amostra.

- 30 -

5. Análise dos resultados. Após a implantação do sistema de informação de controle de estoques, pode-se fazer uma analise dos resultados obtidos. No mês de Janeiro de 2005, os estoques começaram a sair em relatórios informatizados, e ainda não estão interligados, apenas estão sendo baixados pelos pedidos, mas já se vê uma grande diferença entre os erros que tinham em estoque e os números de pedidos, sem itens, faltantes para entrega. Os relatórios de saldos de estoques saem, diariamente, já com as baixas ainda manual dos itens vendidos. A proporção de erros caiu para 30%, dos 60% anteriores. Sem contar com a tranqüilidade dos funcionários em olhar o estoque e já verificar se podem garantir a entrega e para quando. Anteriormente tinham que ligar para o depósito, e verificar com um funcionário, ou, então, irem até lá para conferir, caso não tivesse ninguém no depósito. Está sendo feito um acompanhamento do processo de informatização, para conscientização dos funcionários, para mostrar os benefícios, deste procedimento. Os erros de conferência dos estoques já baixaram para 2 itens dentro de uma amostra de 25. É positivo uma vez que há a conscientização do controle e baixas nos estoques. Os resultados deste trabalho além dos números de erros baixarem tem também a satisfação por estar dando certo um projeto que a princípio parecia impossível de conseguir realizá-lo. Pode-se dizer também que a partir deste novo procedimento adotado pela empresa, não demorará a aparecer os resultados em ganhos financeiros. Em princípio, só foi verificado as melhorias em qualidade e, atendimento ao cliente, uma vez que a rapidez e eficiência das informações ajudam muito no dia a dia e conseqüentemente todos ganham: Os clientes, pois são sempre informados da situação real de sua compra e, a empresa que pode explorar melhor o potencial de seu estoque, pois com a informatização pode verificar quais itens não tinham rentabilidade e ou demoravam para serem vendidos, e com isso conseguiuse inclusive fazer algumas promoções para “desovar estoques parados”.

- 31 -

6. Considerações Finais. Ao realizar este trabalho, pode-se observar o processo de funcionamento anterior da empresa, comparar e constatar o quanto já está melhorando com o novo sistema e, além disso, verificar o quanto a informatização é importante, quanto se ganha em tempo e mesmo em dinheiro. Observando a implementação desse novo sistema, que não está sendo fácil, pois é difícil tudo dar certo, existem mais erros que acertos; até se chegar a um ponto positivo, pode-se dizer que está valendo a pena, pois precisa-se de muita paciência e determinação, pois na empresa todos estavam acostumados a fazer de qualquer jeito. Nesta etapa a parte que foi colocada em prática é o controle de estoque, mas, o projeto que foi desenvolvido para a empresa é um projeto bem amplo que envolve todos os deptos como: Controle de estoques, Pagamentos, Recebimentos, Controle de Cheques Pré-Datados, e dentro de todos esses programas contém relatórios detalhados de todas as informações necessárias para se tomar decisões, quer seja para comprar algum item, saber se tem alguma mercadoria que sua venda é muito baixa, saber quanto tem em cheques pré-datados em mãos, entre outras informações. É um trabalho que vai continuar sendo implementado num todo, mesmo que demore um pouco mais. Os resultados já são surpreendentes e com as modificações todos ganham, principalmente os funcionários que hoje trabalham mais despreocupados, pois o tempo todo tem o estoque e não ficam com medo de efetuar uma venda erradamente. Os procedimentos adotados pela empresa no que diz respeito às entregas com datas determinadas e entregas parciais acontecem em maior escala nas lojas pequenas e esta é uma das dificuldades enfrentadas, pois prejudica o andamento no nosso controle de estoques. Para a empresa seria ideal que todas estas entregas fossem feitas de uma só vez, mas é difícil eliminar de todo o problema, e como ainda há grande resistência, a empresa está mantendo o procedimento antigo para os que necessitam que os materiais fiquem guardados para posterior entrega. Com esses procedimentos a empresa conseguiu dar um primeiro passo para que, esteja sempre competitiva em um mercado que é latente, está mudando constantemente, e é preciso se atualizar e renovar sempre.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre, RS: Boockman, 2001. p. 201-503 BOWERSOX, Donald J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. p. 226-255. CORRÊA, Henrique L. , GIANESE,Irineu G.N.;CAON, Mauro Planejamento, programação e controle da produção. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001. p. 48 -52 DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas,1993. p. 23-31. FEDERAÇÃO do comércio de Pernambuco. Definição de comércio varejista. Disponível em : . Acesso em: 24. abril 2005. FERNANDEZ, Luis Antonio. Sistemas de informação para gestão logística de apoio à produção: estudo em malharias de micro e pequeno porte do município de Socorro. Varginha, MG: Faceca, 2004. p. 42. (Dissertação de Mestrado em Administração) LAUDON, C.K. ; LAUDON, P.J. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. p. 4-29. O´BRIEN, J. A. Sistemas de informações e as decisões gerencias na era da Internet. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 3 - 187 OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais: estratégias táticas operacionais. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 23 -37. OLIVEIRA, Luiz Silvio. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1999. p. 134. SLACK, Nigel. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1999. p. 278279. REVISTA Anamaco, São Paulo: [s.n], março 2005. p. 10.